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    • AMVP
    • 13 novembro 2022

     # 1

    Colocado por: ricardo.rodrigues

    Mas tem dúvidas que isto é mesmo assim?

    Precisávamos de multiplicar por 10 a capacidade, e reforçar as atribuições do Tribunal de Contas, das unidades de investigação da Judiciária, e afins.

    Nao concordo consigo, o problema do tdc nao é a capacidade é a independencia.
    O que deveriamos todos pensar era em tornar a administracao publica mais independente dos governantes.
    • AMVP
    • 13 novembro 2022

     # 2

    Colocado por: AMG1

    No seu entender em que se traduz esse valor para a economia e sustentabilidade, que admito nao veja no SNS?

    O sustentavel é porque para mim ter um SNS tambem nao pode tornar as contas publicas insustentaveis, o pais necessita de um bom SNS mas precisa que este gira o centro de custos de modo a que seja o adequado para o pais e que nao consuma recursos de tal modo que condicione a alocacao de recursos para obcrescimento deste. Nao é uma questao de poupar dinheiro é uma questao de utilizacao racional dos mesmos.
    O valor acrescentado para a ecomomia decorre do facto de se as pessoas nao gastarem tantas horas nas deslocacoes ao SNS, se tiverem melhor acesso a consultas ou meios faceis de contactar o SNS, horarios de arendimento mais flexiveis isto ira traduzir-se em valor acrescentado para a economia por economia de tempo e potencialmente uma populacao mais saudavel, que se traduz em ganhos economicos.
  1.  # 3

    Colocado por: AMVPTemos de agendar uma visita a um hospital onde os medicos facam o dito registo, sempre acrescentava conhecimento e vi esse fenomeno na pratica. É que nao conheco nenhum em que tal ocorra.


    Se for de Lisboa ou Sintra pode vir ao meu local de trabalho (Colares) e mostro-lhe. E todos "picam o ponto" - administrativos, enfermeiros e médicos.

    Garanto-lhe que o Amadora-Sintra, o Garcia de Orta e todos os hospitais do centro hospitalar lisboa ocidental, central e norte usam registo biométrico. E fora de Lx idem.
  2.  # 4

    Colocado por: AMVPo pais necessita de um bom SNS mas precisa que este gira o centro de custos de modo a que seja o adequado para o pais e que nao consuma recursos de tal modo que condicione a alocacao de recursos para obcrescimento deste.
    Há um dado que gostava de ver esclarecido, não sei se a AMVP tem estatísticas:
    - Vejo constantemente os médicos a queixarem-se que o ordenado base é baixo (e de facto é), mas depois tenho vários amigos que só do SNS ganham por mês 2-3x mais que esse ordenado base (dito por eles). Sei que para alguns enfermeiros também é possível incrementar muito o salário base.
    Quanto é que efetivamente se gasta em salários por mês no SNS? Qual a relação desse valor com os ditos ordenados base? A gestão é bem feita?

    -Outro problema é a gestão: Não consigo perceber como é que eu passei 4 anos à espera de uma operação, estando a acumular danos permanentes, e um conhecido meu, porque a mulher trabalha no SNS, foi operado em menos de 3 semanas no mesmo serviço e no mesmo hospital.

    - Não tenho a certeza que os problemas do SNS se limitem à falta de dinheiro, penso que seja mesmo uma fraca gestão do dinheiro existente. Será que este novo diretor executivo irá fazer a diferença? Também é médico e não só gestor, isso não me deixa propriamente descansado...mas vamos ver
  3.  # 5

    Colocado por: ivreisSe for de Lisboa ou Sintra pode vir ao meu local de trabalho (Colares) e mostro-lhe. E todos "picam o ponto" - administrativos, enfermeiros e médicos.
    MAs dado que trabalha no meio, todos ficam após picar o ponto? As histórias que se ouvem têm um fundo de verdade, ou não passam de mito?
  4.  # 6

    Colocado por: AMVP
    O hospital de braga neste momento sofre do mesmo mal dos restantes.
    A parqueescolar nao é um bom exemplo de uma boa gestao nem de equidade enter as varias regioes do pais, muito longe disso.
    Portugal ja tem turismo de saude, ja aqui o disse e reafirmo. Tb temos residencia de saude, neste caso dos palops.


    O problema do hospital de Braga começou em 2019 (salvo erro) quando deixou de ser uma PPP e passou a ser gerido pelos tachos do governo.
    O meu pai foi utente antes e depois e nem sequer é comparável o antes e depois.
    • #bReis
    • 13 novembro 2022 editado

     # 7

    Colocado por: AMVPO valor acrescentado para a ecomomia decorre do facto de se as pessoas nao gastarem tantas horas nas deslocacoes ao SNS, se tiverem melhor acesso a consultas ou meios faceis de contactar o SNS, horarios de arendimento mais flexiveis isto ira traduzir-se em valor acrescentado para a economia por economia de tempo e potencialmente uma populacao mais saudavel, que se traduz em ganhos economicos.


    As horas nas deslocações ao SNS são as mesmas aos serviços de saúde privados. Geograficamente, tendenm a estar distribuídos da mesma forma.

    A "saúde" da população, em termos globais, depende pouco dos cuidados de saúde. Se atentarmos nas 5 grandes classes de determinantes de sáude (ambientais, biológicos, comportamentais ou estilos de vida, demográficos e sociais, económicos, e relacionados com o sistema de saúde e a prestação de cuidados de saúde), só 1 depende efectivamente destes (o último!).

    Uma população saudável tem uma necessidade pequena de cuidados de saúde (entre estes, 2 grandes exemplos estão a vacinação e os rastreios oncológicos). Uma população informada, ainda que menos saudável, saberá utilizar bem os diferentes recursos de saúde.

    O grande problema da sociedade actual (não só portuguesa) é que, fruto da degradação dos outros 4 determinantes), estão menos saudáveis e desinformados, utilizando os serviços de saúde de forma incorrecta. Pode-se aumentar os os recursos num determinado local, se for mal utilizado mas havendo alguma resposta (força do aumento dos recursos) só gerará mais procura. Um ciclo interminvál...
    Concordam com este comentário: ivreis
    • #bReis
    • 13 novembro 2022 editado

     # 8

    .
  5.  # 9

    Colocado por: ricardo.rodriguesMas tem dúvidas que isto é mesmo assim?

    Precisávamos de multiplicar por 10 a capacidade, e reforçar as atribuições do Tribunal de Contas, das unidades de investigação da Judiciária, e afins.


    Acho que no fundo, é isso.
    Há muita candonga porque ninguém irá investicar. Ou se sim, demora tanto tempo que quando for condenado já vivi como rei durante tanto tempo que nem me importo. Veja-se o caso daquele senhor do BPN, que arrisca-se ir pá cadeira 23 anos depois de ter feito asneira, com dinheiro mete recurso a toda e qualquer decisão. (Já nem me lembro como ficou o caso).

    No urbanismo é um bocado isso. Noutros países os técnicos tem tanta responsabilidade que nem arriscam meter a pata na poça. Em caso de ilegalidade estão tramados. Em Portugal, temos um serviço muito demorado e caro na fase de controlo prévio à construção. Para quê? Para depois em obra o DO fazer como lhe apetece e o técnico fechar os olhos e assinar em como está tudo de acordo com o projecto.
    Porque não houve fiscalização por parte da câmara.

    Idem para a ASAE e afins.

    Por isso dizia, depois da Saude e Educação, a Justiça deveria estar ao alcance de todos também e funcionar. E por aí terminava a "obrigação" do Estado que não era pouca.
  6.  # 10

    Colocado por: AMVPO hospital de braga neste momento sofre do mesmo mal dos restantes.
    A parqueescolar nao é um bom exemplo de uma boa gestao nem de equidade enter as varias regioes do pais, muito longe disso.
    Portugal ja tem turismo de saude, ja aqui o disse e reafirmo. Tb temos residencia de saude, neste caso dos palops.


    Eu não sei se percebeu. Mas eu enunciei-os como maus exemplos.
    O Hospital de Braga tem umas instalações muito boas (aos olhos do cidadão comum, como eu por exemplo, que sou utente desse hospital), mas que me adianta se gastaram demais em betão e de menos em pessoal? Para passar lá 10h a ver Arquitectura não preciso de estar doente. Mas antes não era assim, agora é noticia muitas vezes, quasd sempre por más razões. Quando para certas especialidades é preciso ir ao Porto está tudo dito. Não me parece que Braga seja uma cidade pequena para que tal aconteça.

    Parque Escolar idem. Eu participei em alguns dos projectos na região do Porto e Vila Real. Muita qualidade arquitetónica. Obras muito caras também. Dinheiro havia (emprestado). Só não houve para cuidar dos professores e assistentes, ou ligar a maquinaria top que os edificios tinham por falta de verba para manutenção.

    Má gestão. Onde anda essa malta?
    Lá está, falhou o nosso 3o pilar, a justiça.

    Agora imagine a vontade dum enfermeiro, dum assistente, dum professor, dum bombeiro, ao ir trabalhar para longe, ou fora de horas, ou ao fim de semana, com um "patrão" que os trata assim. Para depois ver moços a auferir 4000 aos 21 anos ou o outro que não pode andar de Clio... ou o filho do presidente da junta ter construído em área florestal e ninguem viu nada...
    Concordam com este comentário: ivreis
  7.  # 11

    Colocado por: N Miguel Oliveira

    Precisamente. Sabem captar os melhores. Veja-se IT. Grande parte vem da India ou da China. Nos USA sabem atrair os melhores e não estão com falinhas mansas ou protecionismo nacionalista.


    São muito mais protecionistas que aqui.

    Lá vais para trabalhar, perdes o emprego e não arranjas logo outro? És recambiado para casa.

    Não é como aqui que vêm como querem, sem trabalho em vista, e quando ficam desempregados ficam a mamar nos subsidios...
  8.  # 12

    Colocado por: HAL_9000MAs dado que trabalha no meio, todos ficam após picar o ponto? As histórias que se ouvem têm um fundo de verdade, ou não passam de mito?


    Todos todos certamente que não. Afinal de contas eu nunca neguei que não há ovelhas negras. Mas a esmagadora maioria cumpre o horário. Até pq as chefias (diretores de serviço e coordenadores nos centros de saúde) têm de validar os registos biométricos que saem fora dos parâmetros predefinidos (menos horas que o contratado/horas extra/trocas de horário).
    O problema é qnd as chefias começam a fazer vista grossa aos abusadores...
  9.  # 13

    Colocado por: ferreiraj125São muito mais protecionistas que aqui.

    Lá vais para trabalhar, perdes o emprego e não arranjas logo outro? És recambiado para casa.


    Talvez. E então? Não é para trabalhar que emigraram? Subsidios não há como em Portugal/UE, ninguém lhe leva nada a casa nos USA. Por outro lado acho bem mais provavel que o anterior empregador faça um genuíno esforço para encontar trabalho para o tipo que acaba de despedir ou rejeitar. Coisa muito incomum por Portugal, para não dizer inexistente.

    O protecionismo a que me referia, ou melhor, a falta dele, era do sentido de serem abertos para com alguém diferente. Não é estranho um estrangeiro subir rápido. O que mais lhes importa é que façam bem o seu trabalho, venha ele donde vier, tenha o "passado" que tiver.
    Claro que estou a generalizar, há desses e o seu contrário também. Não é homogéneo.
  10.  # 14

    Colocado por: N Miguel OliveiraNão é estranho um estrangeiro subir rápido. O que mais lhes importa é que façam bem o seu trabalho, venha ele donde vier, tenha o "passado" que tiver.
    Claro que estou a generalizar, há desses e o seu contrário também. Não é homogéneo.
    Tinha a ideia que os EUA já foram assim de facto, mas agora é cada vez mais raro....
    • AMG1
    • 13 novembro 2022

     # 15

    Colocado por: N Miguel Oliveira

    Talvez. E então? Não é para trabalhar que emigraram? Subsidios não há como em Portugal/UE, ninguém lhe leva nada a casa nos USA. Por outro lado acho bem mais provavel que o anterior empregador faça um genuíno esforço para encontar trabalho para o tipo que acaba de despedir ou rejeitar. Coisa muito incomum por Portugal, para não dizer inexistente.

    O protecionismo a que me referia, ou melhor, a falta dele, era do sentido de serem abertos para com alguém diferente. Não é estranho um estrangeiro subir rápido. O que mais lhes importa é que façam bem o seu trabalho, venha ele donde vier, tenha o "passado" que tiver.
    Claro que estou a generalizar, há desses e o seu contrário também. Não é homogéneo.


    Talvez valha a pena clarificar do que estamos a falar. Tanho quanto julgo saber não ha vistos de trabalho para os USA, porque alguém quer ir para lá trabalhar.
    Os vistos são atribuídos de acordo com o contrato pré-existente e dependendo da categoria do visto emitido pode ser, ou nao, possivel trabalhar noutro empregador. Em regra nao é possível, embora nessa circunstância o visto possa ser alterado, mas implica um processo burocrático que nao é nem rapido nem garantido que venha a ser aceite.
    Claro que há muitas categorias de vistos, mas a regra geral é esta. Pode p.e. ir-se para lá com um visto de uma determinada categoria e depois alterar esse visto para outra, situação que é muito frequente no sistema universitário, mas o principio em geral e sempre esse. Sem trabalho não ha visto e so ha visto se os serviços consulares entenderem que que se justifica.
    Eu concordo que para a maioria das empresas pouco lhes importa que seja um estrangeiro ou um americano, eu diria que.em muitos casos até preferem um estrangeiro, por razoes que são óbvias. Mas nao são elas que decidem o visto e têm sempre que justificar porque razão precisam daquela pessoa. Claro que nalgumas situações essa justificação é muito simples, p.e. quando estamos a falar de pessoas muito qualificadas e que vão desempenhar funções muito especificas, mas nao sao assim tantas.
    Claro que há uma espécie de mundo paralelo onde tudo isto tambem existe, mas bastante mais simplificado, p.e. nos meios universitário, cientifico ou artístico. Nestes casos tudo é mais fluído, porque em geral são pessoas que os USA querem lá.
    Quanto a possibilidade do empregador se preocupar em arranjar uma nova colocação para o trabalhador, sinceramente nao acho que um patrão americano tenha mais disponibilidade para isso do que qualquer outro. Depende sobretudo das pessoas e naturalmente que nos USA, tal como em qualquer outro lado tanto há pessoas impecáveis como trastes. De facto para quem o queira fazer talvez seja mais fácil nos USA porque tratando-se de uma economia muito dinâmica há naturalmente mais oportunidades, mas convém nao esquecer o tema dos vistos, porque se nao o alterar ate pode trabalhar mas está em situação ilegal e se sair ja não entra, a nao ser que obtenha um novo visto, o que depois de ter estado em situação irregular, não sera nada fácil.
  11.  # 16

    Colocado por: AMG1talvez seja mais fácil nos USA porque tratando-se de uma economia muito dinâmica há naturalmente mais oportunidades


    No fundo seria isto que seria importante reter. Perceber porque isso acontece, quais as vantagens e desvantagens. E o provoca o Estado quando se mete em tudo, ou quando se esquece de prestar serviços básicos. Em Portugal, não me parece que um sistema estilo americano faça sentido, mas tampouco um sueco ou dinamarquês. Preferia que se concentrassem em menos coisas (ministérios) e os serviços que prestasse, os prestasse como deve de ser.
  12.  # 17

    Colocado por: AMG1Tanho quanto julgo saber não ha vistos de trabalho para os USA, porque alguém quer ir para lá trabalhar.
    Os vistos são atribuídos de acordo com o contrato pré-existente e dependendo da categoria do visto emitido pode ser, ou nao, possivel trabalhar noutro empregador. Em regra nao é possível, embora nessa circunstância o visto possa ser alterado, mas implica um processo burocrático que nao é nem rapido nem garantido que venha a ser aceite.


    Sim, é isso.

    Mas se reparar nem era desses que me referia de inicio. Mas sim a capacidade que têm em colaborar e lidar com pessoas com o mais diverso contexto social, cultural, religioso, linguistico, etc...

    Basta ver a quantidade brutal de chineses ou russos (ou indianos) que vivem nos USA, para perceber o que quero dizer. Cidadãos vindos de países "opostos" e com um modo de pensar completamente diferente à cultura ocidental.
  13.  # 18

    Colocado por: N Miguel Oliveiracom um modo de pensar completamente diferente à cultura ocidental.


    Se a cultura ocidental se traduzir em capitalismo, os chineses têm esse modo de pensar multiplicado por 10.
    Nunca vi gente tão esfomeada por dinheiro.
    Concordam com este comentário: eu
    • AMG1
    • 15 novembro 2022

     # 19

    Colocado por: N Miguel Oliveira

    No fundo seria isto que seria importante reter. Perceber porque isso acontece, quais as vantagens e desvantagens. E o provoca o Estado quando se mete em tudo, ou quando se esquece de prestar serviços básicos. Em Portugal, não me parece que um sistema estilo americano faça sentido, mas tampouco um sueco ou dinamarquês. Preferia que se concentrassem em menos coisas (ministérios) e os serviços que prestasse, os prestasse como deve de ser.


    Convém nao esquecer que nem tudo depende da dimensão do estado, de mais ou menos emigração, ou ate se há mais ou menos impostos. Tudo tem um passado, uma historia, que frequentemente justifica muito do presente. Ora a historia dos USA nao é igual à da europa, a começar pela duração e pela multiplicidade de interesses dos vários Estados nação existente na europa, o que nao permite gerar efeitos de escala particularmente relevantes para a dimensão e dinamismo dos mercados.
    Na europa tudo são barreiras até a linguistica. Os USA sao um mercado com uma dimensao quase idêntica a europeia, mas com 250 anos, que já
    nasceu liberal, liberto das amarras sociis e cultururais do antigo regime, ou seja uma nação que ja nasceu "moderna" enquanto os estados europeus só aí chegaram quase 100 anos depois. A UE tem 60 anos e o mercado unico europeu ainda hoje pouco mais é do que uma grande ideia mas em construção e que curiosamente, muitos europeus nem sequer parecem querer.

    Eu já opto por falar de europa, porque óbviamente nao faz qualquer sentido colocar USA e Portugal no mesmo patamar e quando digo Portugal, até podia dizer Alemanha que sendo diferente, para o caso pouco muda. Nao é por acaso que também são as maiores economias europeias as mais interessadas no mercado único. Até os britânicos não queriam a UE, mas queriam o mercado único e a razão é sempre a mesma, sem escala, não há qualquer hipotese da europa competir com os USA ou com qualquer outro dos gigantes globais.

    Eu também gostaria de ter em Portugal o dinamismo económico americano, mas tenho de ser realista e aceitar que não é possível. Ou seja, nós não temos nenhuma das condições necessarias para isso. O que nao significa que estejamos condenados a estar sistemáticamente na cauda da europa. Mas o nosso campeonato não é definitivamente o mesmo dos USA.

    O Nuno nao vai levar a mal, mas a verdade e que eu também queria em Portugal o dinamismo economico dos USA, os serviços publicos da Suécia ou Dinamarca e ja agora pagar os impostos do Panamá (imagino que sejam baixos). Mas infelizmenhe esse país nao existe. Por mais que haja por aí uns quantos politicos a quererem convencer-nos de que isso é possível.

    Se os USA mostram-nos muitas coisas, uma delas é que se pode ser um país rico e distribuir essa riqueza de forma muito desigual. Enquanto Portugal mostramos que embora pobre faz +/- a mesma coisa, apesar de parece querer fazer diferente.

    Isto para dizer algo mais ou menos óbvio. Que da mesma forma que nao se pode distribuir a riqueza que nao se tem, até porque a capacidade de endividamento e finita, como nós aprendemos da pior maneira. Também se pode ter a riqueza e distribui-la de forma muito desigual.

    No fim do dia e para mim, a riqueza das nações so tem sentido se isso servir para elevar as condições de vida de todos e nao para acumulação de apenas alguns. Nesse caso talvez tenhamos um país com muitos ricos, mas seguramente um país pobre.
    É um pouco a velha história da conversa entre o Otelo s Carvalho e o Olaf Palme, quando este era PM. Em que o Otelo diz que tem como objectivo acabar com os ricos em portugal e o Sueco responde que quer é acabar com os pobres. Para dizer a verdade nenhum deles conseguiu verdadeiramente os seus intentos, nem sei se tal será mesmo possível, mas Suécia é inegavelmente um pais com muito mais ricos do que Portugal, mas também com muito menos pobres. O que talvez índicie que o sueco se aproximou mais do objectivo.
    Ter os recursos é essencial, mas a forma como se distribuem é também fundamental, até para cumprir um desígnio que me é particularmente caro, ou seja aquilo a que o prof. Adriano Moreira definia como a bonita utupia da "igualdade à partida, porque querer a igualdade a chegada, nao passa de uma tolice". Porque sem essa igualdade à partida estamos a condenar inumeros dos nossos concidadãos a nao poderem realizar os seus propositos e objectivos e com isso provavelmente perdemos todos. Não assegurar essas condições porque não se têm os meios é mau, mas fazê-lo tendo os meios é imoral.

    Mas claro que há por aí muita corrente de pensamento a fazer escola, para quem a moral e a ética nao passam de "balelas" para atrapalhar.
    Quando ja existem milionários americanos a defender abertamente que a melhor forma de governo é a oligarquia, talvez os USA ainda nos acabem por mostrar coisas bem piores. O que pessoalmente não me agrada mesmo nada.
    Concordam com este comentário: HAL_9000, pedrocipri, Carvai
    Estas pessoas agradeceram este comentário: smart
    • RJGG
    • 15 novembro 2022

     # 20

    E o Cristiano Ronaldo?
    Concordam com este comentário: eu
 
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