Colocado por: QuilleuteParece-me algo ridículo quando se advoga manifestações…
Manifestar contra o quê ? Ou quem ?
. Quem contraiu empréstimos pessoais para ir viajar ou comprar tv’s 4K?
. Quem contraiu crédito habitação em casas de centenas de € a ganhar pouco mais que o salário mínimo ?
.Quem contraiu empréstimos pessoais para entrada das casas, porque nunca poupou ?
.Quem continua a pagar portagens e pagar combustível , quando usa o carro para ir ao café ?
.Quem gasta 50k€ num carro descapotável porque é fixe ?
.Quem paga um telemóvel em prestações de 2 anos ?
.Quem não acabou a escolaridade obrigatória mas queixa-se que não arranja trabalho ?
.Quem gasta centenas de € em tabaco e jogo e chega ao final do mês sem dinheiro para comer ?
Colocado por: QuilleuteHá meses que se dizia aqui no FdC, que as taxas estavam absurdamente baixas e qualquer um sabia que a “mama” ia acabar , pois não era viável a longo prazo.A única coisa que não percebo, é como é que havendo aqui tanto especialista em macroeconomia, o BCE andou e anda aos papeis ainda. Eu tenho mesmo muitas reservas com a velocidade a que esta subida está a ser feita. Uma velocidade que é comum numa europa com vários países com economias muito diferentes. A Alemanha por exemplo está a ajudar os seus cidadãos nesta inflação, de uma maneira que portugal nem de perto consegue ou quer fazer.
É aproveitar a época do dinheiro barato mas com perspectivas a longo prazo que não ia durar para sempre.
Colocado por: QuilleutePois neste momento preparo-me já para uma subida até aos 4% ( 5% no máximo ) em 2023.Mas nada lhe garante que pare nos 5, porque não 6 ou 8%. Porque não 10%? É que tenho mesmo a sensação que o pessoal no BCE está naquela: "aumenta-se e logo se vê. Se der ****, a gente daqui a 5 anos, diz que nos enganamos."
Colocado por: HAL_9000A Alemanha por exemplo está a ajudar os seus cidadãos nesta inflação, de uma maneira que portugal nem de perto consegue ou quer fazer.
Mas nem vou bater mais no ceguinho, afinal há aqui tantos especialistas em macroeconomia, que já previam esta inflação desde 1958.
Colocado por: N Miguel Oliveirahttps://www.publico.pt/2022/11/06/azul/noticia/portugal-mal-emissoes-co2-transportes-habitacao-florestas-2026638
Mais um assunto tabú. Em que antes de exigir algo do Estado, cada um deve ver o que pode/deve fazer individualmente.
Com a inflação e os juros é algo idêntico.
Façamos o trabalho de casa primeiro...
Colocado por: HAL_9000Eu antes de vir para Lisboa pensava um pouco como o Quilleute e o NMiguelOliveira : "as pessoas são pobres também porque querem ser pobres, não se sabem orientar". Quando aqui cheguei e contactei co toda esta realidade suburbana percebi uma coisa simples, muita gente não tem sequer a mínima hipótese de deixar de ser pobre. E para muita gente interessa que esse status quo, assim seja mantido.
Colocado por: HAL_9000
O meu caso por exemplo ao fazer o meu CH, não pude optar por taxa fixa, mas sendo variável, apenas pedi um valor que pudesse pagar caso a euribor atingisse o máximo histórico de 5.5% (até porque era para segunda habitação). Eu estava minimamente informado (apesar de menos que hoje), era instruido e sabia fazer algumas contas. Mas neste momento nada me garanta que euribor não chegue aos 6, 7, 10%, e eu pelo menos não consegui prever uma inflação de 10% que me ia roubar rendimento salarial. Se a euribor chegar a esses valores faz de mim uma pessoa "que não têm juízo nas suas decisões financeiras". Não creio, mas aceito a crítica.
Colocado por: CL1990Agora com estas medidas de apoio aos Créditos Habitação, quem já estava à procura de melhorias, nomeadamente noutro banco, e está prestes a fazer uma transferência, já fica "marcado" como potencial incumpridor?
É que eu não estou nem nunca estive em incumprimento, nem a minha taxa de esforço atinge sequer os 15%. Apenas quero assegurar taxa fixa durante os próximos anos.
Colocado por: N Miguel OliveiraEm que antes de exigir algo do Estado, cada um deve ver o que pode/deve fazer individualmente.
Com a inflação e os juros é algo idêntico.
Façamos o trabalho de casa primeiro...
Colocado por: N Miguel OliveiraO HAL parece que descobriu a pólvora nesse então :)Não descobri a pólvora, ainda assim é muito diferente saber que existe uma realidade e contactar com ela mais de perto.
O caso de Lisboa está muito longe de ser novo, ou de ser tão dramático como em muitos outros lugares. A ideia de que todos somos iguais é bonita e romântica, mas irregal e ingénua. Quanto mais cedo perceber isso melhor, e como se diria no Norte "não é preciso ir a Lisboa" para saber isso.
Colocado por: HAL_9000
Todos nós temos de ser responsáveis pelas nossas decisões, mas já perdi um pouco aquela ideia que tinha há uns 5 anos atrás de : "As pessoas que estão em dificuldades é porque não se sabem orientar". Depende dos recursos que a pessoa teve acesso. O N Miguel Oliveira há dias disse que agradecia aos seus pais o terem-lhe proporcionado a oportunidade de ir à faculdade. Nem todos os pais assim são. Conheço situações em que os pais além de não financiarem os estudos, começam a cobrar uma "renda" aos filhos por estarem a viver la em casa depois dos 18.
Existe também um estudo muito interessante que relaciona a pobreza, a carência material, e o viver com orçamentos muito restritivos, com a capacidade de tomar decisões conscientes, informadas e fundamentadas. Uma pessoa que gasta a quase totalidade dos seus rendimentos apenas para pagar a casa e a comida é muito mais propensa a tomar decisões financeiras profundamente erradas, porque não consegue pensar a longo prazo, projeta apenas a curto prazo e reage de forma muito mais evidente a estímulos de momento. Os resultados são bastante esclarecedores do porquê que os ciclos de pobreza de perpetuam por diversas gerações.
Este é um tema de debate muito frequente aqui por casa com a minha esposa que também é muito liberal e total defensora da autorresponsabilidade.
Colocado por: HAL_9000Não posso à partida acusar logo uma pessoa de não se saber orientar, se ela nunca teve hipótese de o fazer. Não posso esperar que alguém que tem uma família estruturada, apoio familiar, e condições em casa, evolua da mesma maneira quealguém que vai para a escola sem pequeno almoço.