Colocado por: fernando32
Há pessoas a pagar 50 ou 100 euros de renda em Lisboa. Isso também contribuiu para a degradação dos edifícios que agora estão a ser restaurados.
Com a morte dessas pessoas, as casas serão arrendadas por um valor 30 ou 40 vezes maior. Quem está disposto a esperar 10 ou 20 anos, pode encontrar estas pechinchas à venda. Mas como temos um governo socialista, nada garante que o proprietário seja obrigado a passar o contrato para os filhos a um preço "acessível".
Colocado por: AMG1Bom, mas é verdade que tudo pode mudar, se até o Salazar congelou as rendas urbanas, sabe-se lá o que pode fazer um governo socialista...
Proteger os caloteiros que nunca podem ser despejados...
Colocado por: fernando32A classe média baixa situa-se num agregado que aufere menos de 5000 euros brutos mensais
Colocado por: DuarteM
Eita homem o que você veio dizer. Então nao sabe que 2700 euros brutos mensais já é salário de rico?
Colocado por: tigoncal
Realmente o que você foi dizer...
Toda a gente sabe que ganha isso tem um vidaço, então em Lisboa vive à patrão!
Pela amostra que aqui se vê, ficamos com a ideia de que a maioria dos foristas tem um rendimento do agregado abaixo dos 5000 brutos por mês, o que, ainda que seja uma amostra pequena, não deixa de ser preocupante. Até porque, um agregado em quem que ambos ganhem 2500€ mensais com dois filhos (~1600€/liquidos/mês, cada um), se tiverem um crédito de 200.000 indexado à euribor, a prestação deverá rondar os 700€ mensais, ou seja, já acima dos 20% do rendimento disponível. Se somarmos escola/creche para os dois filhos (facilmente 400€ cada um e não será por opção mas na maioria dos casos por falta dela), que tenham um crédito automóvel (mais uma vez 400€ não será despropositado), sobram 1300€, de onde tem que sair alimentação, vestuário, combustível, electricidade/gás/água, seguros, condomínio, IMI, etc. Tendo a concordar que será de facto classe média baixa sim, não porque seja uma fatia considerável da população mas porque a nossa pirâmide social é mesmo constituída essencialmente por pobres, que pouco mais ganham para os gastos essenciais do dia a dia. E repare-se que que nestas despesas não considerei gastos que muitos poderão considerar supérflos ou luxos como empregada doméstica (1x/semana) ou férias. Não são propriamente famílas que não tenham o que comer na mesa, mas daí a achar-se que têm vidas confortáveis vai uma grande diferença. Já não falando que terão margem de poupança que lhes permita estar preparados em caso de adversidade (desemprego ou doença dos sugeitos activos, por exemplo).
Colocado por: AMVP
E será que essa é a família típica? É que pelo que vou vendo das estatísticas, cada vez temos mais famílias de uma só pessoa, monoparentais, resultantes de mais do que um casamento e acumulando prestações de alimentos, etc, etc. Pelo que se calhar é melhor começar-se a pensar em outros exemplos.
Digo eu...
Colocado por: AMVPE será que essa é a família típica? É que pelo que vou vendo das estatísticas, cada vez temos mais famílias de uma só pessoa, monoparentais, resultantes de mais do que um casamento e acumulando prestações de alimentos, etc, etc.´Existe isso, e existe o facto que a grande maioria dos agregados familiares não declara rendimentos que atinjam os 5000 euros/brutos/mês.
Colocado por: HAL_9000Esse salário, não sendo de ricos, está de facto ao alcance apenas de uma fração pequena da população.
Daí a conversa recorrente que o custo de vida em Portugal está cada vez mais desfasado do nosso nível de rendimentos. Custo de vida a aproximar-se da média europeia, salários nem por isso.
Colocado por: pguilhermePor fim, acho curioso a malta falar em "ser rico" com base em salários.
Colocado por: Pickaxee mesmo como empresa só com “malabarismo fiscal”…se não vai na mesma metade para o estado sem adequada contrapartida… :/
Neste país não se enriquece com o salário, porque o estado fica com metade dos ordenados altos. Por isso alguém da classe baixa nunca chega a ser rico apenas com o ordenado, por muito dinheiro que ganhe.
Colocado por: pguilhermePor fim, acho curioso a malta falar em "ser rico" com base em salários.
Colocado por: tigoncal
Não sei se serão a família tipo, mas é um exemplo relativamente optimisado pelo menos dos custos de habitação. No caso das famílias monoparentais, as situação financeira só piora em relação ao exemplo (pelo menos dos casos que conheço).
Colocado por: AMVP
Claro que pior, como aquelas que acumulam filhos de outras relações.
Apenas comentei o exemplo pq é o típico, mesmo nas TV o exemplo é sempre solteiro sem filhos ou casais com um ou dois filhos, e tenho sérias dúvidas que essa já seja a família típica em Portugal. Isto pelo que vou vendo das estatisticas sobre a matéria.
Colocado por: tigoncal
Realmente o que você foi dizer...
Toda a gente sabe que ganha isso tem um vidaço, então em Lisboa vive à patrão!
Pela amostra que aqui se vê, ficamos com a ideia de que a maioria dos foristas tem um rendimento do agregado abaixo dos 5000 brutos por mês, o que, ainda que seja uma amostra pequena, não deixa de ser preocupante. Até porque, um agregado em quem que ambos ganhem 2500€ mensais com dois filhos (~1600€/liquidos/mês, cada um), se tiverem um crédito de 200.000 indexado à euribor, a prestação deverá rondar os 700€ mensais, ou seja, já acima dos 20% do rendimento disponível. Se somarmos escola/creche para os dois filhos (facilmente 400€ cada um e não será por opção mas na maioria dos casos por falta dela), que tenham um crédito automóvel (mais uma vez 400€ não será despropositado), sobram 1300€, de onde tem que sair alimentação, vestuário, combustível, electricidade/gás/água, seguros, condomínio, IMI, etc. Tendo a concordar que será de facto classe média baixa sim, não porque seja uma fatia considerável da população mas porque a nossa pirâmide social é mesmo constituída essencialmente por pobres, que pouco mais ganham para os gastos essenciais do dia a dia. E repare-se que que nestas despesas não considerei gastos que muitos poderão considerar supérflos ou luxos como empregada doméstica (1x/semana) ou férias. Não são propriamente famílas que não tenham o que comer na mesa, mas daí a achar-se que têm vidas confortáveis vai uma grande diferença. Já não falando que terão margem de poupança que lhes permita estar preparados em caso de adversidade (desemprego ou doença dos sugeitos activos, por exemplo).
Colocado por: tigoncalEDIT: correção da interpretaçao dos dados do Pordata. As famílias com filhos não são a maioria das famílias.
Colocado por: Squire
É sempre difícil qualificar uma determinada classe. No entanto, se tivermos em consideração o significado de média, seria de uma certa forma fácil fazermos uma classificação de classe média. O salário médio bruto em Portugal é de 20.000 Euros/ano, sensivelmente. Pelo que se estamos a falar de agregados familiares, então um agregado que aufere 40.000 Euros/ano é claramente classe média. Nem alta, nem baixa. É média.
O mais difícil é perceber os limiares acima e abaixo. A partir de quanto é classe média alta? 50.000 Euros? E classe média baixa? 30.000 Euros?
No entanto, devem ser tidos em conta outros critérios.
Na minha opinião, uma família da classe média-baixaconsegue não se privar de obter produtos de qualidade (sem ser de luxo), mas não consegue obter grandes poupanças anuais.
Por outro lado, um membro por exemplo daclasse baixanão tem dinheiro para obter produtos de boa qualidade (recorre somente a marcas brancas) e raramente consegue poupar.
Um membro daclasse média-altaprocura produtos de boa qualidade e consegue ainda assim obter poupanças significativas.
Um membro daclasse-altaprocura produtos de boa qualidade e luxo e obtém grandes poupanças.
São estas as minhas classificações. Agora traduzindo para números, uma família que pague 700 Euros de casa e 400 Euros num carro está muito perto do limiar de 35% do orçamento familiar. Está no limite. Tendo em consideração a creche dos miúdos, pouco sobrará ao final de um ano.
Portanto sim, diria que é classe média-baixa porque se trata de uma família que tenta obter produtos de qualidade, mas não consegue obter poupanças significativas. Podemos sempre argumentar"compre um carro ou uma casa com menos qualidade". No entanto, tal significa uma degradação da qualidade de vida à luz da perspetiva da família, pelo que não é isto que está em discussão. Se consegue pagar, não poupando grande coisa, tal é decisão legitima da família.
E é verdade o que diz relativamente à pirâmide social. Grande parte da população portuguesa ganha mal. Quando o salário médio mensal em portugal é de sensivelmente 1.000 Euros, tal não quer dizer que a maior parte da população portuguesa receba este valor. O melhor indicador é a mediana. E neste aspeto, o valor da mediana situa-se perto de 690 Euros/mês. É esta a realidade portuguesa. A maior parte dos portugueses ganha uma miséria, quer em termos de salário, quer em termos de reforma. E embora uma salário de 1.600 Euros seja 4 vezes mais que o que grande parte dos portugueses ganha e quase o dobro do salário médio, o custo de vida é de tal maneira tão elevado, que não permite níveis de poupança elevados.
É possível ter uma vida de qualidade com 1.600 euros líquidos? É sim. Mas nunca se conseguirá ter poupanças significativas.
Só com uma salário de 2.000 Euros líquidos para cima (4.000 Euros por agregado) se consegue ter uma vida de qualidade e simultaneamente ter poupanças. A talclasse média-alta.