Em abstracto, sim. Se o trabalhador achar que é melhor para ele, quem sou eu para o impedir? Na verdade, há muita gente que não terá nunca uma oportunidade de mostrar que pode cumprir determinadas funções e produzir valor, e que só o consegue através de estágios e outras formas de contornar regras...
Colocado por: eu
Concordo absolutamente. Mais que um problema de formação, é um problema cultural: nós (de uma forma geral) não temos uma cultura de risco e de empreendedorismo.
Colocado por: NeonMas será assim tão simples e directo?
Colocado por: tostexDumping? Para levar o outro colega trabalhador à falência?
Colocado por: danobrega
Não é necessário que seja assim. Há trabalhos que deixam de fazer sentido com a imposição do salário mínimo, porque os produtos e serviços produzidos ficam por um preço que ninguém quer comprar, ou porque a automação dessas tarefas fica por um valor mais baixo que o salário mínimo.
Colocado por: mog
Se (no limite) você estiver disposto a ir trabalhar de borla para uma empresa, será um convite para que outra pessoa aceite trabalhar de borla ou em alternativa vai para a rua; se você aceita trabalhar de borla, porque razão há-de ma empresa contratar alguém a pagar? Se uma empresa só contrata pessoas de borla, diminui os custos, pode vender mais barato, levando à falência os seus concorrentes. Sim, aceitar trabalhadores de borla é como que vender abaixo de custo (tecnicamente não é dumping,pois claro, mas fica a ideia).
Colocado por: tostex
Está aí muita confusão de conceitos.
É óbvio que isso se trata de uma questão muito específica e não de algo generalizado e generalizável, como as CGTPs nos querem fazer crer. Há pouco tempo passei por essa experiência, uma ex-estagiária (curricular) veio oferecer-se para trabalhar de graça para aprender mais e não estar parada enquanto não arranjasse emprego. Nunca tinha acontecido, nem creio que seja algo frequente.
Primeiro, por ter factores produtivos mais baratos não quer dizer que se venda necessariamente mais barato. Segundo, se os mesmos factores produtivos ficarem mais baratos então o preço de custo é mais baixo (e porventura mais baixo que as empresas concorrentes). Isso não é dumping nem tem nada a ver.
Colocado por: J.FernandesInqualificável é você insistir que a livre circulação de bens e capitais única que existe na UE, é comum a muitos outros países do mundo.
Colocado por: tostexInterfere porquê? O que é que uma empresa tem a mais para poder ter trabalho gratuito e a outra não?
Constitui uma pressão porquê? Lucro? Qual lucro?
Colocado por: mogSe me disser que em Portugal muitos dos negócios são mais do mesmo, onde ainda há pouca inovação (apesar dos claros avanços nos últimos anos), estarei de acordo. Mas dizer que não temos uma cultura de risco e de empreendedorismo não bate certo com o facto de termos carradas de micro/pequenos negócios muitas vezes nascidos apenas para garantir o auto-emprego.
Colocado por: NeonMuito bem, e agora se reduzir mais 20% a cada um já posso meter 5?....
Colocado por: NeonDesculpe falou também, ou melhor, VOCÊ DEFENDE A AUSÊNCIA DE REGULAMENTAÇÃO LABORAL
VER AQUI
Colocado por: NeonEnquanto o emprego for escasso o pessoal esgadanha-se e baixa a fasquia para o conseguir...ora, se tudo é legitimo...em ultima analise alguem pode achar que ganhar 600 € é melhor que ganhar zero, e como tal predispor-se a desempenhar essa tarefa por esse valor ou até mesmo por menos.
Colocado por: euUm exemplo relevante: porque é que a Espanha produz e exporta muito mais legumes que Portugal?
Colocado por: euPorque é que muitas grandes explorações de olival em Portugal, estão a ser criadas e geridas por... Espanhóis?
Colocado por: NeonNão entendo o que o facto de alguem não ter familia dependente ou o facto de morar em casa dos papás, tem a ver com o pagamento de um salário justo pelo desempenho prestado.
Quem me diga que uma pessoa deve ser paga consoante aquilo que produz, ainda consigo perceber, agora este argumento não.
Colocado por: NeonE já agora relativamente à empresa criada recentemente, com finanças apertadas e que não se vislumbra nada no horizonte...Estou a ver que seria assim como um trabalhador sem experiencia, alguem sem formação, alguem em inicio de carreira e sem pratica? Consegue vislumbrar aqui algum paralelismo?
Colocado por: mog
Duas empresas (empresa A e B), em que a empresa A recorre a trabalho gratuito, em princípio a empresa B acabará por recorrer ao mesmo esquema para baixar os custos de produção, caso contrário terá dificuldades em concorrer. Simples.
Colocado por: tostex
Falas como o trabalho gratuito fosse uma coisa disponível e existente em abundância. São casos tão pontuais e excepcionais que não podem ser usados para tirar conclusões.
A falta de regulamentação, quer se queira quer não, implica que eu, você ou qualquer outro, sejamos descartaveis quando inseridos no mercado da oferta e da procura. Ainda mais se o agente decisor for ignorante e apenas olhar para a questão salarial e não ponderar outras vantagens ou beneficios de quem "ofereçe" um serviço laboral (destreza, experiencia, conhecimento, organização, assiduidade e pontualidade, motivação, espirito de sacrificio, vontade de vestir a camisola)
Não entendo o que o facto de alguem não ter familia dependente ou o facto de morar em casa dos papás, tem a ver com o pagamento de um salário justo pelo desempenho prestado. Quem me diga que uma pessoa deve ser paga consoante aquilo que produz, ainda consigo perceber, agora este argumento não.
Os números com mais incorrecção ou menos incorrecção são factos, as suas conclusões "do bizarro" sobre os numeros são teorias.
E isto é um facto :)
A mão de obra qualificada vai mudando de ares, provavelmente para nunca mais cá voltar. O porquê, não me pergunte a mim! Embora fosse um bom raciocinio de algumas pessoas fazerem
Por conseguinte vamos cair na questão inicial que estou a debelar com o jfernandes, que é de que lado maioritariamente está o poder negocial na relaçao empregado patrão?.
Enquanto o emprego for escasso o pessoal esgadanha-se e baixa a fasquia para o conseguir...ora, se tudo é legitimo...em ultima analise alguem pode achar que ganhar 600 € é melhor que ganhar zero, e como tal predispor-se a desempenhar essa tarefa por esse valor ou até mesmo por menos.
O reverso da medalha só existirá num cenário em que a procura da mão de obra supera-se claramente a oferta. Ainda que possam existir actividades em que este cenarios eja possivel, eles são escassos dai que maioritariamente o poder está enlencado no patronato por força das leis de mercado.
Essas são as "suas evidências"... O que não falta em Portugal são licenciados desempregados...
Os números da DGES destacam duas áreas de formação: os Serviços de Saúde Pública - onde se reúnem os cursos se Saúde Ambiental - com 17,8% de desemprego, e o Trabalho Social e Orientação - Animação e Intervenção Sociocultural, Serviço Social, Gerontologia - com 15,1%.
Em sentido oposto, sobressaem Medicina, com desemprego virtualmente inexistente (há um registado entre 1697 diplomados) e a Engenharia e Técnicas Afins, com 0,3%.