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    • lobito
    • 10 setembro 2010 editado

     # 221

    Colocado por: luisvv

    E você sabe isso, exactamente como ?



    Fique pois sabendo que, em 2006 o panorama era este: :
    5. RECURSOS PROVIDOS E NÃO PROVIDOS Uma vez descrita a evolução da movimentação processual dos tribunais superiores, interessa saber quais as taxas de provimento dos recursos. Resulta deste estudo que “… a esmagadora maioria dos recursos findos entre 1998 e 2003 nos Tribunais da Relação foram alvo de julgamento. Apenas em 1991, 1994 e 1999 o peso dos recursos findos antes de julgamento ultrapassou os 10%, registando nos últimos 5 anos valores entre 4% e 6%.De entre os recursos findos com julgamento, o peso dos recursos não providos, com as excepções de 1993 e 1994, oscilou, nos últimos 15 anos, entre os 50% de 1992 e os 60% de 2001.”
    Nos últimos 10 anos,os recursos com provimento registaram sempre valores superiores aos 35% do total de recursos findoso que significa uma taxa de recurso com sucesso abaixo dos 50%.Desses recursos cerca de 25% são recursos findos com provimento totalsendo que o provimento parcial representa entre 10% e 11% do total de recursos findos entre 1998 e 2003.

    Sabe o que isto significa? Que todos os anos, mais de 1/3 dos processos com recursos vêm as decisões alteradas. E que desse valor, 2/3 dos recursos são aceites totalmente.Grosso modo, 1 em cada 4 das decisões recorridas tem erros de facto ou de direito significativos.É uma percentagem absurdamente elevada, que torna perigosíssima a sua teoria do "condenado".


    Pardon? Não sou muito boa em contas, mas de onde vêm esses 2/3? 25% de 35%???
  1.  # 222

    desdobrar-me-ei sempre por elas em vosso detrimento.


    Não percebi, em detrimento do quê ou de quem?
  2.  # 223

    Antes de defender as vítimas, eu defendo a verdade e a justiça. Que elas eram vítimas e foram abusadas, eu não tenho dúvidas. Se foi feita a devida justiça e se se soube da verdade (pelo menos completa) tenho razões que bastem para duvidar...

    Preferia ver condenados aqueles que sem dúvida sabiam de tudo e nada fizeram... quanto a esses parece-me que não existem dúvidas de que sabiam e nada fizeram para defender quem não se consegue defender e quem precisava de apoio e de protecção...
  3.  # 224

    Se a condenação foi feita pelo juiz com base em convicção, depois de ouvidos todos os depoimentos, só posso, novamente, reiterar: foi feita a justiça (mínima) possível, considerando as duvidas que expõe a Princesa e os restantes sobre a culpabilidade dos arguidos,

    Só terá sido feita justiça se os acusados tiverem de facto cometido os crimes. A justiça não depende de uma convicção, mas da correspondência dessa convicção com a verdade.


    A essa frase repetida de se querer sangue, e a essa outra frase de se querer ver todos condenados, estes e os outros que abusaram ou que fugiram, respondo por mim: Quero castigo severo,


    os outros abusadores que não foram condenados em tribunal porque não chegaram a julgamento, repito o que disse

    Se tem a desculpa da condenação para se referir a alguns como "abusadores", porque o chama também a quem não foi julgado ?
  4.  # 225

    EStou indignada com algumas coisas que li aqui.
    Nem todas as pessoas que testemunharam são "miúdos do parque eduardo VII" alguns são (agora) adultos, que tiveram imensa coragem para revolver um passado muito triste e traumatizante. Mas enfim...
    Depois, na minha opinião (que vale o que vale), não sei porque é que é mais credível a palavra de uma figura social do que a de um miúdo que se prostitui no parque Eduardo VII ou noutro qualquer, mas enfim... é a sociedade das aparências ;)
    Somos avaliados por aquilo que aparentamos e não pelo que somos.

    Bom fim-de-semana
    Estas pessoas agradeceram este comentário: j cardoso, sonhos
  5.  # 226

    "Por outro lado,ponha-se na posição deles, e imagine que é inocente. O que faria ?"
    Recorria. E o Luis?


    E isso chega? Admita por um instante que é condenada, sabendo que é inocente. Não faria os possíveis por dar a conhecer à opinião pública ? Por alertar para aquilo que considerasse errado ?? Para mais, sabendo da importância que tem para alguns a sua imagem pública, e que dela dependem para viver??
  6.  # 227

    Pardon? Não sou muito boa em contas, mas de onde vêm esses 2/3? 25% de 35%???


    Sim, grosso modo. Contas por baixo, mas o ponto está lá.
  7.  # 228

    Em detrimento de quem defende socialmente a possível inocência de quem abusa de crianças, mesmo de quem foi sentenciado em tribunal, sendo esta a sua maior preocupação, face ao notório sofrimento vivido pelas crianças.
    (Na minha perspectiva só vem a contribuir para que se continue a tentar justificar casos como estes, de abusos a menores, colocando, com todo o facilitismo, em causa o menor).
    • lobito
    • 10 setembro 2010 editado

     # 229

    Colocado por: luisvv

    E isso chega? Admita por um instante que é condenada, sabendo que é inocente. Não faria os possíveis por dar a conhecer à opinião pública ? Por alertar para aquilo que considerasse errado ?? Para mais, sabendo da importância que tem para alguns a sua imagem pública, e que dela dependem para viver??


    Não sei. Não tenho a certeza de que esta sucessão de programas de televisão, isto e aquilo, limpem extraordinariamente a imagem de quem está a recorrer a esse método. Por outro lado, estou convencida (ao contrário de muitos aqui, obviamente) de que não será toda essa exposição mediática que vai fazer com que sejam condenados ou inocentados em segunda instância. All things considered, duvido que eu fosse por aí. Mas como não sou a Senhora Televisão...

    Cada um tem o direito a defender-se o melhor que pode e sabe. Eu duvido que este sistema seja eficaz. Mas pode ser whishful thinking, porque isso significaria que uns têm uns trunfos na mão que outros não têm... Quando é que a Judite de Sousa vai entrevistar os outros?
  8.  # 230

    Eh lá... ninguém defende culpados. É aí que erra! Eles foram sentenciados por sentença que nem sequer transitou em julgado e nos termos da lei até têm o direito de se defender... Em bom rigor, eles nem viram ainda pelo que foram condenados! A minha maior preocupação é que não pague o senhor X pelos crimes dos senhores Y. A minha preocupação é imputar o crime ao criminoso. Isto não é legitimo? Eu quero que pague quem fez, sempre, e preocupa-me somente que a nossa justiça possa condenar pelo crime hediondo, inocentes!

    E estes meninos, volto a dizer, este género de miudos MENTEM com facilidade porque foram criados de uma forma que não é a ideal... Discorda aqui? Não digo que não foram abusados, digo que podem e é provavel que mintam bem... lamento que não conheça esta realidade mas eu por várias razões diferentes e pessoais razões, para além das profissionais, conheço!
  9.  # 231

    Para personalidades que vivem ou dependem em grande medida da sua imagem pública,a simples menção num processo destes é arrasadora.Qualquer um dos homens acusados neste processo está marcado para o resto da vida - e uma eventual absolvição não apagará nunca a convicção de gente como a CMartin. Cada vez que saírem à rua verão gente a virar-lhes as caras e a cochichar. As famílias sofrerão com eles. Claro que nada disto passa pela cabecinha da CMartin, porque nem lhe ocorre que pudesse haver outro veredicto que não a condenação.

    Eu pelo menos,se me visse a contas com a justiça, acho que tentaria gerar a maior confusão possível porque acho que compensa.Precisamente porque, no mínimo dos mínimos, põe as pessoas a dizer isso que o luisvv diz, que é a mesma coisa que dizer que a justiça não trata por igual os mediáticos e os outros.


    A lobito é que diz isso. Eu só lhe digo que em casos destes, a convicção popular é criada cá fora. Pelos jornais, que publicam "factos" que vão sendo filtrados por agentes do processo. Como neste caso, em que o próprio Director Nacional da PJ era fonte do Correio da Manhã.Na opinião pública, a condenação está feita desde essa altura.
    (Para dizer a verdade, também duvido que seja humanamente possível um juiz abstrair-se de todo este circo, e concentrar-se num processo cuja sentença tem 2000 páginas, e cuja documentação tem centenas de milhar de páginas.)


    Não, luisvv, não sou eu que digo que a justiça não trata por igual os mediáticos e os outros, é o luisvv. E ao que parece não dá por isso. Está há horas a dizer, de várias maneiras possíveis, que não é possível julgar correctamente uma personalidade mediática porque faça-se o que se fizer a sua reputação é destruída, e é humanamente impossível o juiz abstrair-se do circo. O que é que propõem então para as personalidades mediáticas que cometem crimes? Ou não cometem?
  10.  # 232

    Em resposta, resta-me repetir, princesa, se permite, o que eu disse anteriormente:

    Em detrimento de quem defende socialmente a possível inocência de quem abusa de crianças, mesmo de quem foi sentenciado em tribunal, sendo esta a sua maior preocupação, face ao notório sofrimento vivido pelas crianças.
    (Na minha perspectiva só vem a contribuir para que se continue a tentar justificar casos como estes, de abusos a menores, colocando, com todo o facilitismo, em causa o menor).


    Para mim em primeira instância mente o abusador, com o objectivo de se livrar da culpa.
    Para mim em última instância e esgotadas todas as outras possibilidades, mente a criança vítima de maus tratos.
    Esta é a minha prioridade de pensamento, estes são os meus valores, sempre a favor da criança.
  11.  # 233

    Colocado por: luisvv

    Sim, grosso modo. Contas por baixo, mas o ponto está lá.


    Desculpe, mas a mim dá-me 0,087 e não 0,66.
  12.  # 234


    Depois, na minha opinião (que vale o que vale), não sei porque é que é mais credível a palavra de uma figura social do que a de um miúdo que se prostitui no parque Eduardo VII ou noutro qualquer


    Ah, mas é que as figuras sociais têm muito a perder e portanto não iam mentir com certeza.
  13.  # 235

    Colocado por: CMartinPara mim em primeira instância mente o abusador, com o objectivo de se livrar da culpa.
    Para mim em última instância e esgotadas todas as outras possibilidades, mente a criança vítima de maus tratos

    Mente o abusador?Como sabe que é abusador?...quanto mais mentir?mentir ou não tem a ver com rótulo de presunção ou com o mentir?
    A última instância é a que mais simpatiza?Mas afinal que conceito de justiça é esse?
  14.  # 236

    Jorge, já o disse, repito pela terceira vez, a minha ordem de prioridades:

    "Em detrimento de quem defende socialmente a possível inocência de quem abusa de crianças, mesmo de quem foi sentenciado em tribunal, sendo esta a sua maior preocupação, face ao notório sofrimento vivido pelas crianças.
    (Na minha perspectiva só vem a contribuir para que se continue a tentar justificar casos como estes, de abusos a menores, colocando, com todo o facilitismo, em causa o menor)."
  15.  # 237

    Colocado por: CMartinEm resposta, resta-me repetir, princesa, se permite, o que eu disse anteriormente:

    Em detrimento de quem defende socialmente a possível inocência de quem abusa de crianças, mesmo de quem foi sentenciado em tribunal, sendo esta a sua maior preocupação, face ao notório sofrimento vivido pelas crianças.
    (Na minha perspectiva só vem a contribuir para que se continue a tentar justificar casos como estes, de abusos a menores, colocando, com todo o facilitismo, em causa o menor).


    Para mim em primeira instância mente o abusador, com o objectivo de se livrar da culpa.
    Para mim em última instância e esgotadas todas as outras possibilidades, mente a criança vítima de maus tratos.
    Esta é a minha prioridade de pensamento, estes são os meus valores, sempre a favor da criança.


    1) Não precisava repetir, eu percebi bem: Disse ao inicio "... de quem abusa de crianças" Presumivel inocência de quem abusa? Se abusou não é inocente. E se abusou não defendo eu a inocência...

    2) Percebi. Se a criança diz é porque foi... Bom a sua posição é pior do que a lei que temos... a lei que temos ainda admite que se verifique se as crianças mentem, a sua lógica levaria presos muitos pais de crianças quando em processo de divórcio as meninas são instruídas pela mãe para dizer que o pai abusou delas... Sabe a quantidade de casos destes que aparecem em Tribunal!? Esquece um principio basilar em processo penal que é o in dubiu pro reu...

    Eu até compreendo a sua posição e a defesa das crianças (compreendemos todos e é isso que pretendemos salvaguardar e reprimir ao máximo), mas na minha opinião a sua posição revela um claro afastamento da realidade, as crianças podem e ACUSAM muitas vezes inocentes, usualmente porque são instruídas. Lamentavelmente, mas é assim que acontece e agora, vai acontecer muitas mais vezes (opinião minha, claro).
    Estas pessoas agradeceram este comentário: luisvv, Velha
  16.  # 238

    Colocado por: CMartinJorge, já o disse, repito pela terceira vez, a minha ordem de prioridades:

    "Em detrimento de quem defende socialmente a possível inocência de quem abusa de crianças, mesmo de quem foi sentenciado em tribunal, sendo esta a sua maior preocupação, face ao notório sofrimento vivido pelas crianças.
    (Na minha perspectiva só vem a contribuir para que se continue a tentar justificar casos como estes, de abusos a menores, colocando, com todo o facilitismo, em causa o menor)."

    No momento negativo que atravessamos em relacção à justiça...começando logo pelos tais 8 anos,estou para tudo...
    Continuando pelo estado de justiça...o desconhecimento dos factos que levaram a que o tribunal condene alguém em x anos de prisão(outra)não me leva a crer que toda a credibilidade assente na condenação...aliás também sinto deveras muitas dúvidas sobre o diferencial de 18 anos/7anos...pois a nova lei pretende dar a entender que quem mata ou atenta contra a vida de outras pessoas várias vezes,apenas se trata de 1 crime,sendo feito da mesma forma,logo se depreende(depreendo)que se alguém mata 1 ou 2 pessoas deverá levar pena máxima assim como quem mata 20...neste tipo de crime(pedófilia)cá para mim a mesma coisa,logo estranhíssimo o bibi levar muitos mais anos que os outros,ainda por cima com a agravante de ter colaborado com a justiça...logo também posso depreender que o tribunal para limpar um pouco a cara devido à má conotação actual da justiça perante a opinião pública e mesmo internamente,preocupou-se mais em conseguir o prazo para estes crimes não prescreverem devido à pressão da opinião pública,e assim também posso depreender que como o colectivo estava sobre pressão agiu deste modo atribuindo logo em praça pública a condenação dos réus desta forma...sem eles próprios saberem em que parâmetros foram apanhados pelas malhas da lei.Até poderia adiantar que houve politiquice neste processo(digo eu)porque afinal estes crimes foram prepertados no tempo de Cavaco ser 1º ministro,e logo havia alguém nessa época que pouco falou ou pouco se sabe o porquê da falta de control nesta instituição pública,logo por azar são os réus quase todos do PS,excepto o BIBI(digo eu)até o ferro rodrigues levou dose...
    Será que nos envolvidos por esta marosca só há tipos do PS?Será que não existe pedofilia do PSD?...logo por azar quem estava à frente da casa pia durante tantos anos até eram do PSD...quero que compreenda...não estou a fazer política,mas não me esqueço por exemplo da tal casa do monte que o Vitorino(ex ministro da defesa)não pagava impostos dessa propriedade,logo por azar no fim ele demitiu-se de funções,e provou-se que tudo era mentira,para não falar no caso de Duarte Lima com o Tal&Qual...que foi tanto acusado sobre a tal propriedade que afinal foi tudo mentira,também custou o demitir-se do cargo público que tinha.
  17.  # 239

    Colocado por: lobito

    Ah, mas é que as figuras sociais têm muito a perder e portanto não iam mentir com certeza.

    Eu nem acredito que a lobito me respondeu isto. E os homens que tinham refeito a sua vida e que tentaram esquecer esta humilhação a que foram sujeitos quando cranças? Ou acha que é fácil vir a público dizer que foi abusado em criança por outro homem?!??
  18.  # 240

    Eu acho que é uma afirmação irónica... digo eu de que...

    Queridos foristas: Contribuí para a discussão o melhor que sei e sinto. E agora, sinto que nada mais da minha parte terei a acrescentar de útil antes de ler a sentença :) Por isso e no que a mim diz respeito: Até lá!!
    Estas pessoas agradeceram este comentário: lobito, Velha
 
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