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  1. Colocado por: Picareta
    confirmo
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    Pois, é efectivamente fácil constatar.
  2. Colocado por: enf.magalhaesEntão está contra apoiar uma empresa que factura 800 milhões de euros tributados em Portugal , da emprego a 2000 pessoas em 2 milhões de euros em infraestruturas para a mesma não ir embora de Portugal ?

    Estou.

    Estou contra qualquer tipo de incentivo fiscal ou outro qualquer apoio, a esta ou aquela empresa em particular. Do que estou a favor é de um regime fiscal concorrencial e amigo das empresas, que as trate todas por igual e seja um factor de atracção para o investimento estrangeiro.
    Concordam com este comentário: Gambino
  3. .
  4. Colocado por: J.Fernandes
    Estou.

    Estou contra qualquer tipo de incentivo fiscal ou outro qualquer apoio, a esta ou aquela empresa em particular. Do que estou a favor é de um regime fiscal concorrencial e amigo das empresas, que as trate todas por igual e seja um factor de atracção para o investimento estrangeiro.
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    Este País é praticamente ao contrário.
    • smart
    • 6 julho 2020 editado
    Colocado por: eu
    No caso da TAP é exatamente isto que está a acontecer.


    hum..
    só umas considerações...
    A TAP fez vários emprestimos obrigacionistas , a taxas elevadas, que haverão de vencer... para pagarmos...
    O Neeleman entrou com 5 milhões na TAP e leva 55..
    A mais grave, que espero ter sido acautelada, é o facto das portas de embarque nos EUA, uma das rotas mais promissoras nos EUA, é partilhada/cedida pela Azul....não se sabe os termos ...
    Se nos últimos 2 anos, com a explosão do turismo não conseguiu lucro, vai começar a dar agora...com a aviação no auge, inferior...
    nada se sabe se já pagou sequer algum centimo pelos aviões que recebeu...
    ainda vai ser um elefante maior que o BES ...
    • smart
    • 6 julho 2020 editado
    hum...
    olhem aqui mais conspiração ...
    lol á portuguesa...
    engorda que vale mais...
    estavam encomendados 12, mas compra-se logo mais 50 ...


    https://sol.sapo.pt/artigo/662073/como-david-neeleman-conseguiu-comprar-a-tap-sem-investir-um-c-ntimo


    Numa espécie de golpe de magia, David Neeleman conseguiu que a empresa Airbus avançasse em 2015 com uma parcela que viria a ser relevante na compra da TAP – no âmbito do processo de privatização lançado e concluído nos executivos de Pedro Passos Coelho. Na prática, com a troca da encomenda de 12 aviões A350, cujo valor da pré-encomenda já tinha sido pago pela companhia portuguesa, por outra de meia centena de aviões dos modelos A320 neo e A330 neo foi possível encaixar cerca de 70 milhões de euros. Este ‘prémio’ dado pela Airbus contou como investimento privado, ou seja, o mesmo será dizer que Neeleman fez omeletes com ovos que já pertenciam à transportadora aérea nacional. Fonte próxima do processo explica que, na altura, tal situação ainda chegou a ser questionada dentro do Executivo, mas que dada a situação limite ou era isso ou a TAP poderia perder tudo, uma vez que já tinha falhado pagamentos relativos à pré-encomenda e o Estado português não tinha o mesmo poder negocial que o empresário brasileiro. Uma outra fonte acrescenta ainda que, mesmo que o Estado tivesse poder negocial e quisesse fazer por si esta troca de encomendas, arrecadando para a TAP um prémio generoso, depois não teria como arranjar tripulantes para tantos aviões.

    Contactada ontem, a TAP disse não poder «comentar os investimentos realizados pelos seus acionistas na privatização mas que evidentemente são do conhecimento do Governo Português e da Parpública» e adiantou que tais investimentos já foram «explicados na última decisão do Tribunal de Contas».

    «Dito isto, a TAP pode confirmar que nunca chegou a adquirir os aviões A350 nem recebeu qualquer compensação da Airbus por vendas que não poderiam ter sido realizadas», continua a transportadora aérea.

    Ao que o SOLapurou, na proposta inicial de David Neeleman já estava a claro que a sua intenção era fazer a troca das aeronaves, tendo mais tarde, quando tudo estava a ser ultimado, o Estado feito algumas diligências para perceber se a Airbus estava mesmo disponível para fazer tal negócios, como confirmou junto da banca e de outros operadores. O dinheiro avançado terá sido uma espécie de pagamento por custo de oportunidade, dado que a Airbus teria clientes para os A350 que iriam pagar mais do que o valor pelo qual a TAP tinha opção de compra – o SOL não conseguiu apurar se Neeleman teve ou não alguma intervenção na angariação dos clientes para os A350. Mas clientes existiam e, além disso, o gigante internacional não deixava de vender à TAP aeronaves, neste caso os modelos novos, que não tinham tanta procura, até porque vieram ainda em fase de teste.

    Todos ganhavam com os recursos da companhia pública e a parte que Neeleman ganhava entrou na TAP como investimento privado, num negócio em que a Atlantic Gateway – de David Neeleman, dono da companhia aérea brasileira Azul, e de Humberto Pedrosa, o patrão do Grupo Barraqueiro – pagou 354 milhões por 61% da empresa (dos quais só 10 milhões foram parar ao Estado).

    Neeleman diz que não tirou ‘nada da TAP’

    Em janeiro de 2016, numa entrevista à Visão, Neeleman explicava assim a venda dos Airbus 350: «O que eu fiz foi ir à Airbus e dizer que não queria os A350, porque não faziam falta à TAP. Mas queria os A330 e os A321 LR (Longo Alcance) porque são mais rentáveis. A TAP pode, com os A321 LR, voar para Toronto, Boston, Nova Iorque e até Chicago, com custos mais baixos» .

    Questionado diretamente sobre se tinha tido algum ganho com a venda dos slots dos A350, a resposta foi: «Eu não tirei nada da TAP. Estou a trazer este valor todo e não posso tirar um cêntimo enquanto a dívida bancária da TAP não estiver toda paga. Esse é o contrato que tenho de cumprir».

    Questionada ontem pelo SOL, a Atlantic Gateway garantiu que tudo o que foi contratualizado está a ser cumprido: «Todas as obrigações de capitalização da TAP que resultaram do processo de privatização foram totalmente cumpridas por um lado por David Neeleman e Humberto Pedrosa através da Atlantic Gateway e por outro, pela Azul e Parpública através da subscrição do empréstimo obrigacionista. Todas as obrigações de capitalização foram cumpridas como foi já expressamente reconhecido pelo Governo português, Parpública e pelo Tribunal de Contas».

    O consórcio também defendeu que «os montantes realizados na capitalização foram amplamente divulgados aquando da privatização».

    E, afinal, quem teve responsabilidades? Só Pires de Lima

    Apesar de ter liderado praticamente todo o processo, o ex-secretário de Estado Sérgio Monteiro, contactado ontem pelo SOL, empurrou todas as responsabilidades para o Executivo de 20 dias que fechou a venda as responsabilidades: «Não conheço, não acompanhei os termos finais da operação e portanto não tenho como fazer comentário quanto a esse ponto específico. Eu acho que não há forma de não haver investimentos, até porque as obrigações de investimento, presumo eu, ficaram contratualizadas».

    Por outro lado, o ex-ministro da Economia António Pires de Lima tem outra atitude, falando até numa salvação da companhia aérea: «Assumo a responsabilidade da privatização da TAP em 2015. Era um objetivo e uma necessidade reconhecidos há mais de 20 anos. Salvou-se a companhia».

    Miguel Pinto Luz – que, no Executivo que esteve em funções menos de um mês, no final de 2015, ocupou o cargo de secretário de Estado das Infraestruturas – disse apenas não querer fazer qualquer comentário, alegando que não conseguiria consultar documentação da altura.

    O atual Executivo decidiu recuperar o controlo estratégico da empresa, passando a deter 50%, ganhando obviamente com isso responsabilidades extra. Esta recompra foi considerada pelo Tribunal de Contas «regular» e «eficaz», ainda que não tenha conduzido «ao resultado mais eficiente»: «Não foi obtido o consenso necessário entre os decisores públicos, tendo as sucessivas alterações contratuais agravado as responsabilidades do Estado e aumentado a sua exposição às contingências adversas da empresa».

    Questionados ontem sobre o negócio feito com a Airbus, nem o Ministério das Infraestruturas, tutelado por Pedro Nuno Santos, nem a Parpública responderam até à hora de fecho desta edição.
  5. hum...
    para abrir os horizontes...

    https://ribatejonews.net/2020/05/14/opiniao-sem-acaime-de-garcia-pereira-covid-19-e-tap-tao-ladrao-e-o-que-vai-a-vinha/

    As questões essenciais

    Excerto da crónica...
    Algumas perguntas incómodas:
    Primeira: Já agora, é ou não verdade que, sob a gestão do Sr. Neeleman, a TAP foi autenticamente vampirizada pela falida Azul, propriedade do mesmíssimo Sr. Neeleman? E que essa vampirização passou por outras decisões absolutamente ruinosas para a TAP, como a aquisição de 17 aviões, nomeadamente ATRT2, Embraer 170, e dois velhos Airbus A330, parados na Azul (então em lay-off), o que permitiu a esta última, e à custa da TAP, um encaixe da ordem dos 400 milhões de euros e a salvação da então iminente falência?

    Segunda: E tal “vampirização” não passou também pela abertura à Azul de rotas que a TAP já há muito praticava e a que a empresa do Sr. Neeleman nunca conseguiria chegar sozinha? E que passou mesmo, em Julho de 2016, por um acordo de parceria ainda e sempre da dita Azul com a Condor, em clara concorrência com a TAP, e possibilitando àquela Companhia alemã o acesso a 22 (!?) destinos no Brasil?

    Terceira: E é ou não verdade que, em 19/10/2017, num “pequeno almoço/debate” realizado na Câmara do Comércio Luso-Britânica, em Lisboa, o mesmo Sr. Neeleman afirmou que a TAP já então tinha uma dívida de 600 milhões de euros, mas que ela iria ser abatida, a partir de Novembro de 2018, à razão de 10 milhões de euros mensais?

    Quarta: E onde ficou a “multiplicação por 7”, em 2018 (2 anos antes da pandemia!) dos 21,2 milhões de euros de 2017, multiplicação essa que o Presidente Executivo da TAP, Antonoaldo Neves, expressamente prometeu numa famigerada mensagem enviada aos trabalhadores em 24 de Abril desse mesmo ano de 2018?

    Quinta: É ou não verdade que o mesmo Presidente Executivo, noutra mensagem dirigida aos trabalhadores em 2 de Dezembro de 2019, se congratulou com a concretização, na íntegra, de um novo compromisso para a TAP, neste caso, um empréstimo obrigacionista inicialmente do valor de 50 milhões e que acabou no valor de 375 milhões de euros, os quais terão de ser pagos no prazo máximo de 5 anos, juntamente com os respectivos juros, à taxa de 5,75% ao ano? E corresponde ou não à realidade que já então esse empréstimo se destinava não só a procurar consolidar parte da dívida existente como a financiar a actividade corrente da empresa?

    Sexta: E é ou não verdade – tal como, por exemplo, denunciou a DECO – que para aquele mesmo empréstimo obrigacionista, curiosa e convenientemente, os potenciais interessados não dispunham das contas individuais da TAP, para além da informação constante apenas do respectivo prospecto? E também que já então as contas de 2018 evidenciavam – bem antes e absolutamente fora de qualquer situação de pandemia! – uma situação financeira absolutamente desastrosa, com uma autonomia financeira (percentagem de activos da empresa que está a ser financiada por capitais próprios) de apenas 5%, quando o valor recomendado por uma boa gestão é da ordem, pelo menos, de 35%? E que o chamado “quick ratio” – métrica ou índice que mede a qualidade do crescimento da empresa e o único passível de ser aqui utilizado devido à completa e propositada opacidade da informação financeira disponibilizada pela TAP – era de apenas 0,69 quando os valores recomendados são sempre superiores a um?

    Insisto, tudo isto é ou não a mais pura das verdades? E se é, como na realidade é, ninguém de boa fé e com seriedade intelectual pode então questionar que foi a gestão, (designadamente a gestão financeira levada a cabo pelos accionistas privados Neeleman, que é quem manda, e o seu acólito Pedrosa) pois aí o Estado não mete prego nem estopa, a primeira e principal responsável pelo buraco financeiro em que a TAP foi lançada, independentemente e muito antes da COVID-19!

    A nova tese dos capitalistas privados
    Mas agora os capitalistas privados e os seus porta-vozes – sempre sem responder às questões essenciais – trataram de engendrar uma nova tese: a de que o brutal endividamento da TAP resultaria, afinal, de um, até notável, “processo de crescimento” e de valorização da Companhia, com a renovação da sua frota e o aumento do número de voos e de passageiros transportados.

    Face a todos os factos entretanto conhecidos, hoje é óbvio que essas frenéticas compras de aviões (que chegaram a 100!) e abertura de rotas não teve por base qualquer plano estratégico de desenvolvimento, sério e sustentado, que exigiria uns 70 a 80 aviões e rotas bem justificadas e não teve outro sentido que não fosse o de cumprir o acordado com a Airbus e o de “engordar” artificialmente o valor contabilístico da TAP para logo depois a poder vender melhor.

    E foi precisamente por isso que, feitos os negócios, assumidos os compromissos financeiros e atirado para diante e para outros o seu cumprimento, a partir dos finais de 2019, inícios de 2020, Neeleman e Humberto Pedrosa iniciaram negociações, designadamente com a Lufthansa, com vista à venda das suas participações na “Gateway”, a empresa que o primeiro constituiu com o empresário português a fim de conferir uma aparência europeia à empresa que, aquando da privatização, adquiriu à maioria do capital social da TAP.

    Depois de tirada a “carne” – leia-se, salva a Azul –, executado o acordo com a Airbus e pagos os astronómicos prémios de gestão e desempenho aos administradores e seus colaboradores directos, tratava-se agora de largar os “ossos”, ou seja, vender a TAP pelo melhor preço possível e adiar e disfarçar, e depois fazer recair as consequências do descalabro financeiro sobre os mesmos de sempre: por um lado, os contribuintes a terem de assegurar os já citados compromissos financeiros do Estado e, por outro, os trabalhadores da empresa, confrontados com um “plano de reestruturação” que significam sempre o mesmo, ou seja, despedimentos em massa (e veja-se a esse propósito o escandaloso caso do Novo Banco).

    Assim, e apesar de a poderosa máquina de propaganda e de manipulação da opinião pública com que podem contar, os Srs. Neeleman, Pedrosa e Companhia não têm, pois, perdão possível e as respectivas responsabilidades devem ser apuradas e exigidas até ao fim.

    As responsabilidades dos governantes, passados e presentes
    Mas os governantes e dirigentes dos partidos do Poder, e muito em particular do PS, do PSD e do CDS, têm ainda maiores e mais graves responsabilidades.
    Antes de mais, porque a sua posição de fundo sempre foi a de considerar as direcções e os cargos superiores da Administração Pública e das empresas do sector público empresarial como propriedade privada, a atribuir pelo suserano (o governo) aos senhores feudais que lhe sejam leais (isto é, aos portadores do cartão da mesma cor partidária).

    Por essa razão, e durante décadas e décadas esses lugares foram ocupados – também na TAP – por pessoas sem qualquer qualificação e até sem qualquer idoneidade, cuja principal preocupação era aproveitar a oportunidade para se encher a si e aos seus apaniguados. E é aí que está a raiz de toda a série de problemas e de escândalos que se foram acumulando, ao mesmo tempo que o Ministério Público se mostrava sem competência e/ou sem vontade para os investigar a fundo e fazer os autores dos desmandos responderem pelos seus actos.

    Para não se ir mais longe –por exemplo, à questão das “luvas” pagas, entre finais dos anos 50 e meados dos anos 70, pela Lockheed a administradores de Companhias de aviação de todo o mundo que lhes adquirissem aviões, situação, porém, nunca devidamente averiguada em Portugal – convirá recordar os seguintes factos:

    Factos irrefutáveis
    1º A compra, em 2007, da VEM (empresa de manutenção da Varig) pela TAP, dirigida por Fernando Pinto – numa operação que envolveu a empresa Geocapital, dirigida pelo “grande amigo” de António Costa, Diogo Lacerda Machado – representou uma comissão de 4,2 milhões de euros para a dita Geocapital, mas um buraco nas contas da TAP superior a 500 milhões de euros com um Ministério Público a “averiguar” há 10 anos…

    A nebulosa compra, em 2006, pela TAP, da falida Portugália ao Banco Espírito Santo pelo astronómico valor de 140 milhões de euros, através de uma empresa-veículo propositadamente criada para o efeito (a Gertiserv, SA), nunca foi devidamente esclarecida.

    3º A privatização da TAP, imposta pela Tróica, aceite por PS, PSD e CDS e executada à velocidade da luz por Sérgio Monteiro (entretanto encarregue de, por 24.500€ mensais, tratar da venda do Novo Banco…), após a tentativa falhada da sua venda a Gérman Efromovich, foi uma ruina para o Estado e um autêntico “negócio da China” para o “compra e vende” (como é conhecido no Brasil) Neeleman, que, como já referido, concorreu a essa privatização com o apoio concedido pela Airbus em troca do compromisso da aquisição de aviões.

    4º A chamada “reversão da privatização” levada a cabo com grande pompa e circunstância pelo primeiro governo de António Costa com – novamente! – a “prestimosa” intervenção de Diogo Lacerda Machado, não passou afinal de uma autêntica farsa visando passar para a opinião pública a ideia (completamente falsa) de que o Estado recuperara o controlo da Companhia.

    Isto quando, na verdade, embora o Estado passasse a deter 50% do capital e a Gateway 45%, os seus direitos económicos, isto é, receber dividendos, passaram a ser de apenas 18% e, acima de tudo, a gestão da empresa ficou entregue exclusivamente aos accionistas privados. Isto é uma maioria de capital que nada vale para quem nada manda na Companhia, com os resultados que estão agora à vista…

    5º Invocando precisamente a “solução” de gestão da empresa que ele e os seus parceiros de governação criaram na empresa TAP – ou seja, a de que afinal os privados podiam fazer tudo o que bem entendessem da própria Companhia – o governo de Costa nada disse, nem nada fez ao longo de mais de três anos de gestão absolutamente ruinosa da TAP. E mesmo quando rebentou o escândalo dos “prémios de gestão” de 1,2 milhões de euros pagos por Antonoaldo Neves e seus pares a si mesmo e aos seus homens e mulheres de mão, relativamente ao ano de 2018 (em que a TAP teve um prejuízo de 118 milhões), a posição do representante do Estado, mantido até hoje no cargo de Presidente do Conselho de Administração, Miguel Frasquilho, foi a de dar plena cobertura a essa medida, afirmando mesmo que 2018 foi: “um ano que nos permitiu criar raízes para que o plano estratégico possa ser implementado como previsto”. Vê-se…

    O jogo viciado
    Ora, e uma vez aqui chegados, importa ver que o “jogo” a que estamos presentemente a assistir entre o Governo e os accionistas privados da TAP nada tem que ver com os interesses estratégicos do País.

    Os privados – que tanto gostam de reclamar por “menos Estado” – agora, em situação de aperto financeiro, clamam insistentemente pela ajuda do mesmo Estado, sem quererem abdicar de tudo o que já embolsaram e do que pensam ainda embolsar no futuro com a venda (à Lufthansa ou a outra qualquer) das suas participações sociais.

    Por seu turno, o Governo está simplesmente a usar a questão da “ajuda” para reforçar formalmente a sua posição na Companhia, não pretendendo, porém, fazer qualquer efectiva nacionalização da TAP. Pelo contrário, invocando que Bruxelas não o permite sem sequer chegar a desencadear qualquer procedimento junto das instituições europeias (tal como o Governo de Coelho/Portas já fizera com os Estaleiros Navais de Viana do Castelo)[2]. E deixando até que, como sucedeu no caso dos Bancos, seja a Comissão Europeia a definir que “reestruturação” será feita, quantos trabalhadores irão ser despedidos e quanto mais dinheiro será tirado dos bolsos dos contribuintes portugueses para tapar todos os buracos encontrados.

    Tudo isto, enquanto administradores e governantes responsáveis por este autêntico caso de polícia se escapam de forma totalmente impune e vão gozar tranquilamente as suas gordas reformas.

    Não nos iludamos, pois! Tão ladrão é o que vai à vinha como o que fica à porta a vigiar…

    António Garcia Pereira – Advogado e Professor de Direito | Com créditos do “NotíciasOnline”
  6. Colocado por: enf.magalhaes
    Qual é valor gerado pela TAP directa e indirectamente na economia Portuguesa anualmente ?

    Se tem prejuízo, o valor que gera é negativo.


    Qual é potencial da empresa ?


    Quando tinha um accionista que investiu e a usou para canalizar passageiros dos EUA parecia razoável. Agora, que passou a ter um accionista que acha a TAP "estratégica", é um potencial Aeroporto de Beja Voador.

  7. Em mãos privadas deu no que deu...


    Em mãos privadas estava a investir aceleradamente e a crescer. God only knows se teria sucesso. Mas nas circunstâncias actuais comprar uma companhia de aviação é como ir a correr comprar uma fábrica de leitores de video VHS.
  8. Colocado por: JoelM
    nao necessáriamente, alias, o enf. fez questao de perguntar directa eindirectamente.


    Indirectamente: o capital que é destruído deixa de ser utilizado noutros fins, mais produtivos. "Ah e tal, compra a 1000 fornecedores portugueses" - gostava mesmo muito de os conhecer, porque tirando aviões e combustíveis, o que sobra para "fornecedores" não justifica essa conversa de chacha.

    A treta do "impacto indirecto" ainda este domingo me fez rebolar a rir (até me lembrar que "aquilo" me virá ao bolso, cedo ou tarde): conversa retirada dos press releases, a incluir facturação das empresas turísticas no "impacto" da TAP, como se o pessoal só voasse na TAP.


    afinal já parece rezoavel uma estratégia que dá prejuizo?


    Um investimento pressupõe algum tempo até ser rentável, portanto sim, é possível razoável ter prejuízo pontualmente e ainda assim estar no bom caminho. Ao contrário, ter prejuizos ano após ano, não.


    Colocado por: luisvv
    tanto quanto sei o "accionista" quer um novo aeroporto em lisboa com unhas e dentes, custe o que custar ao resto do país ... o importante é os lisboetas terem um aeroporto novo à porta de casa.

    Não percebeu, eu reformulo: o novo accionista tornará a TAP um elefante branco voador.



    já inventaram um novo meio de transporte que tornou os avioes obsoletos? o numero de passageiros está a diminuir?


    Para já, quase nada.
  9. Colocado por: luisvv

    Indirectamente:o capital que é destruído deixa de ser utilizado noutros fins, mais produtivos."Ah e tal, compra a 1000 fornecedores portugueses" - gostava mesmo muito de os conhecer, porque tirando aviões e combustíveis, o que sobra para "fornecedores" não justifica essa conversa de chacha.

    A treta do "impacto indirecto" ainda este domingo me fez rebolar a rir (até me lembrar que "aquilo" me virá ao bolso, cedo ou tarde): conversa retirada dos press releases, a incluir facturação das empresas turísticas no "impacto" da TAP, como se o pessoal só voasse na TAP.




    Um investimento pressupõe algum tempo até ser rentável, portanto sim, épossívelrazoável ter prejuízo pontualmente e ainda assim estar no bom caminho. Ao contrário, ter prejuizos ano após ano, não.



    Não percebeu, eu reformulo: o novo accionista tornará a TAP um elefante branco voador.




    Para já, quase nada.

    A TAP tem um prejuízo consolidado de +- 100 milhões !
    Distribui mais de mil milhões em fornecedores + O negócio da manutenção e indústria aeronáutica + os impostos que paga + O impacto dos turistas que traz + Os 10 000 empregos directos + Os 100 000 empregos indirectos , etc ....
    É isto que tem de ser pesado ! Se no final de tudo a economia fica ou não a ganhar ...
  10. Em 2011 um forneceu Portugues de toalhetes vendeu à TAP 214 mil euros de toalhetes . Outro fornecedor Português vendeu quase 100 mil euros em leite evapurado .
    Outro fornecedor Português de papel absorvente vendeu 142 mil euros ....
    •  
      RRoxx
    • 6 julho 2020 editado
    enf.magalhaes, e então?

    Isso é a teoria do Isaltino, pode-se alavancar tudo em dividas, se for para melhorar oeiras, que se lixe o resto.

    o resto somos todos nós. Vá-se cavando o buraco, o contribuinte paga.

    Se voce só tem 100€ para viver durante o mes e gasta 150€ onde é que vai parar?

    Pea sua lógica, não interessa que gere menos do que distribui, já que o carissimo compra 30€ em bolos a padaria da esquina de fabrico nacional, bebe 50€ em vinho portugues na tasca do zé (deviam ser minis) e ainda mete 40€ todos os meses na lavandaria da dona maria e o resto é para os pequenos luxos

    Não é sustentavel
    Concordam com este comentário: eu
  11. Colocado por: enf.magalhaesEm 2011 um forneceu Portugues de toalhetes vendeu à TAP 214 mil euros de toalhetes . Outro fornecedor Português vendeu quase 100 mil euros em leite evapurado .
    Outro fornecedor Português de papel absorvente vendeu 142 mil euros ....

    Já sei para onde vai o nosso dinheiro ... pagar toalhetes e papel absorvente.
    • eu
    • 6 julho 2020
    Colocado por: PicaretaJá sei para onde vai o nosso dinheiro ... pagar toalhetes e papel absorvente.

    Sem esquecer os pasteis de nata...
  12. Colocado por: JoelM
    assim de repente, so em catering por exemplo penso que nao será assim tao pouco, assim como manutencao, etc,


    Catering? Refere à Cateringpor, empresa detida pela TAP?
    Manutenção? https://www.tapme.pt/Pages/Default.aspxv



    mas de novo, penso que o enf. se refere ao numero de pessoas transportadas de destinos que provavelmente nenhuma outra companhia pegará num futuro próximo!


    1) Rotas rentáveis? Alguém os trará.
    2) Rotas não rentáveis ? a)Voam com escalas e ligações; b)Se entendidas como importantes, subsidiam-se;



    existem destinos que só voa a TAP...



    se irá outra companhia assegurar essas rotas? o futuro dirá mas penso que nao seja uma resposta tao directa quanto isso.

    Se ninguém quiser ocupar uma rota que fica livre, o que é que isso lhe diz sobre a necessidade dessa rota?


    nao duvido, mas o anterior também andou a "tirar o leite à vaca" até à exaustao sabendo que no limite entre o estado e os credores, eles que se amanhem.




    entao nao entendi a comparacao com uma loja de VHS tendo em conta que as companhias aereas que sobreviverem a este periodo provavelmente ficarao com monopolio de voos em muitas rotas.


    Há um mês, 90% dos voos estavam suspensos. A previsão da Moodys,com grande incerteza, aponta para um retorno à "normalidade" em 2023, sendo que sugerem a hipótese de haver grandes alterações a todos os níveis, incluindo disposição de lugares e lotação dos aviões, redução das viagens profissionais ao essencial, etc. Isso significará uma redução de passageiros e aumentos de custos brutais. Who knows..

    Mas a comparação é por outro lado: é a ideia de que nos metemos num negócio que não é hoje rentável e não sabemos que dimensão terá quando voltar a ser.
  13. Colocado por: enf.magalhaes
    A TAP tem um prejuízo consolidado de +- 100 milhões !




    Distribui mais de mil milhões em fornecedores + O negócio da manutenção e indústria aeronáutica + os impostos que paga + O impacto dos turistas que traz
    + Os 10 000 empregos directos + Os 100 000 empregos indirectos , etc ....
    É isto que tem de ser pesado ! Se no final de tudo a economia fica ou não a ganhar ...


    1) A história dos mil milhões é conversa para nos adormecer.
    2) Os turistas que traz, não são dela. Voarão por qualquer companhia que ofereça a rota.
    3) Os impostos que paga são exactamente quais? Em IRC, 2018, foram menos de 30 milhões.
    4) 100.000 empregos indirectos é treta. Dizer que os 1000 fornecedores da TAP terão, por junto 100.000 funcionários e daí saltar para os 100.000 empregos indirectos chega a ser cómico.


    Em 2011 um forneceu Portugues de toalhetes vendeu à TAP 214 mil euros de toalhetes . Outro fornecedor Português vendeu quase 100 mil euros em leite evapurado .
    Outro fornecedor Português de papel absorvente vendeu 142 mil euros ....


    Peso dessas vendas na facturação dessas empresas? Peso dessa facturação no lucro dessas empresas?
    Concordam com este comentário: Gambino
  14. Colocado por: JoelM
    do querer a ter possibilidade/meios vai uma longa distância...

    Sim? Bastará que a rota seja rentável, ponto.



    por exemplo... nao tem fornecedores essa empresa?


    Esperemos que sim. Não necessariamente portugueses (o que não é relevante para mim, apenas para o argumento apresentado) e seguramente com valores inferiores aos da facturação.



    que resulta sempre num aumento do preco dos bilhetes...

    O mais provável, sim, até atingir um ponto de equilíbrio. Mas também na redução de determinados serviços, p.ex.
    Concordam com este comentário: Gambino
  15. Lê-se aqui com cada lógica da batata.

    Pode dar milhões de prejuízo DESDE que sustente outros negócios.

    É como o vizinho do 7.ºD, pode deixar de pagar o condomínio, desde que vá à minha pastelaria todos os dias tomar o pequeno almoço.
    Para mim é um excelente negócio.
    Quando for preciso alguém pagar o que falta ao condomínio, o que é que irá acontecer?

    E nem falo de quem acha que, porque na sua opinião é a melhor companhia do mundo, pode dar prejuízo e os contribuintes portugueses têm a obrigação de pagar esses prejuízos.

    Estas pessoas votam.
    Não estivéssemos na CE e podíamos bem ser a Argentina da Europa.
    Concordam com este comentário: Gambino, eu
 
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