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    • Flica
    • 24 fevereiro 2016

     # 161

    Mas também aprecio estética no seu todo (arte, antiguidades, mobiliário, decoração). Não apenas arquitectura.
    Depois associo sempre este meu gosto ao filosófico, à poesia, à literatura, à História (das gentes e dos lugares). Está tudo relacionado, estreitamente, para mim.

    Foi precisamente o que quis dizer-lhe num meu anterior comentario, ver abaixo:






    CMartin
    Gosta de arte sim, mas não somente da arte pela arte ou apenas pelo seu fascínio, gosta de a envolver e rodear de uma dose de filosofia para além do sentimento e do conhecimento. Pq, na verdade, a sabedoria, só por si, tende a tornar-se enfadonha numa vulgar descrição de factos ou num parafrasear de doutrinas.
    Surge sp primeiro um brainstorming como agora estroutra construção que mais parece uma anta? E evoluir assim...
    Concordam com este comentário: CMartin
    •  
      CMartin
    • 24 fevereiro 2016 editado

     # 162

    Colocado por: CMartin

    Olá Castela, Vai ter que me dar mais crédito, escrevendo isto de outra forma...é uma percepção demasiado simplista para ser vista como sendo minha. Será que é assim que me expresso ? Espero que não! :o)

    Ou então e também pode ser: até é possível que a sensibilidade e a emotividade (uma pessoa muito sensível, muito sentimental) sejam características relacionadas ? Uma pessoa com estas características estará mais susceptível à beleza, à estética ?
    Concordam com este comentário:C.Silva


    Colocado por: CastelaNão me leve a mal, são as vicissitudes deste meio de comunicação, não há o tom, a expressão, outros referenciais...


    Estou aqui delirante! Fez-se um "clic", parece-me tão claro que até me custa acreditar como não o vimos logo!

    Afinal, claramente, Castela, até se sem querer, o que disse foi o seguinte: Às pessoas de maior emotividade, mais sensíveis cabe-lhes maior sensibilidade. Logo, são por essa razão mais susceptíveis à beleza logo são mais entendidas no que toca a gosto, inadvertidamente, quase e este termo também é referido no post 2 deste tópico, como que têm um"sexto sentido"! E também porque antigamente o gosto baseava-se apenas na excitação dos sentidos, logo o gosto ou o não gosto era meramente sensorial (primitivamente sem teoria por trás que sustentasse o gosto, a razão do gostar).

    No outro lado da balança haverá pessoas que sendo mais racionais do que emotivas, têm um caminho a percorrer para se instruírem (num prático exercitar dos sentidos e trabalhar da mente) no que toca ao seu gosto pessoal. Têm que apurar os sentidos através do acompanhamento da temática, cultivando-se.

    Não caibo em mim de contente !

    Hum?!! O que acham disto agora?

    (acho que o concordo discreto do C.Silva também contribuiu não sei se advertida ou inadvertidamente para tropeçar na realização disto).
  1.  # 163

    Colocado por: marco1GMCQ

    vou lendo de relance

    mas também se calhar não é por andarem tão ocupados que não veem ao tópico, mas sim por sentirem que estão a "levar" outra vez com uma dose para cavalo que tiveram na sua formação.
    mas parabens á CMartin é sempre bom ouvir falar( ler) destes temas.


    Obrigada sim eu gosto também.

    Fico um pouco decepcionada. É de calcular, não ?
    Pode contribuir com aquilo que todos nós meros mortais gostaríamos tanto de saber..na visão de arquitecto, a sua, como exemplo, o que é o gosto e a estética, o que o leva a isto ou aquilo para si pessoalmente. O seu pensamento. Não vem nos livros para os cavalos. Está dentro de si.
    Só tenho duas expectativas de arquitectos, a sua e a outra já a mencionei. Gostava de ter ambas. Veja lá se arranja maneira de atender ao pedido, enriquecia muito o tópico. Mas não é a ferros que isso assim também não quero, não tem valor.
    Concordam com este comentário: GMCQ
  2.  # 164

    Colocado por: FlicaMas também aprecio estética no seu todo (arte, antiguidades, mobiliário, decoração). Não apenas arquitectura.
    Depois associo sempre este meu gosto ao filosófico, à poesia, à literatura, à História (das gentes e dos lugares). Está tudo relacionado, estreitamente, para mim.

    Foi precisamente o que quis dizer-lhe num meu anterior comentario, ver abaixo:






    CMartin
    Gosta de arte sim, mas não somente da arte pela arte ou apenas pelo seu fascínio, gosta de a envolver e rodear de uma dose de filosofia para além do sentimento e do conhecimento. Pq, na verdade, a sabedoria, só por si, tende a tornar-se enfadonha numa vulgar descrição de factos ou num parafrasear de doutrinas.
    Surge sp primeiro um brainstorming como agora estroutra construção que mais parece uma anta? E evoluir assim...
    Concordam com este comentário:CMartin


    Sim, foi precisamente o que a Flica disse, é verdade. E agora diga-me, o que é a Arte para si, é também a arquitectura, o brincar às casinhas? Acho que é literatura e pintura, antes e mais, sim?
    •  
      GMCQ
    • 24 fevereiro 2016

     # 165

    Colocado por: CMartinDesculpem, já agora, serve mais de desabafo porque às vezes pesa-me na consciencia, nunca leiam um post meu assim que o coloco. Isto porque primeiro coloco o post e depois volto atrás para o editar melhor. É uma mania minha.

    GMCQ penso que com a pressa, sei bem que anda ocupado, mas leu enviesado a participação de Castela :o)


    Colocado por: Castela

    Boas GMCQ
    Não era isso que me referia, claro que os arquitectos andam ocupados, temos todos pouco tempo, o que é sempre bom sinal, nem se podia pedir mais, pois muito sinceramente, pelo menos uns mais frequentes até ajudam muito e perdem muito tempo com muito pouco em troca. isso é sem dúvida louvável.
    O que eu disse é que gostava de ter também a opinião deles nestas matérias e não só em matérias mais "técnicas".
    Por fim, como também tenho pouco tempo e por uma questão de respeito e cortesia com a autora do tópico, ficava-me mal estar a assumir esse trabalho de fazer "pontes". :)
    Mas dentro das possibilidades, vou participando.
    Concordam com este comentário:CMartin,GMCQ
    Estas pessoas agradeceram este comentário:CMartin


    Quase de certeza que sim, como isto tem andado, devo ter lido é de pernas para o ar! :)
    Concordam com este comentário: CMartin
    Estas pessoas agradeceram este comentário: CMartin
  3.  # 166

    CMartin

    sabe, a arquitetura, e apenas dela eu posso permitir-me a ter alguma opinião mais concreta, no meu entender deve distanciar-se um pouco dos assuntos da arte pura.
    ela é um misto de técnica, arte, sociologia e até psicologia. assim a questão do gosto embora eu pense que se pode ser "educado", tem realmente algo do je-ne-sais-quoi que é difícil explicar ou que não se explica. é já um campo sensorial que tem muito a ver com a individualidade de cada individuo e as circunstancias do seu "ser".
    em relação a dizer que o gosto pode ser educado é uma forma simples de eu dizer pois não é propriamente isso, é mais como direcionar as pessoas para "ver", saber ver, dotar de mecanismos mentais para tal.
    especificamente, a arquitetura teve imensas fases e é sintomático a sua relação com as fases da sociedade em várias épocas e a correlação da sua decadência com um excesso de decoração como resposta á estagnação de ideias. atenção que decadência pode não ser algo depreciativo visto que por exemplo se traduz por vezes em coisas fantásticas. a arquitetura moderna ( não me refiro á contemporânea) nos seus primórdios foi sobretudo uma atitude de rutura e a busca na racionalidade de novas respostas á realidade. algumas frases até ficaram " máquina de habitar".
    pessoalmente defendo um ponto de equilíbrio na arquitetura, nada de fundamentalismos e estilos rígidos, estar atento ás particularidades dos sítios e claro está ir na busca do tal je ne sias quoi sem descurar os cânones da proporção, escala, harmonia sem no entanto com mestria os poder subverter.
    assim gosto mais da sua forma de expor estes assuntos ao invés de divagações que eu possa ter como esta :)
    ainda sobre a arquitetura sempre tive alguma dificuldade em explicar aos não arquitetos e donos de obra que só abrangendo o todo se pode particularizar, e mais concretamente estar a opinar sobre uma planta de uma casa para um terreno sem "ver", estar na "posse", de todas as ou muitas variantes, torna-se um exercício penoso ( closet mais para ali, janela para acoli, parede mais para acolá, etc...). por exemplo a casa do pandr é difícil explicar que embora o projeto já lá está a "roupa" ainda não condiz. porquê?? je ne sais quoi ou é difícil explicar:)
    Concordam com este comentário: CMartin
    Estas pessoas agradeceram este comentário: CMartin
    •  
      CMartin
    • 24 fevereiro 2016 editado

     # 167

    Colocado por: marco1CMartin
    (...)em relação a dizer que o gosto pode ser educado é uma forma simples de eu dizer pois não é propriamente isso, é mais como direcionar as pessoas para "ver", saber ver, dotar de mecanismos mentais para tal.
    especificamente, a arquitetura teve imensas fases e é sintomático a sua relação com as fases da sociedade em várias épocas e a correlação da sua decadência com um excesso de decoração como resposta á estagnação de ideias. atenção que decadência pode não ser algo depreciativo visto que por exemplo se traduz por vezes em coisas fantásticas. a arquitetura moderna ( não me refiro á contemporânea) nos seus primórdios foi sobretudo uma atitude de rutura e a busca na racionalidade de novas respostas á realidade. algumas frases até ficaram " máquina de habitar".
    pessoalmente defendo um ponto de equilíbrio na arquitetura, nada de fundamentalismos e estilos rígidos, estar atento ás particularidades dos sítios e claro está ir na busca do tal je ne sias quoi sem descurar os cânones da proporção, escala, harmonia sem no entanto com mestria os poder subverter.
    (...)
    ainda sobre a arquitetura sempre tive alguma dificuldade em explicar aos não arquitetos e donos de obra que só abrangendo o todo se pode particularizar, e mais concretamente estar a opinar sobre uma planta de uma casa para um terreno sem "ver", estar na "posse", de todas as ou muitas variantes, torna-se um exercício penoso ( closet mais para ali, janela para acoli, parede mais para acolá, etc...).


    obrigada marco1 pela contribuição, agora vou ter que espalhar por aqui um pouco de cola para ver se lhe consigo manter activo e não passivamente como leitor apenas. Embora me seja lisonjeador saber que o lêem, o tópico, quero também tirar proveito dos outros através da suas opiniões, de si. Assim, vou nomeá-lo o nosso arquitecto residente do tópico. Espero que lhe traga satisfação, olhe que não me parece que seja de menosprezar :o) Não significa com isto que terá que encher salsichas por aqui, apenas pontualmente deixar-se estimular pelos comentários de forma a que o impulso de responder seja maior do que o de conter-se!

    Gosto muito do decadente, já que a ele refere, acho o decadente de uma riqueza que tudo nos permite, quase (quase...há que saber, há que saber ..ou sentir-se que se sabe..ou sentir o prazer e pelo prazer saber-se que está certo, que está bom) um feio bizarro que afinal se torna belo e fantástico (a lembrar-me do seu comentário no fantástico de não ver na sua maioria nada de fantástico, acho que será isto que eu vejo naqueles casos específicos aos quais se referia.). Permite um soltar de tudo o que temos em nós e transpor para uma decoração.. e as coisas que eu tenho em mim são infinitas! Daí o meu grande apreço por este tipo de decoração, permite-nos ultrapassarmo-nos, sermos maiores do que aparentamos, sermos alma. É a única forma aliás que eu sinto de mostrar o que me vai na alma. Se eu fosse uma decoração seria aquelas.

    Com a arquitectura sou mais levezinha. Gosto duma boa base - de qualidade de materiais e de desenho simples mas consistente, com harmonia de cores e de materiais, sem muitas misturas, mais limpinho. Até porque depois vamos "vesti-la" :o)

    Achei muito interessante a "máquina de habitar", é máquina pela funcionalidade, penso ? Vou pesquisar não conhecia de todo o conceito.

    Também tenho a mesma dificuldade. Sim! Sim! Não consigo, especialmente se à primeira uma planta, ou o detalhe que nos é apresentado, não me causar boa impressão, comentar sem conhecer o detalhe.
    Quero saber mais nem que seja sobre a pessoa. Tento criar-lhe uma personalidade que me seja possível relacionar com, para depois poder opinar. Ou preciso de saber o local da casa, para criar-lhe a personalidade (se é por exemplo em Lisboa, Lumiar ou Lisboa, Odivelas para mim já é importante a construção do personagem, do dono de obra). É com base na personalidade que eu imagino que seja (ou que tenha) da pessoa, que eu consigo opinar melhor. Se for uma boa planta, que me agrade, a pessoa já está ali revelada na planta, e na minha cabeça torna-se tudo mais fácil! Encontro-me, ou antes, reconheço-me nela.
    Prefiro não comentar plantas de que não gosto, por várias razões mas especialmente por falta dos tais elementos caracterizadores, que por vezes tento ir buscar (como foi o PandR) para que me consiga "inspirar" da forma mais correcta para poder opinar, preciso de referências que me possam ser conhecidas, ou com as quais me consiga relacionar. Há pessoas reais para as quais eu não conseguiria fazer uma casa. São muitas. Não sei como se consegue fazer isso. Mesmo com o direccionar "as pessoas para "ver", saber ver, dotar de mecanismos mentais para tal." o objecto de arquitectura será sempre do dono de obra e distanciarmo-nos disso, para mim, seria muito difícil. Se calhar ainda bem que não segui aquilo que gosto mais do que outra coisa qualquer, arquitectura, e decoração por isso. Não temos certamente apenas os clientes que queremos ou sonhamos. Gostava era que me entregassem tudo e saíssem do caminho ! Liberdade para criar, isso sim! O je ne sais quoi teria que ser todo meu!
  4.  # 168

    CMartin,

    Depois de ler os seus tópicos acredito que deve ficar desiludida em relação à nossa capital com tanto potencial e recheada de edifícios devolutos com fachadas lindíssimas
    Concordam com este comentário: CMartin
  5.  # 169

    migjac

    quando há €s até se tem feito coisas muito interessantes, veja por exemplo uns edifícios que foram recuperados para um hotel no programa da sic espaço casa
  6.  # 170

    Colocado por: marco1migjac

    quando há €s até se tem feito coisas muito interessantes, veja por exemplo uns edifícios que foram recuperados para um hotel no programa da sic espaço casa


    Mas se forem apenas recuperados para a hotelaria, quando a procura diminuir o que vai acontecer?
  7.  # 171

    Colocado por: CMartinaté é possível que a sensibilidade e a emotividade (uma pessoa muito sensível, muito sentimental) sejam características relacionadas ? Uma pessoa com estas características estará mais susceptível à beleza, à estética ?

    Admirável hoje em dia, dai o meu concordo
    Continue CMartin
    • m.arq
    • 24 fevereiro 2016

     # 172

    Colocado por: C.Silva
    Admirável hoje em dia, dai o meu concordo
    Continue CMartin


    Mais um bocadinho e temos a poética...
    Grande geringonça vai por aqui.

    Como diria o Camarada Jerónimo, a "questão central" é reflectir se o sinal de trânsito da "casinha" teria leitura em Marrocos?

    Cmps!
    Concordam com este comentário: CMartin, monicaa
  8.  # 173

    Colocado por: m.arq
    (...) a "questão central" é reflectir se o sinal de trânsito da "casinha" teria leitura em Marrocos?
    Cmps!


    Tem sim, é uma leitura universal da casinha !
    ?
  9.  # 174

    Colocado por: m.arq
    Vamos por outro lado.

    A secção âurea ou rectângulo de ouro resulta do rebatimento da diagonal entre o ponto médio do lado de um quadrado e o vértice do lado oposto.
    Ou seja:
    Temos um quadrado (a*a) de lado "a" (ou base "a"), após o rebatimento da diagonal referida temos um rectângulo (a*b) (com base "b"). Este lado "b" comprimento do rectângulo resultou de um factor aplicado ao lado "a" do quadrado, chamemos-lhe Fi (ausência de simbolos no teclado).

    b=Fi*a
    Fi*a=a/2 (comprimento até ao ponto médio da base "a") +RAIZ2(raís quadrada) de (a/2)2(ao quadrado)+a2(comprimento da diagonal pelo teorema de Pitágoras, sendo catetos restante a/2 da base e o lado vertical "a" )

    Fi*a=a/2+RAIZ2((a/2)2+a2)
    Fi*a=a/2+RAIZ2((a2/4+a2)
    =a/2+RAIZ25*a2/4
    =a/2+1/2*RAIZ25*a2
    =a/2+1/2*a*RAIZ25
    =a/2+a/2*RAIZ25
    Fi*a=(a+a*RAIZ25)/2
    2*Fi*a=a+a*RAIZ25
    FI =(a+a*RAIZ25)/2*a
    Fi =(a*(1+RAIZ25))/2*a
    Fi =(1+RAIZ25)/2
    Fi =1,61803398874....................................................................................................................

    Nota: teria desenhado +rapidamente uma casa q escrever esta coisa,... e atenção, CMartin. O modernismo tb cumpriu e de q maneira este preceito.


    m.arq estava à sua espera para lhe fazer um pedido. Rabisque-me para aí uma casinha. Para mim. E coloque aqui no tópico.
  10.  # 175

    Cara Cmartin, e por posts como estes que eu nao posso passar muito tempo sem visitar este forum.

    Como ja aqui disse, este forum tem uma qualidade muito acima a media nacional. Estar certamente ao nivel do melhor que se faz na Europa a este nivel. Quando se olha para comentarios de jornais importante nacionais como o Publico ou JN, fica bem visivel o analfabetismo que continua a grassar por este pais.

    Mas comentarios a parte, concordo inteiramente com a diferenca entre casa e lar. Ja aqui disse muitas vezes que vou agora construir um lar a medidal da minha familia. O meu gosto tem muito mais que ver com a Provence Francesa ou country house inglesa. Criterios principais: conforto, comodidade, funcionalidade.

    Nao quero saloes gigantes de tijoleira fria, como tanto se ve neste pais. Nao quero divisoes frias e imensas. Nao quero Salas vazias e corredores sem fim. Sera isso a arquitetura Portuguesa? E certo que OS Sisa e Soutos Moura preconizam esse tipo de arquitetura. Veja-se o estadio do Braga como e frio, mesmo gelido. Veja-se os museus do Sisa?

    Por isso, interpreto o azul do seu simbolo como o frio da Siberia. Arquitetura minimalista, sem cor, sem emocao. E assim que eu vejo a arquitetura Portuguesa.
    Estas pessoas agradeceram este comentário: CMartin
    • m.arq
    • 24 fevereiro 2016 editado

     # 176

    Colocado por: CMartin

    Tem sim, é uma leitura universal da casinha !
    ?


    Pois!
    Invariávelmente em Pt, uma criança desenha uma casinha com telhado, ..logo por trás, montanhas com neve e entre os cumes nasce um rio, ao pé de casa uma ponte e mts árvores, .. mais coisas.., pássaros, borboletas. ... . 1/4 de Sol adoçado ao canto superior esquerdo(?!?).
    Não sei. Como desenhará um norte africano com 7 anos a paisagem? Uma vez pressuposta a intrinsecidade da neve.

    Cmps!
    Concordam com este comentário: CMartin
    • Flica
    • 24 fevereiro 2016

     # 177

    Sim, foi precisamente o que a Flica disse, é verdade. E agora diga-me, o que é a Arte para si, é também a arquitectura, o brincar às casinhas? Acho que é literatura e pintura, antes e mais,

    Sim, CMartin tb gosto de brincar às casinhas, mando aqui um mimo da terrs onde estou a morar, vamos ver se segue o anexo
    Estas pessoas agradeceram este comentário: CMartin
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    • Flica
    • 24 fevereiro 2016

     # 178

    Não coloquei a citação entre aspas mas com os nomes proprios mencionados acho que se percebe.
    Boa noite!
    Concordam com este comentário: CMartin
    •  
      CMartin
    • 24 fevereiro 2016 editado

     # 179

    Colocado por: migjacCMartin,

    Depois de ler os seus tópicos acredito que deve ficar desiludida em relação à nossa capital com tanto potencial e recheada de edifícios devolutos com fachadas lindíssimas
    Concordam com este comentário:CMartin


    Aproveitando o balanço duma conversa de há pouco na vida real sobre " o politicamente correcto é falso" !...:

    Se fico desiludida?
    Fico com a nossa capital e com o País inteiro.

    São do tempo em que as casas não eram construídas tão facilmente! Mas deitamo-las abaixo apressadamente, antes que alguém as veja e nos relacione com elas ! Tanto potencial em cada edifício e casa antiga, já o tenho dito. Aqueles materiais todos nobres genuínos, vernáculos, a madeira, a pedra, a palha, até o cal me fascina. Naquelas edificações ou ruínas até, que as sejam, deitadas abaixo, ou como disse C. Silva uma vez e bem, a caírem sobre si mesmas. A aguentarem-se estoicamente, anos e anos e anos.
    Apodrecem, levam-lhes os azulejos seculares, ganham grafitti. Que espectáculo tão triste de ter que se assistir. Ali se vai a história, a cultura, dum Povo. E nós a assobiarmos para o ladex! Não nos incomoda em nada! Não fazemos questão nenhuma!

    E quando compramos um terreno com por mero acaso, uma ruína lá espetada? Tropeçamos nela ! Hein ! E esta agora?! Queríamos o terreno, veio com brinde! Qual bolo rei. Quase que me parte o dente!
    Podia ter comprado o terreno mais abaixo, mais à esquerda ou à direita, não tinha lá nada..era só toca a construir. Calhou-me na rifa, olha.
    Deixa lá ver se isto pode dar em alguma coisa, dois ou três posts depois e ainda bem cheguei à conclusão com a ajuda preciosa do fórum da casa, bem me parecia apenas precisava de me certificar, com estes 2 ou 3 posts é quanto baste, que tentar algo com a ruína vai-me custar demasiado.., suspiro de alívio, já posso fazer a casa igual à do Fernando Palracho não melhor para ele ter inveja! Vai ficar um mimo! E vai ter Etics, e piso radiante, e piscina, e janelas corridas grandes, e varandas em aço e verdelejos (azulejos verdes chama-se verdelejos, soubessem!) E não esquecer a relva artificial é essencial. Quero mdfs, laminados, aglomerados, sintéticos, revestimentos. Temos pressa! Queremos construir casas cor de laranja, e verde pistaccio, e amarelas, queremos, queremos, queremos.. casa com rectângulos que mais parecem periscópios. Casa ProEra? Soa bem. Que modernos. Queremos um apartamento em Alfragide, encafuados como toda a gente. A bater com as cabeças uns nos outros quando vamos às varandas. A urbe moderna tem destas coisas.

    Queremos fugir da casa velha, temos medo dela, ao invés de ser o nosso orgulho é a nossa vergonha. Persegue-me nos meus piores pesadelos. Que nojo que me dá só de pensar nela !
    A nobreza dum povo..hoje encontra-se no do it yourself fácil.

    Tenho tanta pena, apetece pegar em todas aquelas pobres ou antes nobres pedrinhas que perfazem aquela edificação velha ou antiga e afagá-las uma por uma, afinal que culpa é que elas têm de eu ser tão ignorante!!
    Afinal, a Câmara também não me ajuda lá muito..também com todas as restrições de não poder fazer o que bem entendo da minha casa velha! Queria pintá-la de verde alface e não deixam...

    Desculpem. Juro que não quero transparecer como provavelmente transpareço aqui, como uma daquelas velhinhas de tremeliques nas mãos a empurrarem carrinhos de compras tortos com bugigangas e cartazes de cartão com dizeres de revolta escritos, como sê vê nos filmes americanos; extremistas verdes ou de esquerda ou de salvem as baleias e não deixem construir o parque de estacionamento em vez do parque infantil, mas é verdade que são todas causas nobres. Como é o salvaguardar do que para mim é património nacional mesmo quando não está oficialmente classificado como tal. Sim, como entendo os tremeliques das velhinhas insanas por causas, é de raiva e de impotência porque os outros parece que para além de não entenderem ainda sorriem com aqueles sorrisos amarelos irónicos que demonstram um falso saber julgar acima de nós idiotas. Que se danem. Construam lá o prédio aos triângulos salmão e amarelo (juro, tenho uma correnteza deles assim na minha rua, felizmente longe da minha vista). Mil vezes o meu núcleo histórico, ainda que com devolutos. Porque assim ainda tenho esperança que apareça alguém com juízo. E de vez em quando, sorte a minha, aparece.
    Concordam com este comentário: migjac, luis_guilherme
    Estas pessoas agradeceram este comentário: luis_guilherme
    • Flica
    • 24 fevereiro 2016

     # 180

    Acho que tenho a foto inteira
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