Colocado por: JoelM
Vão andar a trás deles depois para os prender se novo? 🤣
Colocado por: luisvvhttps://corta-fitas.blogs.sapo.pt/o-sol-e-a-furia-6899333
Aviso: eu não percebo nada disto e vou apenas contar uma história alternativa sobre a covid19.
Michael Levitt, ainda em Janeiro, quando toda a informação sobre o surto da covid19 era que não havia grande informação, disse, escreveu, deu entrevistas, a explicar um facto base e bem conhecido da epidemiologia: a velocidade de alastramento de uma epidemia decai rapidamente porque o número de pessoas contagiadas por cada infectado decai rapidamente. Não sei se disse, mas acrescento, isto é especialmente verdade para as infecções que se relacionam com as doenças pulmonares, que têm um percurso longo entre os pulmões dos infectados e os pulmões dos infectáveis. Contagiar alguém implica que saiam milhões de vírus dos meus pulmões, se depositem em algum lado, que alguém toque nessa superfície e que leve a mão à boca, olhos ou nariz, antes de as ter lavado, diminuindo brutalmente o número de vírus activos em cada um desses processos. O que tem consequências diferentes de infecções, como a varicela, em que os milhões de vírus que estão em qualquer secreção estão potencialmente disponíveis para infectar directamente através da pele, sem todos os saltos referidos atrás.
Por um lado, como ele explicitamente refere, as nossas bolhas sociais são bastante sobreponíveis - se eu for o paciente zero, numa população que nunca contactou com a doença, a minha capacidade de contágio no primeiro dia é enorme, mas no segundo a larga maioria das pessoas com que contacto já contactei no dia anterior e assim sucessivamente, quer para mim, quer para os que eu infectar, cuja bolha social é, em grande parte, sobreponível à minha.
Por outro lado, digo eu por interposta pessoa, o esforço do vírus para encontrar um hospedeiro é crescente.
Se nesse primeiro dia eu tiver uma reunião em que faço um longo discurso e depositar no tampo da mesa (num raio de metro e meio) milhões de vírus que têm capacidade para infectar pessoas durante três dias, e eu for o paciente zero, todas as outras pessoas que tocarem nessa parte da mesa são hospedeiros potenciais para o vírus e, se a mesa for muito usada, o mais provável é infectar alguém.
Mas à medida que há mais gente infectada, portanto, não infectável, a probabilidade do vírus infectar alguém nesses três dias decai rapidamente porque mesmo que chegue aos pulmões dos que já foram infectados, deixa de estar activo porque é anulado pelos anti-corpos, ou seja, o vírus entra num beco sem saída. (não, não é preciso esperar por ter 60 a 70% da população infectada para que isto aconteça, é uma evolução progressiva).
Foi este processo, e não a ditadura chinesa, que parou o alastramento da epidemia na China, na Coreia e na Itália (para os que estranharem, a mortalidade na Itália tem hoje uma sólida tendência decrescente, o que significa que há uma semana atrás a infecção iniciou também uma sólida descida).
Mas há umoutro facto conhecido, ainda não totalmente demonstrado para este vírus em concreto, mas conhecido para os seus primos coronavírus, que é a capacidade dos raios ultravioletas reduzirem muito a actividade viral (não é tanto o calor, são mesmo os raios ultra-violetas,tal como os factores críticos para os fogos são a secura e o vento e não as temperaturas, malditas correlações estatísticas).
Por essa razão, a actividade dos vírus associados às doenças pulmonares tende a reduzir-se com a progressão da Primavera e aí pelo princípio de Maio está, normalmente, em níveis tão baixos que os surtos gripais morrem nessa altura.
Ou seja, se a tal mesa de que falei estivesse ao sol, provavelmente o tempo de actividade do vírus era tão pequeno que eu nem sequer iria infectar ninguém ou, pelo menos, a probabilidade era muito mais baixa, logo a velocidade de propagação também.
É provavelmente isto que irá dar a Portugal uma epidemia menos agressiva, por ter começado mais tarde no ano, numa altura em que os ultravioletas já estão a subir, e é isto que irá derrotar o vírus na Europa e Estados Unidos durante este mês que agora começa, por mais que a meio de Maio, o mais tardar, Trump venha reivindicar para si o que a ditadura chinesa reivindicou antes: a grande vitória sobre o vírus.
Tudo isto é conhecido da epidemiologia.
Tudo isto foi posto de lado na decisão política, substituído por modelos matemáticos que deram uma aparência de solidez à abundância de correlações estatísticas usadas para contar a história dominante em que assenta a exigência das opiniões públicas por medidas desastrosas e radicais para obter o que se pode obter sem mexer uma palha: o controlo da epidemia. Não me parece razoável tomar decisões radicais com base nesta história alternativa, por demonstrar, o que me pareceria razoável era ter ponderado todas as hipóteses antes de avançar à bruta para a destruição da economia.
Não está em causa a necessidade de medidas de contenção social para minimizar os riscos, de maneira nenhuma. No exemplo que dei, no decurso de um surto é perfeitamente razoável e racional que se reduzam as reuniões presenciais para diminuir a probabilidade de contágio porque os benefícios podem ser relevantes, e os custos são marginais. Pela mesma ordem de ideias é razoável evitar aglomerações de pessoas, em especial as que alargam as nossas bolhas sociais: é muito mais provável ter pessoas com quem nunca mais me cruzo num festival de música, numa missa, numa manifestação ou num estádio de futebol, que nas minhas actividades do dia a dia.
Algumas pessoas têm contestado o fecho de escolas, sobretudo em surtos que não representam risco para as crianças, porque isso implica dificuldades acrescidas para o pessoal de saúde, de emergência e etc., que tendem a diminuir a capacidade de resposta e a aumentar o contacto entre as crianças e os avós que, neste caso, estão frequentemente nos grupos de risco.
E, com certeza, é preciso um esforço sério de protecção dos grupos de risco, que implica contenção social mais rigorosa para estes grupos.
Interessa-me fazer realçar a diferença entre medidas de contenção social que contribuem para o alargamento das bolhas sociais quotidianas e as medidas de contenção social que desestruturam o "viver como habitualmente",que nos deveria levar a ponderar seriamente cada medida por si, os seus impactos na epidemia e os seus efeitos secundários, em vez de decidir como decidimos (e fomos nós, opinião pública, que decidimos, espero a seu tempo falar do papel da imprensa nesta gestão desastrosa da epidemia).
No momento em que escrevo, esta epidemia terá morto cerca de 50 mil pessoas, das quais metade a dois terços morreriam provavelmente até ao fim do ano, dada a fragilidade da sua condição física e idade, o que devemos comparar com os 56 milhões de mortos anuais provocados pela fome, para ter uma perspectiva do que podem ser as consequências das medidas brutais que temos estado a tomar (o Banco Mundial falava, nestes dias, de mais 11 milhões de pessoas que passavam a estar abaixo da linha de pobreza só da Ásia e Pacífico,claro que tenho sobre estas previsões a mesma posição que sobre quaisquer outras, isto é, devem ser vistas com cautela, maso risco de haver milhões de pessoas a passar muito mal nos próximos meses é, parece-me, inquestionável).
Assim sendo informo que a próxima pessoa que me vier com a superioridade moral de contestar as minhas opiniões com a conversa de que sou um darwinista social que ponho a economia acima da vida das pessoas se arrisca seriamente a levar um murro.
Colocado por: ptuga
A verdade é que ninguém e nenhum país, e a meu ver bem, está disposto a aceitar uma taxa de mortalidade de 1,5 a 2% no espaço de dois meses. Imagine-se que agora o Costa dizia em abril e maio vão morrer 150 mil a 200mil portugueses mas em junho todos podemos ir festejar os santos populares à vontade. quem é que aceitaria?
Matematicamente o impacto do vírus é irrisório.. e é essa a verdade desse texto, só que a vida não é só matemática. Em Itália "só" morreram 12mil pessoas e veja-se o impacto que está a ter ao nível social e humano
Colocado por: montecristoc11
Uma coisa é o Costa outra coisa é a China , que tinha a obrigação de dizer a verdade ao mundo .
Colocado por: luisvvhttps://corta-fitas.blogs.sapo.pt/o-sol-e-a-furia-6899333
Aviso: eu não percebo nada disto e vou apenas contar uma história alternativa sobre a covid19.
Michael Levitt, ainda em Janeiro, quando toda a informação sobre o surto da covid19 era que não havia grande informação, disse, escreveu, deu entrevistas, a explicar um facto base e bem conhecido da epidemiologia: a velocidade de alastramento de uma epidemia decai rapidamente porque o número de pessoas contagiadas por cada infectado decai rapidamente. Não sei se disse, mas acrescento, isto é especialmente verdade para as infecções que se relacionam com as doenças pulmonares, que têm um percurso longo entre os pulmões dos infectados e os pulmões dos infectáveis. Contagiar alguém implica que saiam milhões de vírus dos meus pulmões, se depositem em algum lado, que alguém toque nessa superfície e que leve a mão à boca, olhos ou nariz, antes de as ter lavado, diminuindo brutalmente o número de vírus activos em cada um desses processos. O que tem consequências diferentes de infecções, como a varicela, em que os milhões de vírus que estão em qualquer secreção estão potencialmente disponíveis para infectar directamente através da pele, sem todos os saltos referidos atrás.
Por um lado, como ele explicitamente refere, as nossas bolhas sociais são bastante sobreponíveis - se eu for o paciente zero, numa população que nunca contactou com a doença, a minha capacidade de contágio no primeiro dia é enorme, mas no segundo a larga maioria das pessoas com que contacto já contactei no dia anterior e assim sucessivamente, quer para mim, quer para os que eu infectar, cuja bolha social é, em grande parte, sobreponível à minha.
Por outro lado, digo eu por interposta pessoa, o esforço do vírus para encontrar um hospedeiro é crescente.
Se nesse primeiro dia eu tiver uma reunião em que faço um longo discurso e depositar no tampo da mesa (num raio de metro e meio) milhões de vírus que têm capacidade para infectar pessoas durante três dias, e eu for o paciente zero, todas as outras pessoas que tocarem nessa parte da mesa são hospedeiros potenciais para o vírus e, se a mesa for muito usada, o mais provável é infectar alguém.
Mas à medida que há mais gente infectada, portanto, não infectável, a probabilidade do vírus infectar alguém nesses três dias decai rapidamente porque mesmo que chegue aos pulmões dos que já foram infectados, deixa de estar activo porque é anulado pelos anti-corpos, ou seja, o vírus entra num beco sem saída. (não, não é preciso esperar por ter 60 a 70% da população infectada para que isto aconteça, é uma evolução progressiva).
Foi este processo, e não a ditadura chinesa, que parou o alastramento da epidemia na China, na Coreia e na Itália (para os que estranharem, a mortalidade na Itália tem hoje uma sólida tendência decrescente, o que significa que há uma semana atrás a infecção iniciou também uma sólida descida).
Mas há umoutro facto conhecido, ainda não totalmente demonstrado para este vírus em concreto, mas conhecido para os seus primos coronavírus, que é a capacidade dos raios ultravioletas reduzirem muito a actividade viral (não é tanto o calor, são mesmo os raios ultra-violetas,tal como os factores críticos para os fogos são a secura e o vento e não as temperaturas, malditas correlações estatísticas).
Por essa razão, a actividade dos vírus associados às doenças pulmonares tende a reduzir-se com a progressão da Primavera e aí pelo princípio de Maio está, normalmente, em níveis tão baixos que os surtos gripais morrem nessa altura.
Ou seja, se a tal mesa de que falei estivesse ao sol, provavelmente o tempo de actividade do vírus era tão pequeno que eu nem sequer iria infectar ninguém ou, pelo menos, a probabilidade era muito mais baixa, logo a velocidade de propagação também.
É provavelmente isto que irá dar a Portugal uma epidemia menos agressiva, por ter começado mais tarde no ano, numa altura em que os ultravioletas já estão a subir, e é isto que irá derrotar o vírus na Europa e Estados Unidos durante este mês que agora começa, por mais que a meio de Maio, o mais tardar, Trump venha reivindicar para si o que a ditadura chinesa reivindicou antes: a grande vitória sobre o vírus.
Tudo isto é conhecido da epidemiologia.
Tudo isto foi posto de lado na decisão política, substituído por modelos matemáticos que deram uma aparência de solidez à abundância de correlações estatísticas usadas para contar a história dominante em que assenta a exigência das opiniões públicas por medidas desastrosas e radicais para obter o que se pode obter sem mexer uma palha: o controlo da epidemia. Não me parece razoável tomar decisões radicais com base nesta história alternativa, por demonstrar, o que me pareceria razoável era ter ponderado todas as hipóteses antes de avançar à bruta para a destruição da economia.
Não está em causa a necessidade de medidas de contenção social para minimizar os riscos, de maneira nenhuma. No exemplo que dei, no decurso de um surto é perfeitamente razoável e racional que se reduzam as reuniões presenciais para diminuir a probabilidade de contágio porque os benefícios podem ser relevantes, e os custos são marginais. Pela mesma ordem de ideias é razoável evitar aglomerações de pessoas, em especial as que alargam as nossas bolhas sociais: é muito mais provável ter pessoas com quem nunca mais me cruzo num festival de música, numa missa, numa manifestação ou num estádio de futebol, que nas minhas actividades do dia a dia.
Algumas pessoas têm contestado o fecho de escolas, sobretudo em surtos que não representam risco para as crianças, porque isso implica dificuldades acrescidas para o pessoal de saúde, de emergência e etc., que tendem a diminuir a capacidade de resposta e a aumentar o contacto entre as crianças e os avós que, neste caso, estão frequentemente nos grupos de risco.
E, com certeza, é preciso um esforço sério de protecção dos grupos de risco, que implica contenção social mais rigorosa para estes grupos.
Interessa-me fazer realçar a diferença entre medidas de contenção social que contribuem para o alargamento das bolhas sociais quotidianas e as medidas de contenção social que desestruturam o "viver como habitualmente",que nos deveria levar a ponderar seriamente cada medida por si, os seus impactos na epidemia e os seus efeitos secundários, em vez de decidir como decidimos (e fomos nós, opinião pública, que decidimos, espero a seu tempo falar do papel da imprensa nesta gestão desastrosa da epidemia).
No momento em que escrevo, esta epidemia terá morto cerca de 50 mil pessoas, das quais metade a dois terços morreriam provavelmente até ao fim do ano, dada a fragilidade da sua condição física e idade, o que devemos comparar com os 56 milhões de mortos anuais provocados pela fome, para ter uma perspectiva do que podem ser as consequências das medidas brutais que temos estado a tomar (o Banco Mundial falava, nestes dias, de mais 11 milhões de pessoas que passavam a estar abaixo da linha de pobreza só da Ásia e Pacífico,claro que tenho sobre estas previsões a mesma posição que sobre quaisquer outras, isto é, devem ser vistas com cautela, maso risco de haver milhões de pessoas a passar muito mal nos próximos meses é, parece-me, inquestionável).
Assim sendo informo que a próxima pessoa que me vier com a superioridade moral de contestar as minhas opiniões com a conversa de que sou um darwinista social que ponho a economia acima da vida das pessoas se arrisca seriamente a levar um murro.
Colocado por: luisvvhttps://corta-fitas.blogs.sapo.pt/o-sol-e-a-furia-6899333
Aviso: eu não percebo nada disto e vou apenas contar uma história alternativa sobre a covid19.
Michael Levitt, ainda em Janeiro, quando toda a informação sobre o surto da covid19 era que não havia grande informação, disse, escreveu, deu entrevistas, a explicar um facto base e bem
Colocado por: ptuga
A verdade é que ninguém e nenhum país, e a meu ver bem, está disposto a aceitar uma taxa de mortalidade de 1,5 a 2% no espaço de dois meses. Imagine-se que agora o Costa dizia em abril e maio vão morrer 150 mil a 200mil portugueses mas em junho todos podemos ir festejar os santos populares à vontade. quem é que aceitaria?
Matematicamente o impacto do vírus é irrisório.. e é essa a verdade desse texto, só que a vida não é só matemática. Em Itália "só" morreram 12mil pessoas e veja-se o impacto que está a ter ao nível social e humano
Colocado por: JoelM
Aceitam enquanto é longe de casa... Quando começa a ser o vizinho a tombar... Um familiar... Quando começam a ver camiões frigorífico à porta da morgue da cidade (como aconteceu na Guarda) por falta de espaço, aceitam o tanas... É tudo muito bonito mas é quando é longe da vista e longe do coração!
Colocado por: ptuga
Essa é uma história para ser contada num programa do National Geographic algures em 2030. A verdade é que não se sabe se houve embuste, se este foi pequeno ou grande. É algo que só com o passar do tempo e com o distanciamento se poderá aferir.
Colocado por: CMartinPode ter sido ou vir a ser um desastre económico escusado. Mas também poderia ter sido a Gripe Espanhola. Talvez tenham preferido não arriscar.
Colocado por: JoelMEh pah, esse jornalista merece um prémio... Como noutros países, as mesmas medidas não se chamam estado de emergência, já não contam para a estatística! 😂😂
Colocado por: ptuga
A verdade é que ninguém e nenhum país, e a meu ver bem, está disposto a aceitar uma taxa de mortalidade de 1,5 a 2% no espaço de dois meses. Imagine-se que agora o Costa dizia em abril e maio vão morrer 150 mil a 200mil portugueses mas em junho todos podemos ir festejar os santos populares à vontade. quem é que aceitaria?
Matematicamente o impacto do vírus é irrisório.. e é essa a verdade desse texto, só que a vida não é só matemática. Em Itália "só" morreram 12mil pessoas e veja-se o impacto que está a ter ao nível social e humano
Colocado por: ptuga
A verdade é que ninguém e nenhum país, e a meu ver bem, está disposto a aceitar uma taxa de mortalidade de 1,5 a 2% no espaço de dois meses. Imagine-se que agora o Costa dizia em abril e maio vão morrer 150 mil a 200mil portugueses mas em junho todos podemos ir festejar os santos populares à vontade. quem é que aceitaria?
Matematicamente o impacto do vírus é irrisório.. e é essa a verdade desse texto, só que a vida não é só matemática. Em Itália "só" morreram 12mil pessoas e veja-se o impacto que está a ter ao nível social e humano
Colocado por: Ruipsm
Sempre disse neste tópico que as medidas de contenção social, vão matar mais pessoas no mundo que o próprio vírus!
É apenas só a minha opinião