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  1.  # 941

    Colocado por: euMas também em teoria: a gestão pública desse serviço pode ficar mais barata para o consumidor, pois desaparece o fator lucro.

    Ou seja, desaparece o incentivo para que haja uma gestão eficiente.


    Colocado por: euPorque na prática, muitas vezes a gestão pública é desastrosa e a gestão privada tenta a todo o custo aumentar a margem de lucro, à custa da qualidade do serviço e dos preços praticados.

    Sim, sempre que não haja concorrência.

    Colocado por: euO que eu aprendi ao longo da vida é que a realidade é muito mais complexa que a simplicidade e as certezas absolutas dos modelos ideológicos.

    Não tem nada a ver com modelos ideológicos, trata-se apenas de perceber um simples facto: do lado do consumidor só está a concorrência, tudo o resto está contra ele.
    • eu
    • 14 dezembro 2016

     # 942

    Colocado por: J.FernandesLá vem você com a duplicação de infraestruturas. Ainda ontem aqui escrevi que num país como o nosso com tantos pavilhões, piscinas e auto-estradas, redundantes e entregues à bicharada, isso só pode ser uma piada.

    Outra vez isto?

    A duplicação de AutoEstradas foi um erro e todos concordamos com isso. Quem ganhou com esta duplicação foram as empresas privadas que as construíram e quem perdeu foi o contribuinte.

    Felizmente não existiu duplicação de rede elétrica, água, saneamento ou via férrea.

    Afinal o J. Fernandes acha que seria boa ideia duplicar a rede elétrica, a rede de água, ou a rede de saneamento?
    • eu
    • 14 dezembro 2016 editado

     # 943

    Colocado por: J.FernandesE pago ao preço devido por quem consome, de maneira que não tenha que onerar os contribuintes, não?

    Muitas vezes o preço seria demasiado elevado e inviável.

    Se tudo fosse privado e movido pelas leis do mercado, ainda hoje existiriam aldeias e vilas sem eletricidade e água canalizada.

    Se tudo fosse privado e movido pelas leis do mercado, uns 90% de Portugueses com formação superior, não teriam essa formação.

    E podia continuar com mais "n" exemplos
  2.  # 944

    Colocado por: euNa altura fazia sentido que fosse um monopólio estatal

    Mas durante a maior parte do séc. XX, as telecomunicações em Portugal estiveram concessionadas a uma empresa privada, que detinha o monopólio, mas há muitos exemplos de outros países onde a concorrência funcionou.
    • eu
    • 14 dezembro 2016

     # 945

    Colocado por: J.Fernandesdo lado do consumidor só está a concorrência, tudo o resto está contra ele.

    Ai as certezas absolutas...
  3.  # 946

    Colocado por: euAfinal o J. Fernandes acha que seria boa ideia duplicar a rede elétrica, a rede de água, ou a rede de saneamento?

    Pode ter a certeza que se um dia acordar com a rede eléctrica em duplicado, não terá sido nenhum privado que a construiu. Não sei se é novidade para si, mas as pessoas em geral não gostam de atirar o dinheiro pela janela fora. Já o estado com o dinheiro dos contribuintes.....
  4.  # 947

    Colocado por: euSe tudo fosse privado e movido pelas leis do mercado, ainda hoje existiriam aldeias e vilas sem eletricidade e água canalizada.

    Se tudo fosse privado e movido pelas leis do mercado, uns 90% de Portugueses com formação superior, não teriam essa formação.

    E podia continuar com mais "n" exemplos

    Ah ok, e são os outros que têm certezas absolutas.

    Se você tem a certeza de que hoje haveria aldeias sem luz e haveria muito menos licenciados, se não fosse o estado, eu não tenho tanto certeza. E suponho que não seria muito difícil encontrar países mais saneados e mais instruídos que o são muito por responsabilidade de privados.
  5.  # 948


    É uma comparação injusta, porque a área das telecomunicações mudou imenso desde o tempo dos TLP. As tecnologias e os serviços atuais de telecomunicações não têm nada, absolutamente nada a ver com as telecomunicações dos anos 70.
    Na altura fazia sentido que fosse um monopólio estatal e que existisse apenas uma rede. Hoje não.

    Fazia tanto sentido como faz hoje. Você é que estava habituado a que assim fosse e portanto nem lhe passava pela cabeça que fizesse sentido instalar nova infraestrutura.
    E a diferença não reside na tecnologia mas no enquadramento legislativo. A rede fixa sempre seria apetecível - chegava a haver espera de meses para conseguir instalar um telefone em casa..


    O mesmo se poderá aplicar à rede elétrica? Duvido... uma linha de transporte de alta tensão é imensamente mais cara que uma linha de fibra ótica. Seria uma estupidez financeira duplicar este tipo de redes de distribuição.

    Repito, o mesmo argumento foi utilizado durante décadas para os mais variados sectores.
    (parece muito longínquo, mas na década de 90 trabalhei para uma empresa que pouco tempo antes tinha enfrentado uma batalha legal para poder...vender antenas parabólicas em Portugal .. )

    Quanto à electricidade, a configuração da oferta de serviços poderia ser totalmente diferente , num esquema de auto-produção, p.ex, ou outra coisa completamente diferente.
    • eu
    • 14 dezembro 2016

     # 949

    Colocado por: luisvvFazia tanto sentido como faz hoje. Você é que estava habituado a que assim fosse e portanto nem lhe passava pela cabeça que fizesse sentido instalar nova infraestrutura.
    E a diferença não reside na tecnologia mas no enquadramento legislativo

    Não, não é uma questão de hábitos ou enquadramento legislativo.

    Na altura, os serviços prestados , os custos/receitas e a própria tecnologia praticamente obrigavam à existência de uma única infraestrutura. Repare que até nos liberais USA, as telecomunicações foram monopólios até aos anos 80.
  6.  # 950


    Mas também em teoria: a gestão pública desse serviço pode ficar mais barata para o consumidor, pois desaparece o fator lucro.


    Sem o incentivo do lucro:

    a) não cobra os custos do serviço que presta, passando-os parcialmente ao contribuinte; teoricamente pode ser vantajoso para o consumidor, mas é penalizador para o contribuinte.

    b) cobra integralmente os custos, mas não tem incentivo para os racionalizar;
    • eu
    • 14 dezembro 2016

     # 951

    Colocado por: luisvvcobra integralmente os custos, mas não tem incentivo para os racionalizar;

    Pode ter, por via política.

    Por exemplo, nos últimos anos, houve um corte do financiamento a determinadas áreas do setor público, e essas áreas tiveram que racionalizar os custos.
    • eu
    • 14 dezembro 2016 editado

     # 952

    Colocado por: luisvvQuanto à electricidade, a configuração da oferta de serviçospoderia ser totalmente diferente, num esquema de auto-produção, p.ex, ou outra coisa completamente diferente.

    Esse é um exemplo da forma como as alterações tecnológicas podem ser um "game changer".
    • eu
    • 14 dezembro 2016 editado

     # 953

    Colocado por: luisvvRepito, o mesmo argumento foi utilizado durante décadas para os mais variados sectores.

    Então não concorda com o argumento e está a dizer que faz sentido duplicar as redes elétricas , de águas e saneamento?
    • eu
    • 14 dezembro 2016

     # 954

    Sobre a rede elétrica, o que aconteceu na Califórnia em 2000 e 2001 deveria abrir os olhos a muita gente...
  7.  # 955

    Colocado por: eu
    Então não concorda com o argumento e está a dizer que faz sentido duplicar as redes elétricas , de águas e saneamento?




    Estou a dizer que impedir a concorrência com esse argumento é errado.
  8.  # 956

    Colocado por: eu
    Esse é um exemplo da forma como as alterações tecnológicas podem ser um "game changer".


    Veja ao contrário: as alterações tecnológicas viriam atrás da concorrência.

    Daqui a 15/20 anos olhará para trás e achará ridícula a existência de uma "Lei da produção de energia para autoconsumo".
  9.  # 957


    Pode ter, por via política.
    Por exemplo, nos últimos anos, houve um corte do financiamento a determinadas áreas do setor público, e essas áreas tiveram que racionalizar os custos.



    Racionalizar ou reduzir?
    • Neon
    • 14 dezembro 2016 editado

     # 958

    Colocado por: J.FernandesO que eu não considero legítimo é que haja limitações à livre concorrência - este sim, o maior incentivo a que não se corrijam ineficiências.

    Mas entre cobrar o verdadeiro custo do serviço a quem o consome, e cobrar uma parte ao consumidor e deixar outra para ser paga pela totalidade dos contribuintes, obviamente, que acho que se deveria optar sempre pela primeira.


    Mas existe uma terceira opção.

    Assumir, o prejuizo da ineficácia ou em alternativa resolver a causa da ineficácia, ao invés de pura e simplesmente a diluir e imputar a um consumidor que ao fim e ao cabo não a vai consumir.

    Editado.
    Relembro que neste produto especifico voce não tem a chance de dizer, "olhe o produto esta caro, não vou comprar. vou ver na loja do lado"
    • eu
    • 14 dezembro 2016

     # 959

    Colocado por: luisvvEstou a dizer que impedir a concorrência com esse argumento é errado.

    Não se trata de impedir ou não, mas de fazer sentido ou não.

    As empresas privadas não fazem uma rede de distribuição de eletricidade paralela à existente porque não é economicamente viável. Não é porque são impedidos.
    • eu
    • 14 dezembro 2016

     # 960

    Colocado por: luisvvVeja ao contrário: as alterações tecnológicas viriam atrás da concorrência.

    Essa agora, porque é que temos que ver a realidade ao contrário?

    Colocado por: luisvvRacionalizar ou reduzir?

    Uma combinação das duas. Tal e qual como fazem os privados.
 
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