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  1. Segundo fonte do governo da RCA:

    "20 UPC members were killed and 15 others wounded"
  2. Um Dia Com… Antonieta Antunes

    https://arquivos.rtp.pt/conteudos/um-dia-com-antonieta-antunes/

    Antonieta Antunes sobre o início da sua carreira, ilustrado com imagens de exercícios militares em Tancos; salto de paraquedas; fotografias; treino de cães; deposição de flores junto ao Monumento ao paraquedista.
    Concordam com este comentário: Caravelle
  3. Forças portuguesas tomam bastião de grupo rebelde na República Centro-Africana

    Operação de alta intensidade entre Bambari e Bokolobo durou 50 horas e culminou na tomada do quartel-general da UPC.

    Pára-quedistas portugueses ao serviço da missão das Nações Unidas na República Centro-Africana tomaram este fim-de-semana o quartel-general da UPC de Ali Darassa em Bokolobo, após a expulsão do grupo rebelde da cidade de Bambari.

    A operação militar, que o Estado-Maior General das Forças Armadas (EMGFA) descreve como sendo de “alta intensidade”, prolongou-se por 50 horas e incluiu a utilização de meios aéreos e de viaturas blindadas Pandur.

    A ofensiva iniciou-se na tarde de quinta-feira, dia 10, quando os pára-quedistas portugueses foram chamados para conter um ataque violento do grupo armado UPC no centro de Bambari. Os militares conseguiram expulsar os rebeldes da cidade, seguindo-se depois uma nova fase da operação com vista a afastar o grupo da região e forçar negociações de paz.

    No trajecto entre Bambari e Bokolobo, localidade a partir da qual Ali Darassa comanda a UPC, os rebeldes tentaram emboscar as forças das Nações Unidas com recurso a lança-rockets. Nas imagens cedidas ao PÚBLICO pelo EMGFA, é visível a acção das viaturas Pandur, que lançam fumos para mascarar a posição dos pára-quedistas lusos, e de atiradores especiais portugueses que seguiam a bordo de um helicóptero Mi-27 do Paquistão, país que participa igualmente nesta missão da ONU.

    https://vimeo.com/311215382

    Esta acção em concreto, explica o EMGFA, foi coordenada pelos militares do Destacamento Aéreo Táctico Avançado (TACP) da Força Aérea, encontrando-se um controlador TACP no solo e o outro no helicóptero em coordenação com o comandante da força de pára-quedistas no terreno.

    Já em Bokolobo, e cabo de “várias horas de intenso combate”, as forças portuguesas tomaram de assalto o quartel-general da UPC, apreendendo grandes quantidades de armamento pesado.

    https://vimeo.com/311221098

    Na sequência da operação, informa o EMGFA, a UPC aceitou estabelecer conversações com as autoridades governamentais para abandonar definitivamente a região de Bambari.

    “Esta acção militar levada a cabo pelas Nações Unidas, usando a capacidade de actuação dos capacetes azuis pára-quedistas, é um sinal intencional do ponto de visto político de que o exercício do Estado de Direito não será afectado pela actuação irresponsável dos grupos armados, e que continuará a ser contida e anulada, dando força ao processo negocial em curso para a promoção do diálogo de paz, que envolve a ONU, a União Africana, as instituições governamentais da República Centro-Africana e os representantes dos grupos armados”, declara o EMGFA.

    No sábado, antes mesmo de estar concluída a operação, o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, elogiou a "forma valente" com que as forças portuguesas têm desempenhado a sua missão na República Centro-Africana.

    "O Presidente da República e Comandante Supremo das Forças Armadas já falou telefonicamente com o Comandante da Força Nacional Destacada na República Centro-Africana e felicitou a nossa Força pela forma excepcional como, durante todo o dia, esteve envolvida em combate e cumpriu, uma vez mais, de forma valente a missão de proteger as populações daquele país", lia-se numa nota publicada no site da Presidência.

    Portugal tem neste momento cerca de 180 militares na República Centro-Africana.

    Fonte: https://www.publico.pt/2019/01/14/mundo/noticia/forcas-portuguesas-tomam-bastiao-grupo-rebelde-republica-centroafricana-1857780
  4. JANEIRO DE 2019, PÁRA-QUEDISTAS NOVAMENTE EM COMBATE NA RCA

    Por Miguel Machado

    A 4.ª Força Nacional Destacada (Conjunta) que está actualmente na República Centro Africana, composta maioritariamente por militares do 2.º Batalhão de Infantaria Pára-quedista, esteve nestes primeiros dias de Janeiro de 2019, envolvida em violentos combates na região de Bambari, a cerca de 400 de Bangui, capital da República Centro Africana. Veja aqui na íntegra a entrevista sobre este assunto concedida à SIC Notícias pelo CEMGFA, Almirante Silva Ribeiro, e as imagens recolhidas pelo 2.ºBIPara no teatro de operações.


    O Almirante Silva Ribeiro explicou detalhes das operações na entrevista à SIC Noticias e não se cansou de elogiar os militares da 4.ª FND e em especial os Pára-quedistas, terminando mesmo a sua intervenção com o lema da “Casa Mãe” das Tropas Pára-quedistas Portuguesas: “Que Nunca Por Vencidos Se Conheçam”.

    Não sendo a primeira vez que esta força do 2.º BIPara actua em Bambari – aliás contingentes anteriores também ali foram empenhados – os combates destes dias foram dos mais violentos que os portugueses enfrentaram na RCA até hoje, estendendo-se até Bokolobo, “reduto” de Ali Darassa chefe do grupo armado “União para a Paz” que provocou os confrontos.

    Segundo o EMGA em 10JAN2019 «…Os capacetes azuis portugueses estiveram 5 horas em combate direto com elementos do grupo armado ex-Seleka UPC (União para a paz na República Centro-Africana), com o objetivo de proteger civis e restabelecer a paz, entrepondo-se entre o grupo opositor e a população civil indefesa. Os militares portugueses encontram-se todos em segurança.

    A ofensiva por parte deste grupo armado foi levada a cabo com recurso a armamento pesado, numa desmonstração de capacidade de controlo do comércio local, colocando civis no fogo cruzado durante o confronto com as Forças Armadas centro-africanas (FACA). As organizações governamentais têm tentado a todo o custo impedir a presença de combatentes no centro da cidade, que disputam recursos e a cobrança ilegal de impostos à população. A entrada do grupo armado em Bambari provocou a debandada precipitada da população para fora da cidade, ameaçando a estabilidade, a segurança e a liberdade de circulação…»

    Curiosamente Ali Darassa foi entrevistado em 2017 pelo jornalista português da TVI, Rui Araújo, exactamente em Bokolobo, base agora destruída pelos Páras. Já nessa altura era possível ver que os “guerrilheiros” estavam fortemente armados e apresentavam organização e meios.


    Em 2017 a TVI esteve em Bokolobo e entrevistou o chefe do grupo armado que atacou os portugueses.

    Sobre a actuação em Bambari e depois em Bokolobo, a 60 km de Bambari, onde se situava o “quartel-general” do grupo armado liderado por Ali Darassa que conseguiu fugir, não evitando contudo a destruição da sua base, remetemos para a entrevista ao CEMGFA, Almirante Silva Ribeiro, feita na SIC Notícias em 13JAN2019 que pode ser aqui vista na integra, bem assim como imagens dos combates, recolhidas no teatro de operações pelos militares do 2.ºBIPara e divulgadas pelo Estado-Maior General das Forças Armadas:

    Para ver a entrevista do Almirante Silva Ribeiro à SIC Noticias, clique:

    https://youtu.be/wNFpqZO6pb0

    Baptismo de fogo para as PANDUR II 8×8

    Esta operação sobre a qual a seu tempo certamente se saberão mais detalhes, fica também marcada pelo emprego das Pandur 8X8 II em combate, o que acontece pela primeira vez. As Pandur portuguesas já actuaram quer no Kosovo quer na Lituânia, mas em Bambari foi realmente o seu “baptismo de fogo”. Esperamos em breve voltar a este assunto.

    A acção dos Páras portugueses e o emprego das Pandur foi amplamente noticiado em sites e blogs dedicados à temática da Defesa e Forças Armadas quer em França tradicionalmente mais atenta a esta região de África quer mesmo em países anglo-saxónicos. A este facto não será estranho a divulgação de imagens video e fotografias dos combates, sem as quais certamente o assunto teria pouca visibilidade nestes meios internacionais e mesmo em Portugal.








    Estes pára-quedistas de hoje mostraram mais uma vez à evidência que o recrutamento, formação e treino das tropas paraquedistas, continua a produzir combatentes capazes de enfrentar as mais difíceis condições operacionais, mesmo com limitações em termos de equipamento, armamento e outras. O peso da história certamente motiva, mas foi no terreno enfrentando o inimigo que estes boinas verdes voltaram a mostrar que em Tancos formam-se militares completos, capazes de se empenharem e vencerem as mais difíceis tarefas que o país lhes determine.

    http://www.operacional.pt/janeiro-de-2019-para-quedistas-novamente-em-combate-na-rca/
  5. Tropa portuguesa expulsa a tiro máfias da República Centro-Africana Militares portugueses travam batalha para libertar as populações de grupos armados.
    Operação envolveu 100 capacetes azuis.

    Video: https://www.cmjornal.pt/portugal/detalhe/tropa-portuguesa-expulsa-a-tiro-mafias-da-republica-centro-africana?fbclid=IwAR2rWDnexJIsDuzMHUPQ66kV9WRAXv3n8kmY96ggfLCcC7ZOKu4EQm4JaOk
  6. FN SCAR e HK416... dois sonhos de espingardas automáticas para qualquer Exército!!!
  7. Galil é que é, tudo o resto é arma de arremacho! :D
  8. "Páras" sem apoio de helicópteros na República Centro-Africana

    Risco acrescido para militares que estão sem meios aéreos.

    Os paraquedistas portugueses em operação militar das Nações Unidas na República Centro-Africana não contam, desde meados de dezembro, com apoio de helicópteros de ataque, meios fornecidos pela MINUSCA (missão da ONU) e que são cruciais para os operacionais que combatem no terreno. O risco é acrescido. Os três hélis de ataque que apoiavam toda a MINUSCA ficaram inoperacionais num incidente bizarro no aeroporto de Bangui, capital da RCA. Uma manobra fora da norma de um avião a jato russo fez projetar pedras contra os aparelhos MI-35 senegaleses. Resultado: vidros do cockpit partidos e outros danos, que levaram a que as tropas ficassem sem apoio dos hélis que disparam rockets e têm um canhão de 20 mm. Os paraquedistas portugueses, apoiados no terreno por dois controladores aéreos avançados da Força Aérea, procuraram contornar a falha adaptando uma metralhadora à porta de um helicóptero de transporte MI-17 paquistanês. A solução permitiu fazer fogo de supressão, por atiradores especiais, mas no dia 17, numa operação que o CM acompanhou no terreno, em Bambari, esse héli foi atingido por dois disparos. Por não ser blindado sofreu danos e aterrou de emergência. Ficou inoperacional e quase que obrigou à suspensão do combate em curso para expulsar da cidade os grupos armados.

    https://www.cmjornal.pt/portugal/detalhe/paras-sem-apoio-de-helicopteros-na-republica-centro-africana?ref=Bloco_CMAoMinuto
  9. Colocado por: rjmsilvaGalil é que é, tudo o resto é arma de arremacho! :D


    Israel não pertence à OTAN, como tal não pode participar no concurso com as suas meninas:

    Galil ACE

    https://iwi.us/product-category/law-enforcement/le-galilace/

    X95

    https://iwi.us/product-category/law-enforcement/le-x95/

    Negev

    https://iwi.us/product-category/law-enforcement/le-negev
  10. A 1ª FND realizou 3 operações importantes desde o seu destacamento, a 3ª FND realizou pelo menos 8 e esta FND já deve ter ultrapassado estes valores em muito.




    É por isso que eles receberam os Pandur 8x8 e os Land Rover voltaram para Portugal.
  11. À boa maneira portuguesa, já estamos a medir pilinhas...
    Concordam com este comentário: treker666
  12. Colocado por: rjmsilvaÀ boa maneira portuguesa, já estamos a medir pilinhas...


    ?
  13. Colocado por: rjmsilvaÀ boa maneira portuguesa, já estamos a medir pilinhas...

    È isso pouca gente percebe que andamos para ali a fazer...
  14. Uma vergonha, é inaceitável que uma tropa como os Fuzos sejam assim tratados. Vamos ter os Regimentos de Guarnição melhor armados que o Corpo de Fuzileiros.
  15. As estrelas que mandam querem é barcos.
    Concordam com este comentário: branco.valter
  16. Colocado por: rjmsilvaAs estrelas que mandam querem é barcos.


    Sonhos que nunca irão ser realizados!



  17. Financiamento para a programação militar é baixo mas “permite cumprir a missão”

    O efectivo do Exército é de 13.500 militares, o mais baixo de sempre e tem pouco mais de metade dos praças autorizados. Os baixos salários e as facas condições de alojamento afastam os jovens, admite o general Nunes da Fonseca.

    O chefe do Estado-Maior do Exército considera que o investimento previsto para o ramo na Lei de Programação Militar (LPM) "parece baixo", mas afirma que é "o possível" e "permite cumprir a missão".


    "É uma realidade, o nível de exigência dos investimentos no Exército parece baixo, é verdade", disse o general Nunes da Fonseca, numa audição parlamentar sobre a proposta de Lei de Programação Militar. Porém, garante que a verba de 762,5 milhões de euros para investimentos no ramo, "permite que o Exército cumpra as suas missões com os equipamentos e armamentos que vierem a ser adquiridos".

    Admitindo algum "desconforto" inicial por as verbas se centrarem na aquisição de capacidades ligeiras, o general disse que, ao longo do processo de negociação, houve "acerto de montantes" e, para o Exército, a LPM "é aquela que foi possível". O Exército propôs inicialmente um valor de 1900 milhões de euros, mas a verba consagrada foi de 762,5 milhões de euros, disse, frisando que o ramo segue "orientações políticas no que toca ao equipamento das Forças Armadas".

    Questionado sobre a necessidade de um Navio Polivalente Logístico, um projecto que suscita mais dúvidas entre os deputados do PSD, do PCP e do BE, com uma previsão de 300 milhões de euros, o general Nunes da Fonseca defendeu que seria útil em particular para a c de militares e de material para as forças nacionais destacadas.

    Nunes da Fonseca exemplificou que foi necessário enviar viaturas blindadas PANDUR para os militares ao serviço da ONU na República Centro Africana (RCA) e que o processo de autorizações e contratação do serviço "demorou um mês". "Se num mês a situação no terreno se tivesse agravado não conseguiríamos lá ter as viaturas", frisou. Se Portugal dispusesse de um NPL e "dada a situação de alarme", disse, as viaturas "num espaço de dias estariam na RCA".

    A operação de envio das viaturas PANDUR foi realizada com recurso a uma aeronave Antonov NA-124, ucraniana, contratada pelo Exército ao abrigo de um protocolo entre a NATO e a União Europeia, que visa apoiar os países que não têm capacidade de projecção estratégica.

    Ainda sobre a missão dos militares portugueses na RCA, e questionado pelo deputado do PSD Bruno Vitorino, o general admitiu que "era muito útil que, num cenário como a RCA, Portugal tivesse helicópteros blindados a operar "o quanto antes". A proposta de LPM prevê a aquisição de cinco helicópteros, que serão entregues à Força Aérea, mas não estarão disponíveis no "espaço de dois anos".

    Para o deputado do CDS-PP João Rebelo, a lei de Programação Militar "é vital" para as Forças Armadas e para o país, recusando que possa pôr em causa outro tipo de programas, como na saúde e educação. O deputado destacou que o valor global, de 4,74 mil milhões de euros, é para doze anos, sendo que o impacto orçamental anual varia entre 295 milhões de euros em 2019 e 455 milhões de euros no último quadriénio.

    Na audição, o general Nunes da Fonseca adiantou que o concurso para a aquisição de viaturas ligeiras, no valor de 60 milhões de euros, "está bem encaminhado", prevendo-se que as primeiras cheguem "em 2019, numa média de dez por mês". No total serão 139, disse. Quanto à arma ligeira para substituir a G3, que será adquirida através da agência de compras da NATO, começará a ser fornecida ao Exército "durante o ano de 2019".

    Salários baixos e alojamento afastam jovens do Exército

    Nunes da Fonseca defendeu também que "há passos a dar" nas condições remuneratórias e estatutárias dos militares para reforçar a atractividade das Forças Armadas junto dos jovens. O Exército fez um estudo sobre o recrutamento e retenção de militares e determinou cem medidas a adoptar para reforçar o interesse dos jovens pelo Exército, das quais 87 são de curto prazo e estão a ser aplicadas pelo ramo "com alguma imaginação".

    Das restantes, "há doze que dependem da tutela e têm a ver com o estatuto e condições remuneratórias", afirmou, adiantando que já apresentou os resultados do estudo à tutela.

    O general frisou que um militar contratado tem um vencimento base de 583 euros, um valor abaixo do que um jovem poderá encontrar no mercado de trabalho civil e defendeu que "na vertente remuneratória, legal e estatutária há passos a dar". Para além das remunerações, as condições dos aquartelamentos são factores que levam a desistências: "Os jovens são incorporados, não conhecem a realidade do Exército e ao fim de uma ou duas semanas desistem porque não se revêem" nas instalações que têm de ocupar.

    O CEME destacou que as casernas do Exército apresentam condições de habitabilidade "dos anos 80 e 90", com espaço para 30 camas em beliche, adiantado que o objectivo do Exército é "caminhar para transformar as casernas de 30 camas em espaços de quatro, com instalações sanitárias e banhos associados". Contudo, salientou, a transformação de cada caserna custa "500 mil euros" e o Exército dispõe de 18 milhões de euros para todas as obras de manutenção da estrutura, que inclui obras para retirar amianto de alguns edifícios.

    Na audição, o CEME apontou como desafio do Exército para os próximos três anos "o recrutamento e a retenção" de jovens nas fileiras face à "tendência decrescente dos efectivos", acrescentando que o ramo se tem deparado também com saídas de oficiais qualificados dos quadros permanentes. No final de 2018, o efectivo do Exército atingia 13.500 militares, dos quais 11% são mulheres. O número de praças autorizado foi de 9812 mas o Exército só tinha 5585 praças no final do ano passado, disse.

    https://www.publico.pt/2019/01/23/politica/noticia/financiamento-programacao-militar-baixo-permite-cumprir-missao-1859120?fbclid=IwAR3Yyww3_HUXqkWv34FQuOA2zwnCuYkBQf97ok4UMapvZijG2g9TxtYDgUk
  18. Exército procura helicópteros para apoiarem militares na República Centro-Africana
    Chefe do Estado-Maior do Exército reuniu pela primeira vez com a Comissão parlamentar de Defesa, onde falou sobre a revisão da Lei de Programação Militar.

    Manuel Carlos Freire
    23 Janeiro 2019 — 16:05

    O general Nunes da Fonseca informou o Parlamento que o Exército está a "fazer esforços" para os militares destacados na República Centro-Africana (RCA) terem apoio de helicópteros armados de "outros países" nas suas operações de combate. A informação doi dada pelo chefe do Estado-Maior do Exército na sua primeira audição com a Comissão parlamentar de Defesa, centrada na discussão da proposta de revisão da Lei de Programação Militar (LPM) e que também serviu para o general apresentar a diretiva estratégica do seu mandato. Os helicópteros "são fundamentais e há um défice" desses aparelhos na RCA, sendo "muito útil" que estivessem a dar apoio aos capacetes azuis portugueses e que "viessem quanto antes" aqueles que Portugal vai adquirir, disse o CEME.

    Mas como tão depressa não virão, pois "não há" aeronaves de asa rotativa disponíveis no mercado ou para construir "no prazo de dois anos", a opção passa por tentar que alguns dos países com esses meios no terreno os possam destacar para as missões que os portugueses são chamados a cumprir enquanto força de reação rápida da ONU. Portugal vai adquirir cinco helicópteros para apoiar as operações das forças terrestres, cabendo à Força Aérea operá-los e mantê-los - algo que até há pouco tempo era visto no Exército como uma linha vermelha, mas que o atual CEME disse "não se traduzir num grande desconforto se, no momento exato, estiverem disponibilizados [pela Força Aérea] para intervirem" com as tropas no terreno. "Entendemos que, mais do que gerir os helicópteros ou ter na nossa posse, [o importante] é dispor dos mesmos no momento e quantidade necessária", destacou o general Nunes da Fonseca.

    Esta posição do CEME, quando questionado diretamente pelo PSD sobre o facto de o Exército não adquirir nem operar helicópteros próprios, acabou por ser um exemplo do que foi a sua audição de três horas: evitar respostas que suscitassem polémica. Daí que Ascenso Simões (PS) tivesse observado que Nunes da Fonseca recorreu à "tática dos três Pês, paciência, prudência e perseverança" - a que poderia ter juntado "a letra E, de energia".

    A proposta de Lei de Programação Militar (LPM) destina 762,5 milhões de euros para o Exército ao longo dos próximos 12 anos, privilegiando a modernização e reequipamento da sua componente ligeira. O Exército votou inicialmente contra a proposta em Conselho de Chefes de Estado-Maior, por entender que estava a ser prejudicado - embora, como lembrou o PCP, o custo de cada um dos seus programas seja muito inferior aos da Força Aérea ou da Marinha - mas, agora e tudo somado, considera que he permite cumprir as suas missões em território nacional e no exterior.

    https://www.dn.pt/poder/interior/exercito-procura-helicopteros-para-apoiarem-militares-na-republica-centro-africana-10477519.html
  19. Regime de Maduro impede entrada do Grupo de Operações Especiais da PSP na Venezuela
    André Cabrita-Mendes

    A unidade anti-terrorista da PSP tinha a missão de defender a embaixada e o consulado de Portugal na Venezuela, mas foi impedida de entrar no país pelas forças de segurança de Maduro, avança a RTP.

    A força de elite da PSP foi impedida de desembarcar na Venezuela pelo regime de Nicolás Maduro. Os oitos elementos destacados para assegurar a missão das delegações diplomáticas naquele país foram barrados de entrar pelas autoridades, num momento de alta tensão política no país.

    Os oito elementos do Grupo de Operações Especiais (GOE) da PSP partiram no sábado para a capital venezuelana no sábado. Ao aterrarem em Caracas no domingo, as forças de segurança do regime de Maduro impediram o seu desembarque, revelou a RTP.

    Os oito operacionais da força anti-terrorista da PSP viajaram num Falcon 50 da Força Aérea para Caracas, um avião normalmente usado para viagens de Estado. O objetivo da sua missão era garantir a segurança da embaixada e do consulado de Portugal na capital da Venezuela. Quatro destes operacionais ficariam destacados na embaixada, enquanto os outros quatro iriam ficar destacados no consulado.

    As autoridades venezuelanas impediram o desembarque dos oito elementos e das respetivas malas diplomáticas destes operacionais que continham armas, capacetes, coletes à prova de bala, entre outros equipamentos, noticiou a RTP. Durante as 12 horas que estiveram em Caracas, decorreram negociações diplomáticas entre Lisboa e Caracas. Contudo, estas negociações terminaram sem sucesso, pois os elementos das GOE regressaram a Lisboa na segunda-feira.

    O ministério dos Negócios Estrangeiros rejeitou fazer comentários a esta situação, avança a Antena 1, que também tentou obter sem sucesso uma reação do ministério da Administração Interna, que tutela a PSP.

    Os operacionais desta força de elite já estavam treinar para esta missão há cerca de três semanas, e a sua partida teve de ser adiantada devido ao aumento da tensão política na Venezuela, conforme escreveu o Correio da Manhã na altura da partida dos GOE para a América do Sul.

    Este episódio teve lugar um dia antes de Portugal reconhecer a legitimidade de Juan Guaidó como presidente interno da Venezuela. No entanto, no domingo já se previa que Portugal viesse a reconhecer Juan Guaidó, pois Nicolás Maduro rejeitou convocar eleições antecipadas, conforme exigido por Portugal e por vários países europeus e sul-americanos.

    https://jornaleconomico.sapo.pt/noticias/regime-de-maduro-impede-entrada-do-grupo-de-operacoes-especiais-da-psp-na-venezuela-407274
 
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