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  1.  # 781

    Colocado por: DR1982Para mim, para o que estava a tentar dizer é tão capricho quem compra o apartamento pequeno carissimo perto do trabalho do que quem compra a moradia maior longe do trabalho. Em ambos os casos é mais do que o necessário.
    Qual é o limite que estabelece a fronteira entre o "estritamente necessário" e "o capricho" na equação:
    -gestão de tempo trabalho/familia/transportes
    -conforto/espaço/vivência com o exterior na sua habitação.
    Qual o decreto que estabelece esse limite?

    O ideal era um apartamento pequeno, barato a uma distância razoável do local de trabalho? É isso? Estavam esgotados, por isso é que um comprou a moradia mais longe e o outro comprou o apartamento mais perto, ao preço de mercado.

    Não é tão linear a fronteira que está a tentar estabelecer.
  2.  # 782

    Colocado por: pguilhermePodiam aproveitar as taxas negativas para poupar e investir... mas a maioria não o fez, levado pela corrente cultural, etc.
    E quem fez CH nos últimos 3 anos por exemplo, ainda que tivesse esse plano, nem teve tempo de o fazer, e vai ser apanhado pelo contexto também.

    É só isso que digo, existe um conjunto de fatores por detrás das decisões das pessoas que não somente a sua irresponsabilidade.

    No que diz respeito à poupança durante as taxas negativas, ela devia ter sido acautelada, mas diga-se de passagem que existem muitos poucos incentivos aos aforradores, e acho que face a isso as pessoas ou investiam, ou gastavam (mal gasto muitas vezes, é verdade).
    Olhe eu este ano só perdi dinheiro nas poupanças, PPRs, etc. Podia ter feito outro tipo de investimentos? Podia, mas o meu perfil de risco é mais para o Medroso.
  3.  # 783

    Colocado por: DR1982e um apartamento perto do local de trabalho nao é também um capricho? É necessário viver todos à porta do trabalho?
    É mais cómodo ? Sem duvida…
    Mas nao é necessário.
    Para mim, para o que estava a tentar dizer é tão capricho quem compra o apartamento pequeno carissimo perto do trabalho do que quem compra a moradia maior longe do trabalho. Em ambos os casos é mais do que o necessário.

    E se os custos com deslocações igualarem ou superarem a diferença da prestação?
    E o tempo gasto, não tem valor? É apenas um capricho?

    Se entrarmos pelo caminho de "não é necessário", creio que entraremos rapidamente num discurso utópico, pois o corpo humano é capaz de aguentar muita coisa.
  4.  # 784

    Colocado por: HAL_9000E quem fez CH nos últimos 3 anos por exemplo, ainda que tivesse esse plano, nem teve tempo de o fazer, e vai ser apanhado pelo contexto também.

    Neste últimos 3 anos as taxas estiverem negativa, mas o mercado estava ao rubro. O que a nível de risco, é a pior situação possível.

    Colocado por: HAL_9000Olhe eu este ano só perdi dinheiro nas poupanças, PPRs, etc. Podia ter feito outro tipo de investimentos? Podia, mas o meu perfil de risco é mais para o Medroso.

    Antes num PPR que no restaurante :)
    No mínimo tem os benefícios fiscais. E agora pode resgatar para amortizar o CH e aliviar os juros.
  5.  # 785

    Colocado por: pguilhermeNo mínimo tem os benefícios fiscais. E agora pode resgatar para amortizar o CH e aliviar os juros.
    Ahaha, ya, mas ainda sou novo para compensar fazer isso. Não fiz os cálculos, mas acho que mais vale continuar com o PPR à espera que aquilo recupere alongo prazo.
  6.  # 786

    Em sede de IRS vai buscar 20% do que lá colocou durante o ano (até aos limites pela idade, 2000, 1750 e 1500).
    Provavelmente não teve uma perda superior a 20%. Só por isso, é de considerar, pelo menos até estes montantes.

    Depois, é apenas uma questão de comparar quanto poderá rentabilizar no PPR com o que irá pagar de juros de CH.
    Se for favorável, amortiza o CH e, com o que poupa de juros, para o ano reforça o PPR. Se necessário, "rinse and repeat".

    Com taxas baixas/negativas nunca fui apologista de amortizar CH, mas agora os investimentos têm de ter rendimentos mais altos para compensar.
    Estas pessoas agradeceram este comentário: HAL_9000
    • DR1982
    • 20 dezembro 2022 editado

     # 787

    Colocado por: HAL_9000Qual é o limite que estabelece a fronteira entre o "estritamente necessário" e "o capricho" na equação:
    -gestão de tempo trabalho/familia/transportes
    -conforto/espaço/vivência com o exterior na sua habitação.
    Qual o decreto que estabelece esse limite?

    O ideal era um apartamento pequeno, barato a uma distância razoável do local de trabalho? É isso? Estavam esgotados, por isso é que um comprou a moradia mais longe e o outro comprou o apartamento mais perto, ao preço de mercado.

    Não é tão linear a fronteira que está a tentar estabelecer.
    A fronteira até é simples, basta qualquer um chegar ao banco e ver o que pode ter com a taxa fixa por exemplo.

    Dessa forma em situações como esta nao andamos com as calças na mão.

    Ou então arriscar, assumir o risco e as consequências dele, mas justificar riscos com necessidade é que nao faz muito sentido!
  7.  # 788

    Colocado por: DR1982A fronteira até é simples, basta qualquer um chegar ao banco e ver o que pode ter com a taxa fixa por exemplo.
    Com taxas fixas na ordem dos 3.5-4% (incluido spread), que era a oferta nos bancos de maior montra? Num país de baixos rendimentos? Muitas pessoas não iam sequer conseguir pedir emprestado o valor que desse para algo a que se pudesse chamar habitação.

    Mas eu até concordaria consigo, mesmo com estas taxas, se fosse essa a oferta que o mercado estivesse a estimular, ou seja levar a uma contratação geral de taxas fixas. Assim toda a gente estaria a pedir com taxas de esforço que concorriam em igualdade de circunstâncias. Mas o facto é que as pessoas estavam a comprar casa num mercado que estimulava sobretudo a contratação da taxa variável, logo ao optar por taxa fixa com estas taxas de juro limitaria muito os imóveis disponíveis, num mercado já de si com tão pouca oferta que se andava (e ainda anda) a vender lixo onde nem as paredes se aproveitava, mas que se chamava de casa.
    Facto é, as condições que as pessoas contratualizaram, não podem ser desligadas da prática de mercado, sendo influenciadas por estas.



    Colocado por: DR1982Ou então arriscar, assumir o risco e as consequências dele, mas justificar riscos com necessidade é que nao faz muito sentido!
    Ok, pronto. Na sua opinião as pessoas arriscaram não porque tinham necessidade de uma casa, mas porque eram caprichosas.
    Olhe basta ver a idade média a que os jovens saem de casa dos pais, para concluir, que muitos adiam esse "arriscar" anos a fio.
    Acho que estamos a falar do mesmo tema, mas de pontos de vista distintos.
  8.  # 789

    Colocado por: pguilherme
    E se os custos com deslocações igualarem ou superarem a diferença da prestação?
    E o tempo gasto, não tem valor? É apenas um capricho?

    Se entrarmos pelo caminho de "não é necessário", creio que entraremos rapidamente num discurso utópico, pois o corpo humano é capaz de aguentar muita coisa.
    querendo esmiuçar, ha sempre formas de justificar a coisa…
    Ha que fazer opções.
    Cabe a cada un decidir o que quer, se viver perto do trabalho, se ter uma casa mais pequena, se ter dois filhos a partilhar quarto, etc etc…
  9.  # 790

    Colocado por: HAL_9000Ok, pronto. Na sua opinião as pessoas arriscaram não porque tinham necessidade de uma casa, mas porque eram caprichosas.
    Nao distorça o que eu disse!
    Qualquer dia, alguém se vem quaixar do que custa a mensalidade do mercedes zero kms, que comprou por necessidade ja que precisa de ir para o trabalho e nao ha transportes públicos!

    Epa se for alguem com um dacia ate compreendo
  10.  # 791

    Colocado por: DR1982Epa se for alguem com um dacia ate compreendo
    já faltou mais...
  11.  # 792

    Colocado por: DR1982Nao distorça o que eu disse!
    Qualquer dia, alguém se vem quaixar do que custa a mensalidade do mercedes zero kms, que comprou por necessidade ja que precisa de ir para o trabalho e nao ha transportes públicos!

    Não era a minha intenção distorcer. Mas o DR1982 também recorre a um exemplo extremo, e que não reflete a realidade do nosso parque habitacional. Não acho de todo que as nossas casas sejam "mercedes zero kms". Aliás muito longe disso. Basta ver a pobreza habitacional do nosso edificado.

    Eu não sei que casas é que você acha que as pessoas por cá têm. Olhe farto estou eu de entrar em casas que não são mais que modestas, a minha incluída (mesmo a nova, que essa até admito perfeitamente que foi capricho por não ser 1a habitação). Um dia que esteja por terras Lusas, terei todo o gosto em convida-lo para uma churrascada lá e casa, e o DR1982 vai ver que não identifica tantos caprichos na casa, como acha que sim.

    Mas pronto. Eu já esclareci o meu ponto de vista, e você o seu, penso que ficou claro.
  12.  # 793

    Alto!
    Colocado por: HAL_9000churrascada

    Onde? :)
  13.  # 794

    Se trouxerem a bebida, a coisa arranja-se. Não sei se já disse, mas eu gosto de ter a casa cheia. Estas férias de verão foi uma constante, e só isso justifica em parte o meu "capricho" :)
    Concordam com este comentário: gil.alves
  14.  # 795

    Colocado por: HAL_9000Olhe basta ver a idade média a que os jovens saem de casa dos pais, para concluir, que muitos adiam esse "arriscar" anos a fio.
    realmente isso é complicado, mas esses que fala não são os mesmos que vejo de bons carros, iPhones último modelo, roupas caras e férias a condizer pois nao?
    Concordam com este comentário: Bragas V
  15.  # 796

    Colocado por: HAL_9000Não acho de todo que as nossas casas sejam "mercedes zero kms".
    as casas recentes? Olhe que são!
    Ja as antigas eram, mas mais por questões de tamanho.

    Dê uma volta pelo leboncoin por exemplo e vai entender do qie falo
  16.  # 797

    Colocado por: HAL_9000Se trouxerem a bebida, a coisa arranja-se. Não sei se já disse, mas eu gosto de ter a casa cheia. Estas férias de verão foi uma constante, e só isso justifica em parte o meu "capricho" :)
    Concordam com este comentário:gil.alves
    E bem faz você, eu nao tenho nada contra os caprichos, pelo contrário, eu gasto tanto dinheiro em caprichos, se nao fosse assim nem de CH precisava se calhar, só acho que temos de ter noção do que realmente é uma necessidade e o que não é.
    Repare que falo contra mim também
  17.  # 798

    Colocado por: DR1982mas esses que fala não são os mesmos que vejo de bons carros, iPhones último modelo, roupas caras e férias a condizer pois nao?
    São precisamente o mesmo. Como não conseguem comprar casa, e as poupanças não rentabilizam, gastam mal gasto. Basta ver quem está a manter a indústria de luxo nos EUA.

    Sei que parece uma contradição, mas parte destes jovens acho que mete na cabeça que nunca vai conseguir, então acaba por gastar mal gasto. Eu também sou critico da atitude, mas de facto acho que as oportunidades de crescer profissionalmente não abundam. Este país neste momento não está feito para jovens. As empresas oferecem em 2022 ordenados de entrada inferiores aos que ofereciam em 2008 para a mesma categoria e mesmas funções, e progressões mais lentas, e isso gera descontentamento, frustração que depois se traduzem nesses comportamentos erráticos. E com isto não pretendo branquear as responsabilidades de ninguém pelas opções que toma.
  18.  # 799

    Voltando um pouco ao tópico...

    https://sicnoticias.pt/economia/2022-12-20-Taxas-Euribor-voltam-a-subir-para-novos-maximos-desde-janeiro-de-2009-08ae1c79

    Euribor a 12 meses já vai em 3.11%
    Concordam com este comentário: pguilherme
  19.  # 800

    Colocado por: DR1982só acho que temos de ter noção do que realmente é uma necessidade e o que não é.
    Se os caprichos forem parte importante da sua gestão emocional, para manter a sanidade mental. Sob certo ponto de vista, são uma necessidade :)

    Já viu a volta que eu dei.
    ~
    Entendo o que está a defender. Só acho que o faz de maneira demasiado fundamentalista, não acho que a situação seja tão clara como está a fazer crer.
 
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