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  1. Colocado por: j cardoso
    Fala quem se gabou aqui que quando estava no activo em Angola comia lagosta que os pilotos da FAP traziam de Benguela e Lobito. Não está mal não senhora, é preciso é lata e falta de vergonha.

    Não tenho vergonha nenhuma de relatar a verdade. Até aos inicio dos anos 90 mesmo como civil tive oportunidade de acompanhar o que se passava na FAP. Por isso não mando palpites baseado em estórias da carochinha mas por conhecimento factual.
    Quem conheceu nesses anos a messe de Monsanto ou a da Marinha em Cascais percebe bem o que eu digo.
  2. Só para acrescentar que provavelmente o estado pode arranjar uns 150 ou mais helicópteros só pelo preço do transporte, e depois a normal manutenção, gratuitamente, vindos dos Estados Unidos da América. Basta falarem com a embaixada dos EUA, para combinarem a coisa oficialmente, e irem buscá-los aos campos onde estão guardados para uma eventual necessidade futura. Como Portugal faz parte da NATO, e os mesmos poderiam ficar para o exército, era fácil de imaginar que os EUA não se opusessem... e acho que chegaram mesmo a oferecer-los há uns anos, mas os militares como tem demasiados mentacaptos recusaram a oferta.

    Quando é que o estado vai ter 150 helicópteros nas próximas décadas se não for desta forma? A resposta: nunca.
  3. http://tviplayer.iol.pt/programa/reporter-tvi/53c6b3483004dc006243bd77/episodio/t4e26

    Vejam a reportagem e tirem as vossas conclusões.
    Estas pessoas agradeceram este comentário: Bricoleiro
  4. Colocado por: C. Lobohttp://tviplayer.iol.pt/programa/reporter-tvi/53c6b3483004dc006243bd77/episodio/t4e26

    Vejam a reportagem e tirem as vossas conclusões.


    Impressionante a mudança agressiva e repentina da intensidade e direções do vento em tão pouco espaço de tempo. Houve ali um fenómeno em cheio nos focos de ignição, parece obra do diabo.
    Concordam com este comentário: C. Lobo
  5. Colocado por: josexySó para acrescentar que provavelmente o estado pode arranjar uns 150 ou mais helicópteros só pelo preço do transporte, e depois a normal manutenção, gratuitamente, vindos dos Estados Unidos da América. Basta falarem com a embaixada dos EUA, para combinarem a coisa oficialmente, e irem buscá-los aos campos onde estão guardados para uma eventual necessidade futura. Como Portugal faz parte da NATO, e os mesmos poderiam ficar para o exército, era fácil de imaginar que os EUA não se opusessem... e acho que chegaram mesmo a oferecer-los há uns anos, mas os militares como tem demasiados mentacaptos recusaram a oferta.

    Quando é que o estado vai ter 150 helicópteros nas próximas décadas se não for desta forma? A resposta: nunca.


    não é nada modesto a pedir, já vi ... porque não 300 logo, ou mesmo 600.... ficava um para cada junta de freguesia, as câmaras também podiam ter um ou dois, aliás podia-se abrir uma campanha "um político, um helicóptero"

    o possuir o bem (seja helicóptero, avião, barco, submarino ou outro "brinquedo de rico") é só metade do problema (ou menos de metade), mantê-lo é o GRRANDE problema (custo)

    assim de cabeça, sobre a alçada do estado Português, existem

    12 EH101 na FAP
    x ALIII na FAP (actualmente não sei quantos restam)

    5 Lynx na Marinha

    6 Kamov da extinta EMA
    4 AS350 da extinta EMA

    8? Pumas ex-FAP

    se subtrair aqueles que por acidente ou outros motivos estão inoperativos ou perdidos para além da recuperação, vai ver que não são assim tantas aeronaves e se cruzar com os orçamentos/custos da sua manutenção/operação, vai ver que a pedir, que seja logo pelo menos uns 1000, já que pedir não custa... assim pelo menos existiam spares para alguns meses. Não se esqueça é de ir assim de mãozinha estendida e dizer "estou a pidiree"

    a aviacao é cara, militar ainda mais (por outros requisitos e alguns motivos) e países com recursos limitados como Portugal deviam ter mais "juizo" na aquisição e operação dest tipo de equipamento. Mas se fosse assim, não teríamos certamente o convento de mafra e o seu famoso carrilhão.

    actualmente está aberto um concurso público para meios aéreos para o INEM, 4 helicópteros, 24h 7/7 durante 5 anos. valor maximo da proposta 45 milhões de €. Contra a opinião de muitos treinadores de bancada, esse tecto maximo proposto, é "curto" para o que ë pedido.

    Gerem-se (contratos, aquisições, prazos, etc..) meios que custam milhões, como de bonés e t-shirts se tratassem - o lote veio com defeito? não faz mal, anula-se a encomenda e faz se uma nova, para entregar para a semana.
  6. Mencionei 150 porque foram aqueles que os EUA quiseram oferecer gratuitamente há uns anos. O que para lá não faltam é aeronaves.
    Fala dos custos de manutenção, bem, claro que iam existir, afinal de contas todas as aeronaves têm esses custos.

    Esses milhões todos parecem-me bem se forem bem aplicados, e ter mais de uma centena de helicópteros parece-me bem em especial se servirem para múltiplas funções conforme as necessidades do momento, como apagar incêndios, resgatar pessoas, vigilância de costa, vigilância de trânsito, transporte de acidentados, transporte de vip's (pago pelo estado ou pelos próprios caso a caso), transporte rápido entre cidades (pagas pelos clientes)... devia ser prestado pelas empresas privadas mas já que elas não se chegam à frente o estado poderia prestar esse serviço para promover também o interior do país (e não só!), enfim existe muita forma de aproveitar meios aéreos, e embora dificilmente sejam rentáveis no sentido comercial, podem ser muito úteis à sociedade em geral.

    Falei no exército, mas eventualmente poderão ir para algum organismo estatal que não tenha o lucro como objectivo para gerir os meios, para não terem de ter os tais requisitos dos militares e assim poderem mesmo ser úteis às pessoas. E tem ainda a vantagem de não estar dependente do horário do exército que é de segunda à sexta-feira e o quartel fecha portas às "17h".

    E sim, poderiam ser perfeitamente 300 helicópteros, melhor ainda!

    Podem cortar daquele negócio ruinoso para o povo que são aquelas auto-estradas de rendimento garantido... passe lá carros ou não: ganham sempre... que belo negócio, será também posso abrir um supermercado no meio do nada e quer lá vão pessoas quer não eu tenho sempre um lucro garantido durante décadas? É que se sim, vou já abrir um. Já para não falar que uma auto-estrada de 1000 milhões pode custar uns 10 mil milhões... ao contribuinte.
    Acho que dá para descobrir onde cortar para ter para uns helicópteros, e provavelmente ainda sobra muito para outras coisas que também fazem falta.... como sei lá: pagar as dívidas aos fornecedores.
  7. 150 helicópteros? A Portugal?! Quando?

    nmex2 os Alouette 3 vão ser substituidos em breve por 5 Koalas, com a opção de mais 2. Os EH101 já estão a ser usados para as missões SAR e dúvido que a FAP queria empenhar um meio daqueles a combater fogos florestais... demasiado grande, demasiado caro para isso. Os Pumas estão inop e os que ainda estavm bem foram vendidos a uma empresa britânica.

    http://www.leonardocompany.com/en/-/aw119kx
  8. Avião da Força Aérea em missão de reconhecimento e avaliação de incêndios

    O ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita, determinou hoje a realização de um voo de reconhecimento e avaliação, com recurso a uma aeronave da Força Aérea, tendo em conta o agravamento do risco de incêndio florestal.

    http://24.sapo.pt/noticias/nacional/artigo/aviao-da-forca-aerea-em-missao-de-reconhecimento-e-avaliacao-de-incendios_23284094.html
  9. "Uma teia de interesses entre bombeiros"
    Fonte: rtp
    Pois claro ...
    Há quem ache que o negócio dos fogos não passa de teoria da conspiração.
  10. "Felizmente" tiveram todo este "bom" tempo desde 15 de outubro para limpar os terrenos de todos os vestígios de cinzas.
    Espero mesmo que o tenham feito e não venham a lamentar o arrastamento das mesmas para as linhas de água com as tão desejadas próximas chuvas.
    Estão a prever chuva lá para dia 24, ainda têm tempo ...
  11. Especialista dos EUA que previu os grandes fogos avisa: “Pode haver mais duas a três temporadas de incêndios como este ano

    Em 2009, Mark Beighley previu que os incêndios de 2017 podiam acontecer. Agora volta a dizer que podem repetir-se. Critica os bombeiros, as leis contra incendiários e as políticas. E já avisou Costa.

    uando em maio deste ano, Mark Beighley veio de férias a Portugal, estava longe de imaginar o que estava para acontecer. Os incêndios graves de junho e outubro criaram as condições para o especialista em fogos florestais voltar ao país como consultor na área. Afinal, tinha sido ele a prever, em 2009, que um incêndio devastador podia acontecer em Portugal no prazo de dez anos.

    A previsão tinha sido feita por Mark Beighley e o coautor A. C. Hyde no relatório pedido pelo grupo Portucel-Soporcel – Avaliação da Gestão e Capacidade de Resposta aos Incêndios Florestais. Os autores identificaram, com uma probabilidade de 5%, que num ano de seca extrema os fogos florestais em Portugal podiam queimar mais de 500 mil hectares. Era um cenário extremo, que muitas pessoas julgaram exagerado. Mas aconteceu. Aconteceu este ano e o especialista não descarta que possa voltar a acontecer nos próximos anos.

    “Em muitas zonas de Portugal, encontram-se já reunidos os principais ingredientes de um incêndio devastador, exceto um: o próximo episódio provocado pelas condições meteorológicas”, escreveram os autores do relatório em 2009.



    Previsão de risco de incêndio para os dez anos depois da elaboração do relatório (2009). A verde, os anos benignos de incêndios (como tinha acontecido em 2007 e 2008); a amarelo, um cenário de incêndios extremos (como os de 2003 e 2005); a vermelho, um cenário que nunca tinha acontecido e cuja probabilidade era de 5% (aconteceu em 2017) – Beighley&Hyde (2009) Relatório Portucel-Soporcel

    Afocelca

    A Afocelca é um agrupamento complementar de empresas do grupo The Navigator Company e do grupo Altri que tem como missão apoiar o combate aos incêndios florestais nas propriedades das empresas agrupadas. A Afocelca trabalha em coordenação e colaboração com a Autoridade Nacional de Proteção Civil.

    www.afocelca.com

    Durante as férias, Mark Beighley ligou ao amigo Tiago Oliveira para combinarem um jantar, mas o resultado foi que o então Gestor da Proteção Florestal da empresa The Navigator Company (antiga Portucel-Soporcel) lhe pediu que atualizasse o relatório que tinha produzido em 2009. Tiago Oliveira considerava que tudo o que estava no relatório era ainda relevante, mas a data marcada na capa não ajudava. Além disso, era preciso juntar os dados dos incêndios até 2016 e voltar a avaliar o desempenho da Afocelca (uma empresa privada de combate a incêndios).

    Antes mesmo de conseguirem acordar uma data para começarem a fazer o trabalho de campo, chegou junho e os incêndios de Pedrógão Grande e Góis. A extensão dos incêndios e a morte de 64 pessoas obrigaram a que a ideia ficasse suspensa até que o ambiente estivesse mais sereno para se tocar no assunto. Com os incêndios de outubro, Mark Beighley, que trabalhou nos Serviços Florestais dos Estados Unidos, sentiu que era imperativo o regresso a Portugal como consultor.

    “Eu quero mesmo que isto funcione. Se pagarem as minhas despesas, volto de borla e fazemos isto”, disse o especialista a Tiago Oliveira, agora presidente da recém-criada Estrutura de Missão para a Instalação do Sistema de Gestão Integrada de Fogos Rurais.

    https://infogram.com/timeline-mark-beighley-1g4qpzx71jdo21y

    Durante três semanas, Mark Beighley voltou a correr o país e tentou entrevistar muitas das pessoas com quem tinha falado para elaborar o relatório de 2009. A resposta foi comum a muitas delas: “Basta mudar esta data para 2017, porque está tudo na mesma”. Mas o especialista norte-americano não concorda: “Não é bem verdade, porque na realidade está tudo um bocadinho pior”.

    Muito do que faltava em 2009 continua a faltar

    Quando Mark Beighley esteve em Portugal em 2009, para elaborar o relatório para a Portucel-Soporcel, “a ideia era fazer uma revisão completa do sistema de combate a incêndios em Portugal”. Uma questão particularmente importante para a empresa, que queria reduzir o dinheiro gasto com os serviços da Afocelca. Mas, para isso, precisava de ter garantias de que os meios disponibilizados pelo Estado para o combate a incêndios era suficiente.

    Para conseguir uma imagem o mais abrangente possível, Mark Beighley percorreu o país e entrevistou quase 60 pessoas das áreas relacionadas com o assunto: das associações florestais aos professores universitários, dos bombeiros, à ANPC e à GNR. O que mais o irritou foi o facto de José Honório, o então presidente da Portucel-Soporcel, não ter facilitado a divulgação do documento. “As pessoas entrevistadas nunca tiveram oportunidade de ver este relatório — o que me deixou aborrecido. Sempre que fazemos um relatório queremos receber um feedback das pessoas.”

    Conclusões do relatório de 2009

    Aumentar o planeamento estratégico do sistema de combate a incêndios e gestão de riscos.
    Reforçar a prevenção de incêndios: redução de ocorrências e tratamento de combustíveis.
    Reforçar a supressão tática dos incêndios: coordenação e responsabilização.
    Aumentar o investimento na formação e no processo de desenvolvimento.
    Novos investimentos em avaliação e investigação.
    Este relatório insiste veementemente que não há espaço para complacência. Ainda há muito caminho a percorrer. Portugal deve aproveitar para fazer mais progressos especialmente nos anos sem ocorrências de incêndios.
    Mark Beighley, especialista em fogos florestais
    Fonte: Avaliação da Gestão e Capacidade
    de Resposta aos Incêndios Florestais


    No relatório de 2009, Mark Beighley, com mais de 40 anos de experiência em gestão de fogos florestais, apresentou os três pilares essenciais para lidar com este problema: a prevenção — especificamente, a redução ou eliminação das ignições (início dos incêndios); a redução de combustíveis (como ervas e matos secos, lenha e excesso de árvores); e o combate aos incêndios, propriamente dito.

    “Tentei enfatizar que só quando os dois primeiros pilares falham é que é preciso recorrer ao último. Mas, em Portugal, tudo o que se tem feito é no último pilar.” Um problema que, segundo o especialista, é típico dos países que têm problemas com incêndios. “É mais fácil investir em mais helicópteros e aviões de combate a incêndios, atirar dinheiro para o problema e ver se, com sorte, ele se resolve sozinho.”

    Foi isso que o Governo fez depois dos incêndios de 2003 e 2005. E quando Mark Beighley voltou, em 2009, o Governo reclamava sucesso, porque as épocas de incêndios de 2007 e 2008 não tinham sido muito graves. Para o especialista era cedo para cantar vitória: os verões desses dois anos tinham sido amenos e húmidos. Os anos críticos em termos de incêndios em 2013, 2016 e 2017, mostraram que tinha razão.

    Portugal precisa de apostar na prevenção das ignições

    Quando se encontrou com o primeiro-ministro António Costa, no dia 10 de novembro, Mark Beighley alertou que o foco devia estar na prevenção e no tratamento de combustíveis. Ideias que já estavam na proposta técnica do Plano Nacional de Defesa da Floresta Contra Incêndios que ajudou a elaborar. Ideias que têm sido repetidas e reforçadas por muitos engenheiros florestais e especialistas em incêndios em Portugal. Mas, como o próprio Mark Beighley lembrou, grande parte das propostas acabaram por não ser integradas no plano final de defesa da floresta.

    Não há soluções milagrosas. Não vão resolver este problema num ano ou dois ou mesmo dez. Precisam de uma solução sustentável de longo prazo.” E uma solução que considere as múltiplas facetas do problema identificadas pelos autores do relatório. Uma delas é a desertificação do interior e, como resultado, terrenos agrícolas que não estão a ser tratados. Quando um terreno fica abandonado, as árvores estabelecem-se e formam-se áreas florestadas selvagens, que “contribuem para este oceano imenso de combustível”.

    O interior não está só a ficar sem pessoas, as pessoas que têm abandonado a região são as mais jovens. Quem fica não tem capacidade para fazer uma gestão adequada. Mais, os proprietários dos terrenos têm, normalmente, parcelas de terra muito pequenas que não justificam o investimento na gestão de combustíveis. A solução poderia ser a criação de Zonas de Intervenção Florestal (ZIF) — a agregação de todas as pequenas propriedades num mesmo corpo de decisão —, mas, além do processo de constituição das ZIF ser moroso e burocrático, “os proprietários não estão disponíveis para abdicar da gestão do seu pequeno pedaço de terra”.

    “Poucas ou nenhumas ZIF realizam tratamentos de combustível que reduzam o risco de incêndio”, referem os autores nas conclusões do relatório. “É preciso garantir mais especialização, apoio e incentivos aos proprietários, de forma a que concluam os tratamentos de combustível. O conceito das ZIF é inútil, se não obtiver resultados significativos de prevenção dos incêndios florestais.”

    “Há uma ocorrência anormalmente elevada de fogo posto em Portugal. Outros países implementaram sanções penais graves para este tipo de crime. Em junho deste ano [2009], a Califórnia condenou à morte uma pessoa que causou um incêndio, no qual faleceram cinco bombeiros, que tentavam salvar uma casa.”


    Outro problema é o número de ignições, que Mark Beighley atribui às pessoas, por negligência ou acidentes. “Disse ao primeiro-ministro: não é terrorismo, não são os aviões de combate a incêndios, são os seus vizinhos.” As pessoas continuam a ter comportamentos de risco, a fazer queimadas quando a recomendação é para que não o façam. Depois vem uma rajada de vento e a pequena fogueira para queimar os restos da poda transforma-se num incêndio de grandes dimensões. E isto aconteceu este ano.

    “Muitas destas pessoas fazem isto há décadas: chega o outono, cortam as folhas, podam as árvores e queimam tudo. Parece-me que não lhes faz muita diferença que esteja calor ou tempo seco ou vento. Vão fazê-lo na mesma”, disse. “Depois ouvi comentários do tipo: vinha aí o furacão Ophelia, que iria fazer chover muito, como faz nos Estados Unidos, e que tinham de se despachar a queimar as coisas antes que chovesse.” Muitas das queimadas foram feitas nos dias 13 e 14 de outubro. Depois vieram os ventos fortes. Sem falar que setembro e outubro foram dos meses mais quentes de que há registo.

    https://infogram.com/set-e-out-seca-extrema-1gk92e76zq87p16

    ....
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  12. ...

    E as outras pessoas permitem que isto aconteça. Quando visitou as zonas afetadas pelos incêndios de Oliveira do Hospital, Mark Beighley perguntou às pessoas se denunciariam à GNR um vizinho que estivesse a fazer uma queimada numa altura de risco elevado de incêndio. E a resposta que obteve foi que não, porque tinham de continuar a conviver com essa pessoa. “Esta é uma parte do problema, a tolerância para a quebra de regras, ou como me disseram: ‘Não são leis, são meramente sugestões’.”

    Em Mortágua encontrou um exemplo diferente. Como a maioria das pessoas depende de alguma forma da indústria do papel, todos têm um papel de vigilante, as próprias equipas de futebol fazem patrulhas. E quando vêem algo suspeito, ou um estranho a rondar a área, ligam ao comandante dos bombeiros. “Eles consideram a floresta como um banco, é o seu investimento, e está a crescer.”

    Os autores do relatório mostraram-se surpresos com a “ocorrência anormalmente elevada de fogo posto em Portugal” e perceberam que muitos destes resultam de políticas públicas contraditórias e dos consequentes conflitos de interesse. “Outros países implementaram sanções penais graves para este tipo de crime”, referem os autores. “Em junho deste ano [2009], a Califórnia condenou à morte uma pessoa que causou um incêndio, no qual faleceram cinco bombeiros, que tentavam salvar uma casa.”

    Criticam ainda a atuação das equipas de bombeiros por não protegerem os locais dos incêndios como uma potencial cena de crime até à chegada do Serviço de Proteção da Natureza e do Ambiente (SEPNA), da GNR, ou dos agentes da Polícia Judiciária. “Na ansiedade de extinguirem os incêndios, destroem os indicadores da origem dos mesmos e as provas essenciais, tornando quase impossível determinar a origem do incêndio e instaurar uma ação penal.”

    “Na ansiedade de extinguirem os incêndios, destroem os indicadores da origem dos mesmos e as provas essenciais, tornando quase impossível determinar a origem do incêndio e instaurar uma ação penal.”


    Os reacendimentos são outro problema a considerar. “Este ano, alguns distritos tiveram uma taxa de reacendimento de 30%”, disse o especialista, lembrando que é uma taxa muito alta. “Quando temos 500 fogos por dia, o que acontece é que a primeira força de intervenção fica assoberbada e não consegue extinguir completamente um fogo antes de ter de ir combater o próximo.” A sugestão é que, depois de os bombeiros apagarem o fogo, entre outra equipa para garantir que todos os pontos quentes são eliminados.

    Este trabalho pode ser feito pelo Exército. “Portugal tem muitos pelotões de militares que precisam de fazer exercícios de orientação e que não precisam de conhecimento sobre combate a incêndios para isso.” Para Mark Beighley o exercício pode ser dar uma localização aos militares para treinarem essas competências e, quando chegarem ao local, podem detetar se existem pontos de calor. “O que é preciso é um processo de verificação dos incêndios em contínuo, precisam de alguém que tenha a responsabilidade de o fazer, porque agora é aleatório, na melhor das hipóteses: alguns fogos são verificados, outros não.”

    Os bombeiros precisam de usar mais ferramentas, defendeu o especialista. E não só na deteção dos pontos quentes, também no combate aos incêndios. “Uma das coisas que fazemos nos Estados Unidos é que criamos um trilho à volta de todos os incêndios, onde acabamos com os combustíveis e ficamos só com o solo mineral”, explicou. “E vocês aqui não fazem isso. Esta é uma das críticas do relatório.”

    Para se conseguir criar este trilho é preciso resfriar o fogo primeiro. É para isso que servem os helicópteros e aviões de combate a incêndio. Estes meios não apagam incêndios, os bombeiros é que fazem esse trabalho, mas têm de conseguir lá chegar. Claro que quando as chamas estão muito altas, os bombeiros não conseguem lá chegar e as chamas saltam os trilhos como saltam as estradas. A solução para ter chamas mais baixas é fazer a gestão dos matos e arbustos juntos destes trilhos e estradas, que pode ser feita com corte ou com fogo controlado.

    Mas, muitas vezes, na opinião de Mark Beighley, não haveria gestão de combustíveis, nem número de bombeiros ou de viaturas, que pudesse ter alterado o desfecho do incêndio. “O que podia alterar o desfecho? Não ter um incêndio à partida.” E os reacendimentos são preveníveis, como reforçou o especialista várias vezes durante a entrevista. “São este tipo de incêndios que estão a queimar casas, que estão a matar pessoas.”

    É preciso uma unidade específica dedicada aos fogos florestais

    Mark Beighley, que conhece vários comandantes e corporações de bombeiros em Portugal, defendeu que estes são parte da solução no combate aos incêndios, mas é preciso fazer mais. “Os bombeiros são muito bons em algumas coisas: fogos em habitações, em empresas ou em estruturas, mas precisam de mais conhecimentos em fogos rurais, em fogos florestais, em gestão de fogo florestal.” O especialista defende que os comandantes das corporações maiores, assim como todos os líderes envolvidos no combate aos incêndios devem ter formação, competências e experiência na área. O relatório da comissão técnica independente, elaborado depois dos incêndios de Pedrógão Grande e Góis, defendia o mesmo.

    Para o especialista, um fogo rural ou florestal não pode ser encarado como um fogo urbano. Além do equipamento necessário ser completamente diferente, as competências que devem ter os bombeiros também o são. O mesmo para a coordenação das equipas. Por isso, Mark Beighley defende que seja criada uma estrutura, paralela à Autoridade Nacional de Proteção Civil [ANPC], que se dedique aos fogos rurais. “Criar outra organização que não substitua [a ANPC], mas que certamente a suplementa e complementa.”

    “A estrutura existente é boa para fogos em habitações, para emergências, para as ambulâncias, mas não é boa para fogos florestais”, disse o especialista norte-americano. “O que normalmente acontece [em fogos florestais] quando têm alguns arbustos a arder e têm uma casa que está ameaçada é pôr toda a água na casa para evitar que arda. O fogo [nos arbustos] pode avançar para outros locais e depois ameaça outra casa. E o que fazem? Vão proteger a outra casa e o fogo continua em movimento, a espalhar-se e a ameaçar mais casas. Ninguém está a combater os fogos, toda a gente está em modo defensivo, a defender as estruturas, não há ninguém em modo ofensivo.”

    “O que normalmente acontece [em fogos florestais] quando têm alguns arbustos a arder e têm uma casa que está ameaçada é pôr toda a água na casa para evitar que arda. O fogo [nos arbustos] pode avançar para outros locais e depois ameaça outra casa. E o que fazem? Vão proteger a outra casa e o fogo continua em movimento, a espalhar-se e a ameaçar mais casas. Ninguém está a combater os fogos, toda a gente está em modo defensivo, a defender as estruturas, não há ninguém em modo ofensivo.”


    O especialista, que também já foi bombeiro e comandante, criticou que não haja requisitos mínimos nas qualificações dos bombeiros em Portugal. “Estabelecer um padrão de competências para todas as pessoas com cargos de chefia na proteção civil, saúde pública, resposta de emergência, é do interesse público, tem a ver com segurança.” Ainda assim, Mark Beighley referiu que se começam a ver muito bons profissionais, com boas competências técnicas, como o Grupo de Intervenção de Proteção e Socorro (GIPS), da GNR, ou a Força Especial de Bombeiros Canarinhos, mas falta a coordenação com os outros meios no terreno.

    Outra das estruturas com potencial para ajudar a resolver o problema são os Gabinetes Técnicos Florestais (GTF). Mas, segundo Mark Beighley, estes técnicos queixam-se “que não podem fazer aquilo para que foram criados, tornaram-se escravos dos presidentes de Câmara e dos municípios”. O objetivo dos GTF era “fazerem tratamento dos combustíveis ou fogo controlado ou mapeamento de risco”. Em vez disso, “estão a podar as árvores e a garantir que as árvores do parque têm bom aspeto e esse tipo de coisas”.

    Um problema que Mark Beighley atribui, em parte, à extinção dos Governos Civis. Não existe um nível de governação intermédio entre o Governo central e as autarquias. “E os presidentes de Câmara tem mais poder do que deviam.” Aqui, a solução pode ser a criação e organização de Comunidades Intermunicipais. Os GTF podem ser “libertados dos presidentes de Câmara, colocados neste outro patamar em que trabalham para três ou quatro municípios”.

    O que precisamos fazer mais?

    Depois dos grandes incêndios de 2017, o Governo já criou nova legislação relacionada com os incêndios. Sem ter tido oportunidade de a ler, porque estava em português, e conhecendo apenas o que lhe contaram, Mark Beighley considera que não é suficiente. “Acho que a legislação que é criada imediatamente depois de uma emergência é provavelmente insuficiente, provavelmente não é bem pensada.” O especialista sabe que os órgãos eleitos “têm de responder rápido e, muitas vezes, não é a melhor resposta”.

    Na reunião com o primeiro-ministro deixou-lhe dois conselhos. Em primeiro lugar, a mudança tem de ser significativa para que a população perceba que há algo a ser feito. “Tem de ser diferente do passado, não pode ser apenas mais helicópteros e aviões de combate a incêndio, precisam de concentrar-se nos outros componentes.” Depois, é preciso gerir expectativas. “Se fizer promessas que não consiga cumprir, as pessoas vão perder a confiança em si. E se não tiver a confiança do público, não vai chegar a lado nenhum.”

    Nos próximos anos, o número de incêndios e a área ardida até podem ser menores, mas isso não será necessariamente resultado das políticas do Governo. No relatório de 2009, os autores perceberam que existe um ciclo de verões amenos e húmidos, com menos expressão dos fogos florestais, seguidos de um ou dois anos de verões secos e quentes, em que os incêndios podem tomar proporções catastróficas. E são estes “anos benignos” de incêndios que conduzem aos anos extremos. Porquê? “Primeiro, as zonas não ardidas nos anos amenos tornam-se mais propensas a arder nos anos seguintes com verões quentes e/ou secos. Segundo, nos verões amenos, há um aceleramento do crescimento vegetal, devido a um menor stress da humidade, que fornece mais combustível para a ocorrência futura de incêndios, em verões quentes e/ou secos”, escreveram os autores no relatório.

    Mas se acha que este ano ardeu tudo o que havia para arder, Mark Beighley desfaz a ilusão: “Ainda há muito para arder. Há combustível suficiente — em diferentes partes de Portugal — para termos mais duas ou três temporadas de incêndio como este ano”.

    https://infogram.com/gestao-combustiveis-1ggk26jz439jmn0

    O especialista deixa ainda uma crítica à calendarização da época dos incêndios (fases Bravo, Charlie e Delta). “O calendário é ótimo para a proteção civil, mas é péssimo para o combate aos fogos florestais.” E dá o exemplo deste ano: “A fase Charlie, quando acontecem a maior parte dos incêndios, começa a 1 de julho e vai até 30 de setembro, mas os dois incêndios mais significativos deste ano aconteceram fora deste período, um antes e outro depois.” Para Mark Beighley, a média faz pouco sentido quando o que se verifica são “temporadas de incêndios assimétricas”. “Ou se tem uma época de incêndios muito severa ou muito branda.”

    A sugestão é que se crie um índice meteorológico com foco nos incêndios, que tenha em consideração, por exemplo, o clima presente, as previsões futuras, o nível de secura dos combustíveis ou o nível de aridez dos solos. Mais uma vez, o especialista disse que o país já tem capacidade para fazer isto e enalteceu o trabalho feito pelo Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA).

    “As nações e estados não podem controlar a meteorologia, as secas e ondas de calor. No entanto, podem controlar a quantidade de combustível pronto a arder e a sua distribuição no terreno.”


    Mas os autores deixam claro que a prevenção é o mais importante. “As nações e estados não podem controlar a meteorologia, as secas e ondas de calor. No entanto, podem controlar a quantidade de combustível pronto a arder e a sua distribuição no terreno.” Só reduzindo a quantidade de combustíveis se consegue reduzir a intensidade dos incêndios e, aí sim, os meios de combate serão eficazes. Os autores dão ainda o exemplo da Califórnia, que tem “o sistema de combate aos incêndios florestais mais sofisticado e caro do mundo”, mas que mesmo assim tem dificuldade em combater incêndios extremos.

    Correcção: Mark Beighley visitou as zonas afetadas pelos incêndios de outubro, nomeadamente a zona de Oliveira do Hospital

    http://observador.pt/especiais/especialista-dos-eua-que-previu-os-grandes-fogos-avisa-pode-haver-mais-duas-a-tres-temporadas-de-incendios-como-este-ano/
    Estas pessoas agradeceram este comentário: C. Lobo
  13. Não tenho forma de confirmar mas um dia destes disseram-me que em alguns países como França, Alemanha e outros nórdicos, a madeira queimada não pode ser vendida abaixo do preço da verde. Resultado: cortaram pela raiz um dos problemas, acabando com quem ganha com este negócio...

    Aqui fala-se em falta de limpeza. Na França, Alemanha e outros países nórdicos alguém anda a limpar as florestas (que são quase todas do Estado) e que são de longe muito mais extensas que as nossas? Fala-se agora em obrigar a limpar à volta de casas e estradas!?!?

    Em Pedrogão as pessoas foram apanhadas na estrada porque as árvores estavam plantadas até à beira. Há um vídeo no youtube com um fogo igual (com aquele efeito que tem um nome esquisito das correntes descendentes de ar ou lá o que é) e que aconteceu no Canadá e nós vemos os carros a circular em fila nas duas faixas e em segurança. Porquê? Porque entre a estrada e as árvores há um intervalo de 40 metros para cada lado, sem nada, tudo limpinho, nem árvores nem vegetação alta. Se isto se fizesse cá, não tinha morrido ninguém naquele incêndio ou nos incêndios de Outono!!!

    Veem-me agora com relatórios e mais relatórios, prometem novas leis, culpam as falhas nas telecomunicações, no trabalho dos bombeiros ou no socorro às pessoas. Tirem os eucaliptos de perto das casas e estradas, proibam a plantação de eucaliptos perto das casas e estradas, que por mais incêndios que façam, não morre ninguém!!!
  14. Cá em Portugal é uma faixa ridícula de 10 metros para cada lado da estrada que tem de estar limpa, que não é cumprida! Que em caso de incêndio a sério não faz diferença... deveria ser no mínimo 50 metros para cada lado sem nada disse-me alguém que é bombeiro, que se for menos que isso não faz diferença... mas quem decide não percebe nada do assunto e então é só leis avulsas e nem ouvem quem percebe realmente.
    E não é 50 metros só por causa dos incêndios! Também por causa das quedas de árvores nas estradas quando existem ventos muito fortes ou terramotos! Que tornam muitas estradas totalmente intransitáveis até à remoção... se às vezes remover uma demora o tempo que todos sabem, imaginem dezenas/ centenas/ milhares.
    Concordam com este comentário: zinna
  15. Colocado por: josexyE não é 50 metros só por causa dos incêndios! Também por causa das quedas de árvores nas estradas !


    Nos postes de luz ... Onde as pessoas ficam sem luz
    Nó vemos isso tudo.... o importante é aplicar a lei.
    Como não dá dinheiro...
    Concordam com este comentário: Filipe R. Carvalho
  16. E os 50m foram suficientes para proteger as habitações nos grandes incêndios? NÃO!

    Com projecções de 4km, esqueçam a eficácia das redes de faixas secundárias de gestão do combustível em incêndios como os que ocorreram nos fatídicos dias de Julho e Outubro. As faixas são extremamente úteis no caso de incêndios em que a capacidade de extinção seja eficaz.
    Toda a gente fala muito das limpezas que devia ser x ou y porque não tem terrenos. No dia que tiver de pagar aos 3000€ por ano para limpar um terreno que pelas suas características não permite tirar qualquer vantagem monetária venham mandar postas de pescada. Já diz o ditado, pimenta no **** dos outros...
    Concordam com este comentário: C. Lobo
  17. As casas ardem porque não limpam os algerozes, os telhados e muitas vezes têm mato e até árvores encostadas às próprias casas, assim não há milagres. E dá jeito manterem os estores corridos, mesmo os de plástico protegem se bem que derretem e depois têm de ser substituídos, mas antes os estores que a casa toda. Pelo menos estou farto de ver disto por todo o lado... e as pessoas continuam a não limpar bem nem sequer à volta das suas casas e arrumos.
  18. E casas que arderam no meio das povoações onde não existia combustível herbáceo, arbustivo ou arbóreo?
    Concordam com este comentário: eu
  19. Colocado por: zeuzaE casas que arderam no meio das povoações onde não existia combustível herbáceo, arbustivo ou arbóreo?

    Arderam também... (Nem todas é claro, mas algumas um pouco por todo lado por onde o incêndio passou).

    Sei de uma situação de uma amiga, em que a habitação dela no meio da povoação, tinha as janelas todas fechadas, portadas fechadas e qual não foi o espanto dela quando chegou a casa depois do incêndio; a colcha da cama dela tinha um buraco queimado provocado por uma mochana.

    Quando é a sério é um caso sério...
    Os grandes incêndios de Junho e Outubro não foram uma situação de rotina mas sim de excepção.
  20. O Conselho de Ministros aprovou hoje uma resolução que autoriza a realização de despesa, no âmbito de um concurso público internacional, para a contração de meios aéreos de combate a incêndios florestais para 2018 e 2019.



    "Esta autorização tem um valor global máximo de cerca de 60 milhões de euros e integra-se no processo de transformação do modelo de acompanhamento do comando e operação de meios aéreos", disse Eduardo Cabrita, na conferência de imprensa realizada após o Conselho de Ministros.

    O concurso público internacional plurianual para a contratação de 50 meios aéreos de combate a incêndios florestais é feito pela Autoridade Nacional de Proteção Civil (ANPC).

    O ministro destacou os "aspetos inovadores" que vão ser introduzidos em relação aos meios aéreos de combate aos fogos, como o aumento do número de meios disponíveis relativamente ao que existia em anos anteriores, passado de 41 para 50 aeronaves.

    Eduardo Cabrita adiantou que os meios aéreos vão também estar disponíveis ao longo de todo o ano e não só no chamado período crítico de incêndios florestais, além de passarem a operar mais horas por dia, ou seja, durante todo o período de luminosidade.

    Dos 50 meios aéreos, 14 (10 helicópteros ligeiros e quatro aviões anfíbios médios) vão estar disponíveis todo o ano e realizar a operação diária com referência à existência de luz solar em detrimento das 12 horas por dia, segundo o Ministério da Administração Interna (MAI).

    Outro dos aspetos que o ministro classificou como "tecnicamente inovador" passa pela existência de dois aviões ligeiros de avaliação e coordenação, aeronaves que vão "acompanhar e coordenar toda a operação dos vários meios aéreos envolvidos num combate a um incêndio de grande dimensão".

    Segundo o governante, a operação destes dois aviões decorre "já do trabalho da unidade de missão que tem vindo a programar o novo modelo de resposta a incêndios rurais".

    O ministro disse ainda que este concurso envolve, pela primeira vez, a previsão da existência de um meio aéreo para a Madeira, designadamente um helicóptero ligeiro que vai operar nesta região.

    Os 50 meios aéreos que vão ser alugados incluem 38 helicópteros ligeiros, um dos quais para a Madeira, para ataque inicial, seis aviões anfíbios médios, quatro anfíbios pesados para incêndios de grande dimensão e dois aviões ligeiros de avaliação e coordenação.

    De acordo com o MAI, 13 helicópteros ligeiros, dois aviões anfíbios pesados e os aviões de coordenação e avaliação vão ser equipados com câmara de videovigilância e de infravermelhos, passando ainda a existir "maior eficiência na utilização dos meios aéreos através do uso de gel extintor e retardante".

    Além dos 50 meios aéreos alugados, o combate aos fogos conta ainda com [b]os meios próprios do Estado, sendo que estão aptos a voar seis dos nove existentes, três Kamov e outros três helicópteros ligeiros.

    Na conferência de imprensa, o ministro disse ainda que saiu hoje em Diário da República a constituição de um grupo de trabalho, com representantes dos ministérios da Administração Interna e da Defesa, que irá definir, nos próximos 45 dias, como é que a Força Aérea passará, num horizonte de médio prazo, exercer a operação e o comando de meios aéreos de combate a incêndios.

    No entanto, sustentou "é fundamental ter a resposta para 2018 e 2019 e foi isso que foi hoje aprovado" esta resolução em Conselho de Ministros.

    https://www.noticiasaominuto.com/economia/916690/governa-autoriza-60-milhoes-euros-para-contratacao-de-50-meios-aereos
 
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