Iniciar sessão ou registar-se
  1. Colocado por: buraburamono

    depende do ponto de vista. também posso chamar de abutre/sanguessuga a quem faz o house flipping, ou compra imóveis apenas para especular. e da mesma maneira que muita gente perde a casa quando a bolha rebenta, muita gente das camadas frágeis da sociedade está a ser despejada agora.

    https://www.jn.pt/local/noticias/porto/porto/despejados-de-ilha-que-diocese-do-porto-vendeu-a-investidor-13801804.html

    as crises são momentos dramáticos sem dúvida. mas acontecem porque há muita asneira que despoleta uma reação natural de limpeza do sistema. normalmente a asneira principal é a alavancagem, e o CH está a bater recordes de 2008...

    a pergunta é: é melhor ter uma crise que faça o sistema financeiro acordar, ou continuar com o circo infinitamente?
    Concordam com este comentário:ferreiraj125


    É complicado querer culpar quem investe no imobiliário.

    Não se pode generalizar mas conheço muitos casos em que a pessoa tinha oportunidade de investir num CH e optou por continuar no arrendamento simplesmente para poder manter um padrão de vida com gastos mais elevados.

    Pessoas fazem escolhas e deveriam ser responsabilizadas por tais escolhas.
  2. Colocado por: Tmack

    É complicado querer culpar quem investe no imobiliário.

    Não se pode generalizar mas conheço muitos casos em que a pessoa tinha oportunidade de investir num CH e optou por continuar no arrendamento simplesmente para poder manter um padrão de vida com gastos mais elevados.

    Pessoas fazem escolhas e deveriam ser responsabilizadas por tais escolhas.


    Não concordo com essa explicação. Neste momento se alguém quiser viver acima das possibilidades basta fazer um crédito à habitação e tirar partido destas taxas de juro artificiais. Fica bastante mais barato do que pagar renda. No entanto quando os juros voltarem ao normal de 3, 4 ou 5 por cento terão de devolver a casa ao banco. São as pessoas sensatas que estão a ser penalizadas por este desbaratar do dinheiro dos bancos centrais e a insuflar o valor dos activos.
    Concordam com este comentário: jg231, ferreiraj125
  3. Localização, localização, localização.
    Concordam com este comentário: macinblack
  4. Colocado por: WarrenGNeste momento se alguém quiser viver acima das possibilidades basta fazer um crédito à habitação


    Com todo o respeito, argumento completamente sem sentido.
    Existem milhares de formas de viver acima das possibilidades fora do âmbito de um CH.

    Colocado por: WarrenGFica bastante mais barato do que pagar renda. No entanto quando os juros voltarem ao normal de 3, 4 ou 5 por cento terão de devolver a casa ao banco. São as pessoas sensatas que estão a ser penalizadas por este desbaratar do dinheiro dos bancos centrais e a insuflar o valor dos activos.


    Sempre foi mais barato comprar que pagar renda.
    Portanto se uma familia precisa de uma casa faz o que? Espera que as rendas baixem?

    As pessoas sensatas estão a ser beneficiadas como todos. O dinheiro está barato.
    Isso beneficia todos, até beneficia os mais sensatos.

    Juros a 3\4\5?
    Veremos.
  5. Mas então se os juros aumentar para 5%, o preço final da casa para quem pedir crédito (que infelizmente na realidade portuguesa é a grande maioria que não tenha uma boa herança ou ajudas) também irá aumentar.

    Um pequeno exemplo, imóvel de 200.000, entrada de 20.000 e empréstimo de 180.000 com juros a 1%, ao final de 30 anos o empréstimo custou 208.000, adicionando os 20.000 da entrada, a casa custa 238.000.

    Com juros a 5%, e com o mesmo valor de entrada e o mesmo prazo de pagamento, o imóvel teria de custar cerca de 133.000 com empréstimo de 113.000, ou seja, teria de haver uma queda superior a 33.5% do valor do imóvel, não consigo imaginar tal acontecer. Acredito que os valores estabilizem ou até mesmo baixem um pouco, mas nunca 33%.

    E se os juros aumentarem, o arrendamento também irá aumentar. Infelizmente cada vez estamos num mercado global, e o nosso poder de compra não consegue acompanhar.
  6. Em relação aos juros basta olhar para o gráfico da euribor dos últimos 20 anos e pensar se isto faz algum sentido quando a inflação está a começar a disparar por todo o lado. Há alguém que empreste/invista dinheiro adiando o seu próprio consumo e correndo riscos para receber ainda menos no futuro? À excepção dos bancos centrais que criam dinheiro do nada para "ajudar" a sair da pandemia não me parece... No entanto é o que está a acontecer.

    Em termos práticos e ajustado à inflação é o equivalente a você emprestar-me 100k euros agora e daqui a um ano devolvo-lhe 97k. Aceitava?

    https://images.app.goo.gl/GqqUdGoXVZ1yZwBr8
  7. Colocado por: lpetingaMas então se os juros aumentar para 5%, o preço final da casa para quem pedir crédito (que infelizmente na realidade portuguesa é a grande maioria que não tenha uma boa herança ou ajudas) também irá aumentar.

    Um pequeno exemplo, imóvel de 200.000, entrada de 20.000 e empréstimo de 180.000 com juros a 1%, ao final de 30 anos o empréstimo custou 208.000, adicionando os 20.000 da entrada, a casa custa 238.000.

    Com juros a 5%, e com o mesmo valor de entrada e o mesmo prazo de pagamento, o imóvel teria de custar cerca de 133.000 com empréstimo de 113.000, ou seja, teria de haver uma queda superior a 33.5% do valor do imóvel, não consigo imaginar tal acontecer. Acredito que os valores estabilizem ou até mesmo baixem um pouco, mas nunca 33%.

    E se os juros aumentarem, o arrendamento também irá aumentar. Infelizmente cada vez estamos num mercado global, e o nosso poder de compra não consegue acompanhar.


    O problema é que pagando os mesmos 200.000 euros agora pelo imóvel e com os juros a subirem para 5% a casa irá custar perto de 348.000 euros, deixando algumas pessoas sem capacidade de fazer os pagamentos. Estamos a falar de quase o dobro do valor!

    Apenas sou apologista que se devem pesar bem os riscos de comprar imóvel num mercado inflacionado e assumir que as condições anómalas de juros negativos se iriam manter ad eternum.

    Neste momento tenho um imóvel à venda por um valor que achava inflacionado (sugestão do agente imobiliário) e em 48h apareceram múltiplas propostas a oferecer o que estou a pedir. Agora é uma questão de ir puxando o preço até ficar só um. Se isto não mostra um sobreaquecimento do mercado tal como em 2008 não sei o que será...

    Acrescento também que em 2008 se achava que as casas nunca perdiam valor pois tinham sido 15 anos consecutivos de subidas e as pessoas têm memória curta.

    "Desta vez é diferente!" pensava-se na altura.

    E agora? Será que desta é que é diferente?
    Concordam com este comentário: lpetinga, NLuz, jg231
    • Nelhas
    • 11 junho 2021 editado
    Colocado por: WarrenGquando a inflação está a começar a disparar por todo o lado.


    É preciso analisar como estão os ratings de incumprimento global.
    Se o incumprimento previsto para Setembro, nas quais 280 mil créditos estão com moratória, ficarem em níveis muito elevados, o juro subir matava as famílias, mas também matava os Bancos.
    O preço das casas pode cair , ou melhor pode sofrer um ajustamento.

    Eu como noutro post, não recomendo a ninguém vender a sua casa própria e única para fazer dinheiro e a seguir querer ir comprar.
    Está bom para vender e caro para comprar.
    Concordam com este comentário: WarrenG
  8. Colocado por: WarrenGE agora? Será que desta é que é diferente?


    A situação de 2008 também sofreu com a concessão de crédito CH sem controle algum.
    Se bem, que tenho conhecido de algumas situações de CH a ser concedido que me deixam de boca aberta.
  9. Concordo consigo, para combater a inflação os juros terão de aumentar. Agora resta saber se a inflação é temporária e apenas devido à paragem da indústria em 2020/2021, e que entretanto normalize, ou se é para se manter. Se for para se manter, sim, iremos ter juros mais altos

    O problema é que pagando os mesmos 200.000 euros agora pelo imóvel e com os juros a subirem para 5% a casa irá custar perto de 348.000 euros, deixando algumas pessoas sem capacidade de fazer os pagamentos. Estamos a falar de quase o dobro do valor!


    Sim, sem dúvida, acho que há muita gente a não fazer essas contas. Quando o meu banco me disse o valor máximo de crédito que eu poderia pedir, só me apetecia rir, não faço ideia qual é o cálculo de risco que eles andam a fazer mas sei que se seguisse o valor apresentado, bastava um pequeno aumento para ficar apertado.

    Mas voltando para o mercado português, não sei como vai ser no futuro. Assumindo que os juros aumentam e o preço das casas baixa, os únicos a conseguir aproveitar são os que conseguem pagar a pronto, e vou assumir que grande parte das compras será feita por grupos de investimento imobiliário para depois arrendar a valores altos, impossibilitando quem quer comprar de conseguir poupar para uma entrada.

    https://www.dinheirovivo.pt/empresas/ceo-da-vanguard-preco-do-imobiliario-nao-e-alto-os-portugueses-e-que-ganham-mal-13803947.html

    Infelizmente, não é o preço do imobiliário em Portugal que é caro - basta comparar com vizinhos -, são os portugueses que ganham mal. Nos últimos 20 anos, tivemos uma progressão nada famosa. E o nível de impostos sobre salários é elevadíssimo, comparando com a Suíça e até França, o que baixa o nosso poder de compra.


    Aconteça o que acontecer, em nenhuma das opções consigo imaginar um futuro fácil para a maioria das famílias portuguesas. Agora com o trabalho remoto, ainda se vê mais estrangeiros a querer comprar e viver em Portugal, mais procura, novamente aumento dos preços, e não os critico, na situação deles eu faria o mesmo.
    Concordam com este comentário: WarrenG
  10. Colocado por: ferreiraj125
    Se essas fossem as regras desde o início provavelmente os bancos não lhes teriam dado o crédito com tanta facilidade.
    E acha que eu não sei? Tenho trintas tb já só apanhei dificuldades homem. Agora de facto existe uma crise habitacional em Portugal. Não-americano trata de proteccionismo, trata-se de renegociação de dívida, algo que tanto o estado como os bancos tb fazem.

    Já que andamos a investir dinheiro no novo banco, e bpns dessa vida, eles que assumam o crédito que deram é que renegoceiem a dívida.
    Você acha que uma pessoa que não consegue pagar a casa e as contas, vai ser apoiada por quem? Pelo estado, e aí sim, é que o estado tem de ser protetor.
    • FFAD
    • 11 junho 2021
    Lá está, prefiro andar a pagar rendas durante uns anos até apanhar um bom negócio, do que avançar para um CH com preço inflacionado e pagar ainda juros sobre isso.

    E tem outras vantagens, pode ir mudando à medida de evolução económica pessoal, pode alterar para casas mais recentes, pois as pessoas pensam nas casas para a vida, mas uma casa com 20 anos, não dá o mesmo conforto de uma casa nova...

    Além da liberdade que temos, para mudar de cidade, país, sem prisão.

    No meu caso, preferi investir algumas poupanças em pequenos imóveis que me dessem algum retorno do que comprar a minha HPP a preços inflacionados. Esses investimentos dão para pagar a renda e sobra... e continuo com o património, e não pago juros.
    Concordam com este comentário: zed, NLuz
    • zed
    • 11 junho 2021
    Colocado por: NelhasSempre foi mais barato comprar que pagar renda.

    Isto não é nenhuma verdade universal. Quem pensa que sim é porque só está a comparar uns valores mensais mas está a ignorar despesas de manutenção, de transacção, custo de oportunidade, seguros, e por aí fora.

    Tem de ser visto caso a caso.
  11. Colocado por: zed
    Isto não é nenhuma verdade universal. Quem pensa que sim é porque só está a comparar uns valores mensais mas está a ignorar despesas de manutenção, de transacção, custo de oportunidade, seguros, e por aí fora.

    Tem de ser visto caso a caso.


    Também é preciso ter atenção que no caso do empréstimo, assumindo uma taxa de juro fixa, vai ficando mais fácil pagar assumindo que os ordenados sigam a inflação, enquanto no caso do arrendamento o valor irá aumentar também conforme a inflação e mantendo o mesmo esforço.
    Concordam com este comentário: zed
  12. Colocado por: zedQuem pensa que sim é porque só está a comparar uns valores mensais mas está a ignorar despesas de manutenção, de transacção, custo de oportunidade, seguros, e por aí f
    Por outro lado é mais seguro comprar que arrendar. Imagine-se que agora tem 30 anos, portanto a sua reforma será sensivelmente metade do ordenado que tinha antes de se reformar. Logo das duas uma: ou muda para uma casa com muitos piores condições que as que tinha, ou conseguiu fazer uma grande poupança ao longo da vida.

    Conheço neste momento a situação de 3 famílias, que estão a rasca, porque para o novo contrato de arrendamento o senhorio propôs um aumento incomportável, e não encontram casa nenhuma alternativa que consigam pagar é que dê algum conforto.

    Acho que também é por uma questão de segurança que muitas pessoas preferem comprar, mesmo considerando que os juros ta,bem podem fazer variar muito o valor da prestação.
    Concordam com este comentário: lpetinga
  13. Colocado por: zed
    Isto não é nenhuma verdade universal. Quem pensa que sim é porque só está a comparar uns valores mensais mas está a ignorar despesas de manutenção, de transacção, custo de oportunidade, seguros, e por aí fora.


    Diga-me um sitio deste pais onde alugar uma casa com as mesmas características fique , não é mais barato, é sequer ao mesmo preço de comprar uma casa?

    Colocado por: zedó está a comparar uns valores mensais


    Em famílias com baixos e médios rendimentos , os valores mensais é que importa, pois jogam com liquidez mensal reduzida.
  14. Colocado por: Nelhas

    Diga-me um sitio deste pais onde alugar uma casa com as mesmas características fique , não é mais barato, é sequer ao mesmo preço de comprar uma casa?



    Em famílias com baixos e médios rendimentos , os valores mensais é que importa, pois jogam com liquidez mensal reduzida.


    Na centro da cidade de Lisboa por exemplo. Não esquecer também as dezenas de milhares de euros que vão para o lixo (impostos) na compra da casa que não se recuperam.
    • FFAD
    • 11 junho 2021
    Colocado por: WarrenG

    Na centro da cidade de Lisboa por exemplo. Não esquecer também as dezenas de milhares de euros que vão para o lixo (impostos) na compra da casa que não se recuperam.


    A renda que pago de Eur 1.400 fica mais barato que comprar o mesmo imóvel por 800k, sem contar com imis, despesas de condominios, manutenção, etc.
  15. Colocado por: FFADA renda que pago de Eur 1.400 fica mais barato que comprar o mesmo imóvel por 800k
    Mas você está claramente a operar fora do que é a média nacional. Claro que não se podem generalizar todas as situações, apenas a maioria delas, que era do que se estava a falar.
  16. Colocado por: FFADE tem outras vantagens, pode ir mudando à medida de evolução económica pessoal, pode alterar para casas mais recentes, pois as pessoas pensam nas casas para a vida, mas uma casa com 20 anos, não dá o mesmo conforto de uma casa nova...

    Além da liberdade que temos, para mudar de cidade, país, sem prisão.

    Por um lado as pessoas "pensam nas casas para a vida", mas por outro comprar uma é sinal de "prisão". Em que ficamos?

    Na prestação de serviços não há aquisição do bem. Estará, por ventura, a esquecer-se desse pequeno detalhe?

    Colocado por: FFADA renda que pago de Eur 1.400 fica mais barato que comprar o mesmo imóvel por 800k, sem contar com imis, despesas de condominios, manutenção, etc.


    Para um imóvel de 800k, uma prestação 1400 € é um terrível negócio para o senhorio. Mesmo se outras despesas, rendimento max de 2% bruto?
    Nem para 300k de imóvel seria um negócio fantástico, mas seria mais comum. Tem a certeza desses valores? :)

    Colocado por: FFADNo meu caso, preferi investir algumas poupanças em pequenos imóveis que me dessem algum retorno do que comprar a minha HPP a preços inflacionados. Esses investimentos dão para pagar a renda e sobra... e continuo com o património, e não pago juros.


    Comprar habitações secundárias a crédito está longe de ser a forma mais vantajosa. E quando há capital próprio, o argumento de deixa de fazer sentido (liquidez ao final do mês).
 
0.5262 seg. NEW