Porquê ? Tem tido contacto, ou conhece algum governo que tenha prosseguido alguma política, não digo liberal, mas vá lá, não-social-democrata?
Esqueça. Ele começou por querer contestar a "coutada" dos arquitectos, tentou justificar que não era só com os arquitectos, mas parece que se perdeu na curva. Sabe contestar, mas não consegue propor nada que se perceba como poderá funcionar...
Colocado por: j cardosoBoas
O que me faz rir à gargalhada é o facto de alguém qualificar os governos que temos tido como marcadamente socialistas. Mas tudo é relativo, afinal de contas o meu avô achava o Estado Novo demasiado esquerdista para o seu gosto.
Colocado por: luisvvEsqueça. Ele começou por querer contestar a "coutada" dos arquitectos, tentou justificar que não era só com os arquitectos, mas parece que se perdeu na curva. Sabe contestar, mas não consegue propor nada que se perceba como poderá funcionar...
Essa também é gira.
Das suas intervenções devo concluir que :
1) O sistema actual funciona...
2) ...porque os profissionais assinam um termo de responsabilidade....
3) ... ou afinal não funciona, porque é preciso melhorá-lo...
4) ...e tudo porque há outros profissionais que usurpam as funções dos arquitectos - mas assim que isso acabar, oh meus amigos...
É que a sua posição limita-se a reclamar do Estado que produza leis atrás de leis, em defesa de um suposto interesse público - e se não funcionam não é porque o sistema está errado, ou a lei é má, mas porque os destinatários se recusam a aceitá-las, certamente por não partilharem as boas intenções do legislador.
Já quando alguém reclama que o Estado não deve meter a pata em tudo, e que onde intervem deve fazê-lo da forma que menos perturbe a liberdade dos cidadãos, ah bom, isso é que precisa de ser explicado em detalhe. Como é que resolveríamos a perturbadora questão da cor dos impressos que devem ser entregues para licenciar uma construção, se não houvesse uma lei, norma ou um simples regulamento ?
P.S - Caro augsthill, certamente também acha indispensável o Bilhete de Identidade, e a mera sugestão da sua redundância teria como resposta "explique lá como isso funcionaria."
Tem alguma política concreta que lhe pareça mais à direita da social-democracia? Alguma coisa que não passe por atribuição de subsídios, criação de regulamentação, ou mera gestão de mercearia dos sistemas e subsistemas do Estado ?
Colocado por: j cardosoBoas
Não fiz a defesa de nemhuma política, apenas exprimi a minha surpresa por haver alguém que ache estes governos marcadamente socialistas. Teremos talvez conceitos diferentes do que é o socialismo, ou o liberalismo, ou...Tem alguma política concreta que lhe pareça mais à direita da social-democracia? Alguma coisa que não passe por atribuição de subsídios, criação de regulamentação, ou mera gestão de mercearia dos sistemas e subsistemas do Estado ?
Lamento desaponta-lo mas as minhas posições são mais do lado de Proudhon ou Bakunin, pelo que a questão não se põe.
Não me referia às suas posições, mas à qualificação dos nossos governos.
Portanto JF estou plenamente a seu favor, independentemente de saber que existem muitas pessoas crucificando-o pela iniciativa. É de lamentar que estas mesmas pessoas não tenham a capacidade de compreender que este gesto representa um acto de desespero. Tenho “quase” certeza absoluta que em circunstâncias normais você jamais tomaria tal iniciativa.
O estado “deveria” ser o exemplo em tudo!
Colocado por: luisvvColocado por: carlosmcdVocê é mesmo ...:), essa sua cabecinha "maliciosa", só imagina a mudança de intérpretes porque a peça continua a mesma,
Evidentemente. As leis não existem no vazio e a vontade do legislador não chega.o essencial da Lei para si como nós sabemos não tem interesse
Pois então, sabe mal. Ao contrário de si, eu simplesmente tenho consciência de que o cumprimento da lei não depende dos seus supostos bons propósitos.estaremos aqui de bengala e o amigo ainda a defender o anarquismo selvagem,
Manifestação de ignorância grosseira, aliás na linha daquelas críticas ferozes que todos os dias ouvimos, às políticas "neoliberalistas" de governos marcadamente socialistas.
Liberalismo e anarquiadon't mix...e que tal pensar em ir viver para a Somália? ...aí sim sentir-se-ia como peixe na água.
Não creio.
Já o amigo carlosmcd estaria certamente à vontade na China.
O que vossa excelentíssima afirma não tem valor substância, visto ser premente pararmos de pretender tão-somente ignorar a pureza da atitude. Isto é: ser alto suficiente até para conseguir projectar uma casa como a do João de Barro.
Colocado por: luisvvColocado por: PBarataO luisvv defende aqui um modo de funcionamento liberal da sociedade que como todas as concepções de sociedade (comunismo, anarquismo, nacional-socialismo) é linda e funciona bem... no papel.
Esqueceu-se da social-democracia.
E do socialismo, foi de propósito.... para não levar a discussão por aí.
O problema do liberalismo é que o "estado mínimo" defendido na teoria, não teria nunca capacidade de controlar nada. Imaginem a quantidade gigantesca de processos judiciais que existiriam para "regular" o mercado. Só em juizes e guardas prisionais....
Tem piada. Eu julgava que em sociedades tendencialmente mais liberalizantes o sistema de justiça é mais eficaz que o nosso. E que o Estado, de dimensão proporcionalmente inferior ao nosso, cumpre de forma mais efectiva as suas funções.
Não estou a ver que isso seja verdade, o sistema judicial americano é gigantesco. O problema da nossa justiça está no conceito de produção de prova e provas admissiveis em julgamento,etc. E mesmo algum excesso de garantismo às diversas partes que "empena" o sistema. Isto sim é um belo tópico, não tem é nada a ver com casas.Quanto menos regras claras, concisas e especificas maior a arbitrariedade do decisor. Regras gerais e abstractas, uma espécia de guidelines da sociedade colocam todo o poder na mão dos decisores com o aumento lógico da arbitrariedade e do abuso.
Sucede que numa sociedade colectivista como a nossa, não há regras "claras, concisas e específicas". De novo, sugiro-lhe que olhe para sociedades tendencialmente mais liberais (que não liberais em sentido estrito), onde encontrará exemplos de países sem uma Constituição escrita, p.ex (que horror, já imaginou !!! ), ou com um terço do tamanho da nossa.
E veja que até há países onde não há coisas tão indispensáveis como um documento de identificação único...Como é que sobreviverão ?
Todos os paises têm um documento de identificação e vários cartões de tudo e mais alguma coisa, o nosso até juntou vários num só. Apesar das piadas até acho que foi uma medida na direcção certa.
No caso particular dos licenciamentos, imagine que a pessoa dava entrada do projecto. Uma vez que o garante da qualidade é o licenciamento então o "estado minimo" teria que ter elementos que revisionassem o projecto na integra,
O seu raciocínio é falacioso - pela simples razão de que esse problema se coloca exactamente nos mesmos termos hoje.
Não, não coloca. As entidades licenciadoras verificam apenas os itens mais relevantes para o licenciamento, não verifica materiais e isolamentos e estética nem funcionalidade. Isso é com o projectista...na realidade isto equivale praticamente a fazer o projecto de novo (só verificar os cálculos todos)... Está a ver a quantidade de gente necessária? Além disso se corresse mal, de quem era a responsabilidade do que apresentou o projecto ou da entidade licenciadora (ou mesmo do funcionário da entidade licenciadora).
De novo, raciocínio falacioso - pela simples razão de que esse problema se coloca exactamente nos mesmos termos hoje.
Colocado por: PBarataNão estou a ver que isso seja verdade, o sistema judicial americano é gigantesco.
O problema da nossa justiça está no conceito de produção de prova e provas admissiveis em julgamento,etc. E mesmo algum excesso de garantismo às diversas partes que "empena" o sistema. Isto sim é um belo tópico, não tem é nada a ver com casas.
Todos os paises têm um documento de identificação e vários cartões de tudo e mais alguma coisa, o nosso até juntou vários num só.
Colocado por: PBarata
Não, não coloca. As entidades licenciadoras verificam apenas os itens mais relevantes para o licenciamento, não verifica materiais e isolamentos e estética nem funcionalidade. Isso é com o projectista...
Mais uma vez, não. O projectista assina um termo em que se responsabiliza pelos cálculos e o cumprimentos das demais disposições legais, as câmaras não verificam nada disso. A responsabilidade é do projectista.
O método actual não é perfeito e necessita de melhorias, como tudo.
Continua a não explicar como é que o seu método resolveria estas questões do licenciamento e da responsabilidade (apesar de tudo isto é o forum da casa e conviria centrar a discussão), em termos práticos.