Colocado por: joao miguel gasparE há advogados bons, honestos e em conta.
Colocado por: joao miguel gaspar
Ainda e sempre a importância da Solidariedade
Caro João Miguel Gaspar:
Considero muito pertinentes todas as suas considerações.
De facto é indispensável o apoio de advogado, pois que o mesmo é exigido para efeitos de aduzir oposições quando o montante da dívida ultrapassa determinado valor, o que é o caso. No entanto a questão do pagamento ao advogado pesou mais fundo.
Tentei aproveitar um período de seis meses de suspensão da instância judicial proposta pelo próprio Banco para:
1º- localizar os proprietários e tentar que assumissem as suas responsabilidades no processo
Resultado: foram localizados, reconheceram por escrito as suas responsabilidades mas declaram não ter meios de satisfazer os seus compromissos.
2º- negociar com o Banco o pagamento da dívida.
Resultado: recusa total em analisar a questão, com o argumento de terem já vendido os meus créditos a uma Empresa privada.
3º- estabelecer ligação ao Tribunal
Resultado: conhecimento dos meandros do processo executivo e da sua rigidez.
4º- estabelecer ligação ao solicitador
Resultado: conhecimento dos meandros do processo executivo e da delegação de poderes de que dispõe.
5º- iniciar contactos com a Empresa privada a quem o Banco vendeu os meus créditos.
Resultado: tentativa de criação de condições para uma solução extra-judicial, no caso de falhar a resolução directamente com o Banco. E aqui entramos num espaço não regulado, diferente daquele que se encontra no Tribunal ou no solicitador.
Foi um 1º periodo em que actuei “sem rede”, sem o apoio oficial de advogado.
Estamos no 2º período, já com o apoio de advogado. Apesar de me sentir juridicamente bem apoiada, continuo a sentir que existem barreiras à própria actuação do advogado, que não garantem que venha a ter sucesso nas suas iniciativas de ligação a outros intervenientes no processo, alguns deles também advogados, com interesses contraditórios em relação aos nossos.
Realmente a situação é como diz “desesperante”. Foi um ano de angústia permanente, durante o qual as diversas formas de Solidariedade e apoio, como a sua e aquelas que tenho recebido neste Fórum da Casa, surgiram como uma espécie de bálsamo que me permitem ainda continuar a ter forças para lutar e recuperar esta quadra de minha mãe:
- Quero cantar, quero rir!
- Quero passar vida alegre!
- Quero mandar a tristeza,
- Para o Diabo, que a leve!...