Colocado por: Marta MarquesBoa noite.
No ano passado vendi a minha casa a título particular mas também passei pela indecisão, ainda que breve, de recorrer uma imobiliária para o efeito.
Vários fatores levaram a que tomasse a decisão de vender a casa sem recurso a imobiliárias:
- Money, money, money. A comissão tem um valor muito avultado a meu ver, ou pelo menos muito avultado para o serviço que a imobiliária tinha a fazer. E era dinheiro que me dava jeito para investir na habitação que estava simultaneamente a comprar.
- Por mais que uma vez e com mais que um agente imobiliário, isto na procura de casa, tive péssimas experiências enquanto cliente compradora. Se era tão má atendida enquanto cliente compradora, haveria de ser melhor atendida enquanto cliente vendedora?
- A parte mais trabalhosa para mim na venda da casa, foi o processo de mantê-la imaculada durante as visitas e esse trabalho nenhum agente poderia ter por mim.
- Tinha algumas disponibilidade para atender chamadas e fazer visitas.
De resto, e tomada a decisão de vender a casa por mim:
- Assegurar-me que toda a documentação da casa estava em ordem. Nao faltam listas por essa internet a listar os documentos necessários para a venda.
- Destralhar a casa e deixá-la o mais cuidada possível.
- Fazer uma sessão fotográfica cuidada. Eu contratei um fotógrafo e por 100 euros não me chateei com o assunto. Estas imagens vão ser o primeiro contacto do potencial comprador com a casa!
- Fazer um anúncio escrito cuidado e estruturado.
- Anunciar nos vários portais imobiliários. Alguns são pagos, mas não é nenhuma fortuna.
- Comprar um cartão de telemóvel para o efeito.
- Quanto à seleção cuidada dos candidatos… nas chamadas telefónicas/mensagens trocadas tira-se quase sempre a “pinta” à pessoa. Não há muito a fazer aqui, a meu ver. Não é antes de se fazer uma visita que se vai aplicar um extenso questionário de idoneidade. O que deve ser feito é, por exemplo, não fazer as visitas sozinho. No meu caso, estava sempre com o meu marido aquando das visitas.
- Estar preparado para responder a todas as questões que os potenciais compradores possam fazer. Afinal se a casa é nossa, devemos conhecê-la como ninguém.
Confesso que, no processo de decisão se usava ou não uma imobiliária, acabei por me “aproveitar” dos estudos de mercado por eles providenciados para estabelecer o preço de venda da casa. Mas não dispensou uma consulta ao mercado, o que, estando um própria à procura de outra casa para comprar, não foi difícil.
Eu tive uma experiência francamente positiva e rápida na venda da casa, anunciei numa quinta-feira, fiz meia dúzia de visitas no fim de semana seguinte e de três ofertas, aceitei uma e o negócio concretizou-se.
Acabei por ser eu a redigir o CPCV mas se puder ser feito por um advogado, certamente, tanto melhor.
Depois, no desenrolar do processo, nós, enquanto vendedores, não temos muito que fazer. Acaba por ser o banco dos compradores (se houver recurso a crédito) a ir tratando de tudo.
Se tivesse que voltar a vender novamente, não teria dúvidas de que o faria por minha conta, novamente.
Colocado por: Marta MarquesDe nada.
Antes de eu redigir o CPCV para a venda da minha casa na altura, já tinha assinado CPCV para a compra da minha casa atual. Acabei por me basear um pouco por aí, e esse CPCV sim, foi redigido pela imobiliária, ainda que com alguns pedidos de alterações por nós solicitados.
Lembro-me de, na altura, ter procurado algumas minutas de CPCV, ou pelo menos, ter lido alguns artigos orientadores sobre o assunto.
Existem alguns pontos que terão que ser definidos de antemão: o valor do sinal e de que forma este é pago, se a concretização do negócio está dependente da aprovação de crédito bancário por parte do comprador, em quanto tempo a escritura deverá acontecer, o que acontece em caso de não cumprimento de contrato… Se quiser posso mostrar-lhe o exemplo do meu CPCV, sabendo que nao foi redigido por nenhum profissional e até pode ter alguma barbaridade 😅
Quanto à parte do estudo do mercado o que eu fiz foi exatamente o que descreveu, procurar imóveis com características semelhantes na minha zona tendo acabado por aliar essa semana informação aos estudos de mercados fornecidos anteriormente pelas imobiliárias. Neste processo, é importante lembrar-nos de que nem sempre os preços que são pedidos são aqueles pelos quais os imóveis são vendidos. Lembro-me de por vezes ver algumas casas “piores” que a minha, em que pediam mais dinheiro… mas na verdade, se calhar a casa até já estava no mercado à alguns meses e o valor não era o “justo”. Ou seja, a tal casa dificilmente ia ser vendida pelo preço pedido…
Quanto às papeladas, para além do certificado energético, temos a caderneta predial, a certidão permanente e licença de utilização. Por descargo de consciência, eu fui buscar à câmara toda a papelada relativa à casa (planta, projetos…) na eventualidade de ser necessária para alguma coisa ou um potencial comprador ter alguma dúvida. Dependendo da idade da casa, também pode ser necessária a ficha técnica da habitação.
Na altura eu também trabalhava em casa, mas como o meu trabalho é numa área mais criativa, bom, a modos que se propagava pela casa com muita facilidade 😅🤦🏻♀️ Isso e gatos.
Por falar em gatos, nas visitas é necessário ter atenção com animais, se os tiver, mantê-los resguardados, as visitas podem não se sentir confortáveis com animais ou ficarem demasiado distraídos por eles.
Colocado por: sognimSempre tenho vendido a título particular sem intervenção de imobiliárias.
O que faço:
Ao preço que pretendo receber acrescento cinco mil euros pelo menos;
Coloco explicitamente no anúncio que não pretendo ser contactado por imobiliárias, senão são telefonemas uns atrás dos outros a dizerem que já têm interessados no apartamento.
Compro um cartão de telemóvel só para esse fim .
Antes de marcar uma visita tento fazer alguma filtragem para evitar de andar a perder tempo.
Para fechar o negócio aconselho a pagar a um advogado ou solicitador para elaborar o CPCV.
Há por aqui mais discussões sobre este assunto é uma questão de pesquisar.
Colocado por: lxna
Certíssimo, vou tentar ver se consigo redigir um CPCV mediante modelos que consiga encontrar na internet (tambem tenho o meu antigo de quando comprei a casa mas calculo que possa estar desatualizado na forma de redação, nao sei). Mas se tiver alguma duvida já sei que posso perguntar-lhe, obrigado pela atenção..
Colocado por: Zarb
Como é óbvio eu estava a brincar... Mas ao que parece há quem o faça 😂😂😂
Ja agora quando quiser arrendar uma casa, escreva você o contrato de arrendamento, vá ao Dr. Google ou já agora à associação Lisbonense de senhorios 😂😂
Colocado por: lxna
Realmente eu percebo que a internet veio tirar o monopólio e dinheiro a muita gente, incomodando muitas pessoas ;)
Imagine eu ter de pagar a alguem para me aconselhar na escolha de uma lâmpada que fundiu, ainda hoje estaria às escuras :)
Colocado por: VarejoteO boom das imobiliárias, aconteceu já havia Internet e plataformas de anúncios de imóveis.
Não me parece que a mediação imobiliária seja um negócio em extinção.
Colocado por: Bruno.AlvesHá várias discussões no fórum sobre esse tema, pode encontrar outros testemunhos
https://forumdacasa.com/discussion/84070/1/vender-a-propria-casa-vs-vender-com-imobiliarias/
Colocado por: lxnaSe existisse alguma alternativa para bloquear utilizadores como nas redes sociais seria bastante util, vou colocar essa sugestao à administraçao.
Colocado por: rod_2000A comissão da imobiliária é dedutivel na mais valia da casa, por isso, enquando houver um crescimento no valor das casas, as imobiliárias vão ter sempre negócio.
Colocado por: rod_2000e acabam por sentir que comprar através de uma imobiliaria é mais seguro
Colocado por: rod_2000um T3 no Parque das Nações vai ser vendido muito mais fácilmente por uma imobiliária do que por um particular,
Colocado por: treker666
Viva a democracia.