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  1.  # 121

    olá, tenho visto a conversa, e despertou-me a atenção porque tenho andado a pensar comprar terreno e construir algo ao meu agrado.
    Contudo não pesco nada disto, é tudo novo para mim.
    Tenho andado a ver terrenos, e encontrei este que me agradou imenso : Quinta a 6 km de Évora com viabilidade de construção (Projecto Aprovado).
    Área coberta aprovada no projecto: 190,75 m²
    prédio rústico com área de: 13.750 m.
    Gostava se possível que alguém me informa-se o que tenho de fazer a partir daqui para conseguir construir o que quero.

    Obrigada pela atenção.
    • FLR
    • 2 janeiro 2008

     # 122

    1. Verificar na Câmara Municipal se se trata, de facto, de um projecto totalmente aprovado (ou seja, com alvará de construção pronto a emitir), de um projecto de arquitectura aprovado (que exige ainda a entrega dos projectos de especialidades- estrutura, águas, etc.), ou de uma viabilidade (pedido de informação prévia, etc.). No primeiro caso, poderia construir imediatamente conforme o projecto, no segundo pode entregar já especialidades, no terceiro significa que a Câmara aprova aquela área, nº de pisos, etc., mas ainda tem que entregar o Licenciamento propriamente dito, desde o início.

    2. Em qualquer dos casos, verificar se o pedido não caducou.

    3. Decidir se gosta do projecto aprovado, ou se prefere um novo (que é o mais natural)- nesse caso, se mantiver a área aprovada, respeitar os afastamentos aos limites do terreno, o nº de pisos, etc., não deve ter problemas.

    4. Se optar por um projecto novo e personalizado, contratar um arquitecto em quem confie, e elaborar uma solução impecável...!

    5. Não esquecer de assinar contrato, que explicite os honorários e o trabalho a realizar- leia esta discussão para ver as chatices que isto dá.

    6. Depois, é ir avançando. Ainda há N passos, mas para começar, é isto
    Estas pessoas agradeceram este comentário: Pedro Barradas
  2.  # 123

    FLR... não podia dizer melhor...

    Clara Vitoriano é só seguir estes conselhos...

    ÁGUA-MESTRA, Lda
  3.  # 124

    ok, muito obrigada pela ajuda.
    sem ser muito muito chata, que acha desta área?
    A intenção é cerca de 7 quartos, com que área é que consigo cada quarto?
    Peço desculpa mas é que isto é mesmo muito novo para mim, e não tenho ninguém dentro desta área a quem recorrer.
    Obrigada pela atenção.
    • FLR
    • 2 janeiro 2008

     # 125

    clara

    uma área de 190 m2 dificilmente dá para 7 quartos, a não ser que tenha compartimentos muito pequenos. 190 m2 é, grosso modo, uma moradia de 4 quartos, sala e cozinha, talvez com mais um quartinho menor, e os WCs... mas há maneiras de optimizar as coisas e chegar lá, talvez... só fazendo um projecto a sério.

    Se não tem ninguem na área a quem recorrer, não podia ter vindo ter a melhor sítio... o que não falta aqui são arquitectos :-))
    •  
      FD
    • 8 janeiro 2008

     # 126

    Relembro os caros arquitectos que podem colocar o vosso número de telefone na área do perfil. Aqui: https://forumdacasa.com/account/?PostBackAction=Identity

    Ao fundo podem colocar os campos que quiserem com a informação que quiserem.

    Vou inserir na minha uma informação sobre os meus gostos para verem como funciona. Depois basta clicarem no meu nome de utilizador. :)
    Pode ser útil para contactos profissionais. ;)
  4.  # 127

    Anónimo disse:
    Bem, inventaram-se os projectos para que as obras não fossem tão caras. Essa é a sua principal razão de ser. Logo, até certos limites e acreditando no profissionalismo de quem projecta, uma obra será tanto mais barata quanto mais caro for o projecto. Repito, acreditando no profissionalismo e dedicação de quem projecta. Já imaginaram construir uma casa sem projecto, quanto não custaria. E com um mau projecto, cheio de indefinições?!? O que eu quero dizer é que um bom projecto, feito por um arquitecto dedicado, paga-se a si mesmo e ainda sobra dinheiro. É só fazer as contas. Quem é que não conhece casos de edificios que ficaram mais caros 20, 30 e até 50% do que o previsto? Numa moradia isso representa fácilmente 40.000,00 € ou mais. e queixam-se de que os arquitectos cobram 6 ou 7 mil euros mais especialidades? é por isso que este pais é uma verdadeira anedota. Para poupar dois mil euros sai a obra mais cara 20000. E quando vão vender a casa, a imobiliária cobra 5% ou 4 ou 3 sobre os 250.000,00€ (qualquer coisa como 20000€), pagam e ainda ficam felizes porque venderam. Claro, os custos da imobiliária são uns telefonemas. Porque é que não compram antes umas tendas de campismo?? Assimnão tinham que pagar o projecto.
    Estas pessoas agradeceram este comentário: FLR, Pormenor, oskar
  5.  # 128

    Boa Tarde
    Comprei uma casa em 2000 no centro histórico de Santarém, fiz obras de remodelação de interiores (canalização,electricidade,tectos,pavimento e paredes interiores)neste momento quero fazer um 1º andar visto a casa apenas ter 70m2 de area coberta e 30m2 de terraço,pedi esclarecimentos na Camara Municipal de Santarém e os arquitectos da mesma viabilizaram a obra , mas pedem-me projecto.Consultei 2 arquitectos que me pediram 1º 4000€ para o projecto o 2º 2500€, é necessário efectuar uma planta do que está construido e uma nova com o novo projecto será este preço justo? qual o valor que terei que pagar pelas obras de 65m2 2ºpiso, a casa não têm placa de betão.
    Agradecia a quem pudesse ajudar

    Nuno
  6.  # 129

    Primeiro não é só preciso efectuar uma planta do que está construído e uma nova com a proposta. As coisas não são assim tão simples nem simplistas.
    Segundo convém saber o que cada um dos valores apresentados oferece, se apenas arquitectura se arquitectura e especialidades, se coordenação e fiscalização etc etc.
    Convém saber também o que pretende do projecto, se apenas licenciamento se projecto de execução.

    Em relação ao valor da obra, pergunte aos arquitectos que consultou qual foi a base de cálculo para chegar a esses honorários. Mesmo que não tenha sido a partir de uma estimativa de custo de obra, eles poder-lhe-ão dizer qual o valor aproximado que a obra poderá atingir.
    No entanto as variáveis desse valor serão dadas sempre por si.

    Cumprimentos

    É por estas e por outras que a ordem dos Arquitectos devia funcionar como a Espanhola...
    •  
      FD
    • 14 janeiro 2008

     # 130

    Já agora, como é que funciona OA espanhola? :)
  7.  # 131

    A Ordem Espanhola estabelece o valor mínimo por projecto e o cliente faz o pagamento directamente à ordem dos arquitectos que por sua vez paga aos arquitectos. No entanto cada um pode aumentar os honorários em relação ao valor base, ou seja existe um mínimo mas não um máximo. Assim todos se regem pela mesma bitola e não há ninguém a fazer projectos ao preço da chuva. O cliente também deixa de escolher o arquitecto apenas pelo preço.
    •  
      FD
    • 14 janeiro 2008

     # 132

    Hmmmm... intervenção directa no mercado. Isso é muito pouco concorrencial... e a concorrência é boa para o consumidor.
    Na minha opinião só deve existir intervenção no mercado quando há monopólios (veja-se o caso da EDP e da electricidade).

    Ainda bem que aqui não é assim. Aliás, já muitas ordens tentaram que assim fosse e não correu bem (Ordem dos Veterinários, Médicos, TOC).

    Já viram se aplicassem esse princípio a todo o produto/serviço? Quando é o nosso trabalho, pela nossa perspectiva faz algum sentido, mas do lado do consumidor as desvantagens são claras. O mercado deverá funcionar livremente e apenas ser regulado, não deverá ser sujeito à intervenção de uma qualquer entidade.

    Mas claro que isto é uma opinião pessoal.
    No entanto, sugiro a leitura: http://www.autoridadedaconcorrencia.pt/Download/comunicado9_2005.pdf

    E quem é que regula a OA espanhola? Ou eles são senhores para estipular os valores que quiserem?
  8.  # 133

    Eles apenas estipulam os valores Mínimos.
    E podem chamar-lhe o que quiserem, mas evitava que andassem por aí alguns a vender gato por lebre. Projectos a 300€ eu não consigo fazer, até gostava, mas é-me completamente impossível até porque sei o que é um projecto. No entanto eles existem. e agora como é que eu combato este tipo de "concorrência"?
    Fico de braços cruzados à espera que as pessoas se apercebam de que realmente não estão a ter o mesmo tipo de serviço?

    Ao estabelecer um valor mínimo a ordem está não só a garantir um serviço mínimo, como a garantir também que este é pago.
    •  
      FD
    • 15 janeiro 2008

     # 134

    Eu acredito na selecção natural e na sobrevivência dos mais fortes. Aliás, se formos a ver, não são as empresas com os produtos mais baratos que sobrevivem no mercado...

    O consumidor quer ser esclarecido e educado. Parte de quem fornece o serviço ou produto fazê-lo.

    Vamos fazer uma analogia: nos supermercados, na secção dos champôs e dos produtos de beleza, quais são aqueles a que damos prioridade na compra? Aos de marca ou aos mais baratos? Sendo que os de marca são 2 a 3 vezes mais caros... O princípio será esse, basear a nossa estratégia não no preço, mas no serviço, apresentar vantagens competitivas claras e inconfundíveis a qualquer pessoa.

    Muito depende também do tipo de produto ou serviço. Claro que além disto, há sempre a possibilidade e necessidade de, para se conseguir um preço competitivo, optimizar todo o processo de produção e é aí que muitas das vezes a diferença se estabelece entre uma empresa com sucesso e uma com menos sucesso. Ou seja, trabalhar dos dois lados da barricada: educar e informar o consumidor por um lado, optimizar e racionalizar processos do outro lado de forma a baixar os custos e apresentar um preço competitivo sempre que necessário.

    Como é lógico, os "paraquedistas" (aqueles que fazem os projectos por 300€) não são para ser considerados como concorrência mas sim como fornecedores de uma franja de mercado marginal que muitas vezes não interessa conquistar.
    • FLR
    • 15 janeiro 2008

     # 135

    FD
    Concordo consigo, em parte, e especialmente quando se refere à aquisição de produtos- ou seja, comércio. Mas quando falamos de aquisição de serviços, o caso complica-se. No comércio, oferecemos aquilo que o consumidor quer- se quiser preço baixo, encontra. Nos serviços, para além do "produto", há uma responsabilidade directa, ética e jurídica, pelo serviço prestado. Ou seja, a partir desse momento, o serviço prestado pode estar acima daquilo que o consumidor quer (em qualidade e em preço), mas pode não haver forma, técnica, ética e legal, de o baixar. Aqui, deve entrar a função reguladora do Estado, que estabelece uma qualidade mínima do serviço...

    Claro que também me custava receber pela Ordem (nem sei se corria bem, com prazos, etc.), mas percebo perfeitamente a posição do Pormenor (eh lá, tantos P's).

    Só por curiosidade, FD: qual é a sua profissão?
    •  
      FD
    • 16 janeiro 2008

     # 136

    Mesmo nos serviços, é possível acrescentar valor. Tem é que haver, da parte do consumidor, percepção disso mesmo. Que me parece ser o problema com os arquitectos em Portugal: criar uma percepção no público da necessidade de um projecto consistente e pensado em qualquer obra e não só porque é "chic"/"design"/whatever.

    As pessoas são ignorantes por natureza. Todos nós somos ignorantes. A internet, felizmente, veio trazer muita informação que antes apenas estava disponível a muito poucas pessoas, que se faziam valer e bem dessa informação. E vê-se por aqui o grau de desinformação, que não é culpa de quem não sabe. É culpa de quem deveria informar. E aqui tenho que saudar todos os arquitectos que no fórum, a título gratuito, prestam informação valiosa. Essa deveria ser função da vossa associação, da OA, que me parece desempenhar o papel de forma... deficiente.

    A Ordem dos Arquitectos deveria era preocupar-se em satisfazer mais o público externo e não o interno. Vejo o problema como o dos sindicatos, que se preocupam mais com a lealdade e satisfação do público interno, os sindicalistas convictos e os partidos que lhes dão suporte, do que com os públicos externos, os trabalhadores.

    Claro que isto não se consegue de um dia para o outro. Mas uma vez a mensagem passada, a garantia é que ficará na memória colectiva durante muitos anos. E a partir daí é recolher os frutos.
    Não sei quanto é que pagam de quotas, mas costuma-se dizer que para ganhar dinheiro tem que se gastar dinheiro... ;)

    Tenho formação em marketing e publicidade.
    • FLR
    • 16 janeiro 2008

     # 137

    FD

    A título de exemplo:
    A OA resolveu celebrar, aqui há uns anos, o Ano Internacional da Arquitectura. Resolveu fazer uma campanha inspirada num evento françês, que mostrava imagens de casas, e escrevia por baixo "aqui, quem pensou no seu conforto foi um arquitecto", ou de escolas "aqui, quem pensou no seu filho foi um arquitecto", ou de hospitais "aqui, quem pensou na sua saude foi um arquitecto", e assim por diante. Só que, enquanto os franceses puseram isto em outdoors, paragens de autocarro, etc, ou seja, divulgaram uma mensagem simples e directa de forma maciça, para o público em geral, a OA resolveu fazer uns postais com uma mensagem semelhante, mas, à portuguesa, menos directa e simples, que distribuiu, pelo correio, pelos... Arquitectos! Ou seja, passou a mensagem para quem não precisava dela para nada.

    Outros colegas que me corrijam se estiver enganado, mas não dei por mais nenhuma iniciativa, a não ser esta bela divulgação da profissão...

    A única divulgação para o público que conheço é o recente panfleto "trabalhar com um Arquitecto", já referido por aí. Está bem feito, mas não é nem curto, nem directo, nem tem uma frase que fique no ouvido, nem é visível de forma genérica, como um reclame. Ou seja, não é um meio de divulgação maciço e directo, continua a ser uma informação útil, para quem a procura e se dá ao trabalho de consultá-la. Acho que os Arquitectos deviam perder o complexo de superioridade e vir para a praça pública, divulgar a qualidade dos seus serviços como quem vende telemóveis, passe o exagero. Por amor de Deus, se até a Ordem dos Notários, os tipos mais chatos do mundo, já se publicitam nas paragens do autocarro (a sério, já vi), porque é que não podemos fazer o mesmo?
    •  
      FD
    • 16 janeiro 2008

     # 138

    É isso mesmo.
    O que a OA francesa fez foi o que se deve fazer: preocupou-se primeiro com o público final, porque sabe que os benefícios adquiridos daí, beneficiarão directamente os seus membros.

    Mas já se sabe como é que são estas coisas: o poder e as politiquices são mais importantes que o objectivo final. E pelo que tenho acompanhado nas notícias, a OA tem a sua quota de politiquice... Mas a dos Médicos e a dos Advogados não é muito diferente, parecem mais feudos do que outra coisa.
  9.  # 139

    Eu até acredito que a OA tenha esse papel informativo e esclarecedor para o público actualmente, só que por conveniência, falta de cultura ou falta de interesse não divulga esse serviço ao público.

    Além disso também temos de contar com uma série de lobbys mais fortes que remam contra a arquitectura.
  10.  # 140

    Anónimo disse:
    Cris:

    Boas!
    este forum esta muito bom. esta discussão também.

    foram dadas varias informações úteis.
    eu percebo certos comentários "contra" os Arquitectos. como é usual, as más práticas são as que se falam, e quando um arquitecto comete erros em certas obras (infelizmente vêem-se muitos erros), são criticados por isso.
    como em qualquer profissão, as pessoas têm tendência (ou mania) de generalizar.
    Como em todas as profissões, há os bons e os maus, como já foi dito anteriormente.
 
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