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  1.  # 261

    Colocado por: Skinkx

    Esse doente terminal exigia muito para quem tinha uma doença provocada por hábitos de risco...

    "Não me deixem morrer..." - quer dizer, não quero ser moralista, mas ele não era propriamente um hemofílico que tinha contraído a doença devido a transfusões sanguíneas manhosas... este mundo está a ficar carregado de gente sem escrúpulos nem dignidade e esse senhor, ainda que tivesse todo o direito a querer viver, não tinha direito nenhum a exigir o que quer que fosse, a fazer o papelinho que fez. Longe de mim dizer que não podia ou não devia ser tratado, mas para alguém que tinha um passado de toxicodependência, quem o ouvisse falar até podia julgar que tinha adquirido hepatite ao consumir iogurtes estragados ou algo que o valha.

    As pessoas deviam ter um bocadinho mais de consideração pela inteligência alheia. O governo da altura conseguiu um bom acordo com a indústria farmacêutica e se mais não fez tal também se deve à pressão mediática em torno do caso, criada por esse senhor, por exemplo. Que, lembre-se, era um toxicodependente recuperado, que de repente se lembrou que tinha muito gosto pela vida e queria ter acesso a todo e qualquer farmacêutico que o curasse, custasse o que custasse, como se o dinheiro caísse do céu. É complicado colocar um preço na vida de alguém, longe de mim fazê-lo, mas houve muita gente a exigir o medicamente, como se ele fosse de borla, incluindo algumas pessoas muito mediáticas, que ganham muito mais que 95% dos portugueses. Simplesmente se for o Estado a pagar, tudo fica muito mais simples.

    Paulo Macedo deve ter passado tempos difíceis nessa altura, qualquer outro não teria aguentado a pressão.


    é por este tipo de pensamento que eu defendo abulição dos descontos........ um gajo só serve para pagar impostos, porque no dia que precisar bem que tá fundido....
  2.  # 262

    Colocado por: SkinkxQue, lembre-se, era um toxicodependente recuperado, que de repente se lembrou que tinha muito gosto pela vida e queria ter acesso a todo e qualquer farmacêutico que o curasse, custasse o que custasse, como se o dinheiro caísse do céu.


    Olha, vamos deixar de socorrer os automobilistas que teem acidentes a mais de 120km/h.
    Ou os que tiverem avc e tiverem o colesterol muito alto ..
    Ou ...
    Concordam com este comentário: eu, emad
    • Skinkx
    • 28 novembro 2016 editado

     # 263

    Colocado por: PeSilva

    Olha, vamos deixar de socorrer os automobilistas que teem acidentes a mais de 120km/h.
    Ou os que tiverem avc e tiverem o colesterol muito alto ..
    Ou ...


    Não tinha moral nenhuma para EXIGIR aquilo que, por motivos económicos, estava a ser negado a pessoas que, ao contrário dele, até nem tinham qualquer responsabilidade na contracção da doença. O que eu coloco em causa não é o tratamento, é ele ter ido para a televisão, cheio de moral, EXIGIR o tratamento.

    Convém relembrar que havia um grave problema económico na aquisição do medicamente e o Estado (como outros estava a ser explorado). Esse senhor, responsável pelo seu passado, achou que devia EXIGIR na tv aquilo que estava a ser difícil de negar aos outros. Eu não digo que ele não devesse ser tratado, claro que não, mas só tinha que esperar como os outros, logo ele que até tinha responsabilidades na doença.

    Porque mesmo não querendo estar com moralismos, eles vêm sempre à baila: imagine que agora havia uma cura para a SIDA e custava 100 mil euros ao Estado. Eu andava aí nas gajas de beira de estrada, sem cuidado nenhum, e depois ia para a televisão exigir que não me deixassem morrer, porque, coitadinho, tinha tido um azar. Ao mesmo tempo, uma qualquer dona de casa, infectada pelo marido, morre em silêncio com a vergonha de ter adquirido a doença, logo ela que não teve qualquer responsabilidade sobre isso.

    As pessoas exigem muito dos outros e nada de si mesmos. Era esta a crítica que queria fazer a essa palhaçada que esse senhor proporcionou. Ele é um palhaço, só isso, não queria negar-lhe tratamento nenhum, mas chamava-lhe palhaço.
    Concordam com este comentário: two-rok
    • eu
    • 28 novembro 2016 editado

     # 264

    Ele não foi exigir, foi pedir por favor...

    E o que é certo é que aquela "palhaçada" dele salvou a vida a muitos outros doentes... que não eram toxicodependentes.
    Concordam com este comentário: becas
  3.  # 265

    Colocado por: euEle não foi exigir, foi pedir por favor...

    E o que é certo é que aquela "palhaçada" dele salvou a vida a muitos outros doentes... que não eram toxicodependentes.


    Ele foi exigir, ponto final.

    E a compra de medicamentos estava a ser negociada, era só uma questão de preço. Não sei precisar os valores, mas acho que acabámos a adquirir os medicamentos por cerca de 20% do preço inicial pedido pela indústria.

    Não vale a pena fazermos a discussão de "uma vida não tem preço", porque o politicamente correcto não vai levar a lado nenhum, excepto ao encher de bolsos da indústria e ao depauperar das finanças dos estados.
    Concordam com este comentário: two-rok
  4.  # 266

    Colocado por: Skinkx

    Ele foi exigir, ponto final.



    e foi bem..... deviamos todos fazer o mesmo. ou acha que uma percentagem da população só deve pagar impostos e nao deve pedir nada em troca?
  5.  # 267

    Colocado por: loverscout

    e foi bem..... deviamos todos fazer o mesmo. ou acha que uma percentagem da população só deve pagar impostos e nao deve pedir nada em troca?


    Eu só tenho pena é que eu até seja um desses felizes contemplados que só têm direito a pagar impostos, pagando por muita coisa com a qual não concordo, não sendo minimamente auxiliado pelo estado em situações que deveriam ser universais (parentalidade) e ainda tenho que ser enxovalhado por pessoas como esse senhor, que ainda acham que há uma máquina de fazer notas algures no Cais do Sodré.

    Claro que ele tem direito ao tratamento, como qualquer fumador ou obeso, isso nem se coloca, mas o que ele fez é um insulto à minha inteligência.
    http://expresso.sapo.pt/sociedade/nao-me-deixe-morrer-eu-quero-viver-doente-com-hepatite-c-apela-a-paulo-macedo=f909363
    http://www.tvi24.iol.pt/sociedade/hepatite-c/senhor-ministro-nao-me-deixe-morrer

    Este populismo, da parte de quem vem, é vergonhoso.
    Concordam com este comentário: two-rok
    • emad
    • 28 novembro 2016

     # 268

    Skinkx, compreendo a sua magoa. Mas como alguem ja referiu aqui serviu para salvar a vida de outros tambem.
    Nao podemos ver as coisas desa forma fria.
    Que nunca tenha um amigo ou familiar num destes caminhos difíceis, caso contrario vai ver que a sua opinião mudaria.
    • eu
    • 28 novembro 2016 editado

     # 269

    Ao contrário de outras áreas, em questões de saúde sou totalmente socialista: acho que todos nós em conjunto como sociedade devemos cooperar para que todos tenham acesso à saúde.

    Mas... o que é que isto tem a ver com a CGD? Só se for o facto de a CGD estar doente e a precisar de uma cura caríssima. E para essa cura caríssima, eu preferia não contribuir...
    Concordam com este comentário: GMCQ
    • emad
    • 28 novembro 2016

     # 270

    Estamos a falar da cura da cgd que vai ter como farmaco o.paulo Macedo. Apenas isso.
  6.  # 271

    Colocado por: SkinkxNão tinha moral nenhuma para EXIGIR aquilo que, por motivos económicos, estava a ser negado a pessoas que, ao contrário dele, até nem tinham qualquer responsabilidade na contracção da doença.


    E que moral tem quem conduz a mais de 120 km/h?
    Ou quem tem o colesterol alto?
    • emad
    • 28 novembro 2016 editado

     # 272

    Eu realmente nao tenho feito grande exercicio físico e ate tenho abusado na minha dieta. A culpa é deste stress de construir casa.
    Nunca mais me meto noutra. Pensei que construir casa so fazia mal a carteira, mas a minha saúde física e mental tem sofrido bastante.
    Concordam com este comentário: GMCQ
    • eu
    • 28 novembro 2016

     # 273

    Colocado por: emadA culpa é deste stress de construir casa.

    E tem contado os cabelos brancos?
  7.  # 274

    Colocado por: SkinkxLonge de mim dizer que não podia ou não devia ser tratado, mas para alguém que tinha um passado de toxicodependência, quem o ouvisse falar até podia julgar que tinha adquirido hepatite ao consumir iogurtes estragados ou algo que o valha.

    Caro amigo, não cabe ao SNS fazer juízos morais dos utentes. Deveria ser perfeitamente indiferente aos serviços de saúde, saber se alguém apanhou uma doença a injectar-se com droga ou se é vítima de uma herança genética.
    Dito isto, em poucas áreas como a saúde os recursos são tão escassos, e os tratamentos novos que surgem todos dias são de preços incomportáveis, por isso há que assumir prioridades porque nem que gastássemos todo o dinheiro do orçamento de estado na saúde se conseguiria dar o melhor tratamento possível a toda a gente.
    Concordam com este comentário: two-rok, emad, Skinkx
    • emad
    • 28 novembro 2016

     # 275

    Colocado por: eu
    E tem contado os cabelos brancos?

    Estou com mais 10 anos em cima sem os ter vivido.
    • eu
    • 28 novembro 2016

     # 276

    Colocado por: emadEstou com mais 10 anos em cima sem os ter vivido.

    Como dizem os Americanos..."Been there, done that"

    Ou seja... já passei por isso.
    • eu
    • 28 novembro 2016 editado

     # 277

    Colocado por: J.Fernandesos tratamentos novos que surgem todos dias são de preços incomportáveis

    E algumas farmacêuticas são de uma ganância desmesurada... conhecem a história de uma empresa que comprou uma patente de um medicamento e a seguir aumentou o preço umas 10 vezes?
  8.  # 278

    Colocado por: emadSkinkx, compreendo a sua magoa. Mas como alguem ja referiu aqui serviu para salvar a vida de outros tambem.
    Nao podemos ver as coisas desa forma fria.
    Que nunca tenha um amigo ou familiar num destes caminhos difíceis, caso contrario vai ver que a sua opinião mudaria.


    Não é nada disso, já assumi que o senhor tinha que ser tratado como os outros... mas para quem deu o exemplo de conduzir com excesso de velocidade, imageinem um acidente automóvel onde quem exige tratamento aos berros é o tipo que ia em excesso de velocidade, embriagado, e atropelou o peão, que possivelmente terá que esperar para ele ser atendido primeiro, porque como está aos berros as pessoas acabam por ceder e fazer-lhe a vontade só para não o ouvir.

    Não nego o tratamento, mas não gostei da atitude de quem só tem a exigir, quanto até tem responsabilidades no problema. O silêncio, por vezes, é o nosso melhor aliado e conselheiro. Ele não era nem mais nem menos que os outros na altura de ser tratado, sou o primeiro a dar isso de barato, só não gostei de o ver em bicos de pés, cheio de razão, como se não fosse ele o responsável pelo seu problema.
    Concordam com este comentário: two-rok
  9.  # 279

    Colocado por: J.Fernandes
    Caro amigo, não cabe ao SNS fazer juízos morais dos utentes. Deveria ser perfeitamente indiferente aos serviços de saúde, saber se alguém apanhou uma doença a injectar-se com droga ou se é vítima de uma herança genética.
    Dito isto, em poucas áreas como a saúde os recursos são tão escassos, e os tratamentos novos que surgem todos dias são de preços incomportáveis, por isso há que assumir prioridades porque nem que gastássemos todo o dinheiro do orçamento de estado na saúde se conseguiria dar o melhor tratamento possível a toda a gente.
    Concordam com este comentário:emad,Skinkx


    Por saber disso é que não gostei daquele espectáculo dele. E critico apenas o espectáculo, não o tratamento, que isso fique claro.
    Concordam com este comentário: two-rok
  10.  # 280

    Colocado por: euE algumas farmacêuticas são de uma ganância desmesurada... conhecem a história de uma empresa que comprou uma patente de um medicamento e a seguir aumentou o preço umas 10 vezes?

    Claro que há abusos e não devem ser poucos, mas desenvolver um medicamento é um processo de anos que envolve muita gente e custa muito dinheiro, naturalmente que esse custo tem de se reflectir no preço.

    Tenho mais medo é do dia em que a pesquisa em novos fármacos deixe de significar bons lucros para as farmacêuticas.
 
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