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  1.  # 201

    Eu dou o benefício às vítimas.
    E outros estão a dar o benefício aos abusadores.

    Ainda não percebeu que não se trata de escolher entre vitimas e abusadores?
    Isto não é um Benfica-Porto.
    As vitimas não estão a ser julgadas.
    Trata-se de saber se foram justa ou injustamente condenados.
    Será que as provas obtidas em Tribunal são convincentes?
    Será que existem provas? EU NÃO SEI..
    E até lêr o acordão não me pronuncio!
    Voce também não sabe, mas em vez de se remeter ao silêncio vem falar de "convicções" (baseadas em nada, pelos vistos). É uma espécie de fé? É sim, porque sim? É sim porque o tribunal disse que sim? (se for por isso nem vale a pena dizer mais nada, aceitamos tudo e caladinhos)

    Eu acabo por me sentir do lado certo da balança de qualquer uma das perspectivas: moralmente, porque acho mais correcto defender crianças do que pedófilos e também em termos de justiça:

    Continua a insistir na ideia de que uns defendem criancinhas, outros defendem pedófilos.
    Eu cá acho moralmente mais correcto defender a VERDADE e a verdade acarretará a justiça. E até este momento, para mim tanto podem estar a mentir uns como outros.
    Quando olha para a "balança" da justiça não estão vitimas de um lado e criminosos do outro.
    Está CULPADO de um lado e INOCENTE do outro.
    O seu raciocio está mortalmente inquinado, se ainda não percebeu a falha na sua lógica, se calhar não consegue mesmo perceber!

    DESISTO!
    Estas pessoas agradeceram este comentário: luisvv, two-rok, carlankh
  2.  # 202

    Colocado por: lobitoCriticar os juízes? Claro. Pôr em causa o poder judicial, pode se tiver alguma coisa de melhor a propor.
    ...
    Os juízes não são intocáveis, são irresponsáveis. Preferia que fossem responsabilizados pelos nossos representantes eleitos (eles bem se esforçam...)?

    Como é que está a imaginar a coisa? Que tal um referendo, como dizia um blog um dia destes?

    É pá, também não diga irresponsáveis!
    Se calhar quer dizer irresponsabilizáveis, é parecido, mas não é igual.
    Irresponsáveis dá direito a queixa por difamação. :P

    E que tal uma avaliação de desempenho que tivesse em conta a quantidade e QUALIDADE das sentenças?
    E quantas sentenças do juiz xpto foram "corrigidas" por instâncias superiores?
    E os prazos que não cumprem? E deviam cumprir. O prazo médio de duração de cada julgamento, ponderando o grau de dificuldade do mesmo?
    Os erros de "facto" e de "direito" que são escritos nas sentenças e depois corrigidos por outros tribunais...

    Existem maneiras! A vontade é que é pequena.
    Estas pessoas agradeceram este comentário: two-rok
  3.  # 203

    Em casos mediáticos, os acusados estão em desvantagem.


    Isso agora...

    Se por acaso estes acusados forem mesmo condenados em primeira, segunda e terceira instância, acho que será mesmo a primeira vez (com excepção da Leonoer Cipriano, que também se pode considerar uma acusada mediática) que um caso mediático tem esse resultado. Eu pelo menos, se me visse a contas com a justiça, acho que tentaria gerar a maior confusão possível porque acho que compensa. Precisamente porque, no mínimo dos mínimos, põe as pessoas a dizer isso que o luisvv diz, que é a mesma coisa que dizer que a justiça não trata por igual os mediáticos e os outros.
  4.  # 204

    Re-pi-to len-ta-men-te:
    Existe mentira sim. Faltam verdades sim.
    Falta (praticamente no todo) os arguidos confessarem o seu crime, e falta encontrar muitos dos abusadores que não foram julgados em tribunal.
    Eu também quero a verdade e a justiça por inteiro que para mim não é por em causa a culpabilidade dos acusados (que isso já fez o tribunal), mas antes que seja aplicada a justiça em todo o seu peso, e para todos os que prevaricaram, na medida correcta dos crimes cometidos. Não me aborrece a condenação destes arguidos, aborrece-me a não condenação dos restantes, os que ficaram a faltar.
    Re-pi-to: mas cada uma tem os seus valores e juízos de acordo com as suas convicções mais enraizadas. Estes são os meus. Apenas isso.
    Obrigada por terem ouvido e terem colocado em causa a minha opinião, mesmo sabendo eu que não me fariam mudá-la, ou vice-versa, eu a vossa. Cada um acredita e defende coisas diferentes, é assim.
  5.  # 205

    Colocado por: PBarata
    É pá, também não diga irresponsáveis!
    Se calhar quer dizer irresponsabilizáveis, é parecido, mas não é igual.
    Irresponsáveis dá direito a queixa por difamação. :P

    E que tal uma avaliação de desempenho que tivesse em conta a quantidade e QUALIDADE das sentenças?
    E quantas sentenças do juiz xpto foram "corrigidas" por instâncias superiores?
    E os prazos que não cumprem? E deviam cumprir. O prazo médio de duração de cada julgamento, ponderando o grau de dificuldade do mesmo?
    Os erros de "facto" e de "direito" que são escritos nas sentenças e depois corrigidos por outros tribunais...

    Existem maneiras! A vontade é que é pequena.


    Usei a palavra irresponsável deliberadamente porque é assim que se costuma dizer: independentes e irresponsáveis. ;-)

    Todas essas coisas que propõe existem, podem funcionar mal ou bem, isso é outra coisa. Ou já se esqueceu da famosa história do Bom ou Muito Bom e da progressão na carreira e etc e tal?
  6.  # 206

    "Em tribunal ficou provado que o arguido abusou sexualmente da menor, com consumação do acto sexual, entre 2008 e 2009, quando frequentava a casa da mãe da menina. A acusação baseou-se no depoimento da criança - efectuado em 2009 para “memória futura” - nas declarações da mãe e da avó da menor e em relatórios médicos e psicológico que indicam ter havido abuso sexual.
    No acórdão hoje lido no Tribunal de Braga, o colectivo, formado por três juízas, decidiu-se pela suspensão da pena, com a condição de o arguido pagar 35 mil euros a título de indemnização à família da vítima, nos próximos dois anos.
    Na suspensão da pena, o tribunal teve em conta o facto de o arguido ter confessado o crime, mostrando-se arrependido, e também, de nunca ter sido condenado em tribunal. "

    Este violou (a menina tinha 8 anos), CONFESSOU e apanhou pena suspensa.
    Como este temos vários, procurem na net!

    Para não me apedrejarem!
    NÃO CONCORDO com esta pena.
    Mas demonstra que essas "bocas" de que os arguidos da Casa Pia foram beneficiados... ou que a pena é leve.. Estão completamente descontextualizadas da Justiça em Portugal.

    Talvez as pessoas acordem, mas não me parece. Querem sangue na Casa Pia, não querem saber se são culpados ou não, não estão interessados em discutir provas reais e depoimentos (independentemente do ponto de vista).

    Quanto já viram o video da "diligência na casa de ELVAS"? Está no youtube... Podem ignorar os comentários facciosos (pelo menos até se verificar a sua veracidade, com o dito acordão).
    Estas pessoas agradeceram este comentário: Princesa_, two-rok, carlankh
  7.  # 207

    Colocado por: CMartinNão me interessa nada os abusadores, como disse, como sabe. Penso mais nos que, sendo adultos hoje, passaram a infância de abusos, do que nos que possivelmente poderão recorrer a penas que possam considerar injustas, ou condenações que possam julgar incorrectas. A infância de abusos é que não tem apelo, nem recurso que a possa salvar ou atenuar.

    Vejo “a coisa” numa espécie de relação benefício-risco (como diz-se que os médicos analisam os seus casos, não sendo eu médica), e o meu benefício vai sempre para o lado das crianças (vítimas), em risco dos adultos (abusadores). Não fui eu que os condenei, foi o tribunal. Foram condenados em tribunal.
    Eu dou o benefício às vítimas.
    E outros estão a dar o benefício aos abusadores.
    Exactamente na mesma medida – na medida da convicção de cada um.
    A diferença entre a minha convicção e a convicção desses outros, está em que os abusadores foram condenados de acordo com a lei.
    Eu acabo por me sentir do lado certo da balança de qualquer uma das perspectivas: moralmente, porque acho mais correcto defender crianças do que pedófilos e também em termos de justiça: porque houve condenação de acordo com a lei.

    (Luisvv e LuisKW, os luises, como sabem, defendem tanto que se recorra à lei, aos advogados, e aos tribunais que até estou a estranhar esta repentina mudança de critérios neste caso dos abusos. Já não confiam nas instâncias que tanto defendiam, o que vos deu neste particular caso da Casa Pia?)

    Estas pessoas agradeceram este comentário:Paramonte



    Sei que se dirigiu aos Luises mas há uma série de coisas que acho que não percebeu no que respeita à minha opinião e que poderia ajudar a explicar o porquê das pessoas em geral duvidarem da justiça deste tipo de casos:

    A lei é menos "falível" em processo civil, desde logo por causa de regras processuais que não posso nesta instância dedicar-me a explicar, e por causa da prova testemunhal que nestes casos é mais determinante (muitas vezes a única que existe).

    Depois há outra coisa que acho que a maior parte das pessoas não sabe, o juíz cumpre a lei mas aqui a lei é simples: é crime abusar de menores (não há doutrina divergente, é crime e ponto), mas o juíz condena com base na sua convicção! E valora a prova testemunhal de acordo com os seus critérios perfeitamente discricionários! Ou seja, temos duas testemunhas e o juíz pode acreditar numa porque lhe pareceu mais convincente. Percebe porque digo que é perigoso condenar alguém assim (e não é só este caso, é, regra geral, perigoso qualquer julgamento deste tipo de crimes e com este tipo de provas, embora este tenha a agravante de ser mediático e de a maioria das pessoas querer condenar só porque SIM) E, em caso de dúvida, nunca podemos decidir sacrificar uma ou outra pessoa para que "sirva de exemplo"...
  8.  # 208

    Esta mulher fala, fala mas não diz nada...
  9.  # 209

    Já você diz tudo e é útilissimo!
  10.  # 210

    Colocado por: Princesa_

    Sei que se dirigiu aos Luises mas há uma série de coisas que acho que não percebeu no que respeita à minha opinião e que poderia ajudar a explicar o porquê das pessoas em geral duvidaremda justiça deste tipo de casos:

    A lei é menos "falível" em processo civil, desde logo por causa de regras processuais que não posso nesta instância dedicar-me a explicar, e por causa da prova testemunhal que nestes casos é mais determinante (muitas vezes a única que existe).

    Depois há outra coisa que acho que a maior parte das pessoas não sabe, o juíz cumpre a lei mas aqui a lei é simples: é crime abusar de menores (não há doutrina divergente, é crime e ponto), mas o juíz condena com base na sua convicção! E valora a prova testemunhal de acordo com os seus critérios perfeitamente discricionários! Ou seja, temos duas testemunhas e o juíz pode acreditar numa porque lhe pareceu mais convincente. Percebe porque digo que é perigoso condenar alguém assim (e não é só este caso, é, regra geral, perigoso qualquer julgamento deste tipo de crimes e com este tipo de provas, embora este tenha a agravante de ser mediático e de a maioria das pessoas querer condenar só porque SIM) E, em caso de dúvida, nunca podemos decidir sacrificar uma ou outra pessoa para que "sirva de exemplo"...


    Mas eu volto a perguntar: isso é novidade para si, que o juiz valora a prova, testemunhal ou outra, conforme a sua íntima convicção??? E que em caso de abuso de menores é muito vulgar não haver mais prova nenhuma que não a testemunhal??? E não está em tudo quanto é sítio a pugnar pela mudança das leis de modo a que não seja possível condenar alguém com tão fracas provas??? Eu acho até que, por essa ordem de ideias, o abuso de menores devia ser retirado do Código porque se presta às maiores injustiças!
  11.  # 211

    Colocado por: CMartinRe-pi-to len-ta-men-te:
    Existe mentira sim. Faltam verdades sim.
    Falta (praticamente no todo) os arguidos confessarem o seu crime, e falta encontrar muitos dos abusadores que não foram julgados em tribunal.
    Eu também quero a verdade e a justiça por inteiro que para mim não é por em causa a culpabilidade dos acusados (que isso já fez o tribunal), mas antes que seja aplicada a justiça em todo o seu peso, e para todos os que prevaricaram, na medida correcta dos crimes cometidos. Não me aborrece a condenação destes arguidos, aborrece-me a não condenação dos restantes, os que ficaram a faltar.
    Re-pi-to: mas cada uma tem os seus valores e juízos de acordo com as suas convicções mais enraizadas. Estes são os meus. Apenas isso.
    Obrigada por terem ouvido e terem colocado em causa a minha opinião, mesmo sabendo eu que não me fariam mudá-la, ou vice-versa, eu a vossa. Cada um acredita e defende coisas diferentes, é assim.


    Ok já percebi.
    Voce quer é que sejam todos condenados, os que o tribunal declarou culpados, os que o tribunal declarou inocentes, os que o tribunal decidiu nem julgar.
    Portanto todos! Todos os que apareceram nas noticias, todos os que qualquer um se lembre de acusar! Ou, pelo menos, todos os que estejam nas suas "convicções enraizadas".
    Na época medieval creio que isso se chamava INQUISIÇÃO.

    Faz todo o sentido. Gosto de trocar opiniões com pessoas assim... racionais, lógicas e objectivas, com um discurso coerente baseado em factos.... como a CMartin.
    Estas pessoas agradeceram este comentário: two-rok, Velha
  12.  # 212

    Já agora porque não existem outras provas?
    Porque é que a policia não seguiu e colocou sobre escuta os arguidos, avançando quando tivesse provas irrefutáveis e indesmentiveis?
    É conhecido que os pedófilos são compulsivos e não se mantêm "limpos" muito tempo.

    Se era para demorar 8 anos...

    Não quero acreditar que não existem outras provas, para além daquela palhaçada que se vê no Youtube.
    Se isso for assim... Meu deus, chegámos ao fim da linha, de todo e qualquer sentido de justiça.

    Vamos esperar para ver... Segunda-feira se o Bill Gates assim o permitir.
    Estas pessoas agradeceram este comentário: two-rok
  13.  # 213

    Boa tarde a todos
    Em muito lado tenho visto fazerem referência aos vídeos das visitas aos locais, mas há uma coisa de que ninguém fala...no site de Carlos cruz, existem os registos da Casa Pia, onde se pode verificar que nas datas apontadas para os abusos, tanto os alunos como o Carlos Silvino, se encontravam no colégio ou com familiares, ou em visitas de estudo...nem é necessário que um arguido prove a sua permanência seja onde for, não é?
    Pessoalmente, não tenho a mínima dúvida de que enquanto crianças/adolescentes, estas pessoas foram abusadas, mas também não tenho a mínima dúvida de que se não fosse a existência de "notáveis", nada se tinha feito até hoje.
    Se acredito na inocência de Carlos Cruz? Absolutamente!
    Se acredito na inocência dos outros arguidos? Acredito em Ferreira Diniz e em Manuel Abrantes (embora quanto a este, considere ter tido culpa por "fechar os olhos")

    Acredito que anda por aí muita gente importante, endinheirada mas anónima, a limpar as gotas de suor da testa por se terem conseguido safar tão facilmente e acredito que o Estado foi de uma incúria tremenda ao não ter sabido proteger os menores confiados à sua guarda. Foi pior do que um Pai bêbado ou drogado a quem retiraram o filho para o colocar à (des)guarda do Estado.

    Basear uma condenação apenas no testemunho de uma pessoa porque o seu discurso é coerente, a mim, mete-me um pavor enorme.

    Os tribunais calaram a boca dos que afirmavam nos cafés: "Isto vão ver, quem vai dentro é o bibi e o Juiz Rui Teixeira..."

    Parece que agora, ser conhecido ou ter dinheiro, não tem direito a um julgamento normal, com provas!

    A propósito, o Dr. Ricardo Sá Fernandes não é só advogado de gente "graúda", também é meu advogado num processo cível e também eu não tenho dinheiro para lhe pagar e ele mesmo assim continua a ser meu representante. Grande Homem!
    Duvido que o Dr. Ricardo continuasse a defender um culpado como inocente, mas não duvido que defendesse um "culpado"...só que a linha de defesa seria outra, bem diferente.
    Acho ainda que a maioria das pessoas (eu incluída) falam e tecem considerações sem saberem nadinha do que falam, mas isso é da natureza humana.
    Talvez fosse mais justo que as televisões não andassem a encharcar a opinião publica com pedacinhos de leituras de acórdãos, entrevistas com arguidos e vítimas, Catalinas Pestanas, etc...devia ser proibido!
    Se forem culpados, por acaso até acho as penas levezitas...mas a mim, nada me foi provado sem "dúvida razoável"!
    Estas pessoas agradeceram este comentário: two-rok
  14.  # 214

    Colocado por: lobito

    Mas eu volto a perguntar: isso é novidade para si, que o juiz valora a prova, testemunhal ou outra, conforme a sua íntima convicção??? E que em caso de abuso de menores é muito vulgar não haver mais prova nenhuma que não a testemunhal??? E não está em tudo quanto é sítio a pugnar pela mudança das leis de modo a que não seja possível condenar alguém com tão fracas provas??? Eu acho até que, por essa ordem de ideias, o abuso de menores devia ser retirado do Código porque se presta às maiores injustiças!


    Não sei qual a relevância do que me pergunta mas eu respondo, again: Eu não faço penal (regra geral) e nunca me calhou um caso de abuso sexual (graças a Deus).

    Os casos mediáticos têm uma pequena vantagem, metem os profissionais de cada área todos concentrados em analisar as coisas, a opinar e a ver o que está mal. Eu sabia que podiam existir condenações sem razão, isso sabia e isso pode acontecer em qualquer ramo, o que não sabia, e digo-o com toda a franqueza é que se podia condenar com base em factos que ocorreram entre a data X e a data Y (algures portanto)... Confesso. Isso eu não sabia e, a ser verdade, choca-me pois disso não poderá haver defesa por parte de um arguido... Como se prova que desde a data X à data Y não se cometeu o crime? Há sempre uma manhã, uma tarde ou uma noite em que ninguém esteve connosco, em que ninguém nos viu, em que ninguém sabe dizer onde estavamos...

    Não sei como isto se pode resolver, a sugestão de retirar o crime de abuso sexual de menores do código penal parece-me ridicula e por isso não me dou ao trabalho de responder... Ainda não percebeu que todos querem combater estes abusos...

    Acho que uma boa parte da solução do problema se conseguiria se as pessoas se convencessem que nem tudo o que parece é, para não lhe acontecer um dia, estar sentado em frente a 3 juizes acusado deste crime hediondo que tanto critica, estar inocente e não o conseguir demonstrar porque o crime alegamente ocorreu entre a data x e a data y e a sua esposa não consegue afirmar com toda a certeza que entre a data x e a data y não tirou os olhos de si um só segundo (não sei se em concreto isto é verdade mas não quero acreditar que o seja).
  15.  # 215

    Colocado por: PBarataJá agora porque não existem outras provas?
    Porque é que a policia não seguiu e colocou sobre escuta os arguidos, avançando quando tivesse provas irrefutáveis e indesmentiveis?
    É conhecido que os pedófilos são compulsivos e não se mantêm "limpos" muito tempo.

    Se era para demorar 8 anos...

    Não quero acreditar que não existem outras provas, para além daquela palhaçada que se vê no Youtube.
    Se isso for assim... Meu deus, chegámos ao fim da linha, de todo e qualquer sentido de justiça.

    Vamos esperar para ver... Segunda-feira se o Bill Gates assim o permitir.


    É que é mesmo mesmo isso! Há qualquer coisa que não bate bem... quero também eu acreditar que isto não foi como se faz crer...
  16.  # 216

    Isso agora... Se por acaso estes acusados forem mesmo condenados em primeira, segunda e terceira instância, acho que será mesmo a primeira vez (com excepção da Leonoer Cipriano, que também se pode considerar uma acusada mediática) que um caso mediático tem esse resultado.


    Cara lobito, está a misturar conceitos. Entre acusados mediáticos e casos mediáticos, vai uma boa distância.
    Para personalidades que vivem ou dependem em grande medida da sua imagem pública, a simples menção num processo destes é arrasadora. Qualquer um dos homens acusados neste processo está marcado para o resto da vida - e uma eventual absolvição não apagará nunca a convicção de gente como a CMartin. Cada vez que saírem à rua verão gente a virar-lhes as caras e a cochichar. As famílias sofrerão com eles. Claro que nada disto passa pela cabecinha da CMartin, porque nem lhe ocorre que pudesse haver outro veredicto que não a condenação.

    Eu pelo menos, se me visse a contas com a justiça, acho que tentaria gerar a maior confusão possível porque acho que compensa. Precisamente porque, no mínimo dos mínimos, põe as pessoas a dizer isso que o luisvv diz, que é a mesma coisa que dizer que a justiça não trata por igual os mediáticos e os outros.


    A lobito é que diz isso. Eu só lhe digo que em casos destes, a convicção popular é criada cá fora. Pelos jornais, que publicam "factos" que vão sendo filtrados por agentes do processo. Como neste caso, em que o próprio Director Nacional da PJ era fonte do Correio da Manhã. Na opinião pública, a condenação está feita desde essa altura.
    (Para dizer a verdade, também duvido que seja humanamente possível um juiz abstrair-se de todo este circo, e concentrar-se num processo cuja sentença tem 2000 páginas, e cuja documentação tem centenas de milhar de páginas.)

    Por outro lado, ponha-se na posição deles, e imagine que é inocente. O que faria ?
    Estas pessoas agradeceram este comentário: two-rok, Velha, adrianaalmeida
  17.  # 217

    Numa coisa concordo consigo: os casos mediáticos fazem com que as pessoas dêem atenção às leis que os regem. Infelizmente, em geral através do filtro dos média, que é bastante mauzinho porque também não percebem nada do assunto. Gostava mais de ver um esforço da parte dos juristas para explicarem o que fazem e porquê (fico possessa de cada vez que eu, que ganho a minha vida a interpretar textos leio qualquer coisa por um jurista e não percebo de todo o que el quer dizer), e que as leis que que nos governam fossem ensinadas na escola. Mas isso são contas de outro rosário...

    Eu por mim vou muitas vezes espreitar este site:

    http://www.inverbis.net/

    em que os artigos dos jornais são comentados por gente do métier (e não só, mas são os mais interessantes). É muito educativo.
  18.  # 218

    Colocado por: CMartinExiste mentira sim. Faltam verdades sim.
    Falta (praticamente no todo) os arguidos confessarem o seu crime, e falta encontrar muitos dos abusadores que não foram julgados em tribunal.


    E você sabe isso, exactamente como ?

    Eu também quero a verdade e a justiça por inteiro que para mim não é por em causa a culpabilidade dos acusados (que isso já fez o tribunal),


    Fique pois sabendo que, em 2006 o panorama era este: :
    5. RECURSOS PROVIDOS E NÃO PROVIDOS Uma vez descrita a evolução da movimentação processual dos tribunais superiores, interessa saber quais as taxas de provimento dos recursos. Resulta deste estudo que “… a esmagadora maioria dos recursos findos entre 1998 e 2003 nos Tribunais da Relação foram alvo de julgamento. Apenas em 1991, 1994 e 1999 o peso dos recursos findos antes de julgamento ultrapassou os 10%, registando nos últimos 5 anos valores entre 4% e 6%. De entre os recursos findos com julgamento, o peso dos recursos não providos, com as excepções de 1993 e 1994, oscilou, nos últimos 15 anos, entre os 50% de 1992 e os 60% de 2001.”
    Nos últimos 10 anos, os recursos com provimento registaram sempre valores superiores aos 35% do total de recursos findos o que significa uma taxa de recurso com sucesso abaixo dos 50%. Desses recursos cerca de 25% são recursos findos com provimento total sendo que o provimento parcial representa entre 10% e 11% do total de recursos findos entre 1998 e 2003.

    Sabe o que isto significa? Que todos os anos, mais de 1/3 dos processos com recursos vêm as decisões alteradas. E que desse valor, 2/3 dos recursos são aceites totalmente. Grosso modo, 1 em cada 4 das decisões recorridas tem erros de facto ou de direito significativos. É uma percentagem absurdamente elevada, que torna perigosíssima a sua teoria do "condenado".
    Estas pessoas agradeceram este comentário: two-rok, Velha
    •  
      CMartin
    • 10 setembro 2010 editado

     # 219

    Percebo o que diz, e percebo também os que partilham do seu ponto de vista.
    Se a condenação foi feita pelo juiz com base em convicção, depois de ouvidos todos os depoimentos, só posso, novamente, reiterar: foi feita a justiça (mínima) possível, considerando as duvidas que expõe a Princesa e os restantes sobre a culpabilidade dos arguidos, e as certezas de que o abuso sexual a menores e os abusadores são crimes e criminosos da pior espécie, que são as minhas.
    Ou seja, entre uns e outros, foi a justiça possível. Por mim teria sido muito mais pesada a sentença, por si ter-se-ia escrutinado melhor a possibilidade da inocência dos abusadores-arguidos. O juiz chegou a esta condenação, a justiça possível certamente avaliando todas as probabilidades (as minhas certezas e as suas duvidas).

    ..A essa frase repetida de se querer sangue, e a essa outra frase de se querer ver todos condenados, estes e os outros que abusaram ou que fugiram, respondo por mim: Quero castigo severo, contenta-me em ver o sofrimento na persistência em querer refazer através dos Media uma imagem de inocência perdida, de pelo menos um dos arguidos (inocência perdida no momento em que colocou um dedo numa criança e não “agora” que se soube), os outros abusadores que não foram condenados em tribunal porque não chegaram a julgamento, repito o que disse no iniciozinho da minha participação desta discussão: Não tenho duvidas que recebe-se o que se planta. De resto, não quero sangue de ninguém, não faço mal a uma mosca e não sou a favor de milícias populares. Dou a minha opinião, apenas. E a minha opinião é baseada no facto que sou sempre a favor das crianças, especialmente, em casos de pedofilia. Nas minhas mãos as (vossas) crianças estão seguras, (sociedade), desdobrar-me-ei sempre por elas em vosso detrimento. Desculpem a presunção.
  19.  # 220


    Por outro lado,ponha-se na posição deles, e imagine que é inocente. O que faria ?


    Recorria.

    E o Luis?
 
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