Colocado por: N Miguel OliveiraComo nunca se equaciona a redução de gastos, não é aceitavel que se reduza a receita.eu equaciono redução de receita, aliás desejo isso. Apenas acho que antes a existente tem de ser melhor gerida caso contrário o que se vai fazer é cortar nos serviços que são mais precisos, ao invés de cortar em contratos mal feitos, parcerias ruinosas, nacionalizações muito mal explicadas, ect...ect...
Colocado por: AMG1Debater este tema habitualmente suscita muitas paixões, mas fazê-lo tendo como pano de fundo esta historia do miúdo a quem saiu o euromilhoes, mesmo sem jogar. Ou o do outro espertalhão que anda há anos a fazer negociatas com as autarquias da coutada que o partido lhe distribuiu. Torna tudo ainda mais complicado. Ainda assim vamos lá.
Mas se já temos um problema crónico de défice, como e que equacionam a redução da receita?
Mais, os maiores agregados da despesa apresentam custos crescentes por razões conhecidas e que nalguns casos ate se vão agravar p.e. com o envelhecimento.
Claro que se pode sempre reduzir a receita, eu nao vejo é como se faz isso sem alterar algumas das funções do estado, sobretudo aquelas mais relevantes, p.e. saúde, segurança social ou educação e muito sinceramente nao creio que a maioria dos portugueses queira sequer equacionar essa possibilidade.
Claro que podemos sempre otimizar os recursos e fazer um pouco mais com o mesmo, por isso é que devemos exigir uma prestação de contas bem mais exigente do que temos. Essa otimização até pode ser via subcontratação, parcerias ou qualquer outra forma, desde que haja controlo do serviço prestado. Mas nao sei se isso altera substancialmente a fatura, até porque ainda ninguém o demonstrou.
Esta conversa das "gorduras do estado" e mais velha do que o "deus me livre" e nem PS nem PSD, que a mencionam à vez, alguma vez souberam exatamente identificar do que estão a falar.
Quantos aos restantes partidos, do lado esquerdo querem ainda mais despesa, do lado direito ao contrário, querem menos despesa. Mas nunca assumem no que cortavam, ou entao quando o dizem nao explicam como faziam a transição (p.e. nas pensões) a razão para mim é simples. Todos sabem que naquilo que é verdadeiramente relevante para a despesa, não haverá muito por onde cortar e também sabem que os portugueses nao querem cortes na prestação desses serviços.
Em resumo, sem prejuízo de alguns ganhos de eficiência, que nalguns setores ate podem ser relevantes, nao vejo como reduzir a despesa sem reduzir também a prestação e sincerente nao creio que a maioria de nós queira mesmo isso. Basta ver o xinfrim permanente sobre os serviços de saúde. Por vezes tenho a sensação de a maioria acha mesmo que tem direito a um hospital com todas as valencias, disponível 24x7 e se possivel no fim da rua. Com isto nao estou a dizer que temos um SNS excepcional, mas a verdade e que, globalmente, nao compara assim nada mal com o existente em paises com a nossa dimensao e riqueza, ou até com alguns maiores e mais ricos.
Quanto à dimensão do estado, sinceramente nao acho que tenha muito que ver com isto. Até porque podemos ter um estado pequeno e simultâneamente caro, creio que é p.e. a situação alemã, onde as obrigações são muito alargadas, até na area social, mas com muito recurso a subcontratação, ou seja a factura para os contribuinte mantém-se igualmente "gordinha".
Acho mesmo que se quisermos reduzir a nossa carga fiscal, de forma significativa, vamos mesmo ter que equacionar uma redução dos serviços que temos a nossa disposição. Mas tambem nao tenho duvida de que isso vai reduzir substancialmente a qualidade de vida de muitos. No fim o debate é muito sobre se queremos uma sociedade globalmente solidaria, ou se pelo contrário, cada um deve tratar de si, mesmo que exista algum tipo de "rede" minima para os que vao ficar no fim da linha. Basta vermos o impacto das prestações sociais para o numero de pessoas que vivem abaixo do limiar da pobreza.
Colocado por: WarrenG
Infelizmente tenho vários testemunhos da administração publica de quem lá trabalha/trabalhou e o grau de despesismo é atroz. Desde empregadas domésticas privadas pagas com dinheiros públicos mas que depois não trabalham no bem público, a encomendas de material informático a estrear às dezenas de milhares de euros que ficam em caixas nas escolas por serem "repetidos" e não terem uso para ele. Esta última aconteceu recentemente.
Eu já nem estou a falar dos roubos descarados do herário público, apenas do dinheiro gasto através da má gestão/incompetência...
Veremos no que dá a investigação ao último caso mediático, mas dúvido que lhe façam a Caminha.
Colocado por: DuarteMCortar gastos a muitos serviços públicos (não todos) não significa uma redução na qualidade deste, pelo contrário, com bons critérios até se conseguia melhorar.
Colocado por: tigoncalNeste momento as maternidades fecham à vez, com grávidas a terem filhos a 130kms de casa, 40% dos portugueses não têm médico de família, há alunos ainda sem professor a algumas disciplinas a meados de Novembro, e poderia continuar a enumerar pelo menos dezenas de casos dos últimos meses, que por serem tão frequentes já passaram à normalidade.
Colocado por: AMVPAcrescentaria que a par com isso o número de nascimentos veem a descer. As falhas do SNS se fossem bem destrinçados os motivos, haveria bastantes surpresas, mas pronto.
Concordo na generalidade com o seu comentário, mas relativamente ao que refere nesta parte tenho a dizer:
Vemos as maternidades a fechar, no entanto o número de médicos, enfermeiros e assistentes operacionais não para de aumentar no SNS e os nascimentos têm diminuído.
Mas pronto.
Colocado por: HAL_9000Acrescentaria que a par com isso o número de nascimentos veem a descer. As falhas do SNS se fossem bem destrinçados os motivos, haveria bastantes surpresas, mas pronto.
Colocado por: HAL_9000Acrescentaria que a par com isso o número de nascimentos veem a descer. As falhas do SNS se fossem bem destrinçados os motivos, haveria bastantes surpresas, mas pronto.
Colocado por: tigoncal
Absolutamente de acordo, e até pelos vossos comentários, parece que começam a concordar que não é por se gastar mais que temos melhores serviços públicos, havendo uma imensidão de opções para melhorar os serviços enquanto se gasta menos (que não passa apenas e só por cortar salários dos colaboradores). Haja vontade para isso e não se exerçam os mandatos com base nos ciclos eleitorais.
Colocado por: AMVP
Eu não comecei agora aliás já sei disso mt antes de quem disse essa frase com a agravante de que a minha é sincera e decorre de análise/evolução.
Colocado por: AMVPmas se ler eu tinha escrito que os nascimentos têm vindo a descer.tem razão, devo ter lido à pressa e não interiorizei essa parte.
Colocado por: PedroNunes24Se o FED começar a reduzir os juros, talvez alivie um pouco a pressão para o BCE.