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  1.  # 101

    Colocado por: zedasilvaUma fiscalização faz se em permanência.
    Um fiscal está a pensar na obra ao Domingo á hora de almoço.
    Um fiscal atende o telefone ao DO ao sábado às 7 da manhã.
    É isto que é fiscalização.

    Nem mais.
    Falo com eles quase todos os dias, muitas vezes telefonam-me ao fds sobre temas que irão arrancar na 2ª feira, conhecem o projecto e os seus detalhes de trás para a frente.

    Colocado por: ZarbMesmo que tivesse mais quatro horas por mês em trabalho de gabinete (exagero, pelo menos, considerando todos os meses), difícil seria ultrapassar as 20 horas por mês...

    Deve estar a pensar noutra coisa.

    A maior parte da gestão da obra não se faz na obra.
    No meu caso, para a fiscalização, são pelo menos 2 visitas semanais. Esta semana foram 3. Por norma, costuma ser a manhã ou tarde inteira. Quando lá dá um pulo só para conferir detalhes, nem conta como visita.
    Recentemente tivemos lá até às 20h e tal, com um subempreiteiro e em consultas com os projectistas, para corrigir um engano (engano este que, apesar de grave, numa outra situação eu teria papado sem espinhas).

    Por fim, e repito para não passa despercebido: só no capítulo da estrutura já poupei muito mais do que o custo total deste serviço. Nesta perspectiva, é um serviço caro ou barato?
    Concordam com este comentário: N Miguel Oliveira
  2.  # 102

    Colocado por: marco1já agora há muita empresa de fiscalização a praticar por uma moradia 2000/ mês

    Para não falar naquelas que propuseram 82k para os 18 meses :)
  3.  # 103

    Colocado por: Zarb

    Mas diga-me lá o que é que interessam as fichas técnicas se o fiscal não vê qual o material que foi efectivamente aplicado por que não visita a obra? Será que vê pelas embalagens vazias do que vai ficando espalhado em estaleiro de obra?

    Por exemplo, se lhe disser que paguei ETICS de 12 cm e me meteram 8 cm dentro da parede já construída e rebocada quando o fiscal lá vai à obra, o que é que serve a ficha técnica do material que não usaram?


    Isso é ca em portugal entao..
    Ja assisti a inspeçoes, depois de obra acabada, onde houve suspeitas de os materiais nao terem sido os das fichas tecnicas. Os peritos nao vao por 15 caminhos, fizeram carotagens a direita e a esquerda e tudo para analise! Foi ai que fiquei ao saber que ao analisarem conseguem até saber se o antifunguci foi aplicado antes das pinturas!
    Sabia tambem que por exemplo a STO no eps deles tem bilhas amarelas espalhas (acho que knauf faz o mesmo com. Pintas cinzas)
    Isso serve somente para saber se foi bem o eps deles que foi aplicado. Se houver problema, foi fornecido ficha da sto, se nao tiver as pintas amarelas na carotagem esta logo a ^^^a armada para toda a gente...
    Verificar a espessura de um isolamento é do mais simples, uma chave de fendas fina e espeta num cantinho e nem se vé o teste...
  4.  # 104

    Colocado por: pguilhermesó no capítulo da estrutura já poupei muito mais do que o custo total deste serviço.


    Poupou como?
    • Zarb
    • 10 fevereiro 2023 editado

     # 105

    Colocado por: pguilherme
    Nem mais.
    Falo com eles quase todos os dias, muitas vezes telefonam-me ao fds sobre temas que irão arrancar na 2ª feira, conhecem o projecto e os seus detalhes de trás para a frente.


    Deve estar a pensar noutra coisa.

    A maior parte da gestão da obra não se faz na obra.
    No meu caso, para a fiscalização, são pelo menos 2 visitas semanais. Esta semana foram 3. Por norma, costuma ser a manhã ou tarde inteira. Quando lá dá um pulo só para conferir detalhes, nem conta como visita.
    Recentemente tivemos lá até às 20h e tal, com um subempreiteiro e em consultas com os projectistas, para corrigir um engano (engano este que, apesar de grave, numa outra situação eu teria papado sem espinhas).

    Por fim, e repito para não passa despercebido: só no capítulo da estrutura já poupei muito mais do que o custo total deste serviço. Nesta perspectiva, é um serviço caro ou barato?


    infra
    • Zarb
    • 10 fevereiro 2023

     # 106

    Colocado por: zedasilvaUma coisas que os DO não conseguem entender, uma fiscalização não se faz á hora.
    Uma fiscalização faz se em permanência.
    Um fiscal está a pensar na obra ao Domingo á hora de almoço.
    Um fiscal atende o telefone ao DO ao sábado às 7 da manhã.
    É isto que é fiscalização.
    Fiscalização com hora marcada para ir á obra mais vale pagarem os 500€ para o gajo assinar de cruz
    Concordam com este comentário:gil.alves,pguilherme,marco1


    Não sei se ria, se chore...

    Eu também sou um prestador de serviços e tenho uma empresa. Também penso nos assuntos dos meus Clientes (e nos restantes de gestão do escritório e colaboradores) todos os dias. Por vezes, até enquanto estou a tomar banho estou a pensar nas melhores soluções que lhe posso dar(às vezes, até nas soluções sejam ou não as melhores, tão más são as situações). Mesmo na altura em que estou de férias, como agora, tenho de acompanhar as situações porque há requisitos legais que não se compadecem com as férias de um ser humano. Já passei a noite de Natal a conduzir para Madrid porque os árabes do Qatar decidiram fechar o negócio no dia de Natal!!

    Se calhar também devia estar a cobrar pagamentos mensais (são avenças, nada mais do que isso) enquanto as situações que perdurassem estivessem em curso... durassem 18 meses, durassem 5 anos...

    Será que o fiscal também vai à obra no Domingo ou na Páscoa? Certamente que não, mas é nos dias que estará a negociar os melhores orçamentos e analisar as características técnicas dos materiais a empregar. Como disse e reitero, não sei se ria, se chore. E ainda perguntam aqui pelo tópico porque é que há fiscais a assinar de cruz...

    Talvez também deva remunerar o meu advogado com um pagamento mensal, trabalhe ele 10 horas ou 1 hora (também me liga ao fim‑de‑semana e por vezes, também me envia e-mails depois da meia-noite). Ou então o meu médico, ao invés de andar a pagar consultas? Ainda no Sábado passado ligou-me para me avisar do resultado de um exame (não tinha tido tempo na sexta e queria deixar-me descansado). Já agora, senhores arquitectos, porque é que não cobram um pagamento mensal enquanto a obra corre, pelo menos, até ao levantamento da licença, ao invés de cobrarem por projecto (base de horas programada)?

    Se calhar, descobri agora, os fiscais são os únicos prestadores de serviços que, quando chega às 18h de sexta-feira, não fecham a porta ao trabalho...

    Mediação imobiliária, belo exemplo. Não negoceio com mediadores a não ser quando sou obrigado. Mas sem dúvida que o trabalho deles é muito mais vasto do que somente colocar um anúncio na internet. Mas enfim, o pressuposto é o mesmo: porquê pagar uma percentagem sobre a venda, se e quando ela ocorrer (muitas vezes, troca-se de mediador e o antigo recebe bolinha...) ao invés de lhe pagar um fee mensal para que possa promover o imóvel, acompanhar visitas, esclarecer visitas dos potenciais compradores (sim... por vezes até aos Domingos). Já agora, por curiosidade, a maior parte dos mediadores que conheço, grande parte do trabalho de escritório que faz (organização de novas angariações, selecção e publicação de fotos nos sites, etc.) é ao Domingo ou à Segunda de manhã, porque no resto do tempo andam em visitas ou em angariação.

    Se calhar, se pagassem por hora trabalhada, até seria mais importante para perceber a efectiva necessidade e efectiva importância de uma boa fiscalização de obra.
    • Zarb
    • 10 fevereiro 2023 editado

     # 107

    Colocado por: marcocar

    Isso é ca em portugal entao..
    Ja assisti a inspeçoes, depois de obra acabada, onde houve suspeitas de os materiais nao terem sido os das fichas tecnicas. Os peritos nao vao por 15 caminhos, fizeram carotagens a direita e a esquerda e tudo para analise! Foi ai que fiquei ao saber que ao analisarem conseguem até saber se o antifunguci foi aplicado antes das pinturas!
    Sabia tambem que por exemplo a STO no eps deles tem bilhas amarelas espalhas (acho que knauf faz o mesmo com. Pintas cinzas)
    Isso serve somente para saber se foi bem o eps deles que foi aplicado. Se houver problema, foi fornecido ficha da sto, se nao tiver as pintas amarelas na carotagem esta logo a ^^^a armada para toda a gente...
    Verificar a espessura de um isolamento é do mais simples, uma chave de fendas fina e espeta num cantinho e nem se vé o teste...


    Como é que vê se tem pintas amarelas, rosa ou às riscas depois da parede estar fechada??

    Imagino a quantidade de DO a permitir que lá vá, depois da parede rebocada, fazer um furinho ali no cantinho para ver se o EPS é de 8 ou de 12... E sendo de 8, quando contratou de 12, qual seria a decisão do DO. Destruir tudo para voltar a meter o EPS correcto?

    Realmente, por vezes acho que as pessoas vêm a este fórum com uma ideia da realidade que só existe nos contos do Charles Dodgson!
  5.  # 108

    Colocado por: pguilhermesó no capítulo da estrutura já poupei muito mais do que o custo total deste serviço.
    como ?
    • Zarb
    • 10 fevereiro 2023

     # 109

    Colocado por: DR1982como ?


    Porque provavelmente seguiu a opinião do fiscal ao invés da opinião do empreiteiro... É bom mesmo que a do fiscal fosse a certa...
  6.  # 110

    Colocado por: RCFFaz-me lembrar a história da mulher que é violada e a culpa (segundo algumas mentes) é, também, dela, porque andava de mini saia ou com um decote muito pronunciado...


    Que comentário infeliz.
  7.  # 111

    Colocado por: ZarbAgora, se cada obra tivesse um contrato de empreitada com multas contratuais para o empreiteiro, com critérios para a fiscalização... aí a história cantaria diferente. Mas certamente, os valores de empreiteiro também seriam maiores, porque não se queria arriscar cortar cantos...


    E os contratos de empreitada não têm multas previstas porquê?
    Então um contrato não é celebrado em concordância de ambas as partes?
    Porque é que elas existem em muitos países, e em Portugal não?

    Claro que os preços subiriam. E?
    Como sabe se no final sai de facto mais caro?

    A realidade é que Portugal é um país de tesos para as construções que faz.
    Poupa-se no que se considera supérfluo, ou por mera desconfiança.
  8.  # 112

    Colocado por: ZarbMas diga-me lá o que é que interessam as fichas técnicas se o fiscal não vê qual o material que foi efectivamente aplicado por que não visita a obra? Será que vê pelas embalagens vazias do que vai ficando espalhado em estaleiro de obra?

    Por exemplo, se lhe disser que paguei ETICS de 12 cm e me meteram 8 cm dentro da parede já construída e rebocada quando o fiscal lá vai à obra, o que é que serve a ficha técnica do material que não usaram?


    Mas o fiscal não visita as obras porquê?
  9.  # 113

    Colocado por: zedasilvaUm fiscal está a pensar na obra ao Domingo á hora de almoço.


    Eheheheh, já cheguei a apanhar um DO a fazer picnic na obra no sitio onde ficaria a mesa de jantar.
    Ainda teve a lata de uns dias depois se queixar que havia manchas no pavimento (de óleo vegetal)...
    :) Que riso...
  10.  # 114

    Colocado por: zedasilvaFiscalização com hora marcada para ir á obra


    Nessas há-de estar tudo arrumado, limpo, com proteção para não cair da varanda, até o WC Toitoi aparece limpo...
  11.  # 115

    Colocado por: pguilhermeMais estranho é um DO que não percebe nada do assunto, no que provavelmente é o maior investimento da sua vida e que irá passar o resto da vida a pagar, preferir arriscar ser o próprio a desempenhar estas tarefas, para poupar um valor inferior ao que uma imobiliária levaria para meter um anúncio na internet...


    Ora nem mais.
    Mas em Portugal só se vê o que está imediatamente à frente.
    Empurra-se com a barriga tudo que não seja estritamente necessário... sem ter visão a longo prazo.
  12.  # 116

    Colocado por: ZarbComo é que vê se tem pintas amarelas, rosa ou às riscas depois da parede estar fechada??


    A sério?
    O foco deve estar na prevenção e sensibilização dos trabalhadores. Mas quando é necessário verificar, nem que seja à marretada como na imagem à esquerda (para ver o isolamento que levou entre paredes meeiras de casas em banda por exemplo). No exemplo à direita detetou-se que por vezes lajes de casas diferentes estavam em contacto criando uma ponte acústica. Entre demolir tudo e corrigir, chegou-se a um acordo entre DO e empreiteiro. O DO iria perder uns cms de área útil, pois decidiu-se forrar/isolar estas paredes por dentro também. O empreiteiro preferiu fazer um mega desconto (que depois meteu ao seguro, para ajudarem parcialmente).

    Eu a pensar que ao denunciar tinha arranjado um inimigo para a vida e que iria começar a andar na rua a olhar por cima do ombro... fiquei surpreendido quando o encarregado de obra me veio agradecer de ter descoberto isto nesta fase (tosco) pois se fosse depois teria coisas que impediriam a correção. Pois ou demoliria trabalhos de outras empresas (que ele teria que pagar) ou ir para tribunal. Pediu imensa desculpa por ele não ter visto isso (calhou na semana que lhe nasceu a filha)... e estava corado de vergonha. Como gesto, ficou ainda decidido que iria fazer uns muros gratuitamente que tinha orçamentado, mas que ainda não tínhamos adjudicado.
    Concordam com este comentário: marcocar, pguilherme
      2.JPG
  13.  # 117

    Colocado por: ZarbImagino a quantidade de DO a permitir que lá vá, depois da parede rebocada, fazer um furinho ali no cantinho para ver se o EPS é de 8 ou de 12... E sendo de 8, quando contratou de 12, qual seria a decisão do DO. Destruir tudo para voltar a meter o EPS correcto?

    Realmente, por vezes acho que as pessoas vêm a este fórum com uma ideia da realidade que só existe nos contos do Charles Dodgson!


    Então se não pagará nada por isso, porque não refazer?
    Se gera atrasos a outras empresas, esse atraso é compensado por quem fez a asneira.

    Porque deveria ser o DO a pagar por isso? Ou a acomodar-se com um produto de 8, quando pagou por 12?

    Porque não aparecem contratos que em caso a obra se atrase, o DO (que deixa o apartamento alugado), passa a ir viver para o melhor hotel da terra, com facturação directa ao empreiteiro? Que se a cozinha não fica pronta no dia na inauguração, a familia passa a comer no restaurante todos os dias, com factura endereçada ao causador do atraso? Isto não são contos do Charles Dodgson, este tipo de coisas existem... Se o DO chama a sí a responsabilidade de gerir a obra por empreitada, é a ele que lhe toca prever este tipo de cláusulas.
    Concordam com este comentário: marcocar
  14.  # 118

    Colocado por: N Miguel Oliveiraeste tipo de coisas existem...


    Sim, mas quantos empreiteiros portugueses aceitariam assinar isso?

    Se já o apresentar de MQT detalhado assusta logo (e impede o avanço, pelo aumento do orçamento) se juntamos um caderno de encargos com cláusulas dessas... o DO só consegue contratar uma empresa tipo mota engil (caso consiga pagar).
    Concordam com este comentário: Zarb
  15.  # 119

    Em todo lado existe estas situaçoes de encontrar os rrsponsaveis, por vezes até mesmo 9anos e meio depois (garantia de 10 anos)... Mas isso é fora ca decerto nunca existira
  16.  # 120

    Cheira-me que se em Portugal acontecer um sismo parecido, isto https://www.jn.pt/mundo/amp/detido-construtor-de-condominio-de-luxo-que-colapsou-na-turquia-quando-tentava-sair-do-pais--15817804.html
    nunca poderá acontecer, primeiro porque não ha prisão para tanta gente e segundo porque provavelmente nem as prisões ficam de pé :s
    Concordam com este comentário: Zarb
 
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