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  1.  # 101

    Colocado por: caocomasasSe eu fizer um contrato com a Vodafone, estou a contar que vou ter TV e net sem problemas.
    Se eu fizer um contrato com a EDP, estou a contar que vou ter sempre luz.

    Se eu fizer um contrato com o empreiteiro, dou-lhe todo o dinheiro que ele me pede, não o posso aborrecer e a seu tempo, com muita paciência, posso ter a sorte de ter uma casa. Posso também ficar sem o dinheiro de uma vida e sem casa. É um risco mas só para mim.

    Completamente de acordo.

    Colocado por: Joao DiasNa conjuntura actual, parece-me mais próximo da realidade uma vez que todos os custos das Empresas aumentaram.

    Pelo contrário. Se os custos operacionais aumentam e têm de se reflectir no preço de venda, que pode levar a menos procura, será que as empresas terão em condições de aumentar salários?
    Aumentar salário apenas se a produtividade do colaborador o justificar, seja pela sua produtividade e capacidade de trazer riqueza à empresa ou simplesmente se houverem mais vagas do que candidatos.

    Colocado por: N Miguel OliveiraMas duvida que é isso que vai acontecer se isto se mantém instável assim?
    Boa sorte para encontrar alguém que meta a cabeça no cepo, e ainda se arrisque a pagar para trabalhar em tempo de "vacas gordas".

    Até agora víamos muitos DO interessados a serem eles a fornecer os materiais... Começaremos a ver que isso até dá jeito a alguns empreiteiros dalgumas especialidades.

    Não duvido mesmo nada! Aliás, até acho que é a forma mais transparente e realista de se trabalhar. Muito melhor do que vender gato por lebre (vender uma garantia, sem qualquer condição para o fazer).

    Colocado por: lpetingaMas porque é que os preços irão baixar se a inflação está alta? Quanto muito em mercado de usados se houver muita oferta os preços também terão de baixar, agora na construção nova já não é bem assim....

    Simplisticamente, porque alguns dos principais indicadores de inflação estão sustentados em financiamento e no tão típico "viver acima das possibilidades". Quando o crédito não for tão fácil, as pessoas simplesmente não poderão comprar e a procura quebra-se, arrastando assim o mercado. Nos usados e novos.

    Colocado por: marco1penso que tanto se está a falar do DO obrigar o empreiteiro a honrar o contrato , como de o empreiteiro ( Chave na mão) "obrigar" o DO do jeito : quero mais € senão não acabo a obra
    e claro está e diz o bom senso que o caminho está no meio termo e diálogo franco e não encostar ninguem á parede com factos consumados tipo ou aceitas ou ficas a ver navios.

    Sem dúvida.
    Normalmente, ao expor a situação de boa fé, todos têm interesse em arranjar a melhor forma possível para se vencerem os obstáculos.
    O que é feio e se têm visto muito por aqui, é um "profissional" dizer "julguei que ia ter bom lucro e por isso não planeei nem acautelei nada, mas afinal aconteceu assim e assado e apesar de ter contrato assinado e dinheiro do cliente do meu lado, vou é exigir mais (extorquir) ou abandonar a obra".

    Mas como o Nuno disse: enquanto for tempo de vacas gordas, isto não irá mudar. Os DO só podem é agir com esta informação em mente.
    Concordam com este comentário: A Leste, N Miguel Oliveira
  2.  # 102

    Colocado por: RUIOLIEu quando recebi o orçamento do meu empreiteiro vi que ele se tinha esquecido de contabilizar alguma coisa, pedi para rever o orçamento e era a parte do tijolo das paredes exteriores, pelas minhas contas eram 4-5k, ele apresentou um valor de 4,5k, era razoável e siga... se fosse aproveitador, para mim era logo uma quebra de confiança enorme.

    Sem dúvida.
    A mim aconteceu-me algo semelhante que já contei num outro tópico.
    Recebi uma proposta com um subcapítulo suspeitamente baixo. Ou esqueceram-se de algo, ou foi um problema ao transpor os valores para o MQT, mas pedi para reverem e lá fizeram.
    Eram cerca 20k que estavam em falta.
    Imagino como seria a motivação e qualidade de trabalho, quando se apercebessem desta falha de orçamento... duvido que fosse correr bem para o meu lado.
    Concordam com este comentário: RUIOLI
  3.  # 103

    Colocado por: Joao DiasMas qual aposta? As coisas não podem ser vistas assim.

    Todo o negócio é uma aposta. Investe numa posição que acredita ser favorável, mas pode acabar por não ser.
    Há várias formas de se mitigarem riscos, mas não deixa de ser uma aposta.

    Colocado por: Joao DiasMas ainda não perceberam que ninguém, jamais em tempo algum, equacionou um cenário destes!?

    Colocado por: N Miguel OliveiraRealmente ninguém se lembrou disto em 2018-2019...


    Que os preços aumentam, está longe de ser inédio. Nunca pensaram nisso? Pff. Que rico business plan.

    Nuno, nós por cá não costumamos ter nevões, tempestades, etc, e por isso nunca tivemos grande necessidade desse tipo de salvaguardas. Mas este tipo de condicionantes de força maior são "boilerplate" em muitos contratos, particularmente nas condições referentes a prazos.
    Dizer que "nunca ninguém se lembrou" é preguiçoso e falso.

    Colocado por: Joao Diasaumentos de 30%-40% no espaço de 9 Meses

    Qual é a duração dos seus orçamentos e nesse sentido, qual, exactamente, é a dificuldade que o João sente?

    Colocado por: jamaral.57De acordo mas acrescentaria que a pré-qualificação pode e deve ter outros aspectos como os técnicos e sobretudo o histórico da empresa ao nível das execuções passadas.

    Sem dúvida.
    No entanto as empresas muito jovens podem não ter grande historial. E mesmo tendo algo para mostrar, como disse, se for com base em sub-empreiteiros, essa performance pode não se traduzir num indicador fiável. Hoje quem fez os trabalhos foram os parceiros A, B e C, e amanhã serão os parceiros que estiverem disponíveis, que podem ser os D, e F, que são uns sucateiros...

    Colocado por: jamaral.57Mas é isso que devemos distinguir esses 20/30% de que fala afectam sem dúvida a sua sub-empreitada e terá toda a motivação para negociar novo valor mas não podemos daí tirar a conclusão que o valor global deve ser afetada dessa percentagem.
    Qual é o valor da sua sub-empreitada numa obra temos de saber não?

    Nem mais.
    Se a madeira sobre 20%, não quer dizer que o valor total de obra suba 20%. Muito menos quer dizer que suba 400%.

    E como disse anteriormente, na posição de empreiteiro geral, a devida diligência seria fechar o valor do soalho com o seu fornecedor/sub-empreiteiro.
    Se o João pede uma entrada para adjudicação, armazenamento, etc, para poder trancar os valores (como disse n'outro topico ter feito com alguns clientes) isso é algo que o empreiteiro tem que articular consigo.
    Se o empreiteiro não tranca o valor com o seu fornecedor (seja por via negocial ou com o pagamento de uma entrada), estará a fazer uma aposta que esse valor não irá subir (tecnicamente chama-se "venda a descoberto").

    Sinceramente, continua a espantar-me este total desconhecimento.
    Concordam com este comentário: Apfm
  4.  # 104

    Colocado por: pguilhermeRecebi uma proposta com um subcapítulo suspeitamente baixo.


    Por isso é que é importante comparar item a item e não só o valor final. Depois se há algo fora do normal, cá estamos para nos sentar e conversar, isto é um negócio e não uma guerra que vale tudo, até tirar olhos, fazer birrinhas de crianças...
    Concordam com este comentário: pguilherme, jamaral.57, N Miguel Oliveira
  5.  # 105

    Recentemente acabei um projecto em que os materiais e mão de obra aumentaram relativamente ao que me tinha sido orçamentado inicialmente.
    O trabalho ficou espetacular, mas a atitude de não honrar o compromissso fcou, por isso
    é para mim uma empresa a não recomendar. Para pena minha.
    • Troino
    • 12 janeiro 2022 editado

     # 106

    Colocado por: LuisPereira
    Se a memoria não me atraiçoa o aço em 2018 desceu para metade do que estava em 2016 e 2017.
    O Ferro em 2017 desceu para metade dos valores de 2016.


    A confirmar esse historial, aqui no FDC ninguém se recorda disso, todos vaticinam que daqui para a frente vai ser tipo um buraco negro sempre a aumentar, resta saber quem é que vai por esse buraco a fora.
  6.  # 107

    Colocado por: caocomasasSe eu fizer um contrato com o empreiteiro, dou-lhe todo o dinheiro que ele me pede, não o posso aborrecer e a seu tempo, com muita paciência, posso ter a sorte de ter uma casa. Posso também ficar sem o dinheiro de uma vida e sem casa. É um risco mas só para mim.

    Pois não deve dar todo o dinheiro que ele pede. Deve dar o dinheiro de acordo com o contrato que por sua vez deve estar amarrado a um planeamento. Ou seja se ele realizou o que estava previsto você paga se não concretizou as tarefas, você não paga é a lógica que deve ser aplicada.
  7.  # 108

    Colocado por: pguilhermeQue os preços aumentam, está longe de ser inédio. Nunca pensaram nisso? Pff. Que rico business plan.

    Nuno, nós por cá não costumamos ter nevões, tempestades, etc, e por isso nunca tivemos grande necessidade desse tipo de salvaguardas. Mas este tipo de condicionantes de força maior são "boilerplate" em muitos contratos, particularmente nas condições referentes a prazos.
    Dizer que "nunca ninguém se lembrou" é preguiçoso e falso.


    Não basta olhar para a linha azul do gráfico e deduzir isso. O que subiu nesse gráfico foi o custo da construção no seu todo.
    Esse aumento não se deveu tanto ao aumento dos materiais e transporte ou à falta de mão de obra, como é o caso actual.

    Menosprezar o efeito duma pandemia global... e esperar que o empreiteiro siga como que se nada tivesse acontecido tampouco me parece natural. Há que levar as coisas com bom senso de parte a parte. É a falar que a gente se entende. Se um deixou de poder cumprir ou está a abusar, cada um segue o seu caminho e procura-se nova solução, sem dramas. Ou gasta-se nos tribunais (€€€) o que se poderia ceder numa negociação com o empreiteiro...
    • FT87
    • 12 janeiro 2022

     # 109

    Colocado por: jamaral.57
    Pois não deve dar todo o dinheiro que ele pede. Deve dar o dinheiro de acordo com o contrato que por sua vez deve estar amarrado a um planeamento. Ou seja se ele realizou o que estava previsto você paga se não concretizou as tarefas, você não paga é a lógica que deve ser aplicada.


    Autos mensais e pagamento imediato sobre o que está executado e ninguém fica prejudicado.
    Se ainda assim a empresa for pequena e não tiver estofo faz se autos quinzenais.
    A sempre formas de trabalhar sem problemas.
    Agora contratos são para cumprir ponto final.
    Concordam com este comentário: pguilherme
  8.  # 110

    Colocado por: FT87Autos mensais e pagamento imediato sobre o que está executado e ninguém fica prejudicado.
    Se ainda assim a empresa for pequena e não tiver estofo faz se autos quinzenais.
    A sempre formas de trabalhar sem problemas.
    Agora contratos são para cumprir ponto final.

    Nem mais!
    Mas a negociação deve ser uma arma no sentido de nunca deixar extremar as posições.
    Mas o amigo que abriu a discussão não voltou.
  9.  # 111

    Colocado por: jamaral.57Mas o amigo que abriu a discussão não voltou.


    Desistiu de construir quando descobriu aqui que os contratos não são para cumprir e que o empreiteiro pode fazer tudo o que quiser, como deve ser alérgico à vaselina, colocou em primeiro lugar a sua integridade física e psicológica :)
    Concordam com este comentário: FT87
  10.  # 112

    tenho estado aqui de lado desta discussão e acho engraçado alguns comentários.

    é claro que os contratos, tem algum valor legal, mas também serve de pouco obrigar alguém a seguir um contrato quando essa parte não tem condições de o cumprir.

    como em tudo na vida, tem que imperar o bom senso, de ambos os lados. Nem o empreiteiro deve pedir 2000, quando o aumento do material foi de 1000 (aló, afinal a fiscalização independente faz falta) , nem o DO deve rejeitar o aumento, porque se rejeita o aumento o empreiteiro vai baixar a qualidade para ir buscar esse dinheiro a outro lado.
    Concordam com este comentário: Vítor Magalhães, jamaral.57
  11.  # 113

    Entao a vantagem de construir chave na mão é qual mesmo?
    Concordam com este comentário: ricardo.rodrigues
  12.  # 114

    Colocado por: DR1982Entao a vantagem de construir chave na mão é qual mesmo?


    Agora a nova designação é "chave na mão do empreiteiro e na nossa se ele quiser".
    Concordam com este comentário: ricardo.rodrigues
  13.  # 115

    Colocado por: RUIOLIDesistiu de construir quando descobriu aqui que os contratos não são para cumprir e que o empreiteiro pode fazer tudo o que quiser, como deve ser alérgico à vaselina, colocou em primeiro lugar a sua integridade física e psicológica :)

    Eheh. Provavelmente foi isso e ainda está a chorar no chuveiro em posição fetal.

    Colocado por: N Miguel OliveiraNão basta olhar para a linha azul do gráfico e deduzir isso. O que subiu nesse gráfico foi o custo da construção no seu todo.
    Esse aumento não se deveu tanto ao aumento dos materiais e transporte ou à falta de mão de obra, como é o caso actual.

    Menosprezar o efeito duma pandemia global... e esperar que o empreiteiro siga como que se nada tivesse acontecido tampouco me parece natural. Há que levar as coisas com bom senso de parte a parte. É a falar que a gente se entende. Se um deixou de poder cumprir ou está a abusar, cada um segue o seu caminho e procura-se nova solução, sem dramas. Ou gasta-se nos tribunais (€€€) o que se poderia ceder numa negociação com o empreiteiro...

    Não estou a menosprezar nada. Apenas a afirmar que crises há muitas e variadas, e dois anos é muito tempo para repensar estratégias e formas de abordar o mercado. Se desde então até agora ainda estão "swept away" e paralizados pelo choque, provavelmente deviam trabalhar para terceiros. As empresas de sucesso, especialmente as mais pequenas, têm de ser ágeis e adaptarem-se.

    De resto é isso: é a falar que se chegam a entendimentos.
    Por exemplo, o faseamento dos pagamentos é absolutamente fundamental; tem de ser equilibrado e proteger ambas as partes, e para isso tem de ser negociado. É um óptimo ponto de partida colocar isto na mesa e esclarecer os riscos associados a ambas as partes, para a negociação tomar um bom caminho.

    Aproveito e deixo o mesmo gráfico mas apenas com o componente Materiais (o INE tem os componentes: Materiais, Mão-de-Obra e Total. O gráfico anterior era do "Total")
  14.  # 116

    Colocado por: pauloagsantosé claro que os contratos, tem algum valor legal, mas também serve de pouco obrigar alguém a seguir um contrato quando essa parte não tem condições de o cumprir.

    Mas alguém assina um contrato contra vontade?
    Ou um contrato só é válido enquanto for conveniente?

    O que não faltam são situações em que as empresas têm de cumprir contratos mesmo quando incorrem em prejuízo. Até particulares!

    Lá por haver contrato, não quer dizer que não haja abertura para renegociar. Especialmente se não for só para "um único negócio na vida". E mesmo que seja, na construção, como disseram, basta virar costas e o DO já levou facada sem sequer saber. Por isso, mesmo com contrato, o DO pode ter interesse em negociar para evitar esta situação...
  15.  # 117

    Colocado por: pguilhermeAs empresas de sucesso, especialmente as mais pequenas, têm de ser ágeis e adaptarem-se.


    E porque não pede preço a essas?
  16.  # 118

    Colocado por: caocomasasSe eu fizer um contrato com a EDP, estou a contar que vou ter sempre luz.


    Nem que pague mais por ela agora do que pagava há um ano? Ou vai bater o pé à EDP a dizer que vai pagar toda a vida o valor que contratou?
  17.  # 119

    Colocado por: DR1982Entao a vantagem de construir chave na mão é qual mesmo?

    Vamos voltar ao principio?
    Então as questões administrativas/legislativas?
    As responsabilidades?
    As garantias?
  18.  # 120

    Penso que há aqui um fator inerente que ainda não foi salientado.

    Muitas vezes o DO, nem que queira, não pode renegociar, porque o banco não lhe vai emprestar mais dinheiro!

    Só um DO capitalizado pode absorver aumentos significativos a meio da empreitada.

    (já para não falar que, na mesma linha de pensamento, a construção passa a ser muito mais frustrante, pois acabam-se os já agora, e mesmo coisas que se tinham "decidido", mas que não estavam explicitamente contempladas na empreitada, têm que ser alteradas para materiais mais baratos, ou omitidas de todo)
 
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