Colocado por: NTORION
Como é que podemos achar que é o consumo em Portugal q influência a inflação na zona euro?
Porque é que temos de aceitar que só se controla a inflação com a subida dos juros? Uma coisa é dizer que tem de ser assim, outra coisa é não procurar outras soluções...
Pq não tentar um choque da oferta, por exemplo abolindo os impostos sobre as horas extra, a partir das 40h semanais... Fazendo com que haja mais produção, com um custo baixo e incentivando o trabalho, em vez de dar subsídios...
Colocado por: ferreiraj125o que é que tu defendes?se o próprio BCE já deu a saber que pelo menos parte da inflação actual está a ser sustentada não pela procura, mas pelo aumento das margens de lucro das empresas (além do que seria suposto pelo aumento dos custos de produção), eu não posso defender que a única medida tomada para combater a inflação seja o aumento dos juros.
Colocado por: HAL_9000se o próprio BCE já deu a saber que pelo menos parte da inflação actual está a ser sustentada não pela procura, mas pelo aumento das margens de lucro das empresas (além do que seria suposto pelo aumento dos custos de produção), eu não posso defender que a única medida tomada para combater a inflação seja o aumento dos juros.
O aumento dos juros vai conter a procura, mas não vai limitar o aumento das margens. Logo apraz além do aumento dos juros teem de ser tomadas outras medidas, caso contrário a única coisa que está a fazer é a redistribuir o bolo existente de forma muito pouco socialmente aceitável.
Pois bem, esse aumento das margens terá de ser contido de alguma forma (...)l
Colocado por: PedroNunes24Para limitar as margens, tem de limitar ou o preço ou a procura.Taxar os lucros, até ao ponto em que não compensasse especular.
Colocado por: PedroNunes24Para limitar as margens, tem de limitar ou o preço ou a procura. Qual dos dois escolhia?
Colocado por: HAL_9000Taxar os lucros, até ao ponto em que não compensasse especular.
Colocado por: HAL_9000Taxar os lucros, até ao ponto em que não compensasse especular.
Colocado por: N Miguel OliveiraEu se tivesse lucros a mais, o que faria era investir mais, aumentar inventário, aumentar salários, contractar mais gente, aumentar o volume de negócios, renovar a frota, comprar terrenos, novas instalações, sucursais... qualquer coisa para deixar o lucro no minimo... pNesse caso aumentar a taxa, até resultaria em coisas positivas: mais inventário ( logo mais oferta, ninguém ter inventário parado muito tempo num armazém, porque isso tem um custo), aumentar salários (logo as pessoas pelo menos conseguiam fazer face mais facilmente ao aumento da inflação), aumentar o volume de negócios ( suponho que baixando o preço, dado que o aumento de juros já está a limitar a procura), novas instalações, sucursais (mais oferta)...
Colocado por: NTORIONAumentar a oferta, medidas para produzir mais barato.Essa é de facto a medida ideal, mas também a que mais tempo demorará a produzir resultados. Independentemente do tempo que demore, sou totalmente a favor, sobretudo em áreas essenciais como a alimentação.
Colocado por: HAL_9000Como vê nem tudo era mau.
Colocado por: AMG1
A questão que levanta sobre as decisões do BCE poderem afectar de forma muito diversa as varias economias da zona euro e muito relevante e em última análise leva-nos ao "pecado original" do euro: uma mesma moeda partilhada por um conjunto de economias com grandes assimetrias entre si, e sem qualquer mecanismo de compensação orçamental para atenuar essas assimetrias.
Actualmente na zona euro temos variações da tx de inflação com algum significado, mas a resposta do BCE é exactamente a mesma para todos, nem podia ser de outra forma dado que só pode actuar sobre as tx directoras. O resto competia aos governos, mas nem todos estão na mesma posição para o fazer.
De que serve Portugal ter uma tx de inflação das mais baixas da zona euro, se é confrontado com a receita igual aos que tem as txs mais elevadas. Isto num contexto em que o governo está (auto) limitado, para não agravar a divida pública, o que até compreendo.
Mas confesso que nao entendo esta ideia de tentar conter a inflação exclusivamente com o aumento das tx de juro. Óbviamente que este tende a ser o mecanismo mais eficiente, mas no contexto em que estamos, nao podemos esquecer que os resultados (positivos e/ou negativos) nao vao ser os mesmos e em simultâneo em toda a zona euro.
Porque nao se avança p.e. para uma qualquer solução de poupança "forçada" para quem o pode fazer. Titulos que até podiam ser garantidos pela UE, com tx indexadas a algo que torne a coisa atrativa, bem como um regime fiscal simpático.
Mesmo para as empresas, porque não criar incentivos fortes para que parte substancial dos lucros fiquem retidos nas empresas, valorizando-as, em vez de os transformar em dividendos.
Provavelmente muitos dos visados até veriam nisso uma boa alternativa a assistirem à desvalorização constante dos seus activos liquidos.
Colocado por: ferreiraj125
Não acho que seja um defeito do euro.
Para nós é otimo ter uma moeda que não é tão facilmente manipulavel por um governo incompetente como o nosso.
Colocado por: ferreiraj125Não acho que seja um defeito do euro.
Para nós é otimo ter uma moeda que não é tão facilmente manipulavel por um governo incompetente como o nosso.
Colocado por: AMG1Pois, mas a soberania monetária é algo que deixou de existir seja com este governo ou com qualquer outro.
Colocado por: N Miguel OliveiraO estado deve é regular, e facilitar que mais concorrentes entrem em jogo. Em vez de cortar a atratividade dum sector por via fiscal. A concorrencia é sempre boa e melhor que o monopolio, acho eu.
Colocado por: N Miguel OliveiraEu se tivesse lucros a mais, o que faria era investir mais, aumentar inventário, aumentar salários, contractar mais gente, aumentar o volume de negócios, renovar a frota, comprar terrenos, novas instalações, sucursais... qualquer coisa para deixar o lucro no minimo... pelo que mandava essa ideia de taxar mais para o tecto em dois tempos... sem mexer no preço ao consumidor final.
Colocado por: HAL_9000Essa é de facto a medida ideal, mas também a que mais tempo demorará a produzir resultados. Independentemente do tempo que demore, sou totalmente a favor, sobretudo em áreas essenciais como a alimentação.
Colocado por: NTORION
Com o nosso nível de competência política é preferível um banco central que não controlamos do que um que controlamos, infelizmente não ter essas soberania é uma sorte para os 10 milhões.
Colocado por: N Miguel OliveiraPenso que ninguém aqui discorda disto. A questão é: se os preços estão a aumentar acima daquilo que os custos de produção justificam, existe um aproveitamento em algum lado, não e normal a alimentação em Portugal custar o mesmo que na Bélgica.
O estado deve é regular, e facilitar que mais concorrentes entrem em jogo. Em vez de cortar a atratividade dum sector por via fiscal. A concorrencia é sempre boa e melhor que o monopolio, acho eu.
Colocado por: NTORIONCom o nosso nível de competência política é preferível um banco central que não controlamos do que um que controlamos,De acordo, mas ainda assim eu tenho as minhas dúvidas que o BCE seja igualmente independente perante todos os estados.
Colocado por: NTORIONAutomático só subsidiando a produção, pessoalmente sou contra todos os subsídios, ai da assim prefiro que subsidiem a produção ao consumo.A agricultura sempre foi subsidiada e terá de continuar a ser. Agora esses subsídios deviam também vir acompanhadas quer de controlo, quer de medidas de optimização de recursos, desse a produção, ao desperdício alimentar.
Colocado por: AMG1Talvez seja um defeito meu, mas continuo convencido de que devem ser os governados a escolherem os governantes e, obvimente, a assumirem a responsabilidade e consequências dessa escolha.
Colocado por: HAL_9000De acordo, mas ainda assim eu tenho as minhas dúvidas que o BCE seja igualmente independente perante todos os estados.
Colocado por: PedroNunes24Eu acho que a inflação não volta aos 2-3%. Esse "ponto de funcionamento em repouso" da economia claramente já não é estável. Os governos vão ter de continuar a imprimir dinheiro para dar resposta aos problemas que vão surgir da subida de juros (pagar juros de crédito à habitação das familias mais impactadas, por exemplo).
Já agora, a meta dos 2% de inflação não tem qualquer ciência. É só "porque sim", para se manter a confiança que os preços estão estáveis e que se está a cumprir uma meta. O grande desafio do FED e do BCE vai ser reajustar esta meta sem perder credibilidade.
Colocado por: PedroNunes24Em resumo, e mantendo o tópico, talvez o pico da Euribor já não esteja longe.