Colocado por: CMartinTodos, Castela,
As questões menores se calhar acabam por fazer parte do todo, deste tópico porque somos, para além de foristas, nós próprios detentores de opinião e personalidades próprias. Somos a soma de um todo, do qual fazem parte as questões menores também.
Gestalt, e até pela razão que me levou a adicionar os 2 posts anteriores, não acho completamente desapropriado para ter dado início ao tópico desta feita, esta reflexão sobre os gostos.
Um objecto é a soma do todo, o objecto em si (indiscutivelmente o exemplo da casinha, é uma casinha), e como nós particularmente vemos o objecto (subjectivamente o nosso gosto, que será resultado da nossa vivência, a nossa cultura pessoal (deixar viajar o olhar ou até antes e melhor: o olhar tem que viajar).
É o A (a casinha) + B (a nossa visão sobre a casinha) fará o todo que é = C.
Sem duvida gestalt.
O próprio tópico é assim. Espero não inventar em demasia. Temos o objecto do tópico: a arte (ou arquitectura se preferirem) o nosso A + a visão da cada (questões menores e maiores incluidos) será o B = vai dar ao C, ao todo, à discussão do gosto que é o nosso tópico no todo.
Colocado por: CastelaMais um tópico que prometia mas que aos poucos se vai secando em questões menores e (pouco) paralelas...
Também acho que apesar das melhores intenções, não começou desde logo da melhor forma, com aquele exercício "gestalt" do sinal da casa...
Depois, a enumeração avulsa de conceitos de estética, como a proporção divina, utilizada na arquitectura, mas também na pintura e fotografia, como “regra” de composição, ou a escala, assim sem mais, sem haver um trabalho de tenta “cozer” estes conceitos para falar do “gosto” acaba por não convidar muito à participação dos foristas.
E por falar de participação, e pese embora o anterior dito, não posso deixar de estranhar a pouca participação dos arquitectos, pois teoricamente são profissionais, que quer pela sua formação académica, quer também pela sua experiência e por um interesse intrínseco nestas matérias poderiam dar um contributo útil para a discussão.
Porque não é só desenhar um espaço em 2d, é também depois concretizar algo em 3d (e aqui não falo nos programas de desenho 3d) com funcionalidade mas também com harmonia, e porque não, beleza.
E essa “harmonia”, quer de volumes, de materiais, de cores, mesmo de decoração é algo que nas obras que se vai vendo, é secundarizado em favor de questões mais “técnicas” que são obviamente importantes, mesmo essenciais mas que não se esgotam só nisso.
E uma boa ajuda poderia ser obviamente este tópico, partindo desde logo de algo muito veiculado por aqui, que se resume a uma frase dita quase sempre com um carácter auto-justificativo e redentor que é a de “os gostos não se discutem”…
E porque os gostos se discutem e podem-se discutir (e aprender) seria talvez interessante e sobretudo complementar a outras matérias mais práticas e “técnicas” discutidas aqui.
Colocado por: GMCQ
Sabe o que eu acho? É que os arquitetos andam muito ocupados para cá virem ler os posts da CMartin, não por ser quem é mas por talvez não terem mesmo tempo, e muitas vezes podem não participar mas leem. Não é uma participação ativa como refere, mas não deixa de ser uma forma de participar.
Olhe eu, que sou um entusiasta pelo mundo da construção e pela arquitetura em especial, e no entanto tenho tanto em que pensar e tanta coisa por tratar que ultimamente tenho andado só em modo passivo, em modo leitura. Porque não é a construção que me dá dinheiro e me põe o pão em cima da mesa, e enquanto assim for tenho que pensar no que é prioridade para mim e a minha família.
Deve haver n pessoal da construção a olhar para este tópico com certeza, mas por motivos que nos são alheios não participam ativamente.
Mas Castela, sinta-se à vontade para fazer a ponte de ligação entre os vários assuntos aqui do tópico.
Cumprimentos
Colocado por: CastelaMas olhe que o o belo também tinha expressão "científica", como o caso da citada proporção divina.
Por outro lado, o conceito de "bom gosto" é algo perigoso, pois o gosto é sobretudo pessoal e depende como bem disse de todo o nosso referencial cultural, da nossa vivência, da nossa história, das nossa trocas sociais.
Ainda que se possa dizer com muitas aspas que o "gosto" pode-se aprender e educar, mas mais no sentido de um conhecimento de arte, história de arte, estética, filosofia do belo, arquitectura, design, etc.
Porque uma coisa é dizer que eu não gosto do Picasso, mas isso não faz com que o Picasso seja mau pintor, mais, eu posso dizer que não gosto do Picasso, mas não posso dizer é que a pintura dele é má, que não tem qualidade intrínseca, só porque não gosto.
O gosto pessoal é estritamente pessoal e como tal, falar-se de "bom gosto" é falar de algo que não são se pode aferir em termos quantitativos e qualitativos.
Quão bom é? por exemplo. :)
Mas isto é mais conversa "académica", pois percebo o que quer dizer com o bom gosto, mas podemos-lhe antes chamar de sensibilidade, talvez seja mais correto.
Colocado por: FlicaE agora a imagem? Estamos provocando o tal abanão da mente essencial no arrancar da discussão. Ninguém vê nada? Eu começo por ver alguma solidão. ..
Colocado por: FlicaNão sei se me levam a mal o preciosismo mas Gestalt deve escrever-se sempre com letra maiúscula visto ser um substantivo de língua alemã. Já me têm saído palavras mal escritas, agradeço se me derem conhecimento qd acontecer.
Colocado por: CMartinO que é Arte
Arte (do latim ars, significando técnica e/ou habilidade) pode ser entendida como a actividade humana ligada às manifestações de ordem estética ou comunicativa, realizada por meio de uma grande variedade de linguagens, tais como: arquitetura, desenho, escultura, pintura, escrita, música, dança e cinema, em suas variadas combinações.O processo criativo se dá a partir da percepção com o intuito de expressar emoções e ideias, objectivando um significado único e diferente para cada obra.