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  1.  # 221

    Acha Eça lixo? Achou os Maias chato? Já eu acho o Hemingway (com um "m" apenas) insuportável. Trata-se de uma questão de gostos... Depois, nas aulas de literatura portuguesa lê-se Eça porque o Hemingway teve o bom gosto de nascer noutras paragens. Quem estuda(va) Inglês no secundário tem(teve), de qualquer maneira, de apanhar com o H.
    •  
      FD
    • 23 setembro 2014 editado

     # 222

    O que faz falta é o castigo corporal! A D. Belinha e a sua régua de madeira fizeram-me ansiar por ter tudo certinho nas composições e ditados... um erro, uma reguada.

    :P

    E vejam só a fina ironia de uma senhora que dá reguadas a miúdos dos 6 aos 10 anos chamar-se Belinha.
    A aprender figuras de estilo desde pequeno...
  2.  # 223

    Colocado por: FDum erro, uma reguada.


    De certa forma nas escolas de hoje é o que faz falta: respeito pelos professores... mas a meu ver é culpa das escolas que são muito brandas. Quase que é um crime por um aluno fora de sala ou deixar de castigo.

    Como eles vão aprender o "respeito" sem essas coisas já que muitos pais de hoje em dia não o dão em casa ou mesmo o tem?
  3.  # 224

    Diferenças entre Eça e Shakespear, ou Hemingway: cultura regional versus cultura geral; autores desconhecidos mundialmente, versus autores de renome internacional; obras medianas de literatura, versus obras primas. São opções, há quem prefira comer carapau em vez de lagosta. Gostos.

    Eu penso que esta coisa de se ter instituído que todos temos que ler Os Maias, é uma parvoíce pegada (é o que temos compreendo). Porque a obra é má na minha opinião. Tal como é pobre Gil Vicente (mas já leram o auto da barca do inferno??? Riqueza literária zero e vocábulos que dão dó). E tentem ler Camões (eu li), é intragável. É esta a minha opinião e li muito, mas muito portuga (Samarago vale obviamente a pena).

    A questão dos nacionalismos é totalmente absurda. Vivemos numa economia global, desconhecer escritores/poetas internacionais, por exemplo Shakespear, é imperdoável. E mais, gostava de ver o que compram os defensores do que é tuga quando têm de escolher entre produto tuga, ou espanhol, inglês... Isso mesmo que estão a pensar, está-se bem borrifando para a nacionalidade, quer é preço e um mínimo de qualidade (e assim lá se foi o produto tuga, toca de comprar maçã espanhola, ou produtos chineses). Por isso, este preconceito da nacionalidade, é um pretexto para se ensinar lixo.

    A educação dos meus filhos passa por conhecerem quem os obrigarem a conhecer na escola, infelizmente apenas os Eças e quejandos, mas não quero que sejam limitados e saibam que há muito mais para além disso. Cultura geral, é isto. Expandir o conhecimento para além daquilo para o qual nos formatam.
  4.  # 225

    Diferenças entre Eça e Shakespear, ou Hemingway: cultura regional versus cultura geral; autores desconhecidos mundialmente, versus autores de renome internacional; obras medianas de literatura, versus obras primas. São opções, há quem prefira comer carapau em vez de lagosta. Gostos.

    Só por curiosidade: quem estabelece que Eça é carapau e Heminguay é lagosta?

    ... Shakespear ...

    Shakespeare
    Concordam com este comentário: mmgreg, ClioII
  5.  # 226

    Colocado por: mingosmDiferenças entre Eça e Shakespear, ou Hemingway: cultura regional versus cultura geral; autores desconhecidos mundialmente, versus autores de renome internacional; obras medianas de literatura, versus obras primas. São opções, há quem prefira comer carapau em vez de lagosta. Gostos.

    Eu penso que esta coisa de se ter instituído que todos temos que ler Os Maias, é uma parvoíce pegada (é o que temos compreendo). Porque a obra é má na minha opinião. Tal como é pobre Gil Vicente (mas já leram o auto da barca do inferno??? Riqueza literária zero e vocábulos que dão dó). E tentem ler Camões (eu li), é intragável. É esta a minha opinião e li muito, mas muito portuga (Samarago vale obviamente a pena).


    Como já se disse aí para trás, não temos todos as mesmas aptidões e, acrescento agora, não temos todos os mesmos conhecimentos. Sobre soldaduras e assentamento de tijolos sei zero. Portanto, encaro com naturalidade os disparates que o mingosm escreve sobre a literatura portuguesa. Uma coisa é não gostar - eu não aprecio particularmente os românticos portugueses, por exemplo - outra é chamar a Gil Vicente, Camões ou Eça "lixo". Diga que não gosta que está no seu inteiro direito, mas não avalie o que não tem competência para avaliar.
    Cultura regional? Autores desconhecidos mundialmente? Para não cansar as pessoas, limito-me a evocar Harold Bloom, que é "só" um dos críticos literários mais influentes das últimas décadas a nível mundial (é norte-americano), com obras traduzidas em dezenas de línguas e milhões de cópias vendidas. Numa das obras mais conhecidas de H.Bloom ele distingue o que considera serem as 100 obras mais importantes da literatura mundial de todos os tempos. Sabe quantos portugueses constam da lista? Três- precisamente Camões, Eça e Fernando Pessoa. Para lixo regional, não está mal.
    Concordam com este comentário: j cardoso, jpvng, maria rodrigues
  6.  # 227

    Colocado por: j cardosoSó por curiosidade: quem estabelece que Eça é carapau e Heminguay é lagosta?

    Apenas e só o mundo inteiro. É preciso mais? Toda a gente conhece os autores que referi. Mas, para quê estudar quem é de topo na literatura? Vamos masé estudar Os Maias, isso sim. Looooool. Vê-se a utilidade que tem tido. Jovens que não sabem escrever e que têm dificuldades em interpretar textos simples. Resultados brilhantes. Mas, vamos estudar Os Maias... Enfim.

    Por isso somos o país que somos. Visão curta e umbiguista quando nos convém. Quando nos dá na telha somos uns tremendos nacionalistas, quando não dá... é tal história da loja do chinês, do produto espanhol. Acho que já todos sabem como é.

    Colocado por: becas
    Como já se disse aí para trás, não temos todos as mesmas aptidões e, acrescento agora, não temos todos os mesmos conhecimentos. Sobre soldaduras e assentamento de tijolos sei zero. Portanto, encaro com naturalidade os disparates que o mingosm escreve sobre a literatura portuguesa. Uma coisa é não gostar - eu não aprecio particularmente os românticos portugueses, por exemplo - outra é chamar a Gil Vicente, Camões ou Eça "lixo". Diga que não gosta que está no seu inteiro direito, mas não avalie o que não tem competência para avaliar.
    Cultura regional? Autores desconhecidos mundialmente? Para não cansar as pessoas, limito-me a evocar Harold Bloom, que é "só" um dos críticos literários mais influentes das últimas décadas a nível mundial (é norte-americano), com obras traduzidas em dezenas de línguas e milhões de cópias vendidas. Numa das obras mais conhecidas de H.Bloom ele distingue o que considera serem as 100 obras mais importantes da literatura mundial de todos os tempos. Sabe quantos portugueses constam da lista? Três- precisamente Camões, Eça e Fernando Pessoa. Para lixo regional, não está mal.


    Encontrou um crítico literário que considera que nos 100 melhores estão 3 portugueses. Uau... um crítico. Que há mais a dizer? Nada. Como dizem os advogados americanos, I rest my case.
  7.  # 228

    Encontrou um crítico literário que considera que nos 100 melhores estão 3 portugueses.

    Bem visto. Quem liga ao que diz Harold Bloom se o mingosm afirma o contrário? Não respondeu à questão que lhe coloquei, não me diga que é o mingosm que decide
    o que é carapau ou lagosta na literatura?
  8.  # 229

    Está ver porque digo que ler "Os Maias" também resulta em ter pessoas com dificuldades de interpretação?

    A resposta está lá. E viva o carapau...eheheh
  9.  # 230

    Colocado por: mingosmPor isso somos o país que somos


    Somos o país que somos exactamente por causa de pessoas como o mingosm, que acham que tudo o que é português é lixo e que tudo o que é estrangeiro é bom. Há autores melhores que o Eça no mundo? Sem dúvida. Isso faz do Eça lixo? De maneira nenhuma. Se nós não gostarmos do que de bom se escreveu por cá, ninguém gostará; se não dermos valor ao que de bom é cá produzido, mais vale vender o país a retalhos a quem der mais e deixarmos de fingir que somos uma nação. Aprendamos com os italianos, para quem tudo o que é italiano é o melhor do mundo... e conseguiram convencer meio mundo disso ;-)

    Depois, ficou ainda por estabelecer porque raios é que numa disciplina de língua e literatura portuguesa os alunos haveriam de ler literatura estrangeira. Os Maias ensinam muito mais sobre as subtilezas e a elegância da língua, bem como sobre o país que fomos e que somos, do que qualquer tradução de uma charopada escrita pelo Hemingway quando estava alcoolizado.
    •  
      Tyrande
    • 24 setembro 2014 editado

     # 231

    Se é interessante os putos lerem Hemingway ou Shakespeare? Totalmente!
    Mas não da disciplina de Português! Querem ler esses autores, ou façam-no nas aulas de inglês (e leiam-nos nos originais, tal como eu fiz (não na escola), que é pra não levarem com expressões que não fazem sentido nenhum quando traduzidas) ou então inscrevam-se num curso de literatura inglesa!
    Continuo a dizer: nas aulas de português deve-se estudar autores portugueses!
    Isto é quase como querer estudar o mapa mundi sem primeiro saber se o Minho fica para Norte ou Sul!
  10.  # 232

    Colocado por: becasPara não cansar as pessoas, limito-me a evocar Harold Bloom


    Colocado por: mingosmEncontrouum críticoliterário que considera que nos 100 melhores estão 3 portugueses. Uau...um crítico


    Dificuldades de interpretação, pelos vistos. Mas eu explico outra vez: não, não encontrei UM crítico, podia citar dezenas deles, só de entre os que são reconhecidos internacionalmente. Porque pessoas a estudar a literatura portuguesa por esse mundo fora não são dezenas, são milhares. Mas contra o preconceito primário, não há argumento que resista.
  11.  # 233

    Está ver porque digo que ler "Os Maias" também resulta em ter pessoas com dificuldades de interpretação?

    A resposta está lá. E viva o carapau...eheheh

    Uma coisa que pessoalmente não suporto são os mentirosos e você aqui foi mentiroso quando diz que a resposta estava lá: você colocou-a lá muito depois de eu lhe ter perguntado pela resposta. Ou seja, mente para me acusar de dificuldades de interprtetação.
  12.  # 234

    Colocado por: ItalianoSomos o país que somos exactamente por causa de pessoas como o mingosm, que acham que tudo o que é português é lixo e que tudo o que é estrangeiro é bom.


    Tudo dito, acrescentando que há pessoas que pensam pela cabeça dos outros: se os outros dizem que "x" é melhor, é porque é.
  13.  # 235

    um erro, uma reguada

    Não senhor.
    Um erro = copiar a palavra correcta 10 vezes.
    • becas
    • 24 setembro 2014 editado

     # 236

    Colocado por: Matilde
    Não senhor.
    Um erro = copiar a palavra correcta 10 vezes.


    Conhecem a história do menino que escreveu numa redação "cabeu" e a quem a professora mandou escrever 100 vezes a palavra "coube", para aprender? Pois o menino lá foi fazer o que lhe mandaram, mas a professora viu que só tinha escrito 99 vezes a palavra e perguntou-lhe porque não tinha cumprido as ordens. Resposta do menino - "não cabeu..."
    Moral da história: a repetição, por si só, não tem nenhum valor pedagógico :)))
    Concordam com este comentário: maria rodrigues
    • LuB
    • 24 setembro 2014

     # 237

    E tentem ler Camões (eu li), é intragável. É esta a minha opinião e li muito, mas muito portuga (Samarago vale obviamente a pena).

    Ui, o Camões intragável?
    Estes tipos das matemáticas por vezes surpreendem-me. Viverão de tal forma obcecados pela "beleza nos números" que já não conseguem sentir/apreciar a beleza de uma obra como "os Lusíadas"?
  14.  # 238

    Estes tipos das matemáticas ...

    O que diria o um homem das matemáticas (física) como o António Gedeão disto?
  15.  # 239

    (...) Estes tipos das matemáticas por vezes surpreendem-me. Viverão de tal forma obcecados pela "beleza nos números" que já não conseguem sentir/apreciar a beleza de uma obra como "os Lusíadas"?

    E como terão chegado a professores de Matemática? E como serão incentivados, os alunos, a gostarem da disciplina? Qual é o saldo no final de um ano lectivo? A avaliar pelas estatísticas, as "contas" não são o forte da maior percentagem de alunos! Talvez porque as aulas são uma chateza e, entre ler e dissertar sobre "Os Maias" e ouvir as explicações do "prof" de Matemática, vai o salto de uma rã?
  16.  # 240

    Colocado por: maria rodriguesE como terão chegado a professores de Matemática? E como serão incentivados, os alunos, a gostarem da disciplina? Qual é o saldo no final de um ano lectivo? A avaliar pelas estatísticas, as "contas" não são o forte da maior percentagem de alunos! Talvez porque as aulas são uma chateza e, entre ler e dissertar sobre "Os Maias" e ouvir as explicações do "prof" de Matemática, vai o salto de uma rã?


    As contas não são o forte da maioria dos alunos, mas a avaliar pelos resultados as letras também não, o que costumo ouvir é que entre a matemática e o português o melhor é o intervalo :D

    Fora de brincadeiras, estudar obras inglesas em em aulas de português era uma ofensa, temos muitas e boas obras em português, mas confesso que também não gosto de Os Maias e na minha opinião estudar os Lusíadas também já não faz muito sentido
 
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