Colocado por: tigoncalAMG1, desculpe a falta de empatia com o seu comentário, que para quem acabasse de chegar ao nosso país vindo de outra realidade completamente diferente, naturalmente que seria solidário com a sua visão, e de forma abstrata, todos concordariam com ela (e eu também concordaria). O problema é a reboque da conversa de que cortando a despesa se perderiam serviços públicos se evita resolver a questão. Neste momento as maternidades fecham à vez, com grávidas a terem filhos a 130kms de casa, 40% dos portugueses não têm médico de família, há alunos ainda sem professor a algumas disciplinas a meados de Novembro, e poderia continuar a enumerar pelo menos dezenas de casos dos últimos meses, que por serem tão frequentes já passaram à normalidade. Se é para isto que pagamos uma das maiores taxas de impostos da europa (e da OCDE), talvez haja realmente um problema que não se resolve com mais impostos e em tirar dinheiro às pessoas. Continuar a bater no peito com a defesa do SNS quando há mais de 3 milhoões de Portugueses com seguros de saúde, é pura e simplesmente caça ao voto. Enquanto tudo isto acontece, houve disponibilidade financeira para injetar (pelo menos) 3mil milhoões de euros na TAP, só para dar um exemplo.
Os "interesses" de que tanto se fala não vêm de quem produz, de quem exporta, de quem trabalha: tomara a Sonae ou a Jerónimo Martins serem forçados a pagar mais aos seus trabalhadores (que de outra forma não aceitariam trabalhar), era sinal que valor do trabalho era maior e a o mercado de trabalho estava a pagar melhor , que o salário médio do consumidor das suas lojas era maior e que gastavam mais em cada compra, que poderiam praticar melhores margens e por consequência aumentar os lucros, que lhes permitiria investir mair, criar mais postos de trabalho e aumentar ainda mais os lucros. Ao contrário do que a nossa esquerda pensa, quando uma empresa tem lucro, a sociedade ganha.
Os "grande interesses" que existem em Portugal fazem força é para que nada mude, para que sob a peneira da defesa dos serviços públicos se continue a alimentar um pequeno núcleo (ainda assim de uns largos milhares de pessoas), que vão vivendo confortavelmente nos seu coutos, quer seja como autarcas, diretores de serviço, adjuntos, acessores, consultores, "investidores de subsídios" (não falo do RSI, mas sim dos Competes, dos Portugal2020, dos PRRs desta vida), etc. A actividade profissional com mais sucesso em Portugal é mesmo a mineração de dinheiro público, e é esta dependência do estado gordo e paternalista que deve acabar, e essa está fortemente dependente do cartão do Partido (neste caso do PS que se mantém no poder à mais tempo, mas seria igual caso fosse o PSD).
Colocado por: AMG1os USA são simultâneamente o melhor exemplo para uns e o pior para outros
Colocado por: N Miguel Oliveiraseu
Colocado por: N Miguel OliveiraPor outro lado, concordo com o que diz, o importante é definir o que queremos, não podemos estar sempre a queixar-nos que ganhamos pouco... e queriamos ganhar como país A ou B sem verem os serviços publicos que existem nesses países.
Veja-se o tal sistema de saude dos USA... ou o suíço. Mas depois pensamos... ora um seguro de saúde na Suíça custa uns 250-350chf (o básico)... mas são tostões comparados com os salários. Acho que ainda assim o importante é o sistema funcionar... seja ele qual for.
Claro que é uma paz de espirito saber que em Portugal não vou pagar 700 ou 800€ por ter chamado uma ambulância, mas tampouco adianta defender um SNS com muito orgulho, quando os meus concidadãos são muito mal tratados no interior do país.
Colocado por: AMG1um sem número de pessoas das mais variadas profissões se estao a aproveitar dos nossos impostos para andarem na calanzisse o que nao me parece nem sério nem justo para a maioria dessas pessoas, mas mesmo que fosse isso a culpa em última análise seria sempre dos dirigentes que o permitiam.
Colocado por: AMG1Agora será que sao os interesses dos politicos, cujo objectivo último, nesta leitura, seria servirem-se em vez de nos servirem?
Colocado por: N Miguel Oliveira
Precisamente. Ainda podia dizer doutro modo. São os melhores numas coisas e os piores noutras.
Muitos deles acreditam que vivem no melhor país do mundo, o mais livre, o mais seguro, o mais justo, o mais democrata, mesmo sem sê-lo.
O nosso modo de pensar é diferente, muito mais cooperativista, mais socialista, mais solidário.
Porém há coisas que poderiamos tentar replicar deles que não nos faria mal algum acho eu. Como por exemplo a abertura e modo de encarar a concorrência. Acho que percebem melhor que o importante é ter as coisas feitas, sendo delegando ou atalhando.
No final, percebem que se o concorrente estiver bem, isso benificiá-lo-á também. Em Portugal tende-se a pensar o contrário. Claro que estas generalizações podem ser profundamente injustas.
Isto para dizer que o importante é definirmos o que queremos (e pelos resultados das urnas acho que é evidente). Se pagamos impostos como na Dinamarca, o sistema tem que funcionar caramba. Se não funciona, e não conto com o SNS atempadamente, eh pá, então melhor folgar a malta nos impostos, e cada um que se amanhe.
Colocado por: AMG1a tx marginal
Colocado por: pcspinheiro
Se você soubesse como é em tantos hospitais... médicos que lá vão "passar o dedo" e seguem para o privado, ganhando assim um salário público pelo qual pouco fazem e outro no privado, onde se esfalfam a trabalhar porque ganham "à cabeça". Não são certamente todos, mas o sistema está podre de ganância...
Óbvio! Então não tínhamos um número de deputados a declararem moradas fiscais o mais longe possível quando viviam a passos do parlamento, indo assim buscar quantias absurdas em ajudas de custo? Isso é servir quem, o povo? Foi por que não sabiam, os coitadinhos?
E já se viu algum político no desemprego depois de desempenhar cargo? Nos cargos fazem-se conhecidos, amigos, criam-se influências e, ultimamente, tachos para a vida. Podem até servir o povo enquanto lá estão, mas ultimamente estão a governar-se a eles próprios. Desengane-se quem pensa o contrário; o que os levou aos cargos políticos foi a ambição, não foi porque gostam de aparecer na TV.
Colocado por: AMG1Pois pode ter razão em tudo o que diz, mas entao o qhe propõe para acabar com a calanzisse dos profissionais no SNS, acabar com ele?
E nesse caso substitui-lo porquê?
Colocado por: AMG1Depois podemos sempre mudar os politicos, felizmente vivemos num sitio onde o emprego deles depende nós.
Colocado por: ricardo.rodrigues
Colocado por: pcspinheiroAtenção que não disse que devemos fazer isto ou aquilo, muito menos acabar com o SNS. Estava apenas a apontar factos que, se calhar, preferia não saber. Acho imoral o que alguns médicos fazem (e não serão tão poucos quanto isso), mas a culpa é das administrações que nada fazem, pois com certeza não são cegas a sabem destas situações. Era puni-los, sim, e a doer! Mas o problema de raiz é a suposta falta de médicos, quando todos os anos se formam centenas... E o poder que a ordem dos médicos tem sobre tudo e mais alguma coisa. Obrigue-se os médicos a trabalhar com exclusividade no SNS, nem que para isso se ofereça melhor salário. Porque repare, a questão aqui é SEMPRE dinheiro! Poucos médicos tem real vocação para tratar doentes, muitos são médicos porque tem a ambição de ganhar muito dinheiro. FACTO.
Quanto aos políticos, percebo o que diz, mas as opções atuais são melhores? Vamos para partidos de extrema liderados por Venturas? Se calhar sim, com a tracção que o Chega tem ganho...
Colocado por: eu
Apenas em teoria. Na prática, não é bem assim.
Colocado por: AMG1Eu sei que isto soa a algum romantismo
Colocado por: AMG1Os USA são mesmo, em quase tudo, o oito e o oitenta e oito.
Colocado por: pcspinheiroAcho imoral o que alguns médicos fazem (e não serão tão poucos quanto isso), mas a culpa é das administrações que nada fazem, pois com certeza não são cegas a sabem destas situações.
Colocado por: pcspinheiroMas o problema de raiz é a suposta falta de médicos, quando todos os anos se formam centenas...
Colocado por: pcspinheiroObrigue-se os médicos a trabalhar com exclusividade no SNS, nem que para isso se ofereça melhor salário.