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  1.  # 101

    Colocado por: CMartin
    Obrigada Luís pela partilha.

    Eu entendo a opinião dos cientistas do luisvv que aparentemente não são apologistas do shutdown, numa perspectiva benefício - risco. Eu acho que eles estão a tentar dizer que é pior para o mundo o shutdown do que se não houvesse shutdown.

    Ou seja, no mundo desenvolvido, isso para nós pode ser o ficar em casa, o não convívio social, a ansiedade, o trabalhar remotamente.
    Depois, vamos descendo na escala, quem perdeu emprego, quem deixou de poder pagar rendas ou despesas da casa.
    No terceiro mundo, onde já havia fome, e onde iam conseguindo subsistir no dia a dia, ou em pequenas vendas ambulantes, ou a vasculharem lixo, ou a mendigar. Na Índia, onde há esse nível de pobreza, as autoridades policiais dão pauladas a quem anda na rua, entre outras humilhações. E vi agora um indiano a ser entrevistado a dizer que prefere arriscar a apanhar o vírus do que passar fome, pois está a alimentar-se com 2 rottis por dia.
    Noutro país que não me lembro qual um pai com 4 filhos comem hoje uma papa de restos. Amanhã não têm o que comer.
    Posso imaginar que se o mundo achou melhor fazer shutdown, teria posto numa balança todos estes danos colaterais, e terá também arranjado forma de alimentar o terceiro mundo em shutdown. Se não, como já alguém disse, não se morre da doença, morre-se da cura. E vai haver distúrbios sociais. E mataram um miúdo que estava à varanda penso que em Angola, inadvertidamente, quando davam tiros para obrigar ao recorrer obrigatório.

    Todas estas coisas, a meu ver, estão avaliadas pelos cientistas que não são a favor do shutdown. Nessa perspectiva risco-benefício, o nosso, mas também do todo. Pondo numa balança de como sofremos mais danos.

    Mas, não poderíamos correr o risco de não fazer o shutdown, e afinal, ser uma gripe espanhola de novo. Nunca vou saber avaliar isso.
    Concordam com este comentário:telhaduasaguas


    Daí a importância fulcral do Universal Basic Income, pelo menos enquanto durar o shutdown. Seria loucura pensar que, da forma como estão a ser feitas as coisas, não vai correr tudo muito mal.
  2.  # 102

    Colocado por: telhaduasaguas

    Esse senhor e essa senhora falaram por video-conferência ou presencialmente? (não tenho televisão - ou melhor, tenho o aparelho em si, mas não está ligado a nada)


    qual é o interesse disso?

    um estava no estúdio e a senhora foi por vídeo conferebcia
    Estas pessoas agradeceram este comentário: telhaduasaguas
  3.  # 103

    Colocado por: telhaduasaguas
    Daí a importância fulcral do Universal Basic Income, pelo menos enquanto durar o shutdown. Seria loucura pensar que, da forma como estão a ser feitas as coisas, não vai correr tudo muito mal.

    Pois mas nem para o fazer só por uns meses são capazes de o fazer... As consequências serão graves, mas claro mesmo numa crise destas tem de se fazer de tudo para não fazer ver as pessoas como as coisas podiam funcionar muito melhor...
    Concordam com este comentário: telhaduasaguas
  4.  # 104

    Colocado por: CMartin
    Obrigada Luís pela partilha.

    Eu entendo a opinião dos cientistas do luisvv que aparentemente não são apologistas do shutdown, numa perspectiva benefício - risco. Eu acho que eles estão a tentar dizer que é pior para o mundo o shutdown do que se não houvesse shutdown.

    Ou seja, no mundo desenvolvido, isso para nós pode ser o ficar em casa, o não convívio social, a ansiedade, o trabalhar remotamente.
    Depois, vamos descendo na escala, quem perdeu emprego, quem deixou de poder pagar rendas ou despesas da casa.
    No terceiro mundo, onde já havia fome, e onde iam conseguindo subsistir no dia a dia, ou em pequenas vendas ambulantes, ou a vasculharem lixo, ou a mendigar. Na Índia, onde há esse nível de pobreza, as autoridades policiais dão pauladas a quem anda na rua, entre outras humilhações. E vi agora um indiano a ser entrevistado a dizer que prefere arriscar a apanhar o vírus do que passar fome, pois está a alimentar-se com 2 rottis por dia.
    Noutro país que não me lembro qual um pai com 4 filhos comem hoje uma papa de restos. Amanhã não têm o que comer.
    Posso imaginar que se o mundo achou melhor fazer shutdown, teria posto numa balança todos estes danos colaterais, e terá também arranjado forma de alimentar o terceiro mundo em shutdown. Se não, como já alguém disse, não se morre da doença, morre-se da cura. E vai haver distúrbios sociais. E mataram um miúdo que estava à varanda penso que em Angola, inadvertidamente, quando davam tiros para obrigar ao recolher obrigatório.

    Todas estas coisas, a meu ver, estão avaliadas pelos cientistas que não são a favor do shutdown. Nessa perspectiva risco-benefício, o nosso, mas também do todo. Pondo numa balança de como sofremos mais danos.

    Mas, não poderíamos correr o risco de não fazer o shutdown, e afinal, ser uma gripe espanhola de novo. Nunca vou saber avaliar isso.
    Concordam com este comentário:telhaduasaguas


    Eu compreendo o seu ponto de vista mas não acho que seja o mais correcto nestas circunstâncias.

    não se morre da doença, morre-se da cura


    Digamos, eu sou uma pessoa saudável, vou trabalhar tendo Covid-19 porque tenho sintomas ligeiros e sinto-me capaz de fazer o meu trabalho, no entanto infecto pessoas com quem trabalho. Essas por sua vez ficam doentes e impossibilitadas de ir trabalhar. Transmitem a doença aos seus familiares com problemas crónicos e que acabam por falecer.
    Eventualmente acabo também por falecer.

    Quais são as vantagens nisto? Em vez de levar 0 para casa levei £200 ou £300. Do que é que me serve estando morto? Os meus colegas ficaram infectados e acabaram por não ir trabalhar mais. O negocio parou de qualquer forma. E acabei por "matar" pessoas.



    Segundo esses médicos não parava nada. Mas iria ter que parar algures no tempo na mesma. Se nem assim os SNS conseguem responder aos casos que há, e tentando manter um certo controle como seria se nada parasse?


    Neste caso do Covid-19 nem as pessoas supostamente "saudáveis" estão fora de perigo.

    Isso não passa de uma visão utópica.



    Edit: A maior parte dos governos comprometeu-se a pagar uma % dos salários em qual o negocio está parado.
    Concordam com este comentário: telhaduasaguas, brunoa
  5.  # 105

    as questões que tem a ver com a sobrevivência existem soluções, não há escassez de bens, tem de haver espirito de sacrifício e solidariedade
    a morte é que não tem solução.
    por vezes sinto que certas pessoas estão é mais preocupadas com o facto de não irem comer camarão tão cedo ou algo por ai.
    Concordam com este comentário: maria rodrigues
  6.  # 106

    Colocado por: marco1as questões que tem a ver com a sobrevivência existem soluções, não há escassez de bens, tem de haver espirito de sacrifício e solidariedade
    a morte é que não tem solução.
    por vezes sinto que certas pessoas estão é mais preocupadas com o facto de não irem comer camarão tão cedo ou algo por ai.

    Um bocadinho menos de ligeireza a julgar estas situações se calhar não seria pior.
    Já há pessoas que de facto estão a passar mal e não é por falta de camarão, é por falta de coisas básicas.
    Nem de propósito, há bocado fiz uma transferência bancária para a senhora que costuma fazer as limpezas em minha casa. Apesar de, por acordo mútuo, não aparecer aqui já há umas semanas, sei que o dinheiro lhe faz falta e que tal como eu, outros clientes dela prescindiram dos seus serviços.
    Concordam com este comentário: ricardo.rodrigues, eu
  7.  # 107

    É ouvir o Pedro Simas na grande entrevista a decorrer agora.
    •  
      marco1
    • 3 abril 2020 editado

     # 108

    J.Fernandes

    parece que toquei algo ??

    ligeireza? uma coisa é não haver comida outra é haver dificuldade e olhe que isso tem solução, há muita ajuda institucional e não só para casos de fome, para a morte é que não há.
    e já agora acho muito bom o seu gesto, é disso e outras coisas mais que eu estou a tentar dizer, um esforço num freeze e vai tudo correr bem e muito mais brevemente.
  8.  # 109

    Mudando um pouco o foco… o vírus vai ter o impacto que tiver, temos de fazer a nossa parte e aguardar.

    Mas e o depois? Como vamos sair disto? Talvez devamos agora focarmo-nos nisto.
  9.  # 110

    Colocado por: Luis Santos DuarteA maior parte dos governos comprometeu-se a pagar uma % dos salários em qual o negocio está parado.


    Colocado por: marco1por vezes sinto que certas pessoas estão é mais preocupadas com o facto de não irem comer camarão tão cedo ou algo por ai.


    Colocado por: telhaduasaguasDaí a importância fulcral do Universal Basic Income,


    Vamos lá dizer isso a Mumbai, entre milhões. Esperem só um pouco que, o camarão, uma percentagem do salário e o universal basic income estão ao virar da esquina. Só que não. Lá porque eu tenho, reconheço que os outros não tenham. Muito pior nestes tempos. India does not have the luxury of a shutdown.
    https://youtu.be/FfEmAwbq7WE

    Fiquei um pouco desiludida. Não há essa compreensão ?
  10.  # 111

    Colocado por: J.FernandesJá há pessoas que de facto estão a passar mal e não é por falta de camarão, é por falta de coisas básicas.
  11.  # 112

    CMartin

    acredito eles estão a fazer as suas opções ( os responsáveis) de acordo com as condicionantes do seu pais, claro que já há fome na índia mas o cenário de ter milhões e milhões de pessoas doentes e sem se poderem mexer e tudo contaminado, deve ser ainda mais aterrador.
  12.  # 113

    Pois. Sei lá. É o que estamos a avaliar. Shutdown or no shutdown. Qual seria melhor para o mundo. Se é que alguém pudesse saber isso. Mas ninguém pode saber, como não se sabe uma série de outros futurismos. Pelo menos por enquanto. Não dá para fazer balanços.
  13.  # 114

    Colocado por: pedrociprinuma crise destas tem de se fazer de tudo para não fazer ver as pessoas como as coisas podiam funcionar muito melhor..

    Interessante esta frase. Não sei bem o que quererá dizer "de facto". Mas é interessante.
  14.  # 115

    talvez o problema seja mesmo essa palavra shutdown, preferia freeze
    é complicado demais, mas imaginemos em escala micro, uma família tinha que ficar isolada em casa um mês ou dois meses em casa, seria garantido que não terá despesas extras ( rendas, créditos, eletricidade, gás água), poderá abastecer-se apriori e também em caso de necessidade seria abastecida de bens essenciais para se alimentar, não perderia o seu emprego nem a sua empresa iria desaparecer, portanto seria apenas um freeze
    a questão é que é uma grande trapalhada devido á imprevisibilidade da situação e do timing é claro, mas ….
  15.  # 116

    É uma versão interessante, essa família até teria oportunidade de fazer coisas em conjunto, crescer em conjunto, aumentar intimidade, afastada do corre corre dos dias. E enquanto isso o mundo renova-se lá fora para a receber quando ela saír. Desaparece a poluição. Os passarinhos cantam. Tudo isso.
    E entretanto também nos tornamos melhores pessoas, ao voltar a poder abraçar os outros, passar a abraçá-la mais vezes. E até passar a abraçar estranhos. E abraçar o mundo.
    Não fosse a incerteza e seria assim. E poderia até tomar-se proveito desse mesito. Mas isso seria bom e assim noutras circunstâncias.
    Ainda assim se o mundo for um sítio melhor quando saírmos das nossas casas, não me importo de ter estado em shutdown.
  16.  # 117

    Colocado por: Luis Santos DuarteSe nem assim os SNS conseguem responder aos casos que há, e tentando manter um certo controle como seria se nada parasse?


    É muito interessante colocar assim as coisas. Já se apercebeu que, antes disto tudo, o SNS já não conseguia dar resposta satisfatória a muitos doentes? E, que ao estarmos a cancelar exames, consultas e cirurgias a torto e direito, só estamos a agravar o problema para quando essas pessoas já não puderem ser tratadas da mesma forma, porque já se agudizou a sua doença?

    A minha querida esposa é enfermeira num serviço que está sempre à pinha devido à grande incidência de patologias na nossa sociedade dos tipos que aí sao tratados - cirurgia cardio-torácica - e tem ficado (ela e outros colegas desse serviço) muitos dias em casa, de prevenção, simplesmente, porque desmarcaram as cirurgias planeadas... Parece quase Agosto (quando também há muito poucas cirurgias lá nesse serviço, pois nem sequer são agendadas, para que o pessoal tire férias).

    Acredito que muitos outros serviços de saúde estarão por esses moldes noutros hospitais do país.

    Por quantas mais semanas, ou meses, vamos continuar a adiar os não COVID?

    Depois deste vírus, vamos ter o SNS mais sobrecarregado que nunca, numa altura em que as pessoas já vão estar mais stressadas com desemprego e afins. Será que vamos ter uma escalada de reportagens CMTV sobre violência contra os profissionais de saúde (das mesmas pessoas que agora vão para as varandas bater palmas)?
    Concordam com este comentário: telhaduasaguas, J.Fernandes
  17.  # 118

    Colocado por: AMVPMudando um pouco o foco… o vírus vai ter o impacto que tiver, temos de fazer a nossa parte e aguardar.

    Mas e o depois? Como vamos sair disto? Talvez devamos agora focarmo-nos nisto.


    Acho que nos devíamos era focar em parar o vírus primeiro!
    Concordam com este comentário: Bricoleiro
  18.  # 119

    Colocado por: CMartinÉ uma versão interessante, essa família até teria oportunidade de fazer coisas em conjunto, crescer em conjunto, aumentar intimidade, afastada do corre corre dos dias. E enquanto isso o mundo renova-se lá fora para a receber quando ela saír. Desaparece a poluição. Os passarinhos cantam. Tudo isso.
    E entretanto também nos tornamos melhores pessoas, ao voltar a poder abraçar os outros, passar a abraçá-la mais vezes. E até passar a abraçar estranhos. E abraçar o mundo.
    Não fosse a incerteza e seria assim. E poderia até tomar-se proveito desse mesito. Mas isso seria bom e assim noutras circunstâncias.
    Ainda assim se o mundo for um sítio melhor quando saírmos das nossas casas, não me importo de ter estado em shutdown.


    CMartin, você vive numa Utopia!
    Concordam com este comentário: nvale
    • eu
    • 3 abril 2020

     # 120

    Colocado por: J.FernandesNem de propósito, há bocado fiz uma transferência bancária para a senhora que costuma fazer as limpezas em minha casa. Apesar de, por acordo mútuo, não aparecer aqui já há umas semanas, sei que o dinheiro lhe faz falta e que tal como eu, outros clientes dela prescindiram dos seus serviços.


    Eu não tenho esses luxos - fazemos nós a limpeza, mas o meu Sogro fez o mesmo com a empregada.

    Nestes tempos a solidariedade é mesmo necessária.
 
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