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  1.  # 41

    aqui no fórum temos um caso recente, o do paionense, que por via de ter seguido todos os passos ou quase todos, conseguiu ver o filme antes de partir para a obra.
    faltou a parte em que os arquitetos deveriam ter feito o MQT com estimativa e logo ai já teriam visto os valores também quando vieram os tais orçamentos fora do previsto, essa equipa não se comprometeu a fazer os ajustes necessários ao projeto, pelo menos de uma forma geral.
    portanto fazer o planeamento antes, completo ( projetos de execução, com MQT com estimativas e revisões de projeto, etc...), é seguramente um caminho mais seguro.
    e atenção ao mito que o projeto de execução não significa que se possa alterar a qualquer momento os acabamentos e outras coisas, até é mais fácil mexer e quantificar itens e ter um controle sobre valores.
    • Nelhas
    • 19 julho 2019 editado

     # 42

    Colocado por: Anonimo09092021

    Acho que o Joel lê os meus comentários sem os ler. Eu escrevi claramente que a solução é o projecto nascer logo dentro do valor que se pode despender.

    Um arquitecto que não consiga balizar o seu desenho dentro do que lhe foi pedido, está a prestar um mau serviço. Ou que, como o meu, pelo menos alerte logo para o facto de ir ser mais caro se se acrescentar x ou y (em que uma destas variáveis é seguramente o tamanho).

    Felizmente já "conheci" vários arquitectos assim. Aliás, aqui no fdc, o Pedro Barradas tem mostrado alguns projectos de orçamento controlado que não são mais que isto...


    Anonimo09092021,

    Não conheço nenhum projeto de execução e projeção , seja em informática, cablagem, domótica ou eletricidade ( falo da minha área de projetos) com valores na ordem dos 100 000 a 200 k , que possa ser executado sem derrapagens.
    O que pode acontecer é as derrapagens já estarem incluídas na minha margem, como previsão do que pode acontecer, mas garanto-lhe que vai pagar acima do que alguma concorrência pode oferecer. Mas depois dá em casos como o Isolamento\Humidades.
    Em que entra no meu escritório e lhe digo com toda a certeza, está aqui o projeto , isto custa de certeza X.
    Agora, os especialistas que digam se e possível na construção. Gostava de saber.
    Em relação a criação e construção de uma casa, com tantas variáveis, acho impossível que algum arquiteto possa assumir previsões de orçamentos com esses montantes e variáveis com as certezas que desejam.
    Mas, se e possível , que digam.
    Se assim for, retiro o que afirmei.
  2.  # 43

    Em 20 anos de profissão, aquilo que posso transmitir é que muitos clientes não querem ouvir quando se menciona claramente que o valor de investimento pretendido não abarca determinadas soluções.
    Muitas vezes procuram até encontrarem um técnico que lhes diga o que querem ouvir, sem ser sustentado com numeros - e vai correr mal.
    Outras vezes, são alertados, mas insistem, com a certeza cega que vão encontrar alguém que construa por o valor desejado.

    Não há milagres.
    Os projectos que correm melhor desde o inicio da concepção até ao final da obra, são os que são metódicamente quantificados e aferidos e em que se confia, desde o inicio, nas directrizes do arquitecto e se aceita fazer compromissos e cedencias em função do valor de investimento.
    Assim, em equipa, todos concorrem para um bom resultado final.
    Concordam com este comentário: Nelhas, Pedro Azevedo78, CMartin
  3.  # 44

    Colocado por: Anonimo09092021Está-se a desvirtuar o meu ponto porque dá jeito.



    Eu ainda gostava de perceber porque hoje em dia, num debate de ideias seja em que moldes for, se toma logo posições defensivas, agressivas e muitas vezes de julgamentos de valor ou moral sobre o que os querem dizer.
    É uma conversa\discussão.
    Ter uma opinião divergente ou contrária desvirtua a sua? Claro, assim como a sua desvirtua a minha.
    Isso não implica falta de respeito, bom senso ou presunção sobre si ou sobre a sua índole pessoal.



    Colocado por: Anonimo09092021Se, dizendo ao cliente que o valor não é suficiente, este insiste em pedir a tal casa de 200m2, aí já é com o cliente (que vai pagar mais que os 150k). Não é difícil entender, ou é?


    Claro que não.
    Mas em 99 por cento dos casos não funciona assim.
    As pessoas ou pressionam o arquiteto\ construtor, ou julgam-no aldrabão, aproveitador , ou então procuram até chegar a um que faça o que querem.
    Não discordo de si.
    Simplesmente acho que se continua a ter uma ideia de que construir casas é uma solução disponível para todos sem problema.
    E nãó é.
    Na minha opinião, hoje, confortavelmente só está ao alcance de uma classe média alta, com poupanças significativas e com facilidade no recurso a créditos.
    Concordam com este comentário: Anonimo1710
  4.  # 45

    Colocado por: marco1Ruipsm

    eu chego ao pé de si e digo-lhe que se só tem 150 k só vai poder construir 130 m2 como é que me responde?
    Concordam com este comentário:Ruipsm


    Tenho que ajustar ao que posso! Nós já ajustamos pois sempre dissemos que parecia (pelo que tinha visto por aqui de testemunhos) que não íamos cumprir o orçamento e o arquiteto sempre disse que íamos. Depois quem teve razão no fim? Mas nós é que nós lixamos e temos que pagar não é ele!
    Acredito que muitos não reagiriam assim, mas no nosso caso adaptavamos a realidade do nosso orçamento! E nós até cortamos uma varanda por nosso incentivo pois estávamos a ver a coisa a esticar em demasia. Se não pudesse ter um Open space de 45m2 faziamos 35m2 se não pudesse ter 3 wcs tínhamos 2! Agora prefiro sempre a frontalidade
  5.  # 46

    Colocado por: Anonimo09092021

    Na altura do desenho da minha casa, e quando ainda estávamos a definir o estilo, o meu arquitecto alertou-me para o facto de poder poupar muito se partisse para um estilo tradicionalista com vãos mais pequenos e linhas mais direitas. Também me referiu várias vezes (e eu concordei sempre) que aumentar tanto a sala no RC ia trazer grandes custos no correspondente do 1andar. A partir daí foi decisão minha avançar ou não.

    Na minha opinião o seu arquiteto agiu bem, no nosso caso isso não se passou e isso é que condeno
  6.  # 47

    Colocado por: Anonimo09092021

    Está-se a desvirtuar o meu ponto porque dá jeito. O que eu escrevi é que se um DO tem 150k para construir e o diz ao arquitecto, não faz sentido nenhum ele desenhar uma casa de 200m2 sabendo que não vai ser possível cobstruí-la por essa valor.

    Se, dizendo ao cliente que o valor não é suficiente, este insiste em pedir a tal casa de 200m2, aí já é com o cliente (que vai pagar mais que os 150k). Não é difícil entender, ou é?
    Concordam com este comentário:Ruipsm


    Isto!!
  7.  # 48

    Bom dia,

    Isto de pedir uma coisa até determinado valor ao arquitecto/projectistas e depois sair muito mais alto nao devia-se começar a precaver nos contratos não? Do genero:
    Contrato de arquitectura + especialidade 15 000€
    -25% do pagamento - execução de projectos
    -15% do pagamento - aprovação nas camaras (incluindo todas as alterações necessários até aprovação, desde que o projecto nao comece do 0)
    -15% do pagamento - quando encontrado empreiteiro que tenha valores em linha de conta com o exigido à arquitectura/projectistas
    -25% do pagamento - diluído ao longo da obra em consultoria e apoio na execução
    -20% do pagamento - entrega de telas finais nas camaras com a obtenção do certificado de habitabilidade

    Será muito difícil os arquitectos/projectistas aceitarem este tipo de de pagamentos? ou algo semelhante a isto?

    Começo a ver que por vezes muitos profissionais dizem uma coisa fazem outra recebem e depois o que dizeram afinal não é possível!
  8.  # 49

    Colocado por: AgostinhoAbreuBom dia,

    -25% do pagamento - diluído ao longo da obra em consultoria e apoio na execução
    -20% do pagamento - entrega de telas finais nas camaras com a obtenção do certificado de habitabilidade

    Será muito difícil os arquitectos/projectistas aceitarem este tipo de de pagamentos? ou algo semelhante a isto?

    Começo a ver que por vezes muitos profissionais dizem uma coisa fazem outra recebem e depois o que dizeram afinal não é possível!


    Portanto um arquiteto faz o seu trabalho e fica com pelo menos 45% parados durante 1 ou 2 ou 3 anos , consoante a qualidade e celeridade do empreiteiro é isso que sugere?
  9.  # 50

    Eu sofri na pele algumas coisas que aqui foram faladas...
    Comecei o processo todo a dizer que tinha X para gastar (já sabendo de antemão que iria derrapar, pois derrapa sempre) já preparado para pagar X+Y. Mas aparentemente fui mal aconselhado e paguei gato por lebre, pois quando a realidade bateu à porta não ia pagar X, nem X+Y.. ia pagar X+Y+Z, e não foi por culpa dos empreiteiros "chuparem-nos até ao osso", mas sim porque a escolha dos técnicos foi errada, não tinham noção da realidade...
    Agarrei em mim, encontrei profissionais desse nome e avancei novamente.
    Nestas coisas da construção já percebi que o desconhecimento inicial dos DO paga-se, e bem caro!
    Concordam com este comentário: zinna
    Estas pessoas agradeceram este comentário: Ruipsm
    • riscos
    • 19 julho 2019 editado

     # 51

    Eu fiz isso uma vez.. 10% com licença de construção.. Só recebi passado um ano.como se gere um gabinete com ordenados, seguros, instalações, programas com licensa, maios de trabalho, plotters, descontos, contabilidade, ircs etc? Nesta casa é contra entrega, quem quer quer, quem não quer vai a outro lado.
  10.  # 52

    Dependendo o que for contratado, se for contratado até ao fim das telas finais, nao vejo o porque não!
    Senão o que pode acontecer, é faz projectos as 3 pancadas arranja forma de serem aprovados e pronto, já tem o dinheiro do lado dele e é fiscal e empreiteiro a resolver e procurar soluções que deviam ter sido arquitecto/projectistas a resolver.
    Agora se dizerem, quero so projetos, faz os projectos e recebe ponto final.

    Por isso que os preços tem de ser adequados ao que se pretende, mas quando se quer do inicio ao fim, eu vejo desta forma.

    Essa distribuição, foi apenas para dar a ideia do que se pode fazer para se salvaguardar ambas as partes!

    Neste caso nao recebo assim, porque trabalho por conta de outrem, mas a empresa que trabalho como todas do ramo e similares, recebem pelo que fazem, com os respetivos autos ao fim do mes, que sao muitas vezes retificados (para menos) pela fiscalização/DO.

    Tudo depende da forma que como sao contratualizadas as coisas.
    • riscos
    • 19 julho 2019 editado

     # 53

    recebem pelo que fazem, com os respetivos autos ao fim do mes, que sao muitas vezes retificados (para menos) pela fiscalização/DO.

    Também fazemos isso, quando somos pagos para isso

    É por isso que nunca damos orçamento com licenciamento execucao e fiscalização junto

    Vai tudo separado 3 propostas com pagamentos a diferentes tempos.
  11.  # 54

    Se o que queremos sao projectos+aprovação de licenças+apoio na escolha de empreiteiros+consultoria+telas finais, dao preço para isto, acham que se deve pagar tudo após projectos e licenças? E as outras coisas são pre-pagamento? E se decidem ou entram em conflito e nao fazem isso? já tem o dinheiro do lado deles o empreiteiro/DO que trate das coisas.

    Deve-se ajustar ao panorama ao que se pretende! Se queremos estas coisas(mais ou menos o que referi), dão preço para isso então é só quando executarem é que recebem, ou não? Peço desculpa se tenho uma filosofia um bocado diferentes de ver as coisas!
    Concordam com este comentário: Lupan
  12.  # 55

    Colocado por: AgostinhoAbreuDependendo o que for contratado, se for contratado até ao fim das telas finais, nao vejo o porque não!
    Senão o que pode acontecer, é faz projectos as 3 pancadas arranja forma de serem aprovados e pronto, já tem o dinheiro do lado dele e é fiscal e empreiteiro a resolver e procurar soluções que deviam ter sido arquitecto/projectistas a resolver.
    Agora se dizerem, quero so projetos, faz os projectos e recebe ponto final.

    Por isso que os preços tem de ser adequados ao que se pretende, mas quando se quer do inicio ao fim, eu vejo desta forma.

    Essa distribuição, foi apenas para dar a ideia do que se pode fazer para se salvaguardar ambas as partes!

    Neste caso nao recebo assim, porque trabalho por conta de outrem, mas a empresa que trabalho como todas do ramo e similares, recebem pelo que fazem, com os respetivos autos ao fim do mes, que sao muitas vezes retificados (para menos) pela fiscalização/DO.

    Tudo depende da forma que como sao contratualizadas as coisas.


    Agostinho,

    Como se gere uma empresa assim? o Riscos têm razão.
    Em todos os projetos grandes e de prazos dilatados, pode receber-se assim, mas em trabalhos ONDE EU ( entidade) sou responsável pelo processo todo do inicio ao fim.
    Se chega a um arquiteto , e ele fica responsável por projetos , papelada, construção, empreitada, etc, ai sim faz sentido o que diz.
    Pois receber mais depressa ou mais devagar, fica nas suas mãos agilizar e tomar conta do processo.
    Agora em 99 % dos casos isso não acontece.
    Então você vem ter comigo para um projeto de uma especialidade.
    Acertamos preço, tudo.
    E você só me paga no fim da casa pronta, mesmo que demore 3 ou 4 anos.
    Eu tenho de ficar dependente da qualidade do empreiteiro que voçe escolhe, da qualidade que voçe escolheu, dos materiais que voçe escolheu e da celeridade com que os mesmos estão disponíveis.
    Mesmo que não tenha haver com o meu trabalho.
    Desculpe mas só acho possível essas condições em obras ou trabalhos onde a minha entidade é responsável por tudo.
  13.  # 56

    Agostinho, está a ligar o trabalho de projetos, fiscalização com empreiteiro, e nada tem haver. São entidades diferentes
  14.  # 57

    Colocado por: Nelhas

    Portanto um arquiteto faz o seu trabalho e fica com pelo menos 45% parados durante 1 ou 2 ou 3 anos , consoante a qualidade e celeridade do empreiteiro é isso que sugere?


    As percentagens são um mero exemplo. Como é obvio devem ser ajustadas ao "conforto" de cada um.
  15.  # 58

    Colocado por: AgostinhoAbreu

    As percentagens são um mero exemplo. Como é obvio devem ser ajustadas ao "conforto" de cada um.

    Isso não existe.. Faça isso com o empreiteiro.
  16.  # 59

    Colocado por: riscosAgostinho, está a ligar o trabalho de projetos, fiscalização com empreiteiro, e nada tem haver. São entidades diferentes


    Caro riscos,

    Penso que não, porque o que vejo aqui muito no forum, e pessoas a pedir ajudar ou então mesmo voce a dar exemplos de situações que deviam ser os projectistas a resolver e simplemente não resolveram, o que acaba por ser o fiscal a resolver da melhor forma. É nisto que tou a quer falar.

    Se eu contratar um arquitecto/projectista para fazer desde estudo-previo, projectos, licenciamento, coordenação de projecto, consultoria em obra, telas finais para obtenção de licença de habitabilidade, é isto que tem de fazer e paga-se consoante o que for feito. Não acho correcto fazer-se parte das coisas e receber pela totalidade. O que se deve fazer é ajsutar as formas de pagamento de forma que ambas as partes aceitem.
  17.  # 60

    Colocado por: AgostinhoAbreu

    As percentagens são um mero exemplo. Como é obvio devem ser ajustadas ao "conforto" de cada um.


    Agostinho,

    O arquiteto pinta um quadro.
    Um quadro assente nos pedidos do cliente e na adaptação disso ás regras e regulamentos.
    Não executa o quadro.
    Até vou fazer uma afirmação leiga e pessoal ao qual aceito criticas.
    Pedir ao arquiteto responsabilidades por projeções de preços de uma moradia , na qual ele não irá executar , acho mal.
    Acho que ele pode gerar um quadro baseado num preço, dar uma estimativa, mas nunca ficar vinculado a ela.
    Só um empreiteiro , com um quadro na mão, e aferindo as variáveis todas, pode apresentar valores, e mesmo assim com estimativas de erro perfeitamente aceitáveis.
    Não estou a falar de dizer que custa 100 e custar 200.
    Concordam com este comentário: AgostinhoAbreu
 
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