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    Paraquedistas na República Centro Africana. Treinar para descer ao inferno
    31 Julho

    Pedro Raínho

    Risco permanente e "imprevisível". A República Centro Africana é o mais duro cenário com militares portugueses. Em setembro, uma força parte em missão. Acompanhámos o treino desta unidade especial.

    O cartão de cidadão diz André Ferreira, mas no pelotão todos o conhecem por Xico, a alcunha de infância que um tio lhe colou à pele, Xico da Gafanha. Um metro e setenta, mais alguns centímetros de altura, é um dos que mais se destacam no pelotão, não pára um segundo. Tem agora pouco mais que os 52 quilos com que entrou no curso de paraquedistas, há seis anos. Nesse dia, olharam-no de lado. “O que é que estás aqui a fazer?”, provocavam os outros recrutas. Tinha 19 anos. “Eu dizia-lhes: ‘Vou-te mostrar quem sou’”, recorda ao Observador. E mostrou. É um dos “bravos” do grupo, quer fazer mais tiro e mais tiro e ainda mais tiro. E no meio deste entusiasmo perde, por momentos, a noção. No treino de hoje tem de atacar uma casa onde estão três inimigos que a equipa tem de abater. Mas já não tem munições nem recargas quando cruza a porta. O chefe de pelotão — um robocop de uniforme, pose rígida e expressão de aço – perde as estribeiras e sai disparado, voz agressiva, na direção da equipa. “Passaste três vezes com a arma nas costas do Jesus! O teu camarada morreu!”, grita para um dos homens. Silêncio no largo descampado do Campo de Tiro de Alcochete, silêncio de espanto, que ninguém está habituado a ver o sargento Rui Carvalho exaltado.

    Ao lado do colega de equipa, Xico não tira os olhos do chão. Fez asneira e vem aí castigo na certa. Mas a punição sai ao contrário. “É até ao campo”, grita o sargento. Afinal, não é com ele que o chefe de pelotão fala. Como ficou sem munições, acabou por também ser abatido e é Flávio Santos quem sentirá, literalmente, o peso dessa responsabilidade. O soldado levanta o corpo do Xico, encaixa-o nas costas e começa a carregá-lo rampa acima. São quatro quilómetros até às tendas onde estão instalados. Entre as armas, o colete, o capacete, e as munições, Flávio transporta sozinho uns 80 quilos. “É assim que eles aprendem”, diz o comandante do pelotão do segundo batalhão de infantaria de paraquedistas.

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    Flávio Santos paga o castigo: 80 quilos às costas porque o colega de equipa foi abatido depois de ficar sem munições

    Faltavam dois meses para o grupo partir em missão para a República Centro Africana (RCA) quando o Observador acompanhou o treino da força especial, e ainda havia muitas arestas por limar. Nessa semana, o grupo desceu da Base de São Jacinto, em Aveiro, até ao Campo de Tiro da Força Aérea, em Alcochete. Treinavam em contra-relógio e com a pressão em alta — a partir de setembro, não há margem para deslizes. Estão a preparar-se para o “pior” dos cenários. “O ambiente é volátil, muito incerto, com uma ameaça por vezes muito difícil de identificar”, resume o tenente-coronel Óscar Fontoura. É ele o topo da hierarquia na força portuguesa que esta sexta-feira recebeu o estandarte nacional.

    Flávio Santos já se afastou uns bons 100 metros do descampado quando Rui Carvalho dá nova ordem: pode voltar. “Porra, como é que eu vou pegar naquilo?”, desabafa Xico, já de pés no chão e com os olhos postos na G3. O cabo está abalado, sabe que o seu erro podia ter custado a vida a um companheiro de equipa. Mas o ar de desânimo também significa que a mensagem das últimas semanas está a fazer o seu caminho, através da cadeia de comando. “O meu farol desde o início do aprontamento foi sempre um: tenho a certeza de que a questão não é ‘e se nos acontecer’, a questão é ‘quando nos acontecer’, e nesse momento quero ter a certeza de que estamos preparados”, diz o tenente Pedro Fragosa.

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    Pedro Fragosa comanda o primeiro pelotão da força que parte em setembro para a missão. A vida de 30 homens depende das decisões que o tenente tomar

    O treino é duro. Para perceber o que o justifica, é preciso desviar o olhar para quase sete mil quilómetros a sudeste. É preciso ver o que é a República Centro Africana. Fragosa comanda um dos três pelotões que parte em missão daqui a poucas semanas. Tem 30 homens à sua responsabilidade, um terço dos paraquedistas que vai atuar num cenário de ameaça constante e em que o inimigo já mostrou ao que vem. “Quero ter a certeza de que tenho a minha tropa pronta e confio nos homens que levo”, diz o oficial paraquedista.

    Os mecanismos têm de estar afinados quando os paraquedistas pisarem solo centro africano. Usar um capacete ou uma bóina azuis na RCA é trazer um alvo ao peito. Sobretudo, a partir do momento em que o comandante da missão atribuiu à força portuguesa a responsabilidade de erradicar os grupos armados que ameaçam a estabilidade no país. Os cerca de 90 paraquedistas são a Força de Reação Rápida da missão das Nações Unidas, o braço-direito do general senegalês.

    Os militares que estiveram em aprontamento desde fevereiro foram recebendo informações da força na RCA, e isso permitiu-lhes adaptar o treino em Portugal à realidade que vão encontrar na missão: emboscadas, ataques surpresa em bairros críticos da capital — como o de abril, que acabou numa troca de tiros durante quatro horas — e uma população controlada por grupos armados que rapidamente se torna hostil. Fora de Bangui, a capital, há ainda missões de alto risco que obrigam a força portuguesa a deslocações internas de 30 dias. Nessas semanas, em que dormem em “burros de mato” dentro de tendas de campanha, os militares mergulham no silêncio. Não há comunicações, não há contacto com ninguém de fora do grupo.

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    Fora da capital, Bangui, vai ser assim. Dormir em "burros de mato" dentro de tendas em missões de alto risco que podem estender-se por 30 dias

    Treinar para sobreviver ao inferno

    Não foi fácil o momento em que Hugo Pinto teve de contar à mãe a sua decisão. Mas difícil, mesmo difícil, foi quando teve de dizer à namorada que ia para a guerra, seis longos meses na República Centro Africana. “Ela não gostou muito ao início”, conta. Pinto tem 20 anos, é o “cheka”, o mais novo do grupo — e é a primeira missão internacional em que embarca, dois anos depois de se juntar à força de tropas paraquedistas.

    A família do soldado já estava habituada à vida de militar, a namorada não. “Ela está a estudar, quer ir de Erasmus e vamos tentar conciliar as coisas da melhor maneira, temos internet no aquartelamento, vamos tentar manter o contacto e comunicar sempre que possa”, diz o militar. “Temos de estar preparados para tudo.”

    Na República Centro Africana, a vida vale muito pouco. É um dos mais pobres e mais violentos países do mundo, e tem sido incapaz de se encontrar com a estabilidade política duradoura. É o país onde ainda se vive a ressaca de um golpe de Estado que, há cinco anos, afastou do poder o general François Bozizé. Os Séléka (“coligação”, traduzindo da língua local) são uma aliança de grupos rebeldes maioritariamente muçulmanos (pelo menos, na sua origem) que foi crescendo em número, com fileiras reforçadas por traficantes de diamantes e contrabandistas que, fora de Bangui e são, em muitas regiões, os verdadeiros donos de largas parcelas de um território sem lei. Do outro lado estão os anti-Balaka, uma milícia de inspiração cristã que nasceu por oposição ao primeiro. Nos últimos anos, o conflito entre os dois grupos escalou para um clima de guerra civil.

    Pedro Fragosa não tira os olhos do seu pelotão. Deu sete minutos aos homens para se equiparem e estarem prontos a arrancar e o grupo falha a missão. "Eu não estou aqui para vos f..., mas isto é um treino!". Na República Centro Africana, o erro pode pagar-se caro. E tudo conta.
    Num ambiente explosivo como este, as mesmas redes sociais que Hugo Pinto espera poder usar para matar saudades de casa são usadas por alguns agitadores nacionais para difundir as imagens do terror. Verdadeiras carnificinas e atos de canibalismo escapam ao controlo do algoritmo do Facebook, como a fotografia de um homem que posa para a câmara com um sorriso que mostra, entre os seus dentes, e separada do resto do corpo, a perna de um inimigo que matou minutos antes.

    Nada disto passa despercebido aos militares portugueses que se estão a preparar para render os camaradas já em setembro. “É algo que nos preocupa, mas tentamos manter o mesmo espírito e trabalhar da melhor maneira para evitar essas situações, porque o risco vai estar sempre lá. Mas temos de confiar no nosso trabalho, nos comandantes que estão ali, que nos querem proteger, temos de confiar uns nos outros e em quem está à nossa frente”, diz Hugo Pinto.

    Passam poucos minutos das oito da manhã. O pelotão esteve até às primeiras horas da madrugada a rever os exercícios do dia e já está pronto para retomar o treino. O comandante está de costas para as tendas de campanha onde os 30 homens estão instalados nessa semana para finalmente treinarem com fogo real. Pedro Fragosa dá a ordem: as equipas têm de passar em revista os jipes com que vão sair para o terreno — muito diferentes daqueles que vão encontrar na missão da ONU — e preparar-se para arrancar. Tinham sete minutos, mas já esgotaram esse tempo. O tenente reage frustrado. “Eu não estou aqui para vos f…, mas isto é um treino e eu dei-vos sete minutos, quando lá não vão ter mais de cinco!”

    Fragosa faz questão de não esconder nada aos seus “meninos”. É preciso que vejam o que os espera para saber como devem agir quando a ameaça se concretizar. Treinar o corpo, treinar a mente.

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    O grupo recolhe todo o armamento que já tinha instalado nos jipes, desequipa-se e volta à estaca zero. Segunda tentativa. Deste vez, em passo acelerado, voltam a colocar os coletes anti-balísticos, apertam os capacetes, pegam nas G3 — as armas que vão usar na RCA, mas que eram praticamente estranhas quando o aprontamento começou —, verificam as luzes do jipe, o nível do óleo, instalam as metralhadoras ligeiras na traseira, testam o sinal dos rádios. O cronómetro marca exatamente cinco minutos e vinte segundos. Estão todos prontos. Durante aquele tempo, Pedro Fragosa não desviou o olhar dos seus homens, e sabe que nem todos vão passar na prova. “Porque é que não abriste o capot?”, pergunta a um dos militares. Conhecem-se há anos, mas mesmo assim as mãos do cabo tremem. Não há resposta, há castigo: “30 cangurus.”

    A punição do erro é sempre física. O cabo ainda está aos saltos — perna à frente, perna atrás, vai abaixo e troca, sempre com a arma junto ao peito. “É agora que eles têm de interiorizar os procedimentos”, explica o comandante do pelotão. E a regra aplica-se quando os militares têm de avaliar o estado do jipe que lhes está atribuído, quando aprendem como se aplica um torniquete na perna de um camarada ferido em combate ou quando revêm os passos a cumprir depois de um ataque contra um grupo armado. “É importante que o erro aconteça”, reconhece o sargento Mário Silva, chefe de uma das seis equipas do pelotão comandado por Fragosa. É que aqui, há segundas hipóteses.



    A vida de todos nas mãos de cada um

    Pedro Fragosa tem, sob o seu comando direto, um pelotão. São seis equipas, cada uma com o seu chefe. Rui Carvalho, Bruno Fontoura, Nelson Pego, Marco Silva e Mário Silva são os cinco sargentos que o comandante conhece há mais de uma década, desde o tempo em que estiveram juntos em S. Jacinto — ainda como soldados –, antes de Fragosa entrar para a Academia Militar e de os seus “homens” optarem pelo curso de sargentos. São os seus homens de confiança. Num certo momento, seguiram caminhos diferentes, acabando por reencontrar-se em papéis diferentes. Mas a origem comum está sempre presente. “Eu estive lá [como soldado], sei o que eles pensam”, sublinha Pedro Fragosa.

    159

    A quarta Força Nacional Destacada tem 159 militares. A esmagadora maioria (156) pertence ao Exército e, nesse grupo, há 126 paraquedistas da Brigada de Reação Rápida. Há, ainda, outros três militares da Força Aérea, que se vai dedicar ao controlo aéreo tático.

    Cada um dos chefes de equipa comanda outros quatro militares. E aí começam a notar-se contrastes dentro do pelotão. Hugo Pinto, o soldado que este ano se estreia numa missão, nasceu em 1998. Por essa altura, Rui Carvalho, chefe de outra equipa, já tinha regressado da sua primeira missão na Bósnia e preparava-se para uma segunda incursão internacional. Depois, somou mais cinco missões, entre Timor (duas), Uganda e Kosovo (outras duas). Rui Carvalho tem 41 anos. Em algum momento, na RCA, a vida do sargento vai depender das decisões tomadas por um militar com menos de metade da sua idade e que, pela primeira vez, vai experimentar a sensação de um combate real, com riscos igualmente reais.

    “Cabe-me a mim ensinar-lhe o que tenho vindo a aprender ao longo do tempo”, diz o sargento. “Mas também aprendo com eles, porque têm sempre alguma coisa a ensinar-me”, admite, relativizando a distância que o separa da maior parte dos militares do pelotão que estão às ordens dos sargentos. Isso “implica que uma pessoa tenha maior preocupação com aquilo que pode ensinar-lhes e que eles possam assimilar”, mas Rui Carvalho garante que não perde o sono com o assunto. “Preocupações [com aquilo que pode acontecer] no terreno, não, porque se houvesse essa preocupação, esse homem já não ia, ficava cá. Lembro-me de que em 1996 eu era como ele (um cheka), na primeira missão em muitos anos em que Portugal enviava alguém para fora.”

    As "relações interpessoais" são uma das maiores ameaças à estabilidade do grupo. Vão passar seis meses juntos e qualquer "quezília" pode transformar-se num obstáculo e ameaçar a segurança da força. O sargento-chefe Luís Neves, o veterano do grupo, vai estar atento aos sinais. “Como eu lido mais com eles, apercebo-me de coisas que escapam aos oficiais, rapidamente me dou conta quando há qualquer coisa que não está a bater certo.”
    Se Pedro Fragosa é o comandante de um pelotão, Óscar Fontoura é o comandante da 4ª Força Nacional Destacada, o conjunto de três pelotões de paraquedistas e pessoal de apoio de diferentes unidades do Exército que, no início de setembro, vão render os militares atualmente na RCA. Ao Observador, o tenente-coronel põe a tónica nas “relações interpessoais”, o alfa e o ómega de uma missão bem sucedida. “Nas unidades, se não houver nada em contrário, às cinco horas vamos para casa. No dia a seguir voltamos e aquilo que era uma chatice sem importância, nesse dia já não é nada”, explica. Lá é diferente. “Lá é H24 [24 horas por dia] durante muito tempo, e o que pode ser uma pequena chatice, se não for cuidada, se as pessoas não estiverem atentas, se não forem amigas, cordiais umas com as outras, passados seis meses transforma-se num obstáculo”, explica. “Quando, no final, se diz que a missão correu bem ou correu menos bem, este ‘menos bem’ está sempre relacionado com questões de pessoas que tiveram algumas quezílias”, sublinha o comandante da força.

    Para evitar “quezílias” — ou para antecipar essas situações de tensão —, Óscar Fontoura apoia-se no sargento-chefe Luís Neves. Com 50 anos de idade, 30 de vida militar, é o veterano. E, também por isso, é um psicólogo, um olhar e um ouvido atento, uma ponte entre praças, sargentos e oficiais. É, numa ideia, o maior garante da estabilidade do grupo. “Como eu lido mais com eles e como sou o mais velho, por vezes apercebo-me de coisas que escapam aos oficiais, dou conta rapidamente quando há qualquer coisa que não está a bater certo”, explica.

    Luís Neves fala com a experiência de quem já soma mais de meia dúzia de missões na carreira. A RCA, admite, é uma “incógnita” para si. É um teatro “imprevisível”, onde “uma situação normal pode escalar” para uma troca de tiros intensa como aquela em que, há dois meses, a força portuguesa se viu envolvida e que acabou com a morte de 25 membros de um grupo armado. Para já, os militares em aprontamento revelam-lhe outras preocupações com a partida.

    “O contacto com a família é muito importante”, sublinha o adjunto do comandante Óscar Fontoura. “Se eles conseguirem ter todos os dias um bocadinho de Skype e ver família ou a namorada, isso dá-lhes um equilibro interior muito grande e consegue apaziguá-los para a missão que vão ter a seguir.” Esse “equilíbrio” significa muito mais do que uma mera satisfação pessoal. “Quando se trabalha em equipa, se um não está focado, vai desguarnecer um lado”, explica Luís Neves. É a segurança de todo o grupo que fica ameaçada.

    Mas, num grupo de 90 homens que podem ser chamados para o combate, onde é que podem encontrar-se os sinais de algo que não está bem? “Basta estar presente na linha de alimentação ou passando por ali quando estão a limpar uma arma ou num período mais soft de descanso, nota-se logo”, garante Luís Neves. E dá um exemplo: “Se repararmos que estão todos na conversava, a jogar ou a dormir e virmos um dos homens lá fora, mais encostado a uma árvore, mais cabisbaixo, com o telemóvel, e que não se está a ligar com o grupo, há ali qualquer coisa que não está a funcionar bem, nota-se perfeitamente”.

    Jipes, armas e o day after da missão

    A noite já se instalou no Campo de Tiro de Alcochete e um grupo de seis militares paraquedistas está reunido à entrada de uma das seis tendas de campanha, do lado de dentro. Há um burburinho no ar, o ambiente é tranquilo: trocam-se piadas sobre miúdas, os homens cortam fatias de presunto diretamente de um pernil pendurado ao canto — um presente de um camarada do pelotão — e antecipam-se os exercícios do dia seguinte.

    A boa disposição das bases contrasta com a apreensão do comando em relação a certos momentos do aprontamento. Durante alguns meses, na força alimentou-se a esperança de que, ao contrário do que aconteceu com as primeiras três forças destacadas (que usaram a G3, a arma dos Comandos, mas não dos paraquedistas), fosse dada luz verde para que essa arma desse lugar à Galil.

    ...

    Texto de Pedro Raínho, fotografia de João Porfírio.

    https://observador.pt/especiais/paraquedistas-na-republica-centro-africana-treinar-para-descer-ao-inferno/
  2.  # 2

    Cambada de chulos.... a proteger quem nada lhes diz e a ganharem dinheiro, mercenários...

    Modo reinar off

    Tenho lá camaradas e amigos meus e mais uma vez Portugal no seu melhor, orgulho nessa malta e em todos os outros que andam nesses TO complicados
    Concordam com este comentário: branco.valter
  3.  # 3

    "Exército não vai entregar no Parlamento a lista de material recuperado porque também adorava saber onde é que está a lista"

    in https://www.imprensafalsa.com/
  4.  # 4

    Colocado por: Carvai"Exército não vai entregar no Parlamento a lista de material recuperado porque também adorava saber onde é que está a lista"

    inhttps://www.imprensafalsa.com/


    Não há necessidade de poluir o tópico com lixo deste.
  5.  # 5

  6.  # 6

    Montijo. Novos aviões a jato e simuladores abrem porta à permanência dos militares

    Simuladores de voo para os futuros KC-390 e helicópteros Lynx, além da falta de espaço para juntar Força Aérea e Marinha em Sintra, favorecem permanência militar no Montijo.

    As futuras aeronaves militares KC-390 da Força Aérea deverão ficar sediadas no aeroporto complementar de Lisboa, o que significará a continuação da Força Aérea na base do Montijo, admitiram fontes militares ao DN.

    O dossiê continua por decidir, admitindo a ANA (gestora do Aeroporto Humberto Delgado) que fique fechado no segundo semestre deste ano. Mas parecem ultrapassadas muitas das dúvidas surgidas com a proposta de desnivelar as pistas cruzadas do Montijo, ficando uma para a aviação civil e a secundária para a militar - e sobre os helicópteros da Marinha.

    Segundo fontes militares e do Ministério da Defesa, os estudos em cima da mesa indicam que é possível manter a esquadrilha de helicópteros Lynx da Marinha no Montijo - paredes-meias com a base naval de Lisboa (Alfeite) na margem sul do rio Tejo, onde atracam as fragatas de que fazem parte e donde operam no mar.

    Esse foi um dos três cenários equacionados desde o início pela Marinha. Mas esta solução de acompanhar a transferência dos EH-101 da Força Aérea para a base de Sintra exige uma resposta: haverá espaço suficiente para os helicópteros e as estruturas de apoio dos dois ramos coexistirem na Granja do Marquês?

    As avaliações preliminares indicaram haver limitações de espaço suficientes para se admitir que essa solução terá poucas probabilidades de se concretizar, admitiu uma das fontes militares, sob anonimato por não estarem autorizadas a falar sobre essa matéria.

    Montijo
    Caça-bombardeiro Fiat G-91 à entrada da base do Montijo. Paulo Spranger/Global Imagens

    Certo é que a coexistência de civis e militares no Montijo é atualmente vista como quase certa. Embora com as reservas inerentes ao facto de não haver decisões, o certo é que "a ANA deixou de falar na questão de as pistas" que se cruzam terem de ser desniveladas (proposta inicial da empresa gestora do aeroporto de Lisboa), revelou uma das fontes.

    Este ponto era um dos grandes entraves à permanência da Força Aérea no Montijo, mesmo num espaço mais reduzido e com a transferência das frotas do ramo para outras bases.

    Por outro lado, a natureza dos aparelhos de transporte militar KC-390 que vão substituir os Hércules C-130 na próxima década torna-os compatíveis com o movimento dos aviões comerciais pois operam com motores a jato, frisaram as fontes.

    O KC-390 "é perfeitamente adequado e perfeitamente encaixável" no tráfego aéreo comercial e também "não precisa de fazer voos de treino locais" no Montijo, ao contrário do que sucede com as atuais aeronaves a hélice e de asa rotativa ali sediadas, enfatizou um oficial general da Força Aérea.

    As várias fontes continuam a alertar para a incerteza e as muitas dificuldades operacionais decorrentes do atraso na conclusão do processo para transformar a base aérea do Montijo no aeroporto complementar de Lisboa.

    No entanto, talvez por causa do mantra assumido há muitos anos - "somos parte da solução, não do problema" - pela Força Aérea, o certo é que neste momento são quase nulas as probabilidades de o ramo ter de abandonar o Montijo quando este espaço for essencialmente civil.

    Como lembrou um dos oficiais envolvidos nesse dossiê, "o volume de tráfego militar [no Montijo] vai ser muito menor só com o KC" - já que os C-295 e os helicópteros EH-101 vão ser transferidos para outras bases.

    Segundo o último estudo elaborado pelo ramo, aquelas aeronaves de transporte irão para Beja e as de asa rotativa para Sintra. Já os C-130 irão para Ovar, configurados para participar no combate aos fogos.

    Continuar a dar apoio à Marinha

    O facto de o programa de aquisição dos KC-390 incluir um simulador, onde os pilotos aviadores vão treinar "todo o tipo de emergências e todo o tipo de manobras", explica porque é que as tripulações dessas aeronaves não precisarão de fazer voos reais de treino no Montijo, como sucede com as atuais frotas dos C-130, dos C-295 e dos EH-101, precisou uma das fontes.

    Para além do fator simbólico de o ramo aeronáutico das Forças Armadas manter "uma pegada no Montijo", onde está desde 1954, a Força Aérea elenca também aspetos operacionais em continuar ali.

    Segundo algumas fontes, um deles é o de ser sempre mais fácil projetar forças a partir do Montijo para as missões de paz e humanitárias no estrangeiro. Outro é que também "ajuda a garantir todo o apoio logístico que é preciso continuar a dar à Marinha", realçou um dos oficiais.

    Recorde-se que o espaço militar no Montijo - cerca de mil hectares - nasceu dentro da Marinha em 1953, como Centro de Aviação Naval (até então instalado em Lisboa), sendo integrado no ano seguinte na recém-nascida Força Aérea.


    Mas a Marinha também prefere continuar no Montijo, desde logo pela proximidade ao Alfeite. O apoio logístico que aí recebe da Força Aérea - segurança da área militar, alimentação, serviços de tráfego aéreo, comunicações, meteorologia, bombeiros, combustível, energia - também favorece essa posição.

    A verdade é que, tirando o aspeto da cultura militar comum aos dois ramos, a maioria daqueles serviços podem ser fornecidos à Marinha pela ANA.

    Essa solução, a confirmar-se, evitará despesas estimadas de 15 milhões de euros para concretizar a transferência da esquadrilha dos Lynx para a base aérea de Sintra - e os inerentes custos posteriores, associados à maior distância a percorrer pelos aparelhos quando as fragatas partirem em missão.

    Lynx
    Base dos helicópteros Lynx em terra fica na base área do Montijo. Marinha

    Contudo, a continuidade da Marinha no Montijo, ainda que no mesmo local, implicará a construção de um simulador de convés de voo - dummy deck, em terminologia naval - noutro sítio da base para o treino de aterragens, descolagens e acidentes dos helicópteros por parte dos pilotos aviadores navais e das equipas de bordo.

    Essa nova infraestrutura, indicou um oficial superior, terá um custo estimado de três milhões de euros.

    https://www.dn.pt/poder/interior/montijo-novos-avioes-a-jato-e-simuladores-abrem-porta-a-permanencia-dos-militares-9657090.html
  7.  # 7

    Laboratório militar disponível para produzir canábis para fins medicinais

    O Laboratório Militar de Produtos Químicos e Farmacêuticos mostrou-se disponível para se adaptar e garantir a produção de canábis para fins medicinais. Contactada pelo Jornal de Notícias, a instituição militar afirmou ter “flexibilidade” para ser fornecedor do Serviço Nacional de Saúde.”O Labotatório Militar pode contribuir para a produção de medicamentos, preparações e substâncias à base da planta canábis.”

    O uso medicinal desta planta foi legalizado pela Assembleia da República. O decreto, que entrou em vigor no dia 1 de agosto, prevê que o canábis possa ser comercializado nas farmácias mediante a apresentação de receita médica. No entanto, a substância não está ainda disponível.

    Segue-se um período de regulamentação de 60 dias que termina em outubro, prazo limite para o Infarmed divulgar a lista dos “medicamentos, preparações e substâncias à base da planta canábis” em “condições de ser utilizadas para fins terapêuticos e medicinais”. O Infarmed pode ainda restringir as especialidades médicas que podem prescrever esta substância.

    De acordo com o parecer emitido em 2017, a Ordem dos Médicos reconhece a “eficácia [do canábis] em algumas situações clínicas específicas”. “Existe forte evidência da eficácia da canábis e canabinóides no tratamento de dor crónica nos adultos, como antiemético associado ao tratamento oncológico, na redução da espasticidade por esclerose múltipla e no controlo da ansiedade”, pode ler-se no documento.

    O uso medicinal de canábis está legalizado em 14 países. Em Itália, a semelhança do que poderá acontecer em Portugal, a produção também é assegurada pelos militares como forma de garantir preços mais acessíveis. De acordo com o Jornal de Notícias, os custos são o principal condicionante destes produtos com fins terapêuticos, uma vez que, com excepção da Alemanha e Holanda, e tal como está previsto na nova lei portuguesa, estes não são comparticipados pelas seguradoras.

    O Laboratório Militar emprega 19 militares e 70 civis e já assegura a produção de vários medicamentos, sobretudo para doenças raras e “essenciais para as Forças Armadas”. É também produtor de metadona, um analgésico opióide semelhante à heroína, usado no tratamento de toxicodependentes.

    Em 2009, esta instituição teve um papel central no combate à gripe das aves, produzindo os medicamentos necessários ao tratamento dos casos mais graves. O PCP propôs no mês passado que o Laboratório Militar fosse convertido no Laboratório Nacional do Medicamento para assegurar o abastecimento de medicamentos ao SNS a preços reduzidos.

    observador.pt
  8.  # 8

    São poucas, mas que venham o mais depressa possível!

    URO
  9.  # 9

    Exército. Quadro permanente para soldados e cabos?

    Previsão de nova quebra no número de praças até ao final de 2018, aliada à falta de voluntários, coloca Exército em alerta vermelho.

    Com efetivos "muito abaixo" das necessidades e prevendo já admissões inferiores ao número de saídas até dezembro, o Exército propôs ao governo estudar a criação de um quadro permanente (QP) para soldados e cabos, soube o DN.

    "Os números confirmam que o efetivo não vai aumentar", pois as projeções "para o final" de 2018 - com base nos que se têm candidatado - indicam que o Exército vai ficar "ainda com menos" do que no início do ano, revelou uma alta patente, embora esses dados não sejam públicos.

    "A curva continua a ser descendente", assegurou a mesma fonte, sob anonimato por não estar autorizada a falar sobre a matéria. "É preciso estudar todas as opções."

    Com necessidades "superiores a 3000 efetivos" nesta altura, outra fonte confirmou ao DN que "a tendência deste ano não estará a ser melhor do que no anterior" em matéria de candidatos nos regimes de voluntariado e contrato.

    O governo já fez saber que aprovará em breve novos incentivos e contratos de longa duração até aos 18 anos em certas especialidades, esta última medida proposta há anos pela Força Aérea como forma de responder ao problema da falta de pilotos.

    Criar um Centro de Formação Profissional Militar foi uma das medidas aprovadas pelo Exército para favorecer retenção das praças e a sua reinserção no mercado civil


    Talvez por isso, há quem questione a necessidade de se avançar já na direção de um QP de praças no Exército sem "dar tempo para aferir o efeito" das novas medidas.

    Contudo, há duas medidas vistas como "uma coisa simples" por uma das fontes - ao nível da atração e da retenção das praças - que parecem estar fora da mesa: o aumento das remunerações dos soldados e as promoções ao posto de cabo, respetivamente.

    No caso dos salários, na casa dos 600 euros (salário mínimo nacional), um soldado que reside longe do quartel - onde faz turnos frequentes à noite e ao fim de semana devido à falta de efetivos - chega ao fim do mês com um rendimento inferior ao que teria a trabalhar numa caixa de supermercado perto de casa.

    Como é comum ouvir-se, "pagam para estar na tropa" - e deverão continuar, enquanto se mantiver a atual situação de salários baixos.

    Por outro lado, o atraso sistemático das promoções na categoria de praças tem efeitos diretos na operacionalidade do ramo. "Quando temos um pelotão ou uma secção e o cabo se vai embora" no final do contrato, entre "os soldados que ficam nenhum reconhece o outro como sendo chefe", alerta um responsável do Exército, também sob anonimato por não estar autorizado a falar sobre a matéria.

    Se entre oficiais e sargentos "há uma antiguidade relativa" que todos reconhecem, o problema parece óbvio no caso dos soldados quando é preciso colocar divisas de cabo num deles sem critério objetivo reconhecido como válido pelos restantes, acrescentou a mesma fonte.

    Promoções e admissões por aprovar

    O plano de promoções em 2017 foi aprovado em novembro e, como observou uma das fontes, o grande número delas no Exército situa-se ao nível das praças.

    Como se prevê que as promoções em 2018 também sejam aprovadas só no final do ano (sem pagar retroativos às datas a que se reportam), prevê-se que também sejam aprovadas no final do ano. Daí que soldados que estão a meio do seu contrato de seis anos e já têm o curso de promoção a cabo fiquem desanimados e queiram sair, reconhecem as fontes.

    "Não é incentivo", constata um oficial, remetendo implicitamente para uma situação recente e já noticiada pelo DN de haver praças que preferem pagar para deixar as fileiras antes do fim do contrato.

    Esta era uma realidade frequente apenas nalgumas especialidades da categoria de oficiais, como as dos médicos e dos pilotos-aviadores (cujos salários na vida civil compensavam o valor das indemnizações ao Estado).

    "Todos falam de incentivos e melhores condições, mas uma das coisas mais elementares é promover a cabos e no ano passado só autorizaram em novembro", insistiu uma alta patente.

    Pagar o primeiro vencimento aos soldados logo no segundo mês da sua incorporação é outro objetivo a alcançar pelo Exército


    O que também continua por aprovar pelo governo - leia-se Ministério das Finanças - e a exemplo dos anos anteriores são as vagas a preencher em 2018, lamentaram algumas das fontes.

    As dificuldades da falta de pessoal nas fileiras são conhecidos há anos e comuns aos três ramos das Forças Armadas, mas a sua dimensão no Exército é muito superior e, nesta altura, já "não é possível resolver o problema das praças só com uma medida", sustentou um oficial.

    Daí a defesa de uma revisão global do modelo de serviço militar profissional em termos de incentivos, dos vencimentos, das promoções ou da carreira de praças.

    Um dos argumentos dos defensores da solução de criar um QP para praças no Exército reside no facto de haver quem "prefira fazer toda a carreira militar" na categoria de praças. Os exemplos da Marinha - único ramo militar com um quadro permanente de praças - e da GNR, realçou um oficial superior ao DN, servem de fundamento a essa solução.

    Certo é que a adoção dos contratos de longa duração a aprovar pelo governo, receiam diferentes fontes, pode vir a adiar para essa altura os problemas, de regresso à vida civil e inserção no mercado de trabalho, dos que agora têm contratos de seis anos - com a agravante, assinalam, de nessa altura se estar perante pessoas na casa dos 40 anos.

    Exemplo disso oferece a vizinha Espanha, onde os contratos de longa duração - criados em 2006 - vão até aos 45 anos e os problemas já criados levaram o Parlamento de Madrid a criar, no final de 2016, um grupo para estudar o problema.

    E segundo as estimativas da Associação Unificada de Militares Espanhóis (AUME), a principal estrutura socioprofissional nas Forças Armadas de Espanha, o regresso à vida civil de voluntários com 45 anos que não conseguiram entrar para os QP implicará custos próximos dos dez mil milhões de euros.

    Exército aprova medidas

    Sem respostas eficazes da tutela política, fontes ouvidas pelo DN garantiram que o chefe do Estado-Maior do Exército (CEME) aprovou uma diretiva em abril passado com medidas que o ramo, dentro da sua área de competências, pode adotar para melhorar os níveis de recrutamento, formação, retenção e reinserção das praças.

    Uma dessas medidas é o Centro de Formação Profissional Militar, visando aumentar a capacidade dessa formação certificada durante o período de serviço militar e abrangendo a oferta identificada no Catálogo Nacional de Qualificações.

    Segundo uma das fontes, o documento classificado do CEME refere que "as medidas passam pela motivação dos militares através da melhoria das condições de vida nas unidades", beneficiando-os diretamente e às suas famílias.

    O Exército quer aumentar o recrutamento de jovens no Alentejo interior e no Algarve


    Desenvolver campanhas promocionais específicas para as mulheres, distribuir os recrutas pelos polos de formação do Exército mais próximos das respetivas áreas de residência e promover o recrutamento nas regiões do Alentejo interior e do Algarve através da colocação das praças aí residentes nas unidades de Estremoz, Elvas, Évora, Beja, Tavira e Lagos, também integram o pacote de medidas aprovadas pelo ramo.

    Outras três passam pelo recurso à telemedicina por parte dos Gabinetes de Classificação e Seleção, a revisão das tabelas de inaptidão e incapacidade para as adequar às atuais características físicas e psicológicas dos jovens, ou a adoção de um programa de treino físico a cumprir pelos candidatos depois das provas de classificação e seleção até à data de incorporação (para os adaptar às exigências físicas da recruta).

    Pagar o primeiro vencimento dos soldados logo no segundo mês da sua incorporação (ainda na recruta) e colocar as praças em cargos adequados às suas especialidades, competências e qualificações também são objetivos a atingir pelo ramo.

    Fazer que os formadores tenham os cursos e competências adequados, desenvolver melhores práticas e técnicas nesse domínio ou promover a rotatividade dos oficiais e sargentos dos QP entre as áreas operacional, de formação e recrutamento (para lhes dar maior experiência nas duas últimas áreas) também são medidas a concretizar pelo Exército no curto e médio prazos.

    https://www.dn.pt/edicao-do-dia/20-ago-2018/interior/exercito-quadro-permanente-para-soldados-e-cabos-9737572.html
  10.  # 10

    Um colega meu que foi cabo especialista na FAP contou-me que há 12 anos, quando estava a acabar o seu contrato, havia muitas praças que queriam ficar e houve uma reunião com um graduado superior qualquer (o meu conhecimento militar é enorme), onde a resposta foi - parafraseando: há muita gente lá fora e mais nova à espera de entrar.

    Resposta dele hoje: Havia tanta gente pronta a fazer, pelo menos, mais uns anos de contrato. Agora, m€rd@! Vão arranjá-los onde quiserem.

    Cumprimentos
  11.  # 11

    Colocado por: CaravelleUm colega meu que foi cabo especialista na FAP contou-me que há 12 anos, quando estava a acabar o seu contrato, havia muitas praças que queriam ficar e houve uma reunião com um graduado superior qualquer (o meu conhecimento militar é enorme), onde a resposta foi - parafraseando: há muita gente lá fora e mais nova à espera de entrar.

    Resposta dele hoje: Havia tanta gente pronta a fazer, pelo menos, mais uns anos de contrato. Agora, m€rd@! Vão arranjá-los onde quiserem.

    Cumprimentos


    Estas questões não se resolve com uma reunião com o General X ou Y, mas sim com vontade por parte do governo para mudar estas questões. Como eles estão com os quartéis às moscas agora vão ser FORÇADOS a aumentar o número de contractos, mas não é só assim que conseguem encher as unidades.
  12.  # 12

    Colocado por: branco.valterEstas questões não se resolve com uma reunião com o General X ou Y, mas sim com vontade por parte do governo para mudar estas questões. Como eles estão com os quartéis às moscas agora vão ser FORÇADOS a aumentar o número de contractos, mas não é só assim que conseguem encher as unidades.


    Com a resposta que foi dada, a linha de entendimento que poderia existir foi quebrada, pois poderia muito facilmente ter sido dito qualquer coisa do género: "(...) ah, e tal, o poder político não dá verbas/não está sensibilizado para a situação e como tal é impossível, re-béu-béu, pardais ao ninho..."

    Tal como digo da minha empresa, digo de corpos públicos: Os dirigentes superiores servem para fazer política de empresa, de maneira a atingir os objectivos (e, preferencialmente, numa sociedade ocidental, a respeitar as pessoas). Se não a sabem fazer, para que servem?

    Ao mesmo tempo não é só dizer: Não temos pessoal... Espera-se que se consigam identificar os problemas, que os estudem e que proponham soluções. Eu espero isso de qualquer gestor superior.

    Isto não é um problema de hoje, como a forista Tyrande já escreveu por aqui...

    Suponho que a ideia poderia ter sido passada ao poder político há mais tempo, exonerando os militares da falta de planeamento e opções estratégicas. Também não é preciso fazer um documento inflamado e esperar que os OCS peguem nisso e façam manchetes, pois há que haver um mínimo de respeito pelas instituições.

    Se de facto o fizeram, ficam aqui as minhas desculpas públicas.

    Talvez o facto de não ter cumprido serviço militar não me faça ver com clareza este tipo de coisas numa instituição de hierarquias rígidas que é obrigada a articular com um governo que lhe controla os orçamentos.

    Cumprimentos.
  13.  # 13

    Quem quer sair daqui sou eu...


    Já comecei a procurar alternativas.
  14.  # 14

    Tem alguma preferência?

    Pode ser que alguém arranje ou a dirija para algo.

    Boas procuras.
  15.  # 15

    Colocado por: CaravelleTem alguma preferência?


    Modelo de chinelos...
  16.  # 16

    Colocado por: TyrandeQuem quer sair daqui sou eu...


    Já comecei a procurar alternativas.


    Mais uma... :o(
  17.  # 17

    Colocado por: CaravelleAo mesmo tempo não é só dizer: Não temos pessoal... Espera-se que se consigam identificar os problemas, que os estudem e que proponham soluções. Eu espero isso de qualquer gestor superior.

    Ao contrário de muitas empresas o do que possa pensar, isso é feito com uma antecedência de 2 a 3 anos.

    Colocado por: CaravelleSuponho que a ideia poderia ter sido passada ao poder político há mais tempo, exonerando os militares da falta de planeamento e opções estratégicas. Também não é preciso fazer um documento inflamado e esperar que os OCS peguem nisso e façam manchetes, pois há que haver um mínimo de respeito pelas instituições.

    O planeamento e propostas há.
    O que não há é vontade política em resolver as situações.
    Os nossos políticos pensam no hoje no amanhã.
    Eu que nao gosto nada de chineses vejo-os a pensar no futuro, talvez 20 ou 30 anos.

    Colocado por: CaravelleTalvez o facto de não ter cumprido serviço militar não me faça ver com clareza este tipo de coisas numa instituição de hierarquias rígidas que é obrigada a articular com um governo que lhe controla os orçamentos.

    Não é por não ter cumprido o serviço militar.
    O problema está nos sucessivos governos (e consequentemente em quem vota nessa gente) que fazem da tropa um bicho. Consideram-nos uns inúteis e depois dispõe deles como querem.
    Há muita coisa feita pela tropa (refiro-me à classe superior) que a dita sociedade civil nem imagina, mas como não interessa aos políticos que as pessoas saibam, logo fica tudo no escuro.
  18.  # 18

    Revolta. Almoço de “repúdio” pelo afastamento de Pipa Amorim

    Antecessor de Rovisco Duarte está na lista da comissão de honra. Pipa Amorim foi afastado depois de rejeitar “cabalas” contra militares e elogiar Vítor Ribeiro, ligado a Jaime Neves

    O coronel Pipa Amorim foi afastado do Regimento de Comandos em Julho, uma decisão do Chefe de Estado-Maior do Exército (CEME), Rovisco Duarte, que provocou ondas de choque entre os militares, sobretudo entre os comandos e no próximo dia 8 de setembro terá o seu epílogo num almoço de homenagem. O homenageado terá sido afastado, primeiro, por ter dito que não aceitava “cabalas contra os militares”, em pleno processo judicial sobre o caso das mortes dos comandos. Depois, por ter feito também um elogio, a título póstumo, a Vítor Ribeiro, o primeiro presidente da associação de comandos e um dos rostos envolvidos no 25 de Novembro ao lado de Jaime Neves, facto que irritou o general Rovisco Duarte, segundo o “Diário de Notícias”.

    Segundo apurou o i junto de fontes militares, muitos comandos vão fazer um esforço para participar no almoço, que está a ser organizado pelo coronel Pedro Tinoco de Faria.

    Na comissão de honra da homenagem está o antecessor do atual CEME, Carlos Jerónimo*, que se demitiu depois da polémica sobre as declarações do subdiretor do Colégio Militar, António Grilo, sobre os alunos homossexuais.

    Mas as presenças confirmadas no almoço, em Lisboa, cruzam-se com o dossiê mais difícil para o exército: o assalto ao paiol de Tancos. Por exemplo, o general Antunes Calçada também marcará presença, o mesmo que pediu para passar à reserva quando Rovisco Duarte anunciou a demissão de cinco chefias militares após a revelação do furto de material bélico em Tancos, em junho de 2017. Antunes Calçada entrou em rota de colisão com Rovisco Duarte.

    “Um conjunto de camaradas, não ligados a qualquer associação militar, vai realizar um almoço de homenagem à frontalidade e coragem moral do Comandante do Regimento de Comandos, coronel comando Pipa Amorim, em repúdio pelo seu afastamento precipitado e sem justificação do Comando da Unidade que tem defendido com todas as suas forças”, defendeu o tenente-coronel na reserva, Pedro Tinoco de Faria na nota de anúncio do repasto.

    Ao i, o responsável pela organização do almoço recusa que se trate de um movimento contra o CEME. “ Isto não é um almoço contra o general CEME”, tal como “não há aqui nenhuma revanche”, assegurou o coronel.

    Pedro Tinoco Faria disse ao i que “é um almoço de amigos e de pessoas que respeitam o comando que o coronel Pipa Amorim fez no regimento de comandos”. E garante que é “um almoço apartidário, apolítico, entre camaradas; não são só militares”. Serão também civis “que se identificam com a sua coragem moral”, declarou Pedro Tinoco de Faria, recusando que se trata de um encontro de revolta dos militares e comandos contra Rovisco Duarte. “Não é um almoço de associação de oficiais, nem de comandos, mas é um almoço de amizade a um comandante. Ponto”.

    Em todo o caso, a homenagem resulta da decisão de afastamento de Pipa Amorim.

    Um dos momentos mais crispados com o CEME terá sido quando fez um discurso no regresso das tropas destacadas na República Centro-Africana e acabou a elogiar Vítor Ribeiro. “Permitam-me homenagear e prestar o meu público reconhecimento a este grande português, um dos últimos guerreiros do império, que como militar, adicionalmente à sua promoção por distinção, foi condecorado com as medalhas de Valor Militar e da Cruz de Guerra e como civil foi agraciado, na véspera do seu falecimento, ainda consciente, no leito onde agonizava, com a Ordem do Infante D. Henrique, pelo Presidente da República”, declarou. O “Diário de Notícias” noticiou que Pipa Amorim mostrou o discurso ao CEME e Rovisco Duarte lhe terá pedido para retirar as referências a Vítor Ribeiro, mas o primeiro não acedeu.

    Oficialmente, o exército tem dito que a saída de Pipa Amorim não foi uma exoneração, mas uma medida de gestão de recursos. Independentemente dos motivos, Tinoco de Faria conclui: “Vamos homenagear a exigência de comando, que é a defesa dos seus homens, pondo em risco, eventualmente, o seu lugar”. E Pipa Amorim representa “uma essência de comando”, como “há poucos hoje em dia em Portugal”, disse.

    https://ionline.sapo.pt/623283

    * : CEME
  19.  # 19

    Colocado por: CaravelleTem alguma preferência?

    Pode ser que alguém arranje ou a dirija para algo.

    Boas procuras.


    Ainda é uma ideia na sua infância. Mas ando a "alimentar" uma idéia de começar um negócio próprio.
    Gosto de trabalhar e dedicação não me falta, mas ando a ver a minha vida e esforço a serem desperdiçados para que outros sejam promovidos e fiquem bem "na foto".
    Concordam com este comentário: treker666
  20.  # 20

    Colocado por: Tyrandeando a ver a minha vida e esforço a serem desperdiçados para que outros sejam promovidos e fiquem bem "na foto".

    Uma vez que não pertence à classe superior então todo e qualquer esforço é e será sempre em prol de outros.
    E com as novas regras de avaliação esqueça as promoções.
 
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