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  1.  # 61

    Colocado por: FT87

    Claro que deve e como já disse a pouco os contratos são para cumprir e proteger ambas as partes quando alguma delas falha entala se.

    Era bom que a vida fosse a preto e branco, mas infelizmente existem muitas zonas cinzentas.
    Concordam com este comentário: jorgealves
    • FT87
    • 12 janeiro 2022

     # 62

    Colocado por: Joao Dias
    Era bom que a vida fosse a preto e branco, mas infelizmente existem muitas zonas cinzentas.


    Pois infelizmente existem e se toda a gente agir como muitos falam aqui passaria a ser tudo cinzento!
  2.  # 63

    Colocado por: FT87Se os contratos não têm valor e os empreiteiros podem subir preços também é justo os DO dizerem que agora vamos ter que negociar porque ganho menos do que ganhava quando assinei contrato é justo também!


    Não é de todo a mesma coisa.

    Aqui não se trata do empreiteiro ganhar mais ou menos, trata-se do preço da linha com que se cose (materiais).
    O preço da sua mão-de-obra ou o salário do Dono de Obra não entram nesta problemática do aumento do preço dos materiais e transporte.

    Num mundo ideal, o único modo justo de congelar os preços, sem revisão entenda-se, seria se o Dono de Obra pagasse logo na adjudicação todo e qualquer material a utilizar, assim como o seu armazenamento logístico e transporte durante toda a obra. O mal é que em Portugal, o normal é começar-se a obra sem ter nada definido/encomendado quanto aos materiais. A maioria das empresas não faz stock de nada, fruto das mazelas doutros tempos, nem vendedores de materiais quanto mais empreiteiros. O outro detalhe é que o DO recorrendo a crédito bancário, naturalmente não tem liquidez para pagar tanto de inicio. A isto ainda se junta a margem do instalador incluída no preço dos materiais, pelo que tampouco lhes convém separar os preços.

    Entendo a frustração de quem paga, mas tampouco é justo passar esse risco para o empreiteiro.
    Terá que haver um entendimento, em que ambos saiam satisfeitos, como em qualquer negócio.

    Agora, sendo época de que quem tem a faca e o queijo na mão é o empreiteiro (procura vs oferta), normal que o jogo se oriente pelas regras destes últimos. Já foi ao contrário... e voltará a sê-lo um dia. Sempre foi assim, são ciclos.
    Concordam com este comentário: JCoimbra, 1234
  3.  # 64

    Colocado por: FT87

    Pois infelizmente existem e se toda a gente agir como muitos falam aqui passaria a ser tudo cinzento!

    Uma vez mais, serve para ambos os lados da medalha.
    Pessoalmente não gostaria de trabalhar com alguém contrariado.
    Estivesse do lado do DO que já estive durante muitos anos ou estivesse do lado do profissional como estou hoje.
    Concordam com este comentário: jorgealves, Palmix
  4.  # 65

    Colocado por: FT87

    Concordo plenamente e tenho essa experiência não como DO mas como representante de um DO.
    Em 2010 cheguei a ter diversas reuniões com engenheiros e advogados de uma construtora do norte muito conhecida esta agora no top 5 a nível nacional.
    Reuniões essas por um só problema trabalhos a mais no valor de cerca de 3 milhões € em que eu só concordava com cerca de 600k ora na primeira e segunda reunião só vinham os dois eng directores de obra como não chegamos acordo a partir daí começaram a vir os ditos dois eng mais três advogados e eu sozinho.
    Acreditem que só me apetecia rir.
    Isto é os advogados só com factos não chegam la sem isso não fazem nada.
    As reuniões eram passadas a discutir os projectos o mtq caderno de encargos memória descritiva e o dito contrato.
    Passadas mais umas 10 reuniões +/- a minha resposta foi:
    Meus senhores a partir deste momento as reuniões acabaram todos os pagamentos estão suspensos e quero tudo o que é vosso fora de obra em 48h caso contrário eu próprio chamo o sucateiro para levar tudo.
    Resultado no dia a seguir recebi um email do dono com aceitação do valor por mim proposto que era mais que justo e assunto arrumado.

    És o maior!!! só não percebo como é que iniciou uns tópicos neste fórum, com umas questões de quem não percebe nada do assunto.
    • AMVP
    • 12 janeiro 2022

     # 66

    Colocado por: zedasilva
    Sem duvida, contudo a grande maioria dos contratos não impede que o empreiteiro renuncie ao mesmo sem estar obrigado a dar qualquer indeminização ao DO.
    Nesta fase é perfeitamente defensável por qualquer advogado de vão de escada que o empreiteiro renuncie a empreitada.
    Concordam com este comentário:Joao Dias

    Isso nao sei, nao conheco o contrato é por isso fiz resalvas.
    Concordam com este comentário: jamaral.57
    • AMVP
    • 12 janeiro 2022

     # 67

    Pois eu conheco um empreiteiro, pequeno, que perdeu bastante dinheiro por situacao destas e olhem teve de cumprir o contrato, isto claro pq nao fechou a empresa e abriu na porta do outro lado da rua.
    Em contratos grandes, é certo que se fizeram mal as contas ou nao acautelaram o risco é certo que vao ter de encaixar as perdas. Se alguns nao aguentam e estoiram, é verdade. Mas é tao verdade como para qualquer outro negocio. O que se ve é mau planeamento e problemas na gestao de contratos de compra, ou melhor, "empresas" de vao de escada que vao ao mercado na hora que necessitam do material em obra. Eu nao acho normal, um quadro eletrico ser mais caro em Portugal do que em franca, mais em franca ha quem nao os queira a esse preco pq afeta a margem de lucro da obra. Mas eles tem falta de material. Parece o negocio Dos medicaments ha uns anos atras, como pagavamos muito acima de outros paises nunca havia rutura de stock, agora ja nao é bem assim. Somos um pais rico!
  5.  # 68

    Lol 4 paginas depois o autor do topico nao volta mais sequer
    Concordam com este comentário: Vítor Magalhães
    • FT87
    • 12 janeiro 2022

     # 69

    Colocado por: Joao Dias
    Uma vez mais, serve para ambos os lados da medalha.
    Pessoalmente não gostaria de trabalhar com alguém contrariado.
    Estivesse do lado do DO que já estive durante muitos anos ou estivesse do lado do profissional como estou hoje.
    Concordam com este comentário:jorgealves


    Não se trata de andar ou não contrariado trata se de cumprir o que se contratualizou nada mais.
    Caso contrário isto era uma festa ninguém cumpria e sendo assim os contratos não serviam para nada.
  6.  # 70

    Colocado por: N Miguel OliveiraNão é de todo a mesma coisa.

    Não é exactamente a mesma coisa? Não cumprir com o acordado devido a factores externos?

    Se o contrato tiver definido em que circunstâncias poderão haver revisão de preços, tudo óptimo.
    Caso contrário, não se está a honrar o compromisso, seja da parte do empreiteiro seja do DO.

    Colocado por: N Miguel Oliveirao único modo justo de congelar os preços, sem revisão entenda-se, seria se o Dono de Obra pagasse logo na adjudicação todo e qualquer material a utilizar, assim como o seu armazenamento logístico e transporte durante toda a obra.

    E se o empreiteiro pagar tarde aos empregados e estes se despedirem, levando a que novos funcionários tenham salários mais elevados? Ou um sub-empreiteiro se torne indisponível e os outros sejam mais caros? Como "congela" os preços? Deverão estes aumentos ser passados para um cliente que já tem contrato assinado?
    Que situações é que merecem que se volte atrás num compromisso? Se existirem, é defini-las no contrato. Quebrar o contrato e não honrar o compromisso só porque o risco não correu a favor é que não, senão o contrato não vale sequer o papel onde está escrito.

    O DO pagar tudo à cabeça não faz sentido, pelas mais diversas razões. Para começar, a operação logística e económica de uma organização é da sua própria responsabilidade e risco, tal como o seu lucro. Porque teimam em revindicar só os direitos, ignorando por completo os deveres?
    Estará o empreiteiro a fornecer apenas a mão de obra?

    No caso em que descreve, o prestador de serviços está a ser pago para fazer o seu trabalho, mas não quer fazer a sua devida diligência (porque quer correr o risco ou porque não tem condições para o fazer).

    Será o único sector onde qualquer sujeito abre actividade sem reunir o mínimo de capacidades para tal, de planeamento, de gestão operacional/logística/comercial/financeira, de capital, de recursos humanos, de visão estratégica, de nada, e a solução natural quando a coisa corre mal é voltar atrás aos compromissos?

    Contudo, acho ainda mais interessante serem os players adjacentes defenderem esta posição dos "empreiteiros chave-na-mão".
  7.  # 71

    Se o custo dos materiais descer durante o decurso de uma obra um empreiteiro baixa o valor a cobrar?
  8.  # 72

    Colocado por: FT87Não se trata de andar ou não contrariado trata se de cumprir o que se contratualizou nada mais.

    Precisamente.
    Se o fornecedor decidiu fazer uma aposta, porque raio há-de ser o cliente a correr o risco?
    Se não correu bem e teve prejuízo (ou não teve tanto lucro), assimila a experiência e afina no próximo negócio. Nem sempre tudo corre perfeitamente como esperamos, especialmente quando, para se poupar dinheiro, se correm mais riscos.

    Tal como um DO que apenas opte pelo preço, pode correr mais riscos de a coisa descambar.
    Quando não se faz a devida diligência...
  9.  # 73

    Colocado por: LuisPereiraSe o custo dos materiais descer durante o decurso de uma obra um empreiteiro baixa o valor a cobrar?

    Tecnicamente isso pode acontecer sim. Mas obviamente que depende de vários fatores, e obviamente da seriedade do empreiteiro.
  10.  # 74

    Colocado por: pguilherme
    Se o fornecedor decidiu fazer uma aposta, porque raio há-de ser o cliente a correr o risco?
    Se não correu bem e teve prejuízo (ou não teve tanto lucro), assimila a experiência e afina no próximo negócio. Nem sempre tudo corre perfeitamente como esperamos, especialmente quando, para se poupar dinheiro, se correm mais riscos.


    Os contratos cumprem-se e quebram-se, com a mesma legitimidade.
  11.  # 75

    Colocado por: pguilhermeContudo, acho ainda mais interessante serem os players adjacentes defenderem esta posição dos "empreiteiros chave-na-mão".


    Por acaso também me faz muita confusão, até porque vão ser os primeiros a serem afetados, os projetos de construção (do planeamento à construção) funcionam como pipeline, qualquer instabilidade a jusante vai afetar todos na cadeia de valor...

    Instabilidade...incerteza...incumprimentos...só trazem coisas más para o setor, portanto todas as partes interessadas devem zelar para que isso não aconteça.
    Concordam com este comentário: pguilherme
  12.  # 76

    Colocado por: pguilherme
    Precisamente.
    Se o fornecedor decidiu fazer uma aposta, porque raio há-de ser o cliente a correr o risco?

    Mas qual aposta? As coisas não podem ser vistas assim.
    Mas ainda não perceberam que ninguém, jamais em tempo algum, equacionou um cenário destes!?
    Mas se me dissessem em 2020, em pleno inicio de pandemia, que iria ter soalhos com aumentos de 30%-40% no espaço de 9 Meses alguma vez eu acreditava?
    E eu só tenho de gerir uma sub-empreitada específica. Agora imaginem um empreiteiro a gerir a totalidade de uma obra.
    Já o disse e repito, qualquer contrato de empreitada feito antes de Março do ano passado, terá de ser forçosamente revisto. Se não, ou já havia uma almofada brutal ou então vai literalmente perder dinheiro.
    Meus caros, trabalhar para aquecer nenhum de vocês o faz.

    Colocado por: FT87

    Não se trata de andar ou não contrariado trata se de cumprir o que se contratualizou nada mais.
    Caso contrário isto era uma festa ninguém cumpria e sendo assim os contratos não serviam para nada.

    Entendo perfeitamente o que diz e concordo a 110%… em circunstâncias normais. A realidade em que estamos inseridos na construção civil, já há muito que é tudo menos normal.
    Quem não perceber isto, está completamente desfasado da realidade.
    Vou voltar a dar um exemplo que já dei aqui várias vezes. Em Janeiro de 2021, comprava o Carvalho Europeu a 1100€m3. Este Mês, já o pago a 2600€m3.
    Como querem obrigar uma pessoa a cumprir um orçamento dado quando tem uma variação no valor de aquisição da matéria prima de mais de 100%?
  13.  # 77

    Colocado por: Joao DiasVou voltar a dar um exemplo que já dei aqui várias vezes. Em Janeiro de 2021, comprava o Carvalho Europeu a 1100€m3. Este Mês, já o pago a 2600€m3.
    Como querem obrigar uma pessoa a cumprir um orçamento dado quando tem uma variação no valor de aquisição da matéria prima de mais de 100%?


    E se agora fosse 750€m3?
  14.  # 78

    Colocado por: pguilhermePré-qualificação estrutural e financeira?
    Convenhamos que neste sector não é uma tarefa fácil, essencialmente por três razões:
    1) a esmagadora maioria das empresas do sector é muito jovem, logo, sem indicadores maduros (as razões desta rotatividade podem ser interessantes)
    3) prática comum de sub-contratações prestam-se em organizações de poucos recursos humanos e financeiros. São muito comuns empresas familiares com apenas 1 ou 2 empregados (incluindo os próprios gerentes), onde a performance depende dos seus parceiros no momento e não serve como indicador de futuro.
    2) um enorme "malabarismo" fiscal, transforma os poucos dados em dados pouco fiáveis.

    Ainda assim, embora difícil, não se pode olhar só para o preço.


    De acordo mas acrescentaria que a pré-qualificação pode e deve ter outros aspectos como os técnicos e sobretudo o histórico da empresa ao nível das execuções passadas.



    Colocado por: pguilhermeSe nem sequer há compromisso quanto ao valor, como é que um DO aceita pagar em adiantado, por exemplo?
    O que leva ao seguinte ponto: neste sector de construções residenciais, os contratos pouca ou nenhuma segurança trazem, pelo que o seu valor é questionado. Já a forma de pagamentos é absolutamente crucial.


    Conjugar um planeamento credível com os pagamentos é de facto absolutamente crucial
  15.  # 79

    Colocado por: Joao DiasMas se me dissessem em 2020, em pleno inicio de pandemia, que iria ter soalhos com aumentos de 30%-40% no espaço de 9 Meses alguma vez eu acreditava?
    E eu só tenho de gerir uma sub-empreitada específica. Agora imaginem um empreiteiro a gerir a totalidade de uma obra.

    Mas é isso que devemos distinguir esses 20/30% de que fala afectam sem dúvida a sua sub-empreitada e terá toda a motivação para negociar novo valor mas não podemos daí tirar a conclusão que o valor global deve ser afetada dessa percentagem.
    Qual é o valor da sua sub-empreitada numa obra temos de saber não?
    Concordam com este comentário: Joao Dias
  16.  # 80

    Colocado por: Joao Dias
    Mas qual aposta? As coisas não podem ser vistas assim.
    Mas ainda não perceberam que ninguém, jamais em tempo algum, equacionou um cenário destes!?
    Mas se me dissessem em 2020, em pleno inicio de pandemia, que iria ter soalhos com aumentos de 30%-40% no espaço de 9 Meses alguma vez eu acreditava?
    E eu só tenho de gerir uma sub-empreitada específica. Agora imaginem um empreiteiro a gerir a totalidade de uma obra.
    Já o disse e repito, qualquer contrato de empreitada feito antes de Março do ano passado, terá de ser forçosamente revisto. Se não, ou já havia uma almofada brutal ou então vai literalmente perder dinheiro.
    Meus caros, trabalhar para aquecer nenhum de vocês o faz.


    Entendo perfeitamente o que diz e concordo a 110%… em circunstâncias normais. A realidade em que estamos inseridos na construção civil, já há muito que é tudo menos normal.
    Quem não perceber isto, está completamente desfasado da realidade.
    Vou voltar a dar um exemplo que já dei aqui várias vezes. Em Janeiro de 2021, comprava o Carvalho Europeu a 1100€m3. Este Mês, já o pago a 2600€m3.
    Como querem obrigar uma pessoa a cumprir um orçamento dado quando tem uma variação no valor de aquisição da matéria prima de mais de 100%?


    Com todo o respeito João é como em todas as áreas.
    Na minha fisioterapia este ano que passou clínicas com quebras de 30%. Advinha os salário tem que ser pagos.
    O meu pai lida com fios e alguns nem arranja a preço algum compreendo bem o seu lado.
    No entanto quando a margem que ia ter aumentou por algum motivo nenhum empresário devolveu o valor.
    Considero um azar mas quem fez contrato deve ser cumprido...
    Concordam com este comentário: FT87
 
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